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A Escolhida Da Máfia

NO TRABALHO

Isabela Bellini (19)

Eu e meus pais moramos na Itália, em uma cidade controlada por várias máfias perigosas. Na verdade, ninguém sabe ao certo o nome de todas, mas as duas mais famosas são os De Santi e os Petrovic.

Essas duas máfias são inimigas e vez ou outra, sai uma notícia de confronto entre elas. A polícia nunca consegue fazer muita coisa, pois dizem que essas máfias são famílias muito ricas e poderosas, com identidades ainda desconhecidas.

Felizmente, eu e minha família nunca nos deparamos com nenhum membro de qualquer máfia, mas sabemos que devemos ter muito cuidado com eles.

Meu grande sonho é dar uma vida melhor para minha família, que sempre foi muito pobre. Desde pequena ver meus pais brigando por causa de dinheiro é algo comum e apesar de ser filha única, nossa situação nunca melhorou mesmo com o passar dos anos.

Por isso, assim que completei o ensino médio fui atrás de emprego. Depois de ser rejeitada várias vezes, finalmente fui aceita como garçonete em um cassino bastante popular no centro da cidade.

Eu fiquei muito feliz, mas minha mãe não gostou nada disso.

Mãe

Ela disse que isso seria uma má influência para o meu pai, pois ele é viciado em jogos de azar.

Mãe: você não devia ter aceitado esse emprego, Isabela!

Eu: mas, mãe, eu preciso de um emprego e esse foi o único que consegui…

Mãe: eu já disse e não vou dizer outra vez! Existem muitas outras empresas decentes nesse país, não precisava ter escolhido logo o pior lugar para se trabalhar!

Eu: mãe, você fala como se eu fosse trabalhar em um cabaré…

Mãe: pois para mim, é quase a mesma coisa! Eu nunca entrei em um cassino e nem pretendo entrar. É um lugar sujo, coisa do demônio. E ainda tem o seu pai que você sabe bem como ele é…

Eu: é só inventar que eu trabalho em outro lugar. Se a senhora quiser, eu mesma digo.

Mãe: assim mesmo eu fico com medo. Medo de ele gastar todo o nosso dinheiro com apostas de novo, como ele fez da última vez.

Eu: não se preocupe mãe, se depender de mim, meu pai nunca vai entrar naquele cassino. (Dei um abraço nela)

Mãe: eu também já não sei mais o que fazer com o aluguel que está para vencer. O dinheiro ainda está incompleto e as vendas na feira estão muito fracas.

Eu: eu posso ajudar a pagar o aluguel. Eu vou ver se meu chefe pode me dar um adiantamento antes do final do mês…

Mãe: oh, minha filha, que bom ouvir isso, isso vai ajudar muito, espero que seu chefe aceite.

Eu: também espero. Vou pedir hoje.

Quando o relógio bateu 18:00, fui trabalhar como o habitual. Fazia apenas um mês que eu trabalhava no cassino, mas eu gostava muito de trabalhar lá. O ambiente era luxuoso e muito elegante e fazia eu me sentir bem.

Naquele dia, o cassino estava mais lotado que o habitual. Caminhei entre as pessoas até o bar, que era onde eu ficava a maior parte do expediente, anotando pedidos e fazendo bebidas.

Rebeca, minha amiga de trabalho, já estava no seu posto, fazendo uma bebida. Me aproximei dela.

Rebeca (22)

Rebeca: nossa, chegou atrasada hoje, hein?

Eu: atrasada? Esse não é o horário de sempre?

Rebeca: brincadeirinha, eu que cheguei mais cedo.

Eu: ah, logo vi! O que deu em você hoje?

Rebeca: ah, sei lá, hoje eu me acordei com vontade de achar um milionário muito gostoso que se case comigo e me tire desse empregozinho, sabe.

Eu: uau, achei que era porque você amava trabalhar aqui.

Rebeca: achou errado, minha amiga. Na verdade, você deveria pensar a mesma coisa. É só olhar ao redor, acho que deve tá cheio de caras ricos por aqui.

Eu: haha, você sonha demais…

Rebeca: não é sonho, é a realidade. Temos que usar nossa beleza para algo útil.

Eu: hum, entendi. Mas, enquanto isso, vou trabalhar que é o melhor que faço agora. Algum pedido urgente?

Rebeca: não, por enquanto só duas pessoas vieram aqui e pediram bebidas, eu já atendi.

Eu: tá, vou limpar as mesas então.

Vesti meu avental e fui limpar as mesas que ficavam em frente ao bar. Enquanto estava limpando a primeira mesa, comecei a sentir uma sensação de que estava sendo observada.

Olhei para a frente e de repente, meus olhos pousaram em um homem. Ele era extremamente bonito e atraente e vestia um terno preto muito elegante. Ele estava em pé, com um copo de uísque na mão e olhava para mim, intensamente. Seu olhar penetrante me paralisou por um momento, fazendo meu coração bater mais forte. Desestabilizada, arrumei um pouco o meu cabelo e desviei o olhar. Mas, segundos depois, olhei para ele de novo e ele continuava me encarando, sem se importar, enquanto bebia seu uísque.

Ele parecia ser muito rico e importante, enquanto eu, era apenas uma mera garçonete. O que aquele homem queria comigo, me olhando daquele jeito?

Continuei limpando as mesas, sem olhar mais para ele. Até que, minutos depois, vi que ele estava vindo em minha direção. Nesse momento, meus pés e mãos começaram a ficar gelados e eu fiquei sem saber o que fazer.

Ele: não sabia que nesse lugar tinha garçonetes tão gostosas assim…ou você é a única?

Fiquei ruborizada ao ouvir isso, mas me esforcei para agir naturalmente.

Eu: desculpe senhor, o que deseja?

Ele: não precisa falar assim, eu não mordo. Trabalha aqui há muito tempo?

Eu: não, faz um mês…

Ele: sabe quem eu sou?

Olhei para ele sem saber o que responder. Ele mostrava uma expressão meio sarcástica no seu rosto perfeitamente desenhado.

Ele: você não sabe?

Após dizer isso, ele pousou sua mão grande e forte em meu ombro e chegando perto do meu ouvido, sussurrou com uma voz profunda: "o motel é por minha conta, você vai gostar, lá eu te mostro quem eu sou."

Ao ouvir isso, um nervosismo inexplicável que eu nunca tinha sentido antes tomou conta de mim. Então, tomada por um impulso, dei um tapa na cara dele.

HERDEIRO DA MÁFIA (Victor)

Victor De Santi (29)

Eu sempre tive tudo o que queria. Dinheiro, festas, luxos, carros importados e claro, muitas mulheres. Na verdade, eu nunca tive que me esforçar para ir para cama com nenhuma mulher, elas já se atiram em mim só ao me ver em alguma festa ou qualquer outro lugar. 

Na cama, elas sempre se surpreendem com o meu pau grande e minha foda forte e ficam gemendo sem parar. No fim, por mais que muitas queiram algo a mais, eu sempre trato elas com frieza para deixar claro que eu não quero compromisso sério com nenhuma, é só sexo e nada além disso. 

Eu bem queria que minha vida fosse feita só de diversão, mas a realidade é outra coisa. A vida de um mafioso não é fácil e eu aprendi isso desde cedo. Eu nasci e cresci em um ambiente hostil e perigoso, cheio de inimigos que ameaçam a vida da minha família. Para sobreviver na máfia, é preciso ser forte e não demonstrar fraqueza, a não ser que você queira ser morto. Foi isso que eu aprendi. 

 Lavagem de dinheiro e negócios ilegais fazem parte do dia a dia da minha "família", que não é nada como as outras. O único assunto que une a minha família é o dinheiro e isso é o que nos mantém ligados. Somos mais parecidos com uma máfia do que com uma família de verdade, mas eu não tô nem aí pra isso, contanto que eu tenha tudo o que eu quiser nas minhas mãos.

Apesar da máfia De Santi ser famosa em toda a Itália, ninguém sabe a verdadeira identidade da minha família. Assim, a gente vive normalmente como qualquer outra família rica italiana, acima de qualquer suspeita. Nem mesmo a polícia nos conhece e isso tem se mantido durante anos. 

Há duas semanas meu pai, o chefe da máfia e da família, morreu assassinado por um espião dos Petrovic, uma máfia rival que descobriu nossa identidade de forma desconhecida e conseguiu furar nosso sistema avançado de segurança, ninguém sabe como. A morte do meu pai foi uma perda catastrófica para toda a família. Eu nunca liguei muito para aquele velho e a sua morte não significou nada para mim. Mas, o que caiu por cima de mim depois dessa morte fez eu desejar que ele nunca tivesse morrido. 

Segundo a tradição da família, eu tenho que me casar para poder controlar minha herança e assumir o lugar de chefe da máfia. Eu achei essa tradição uma merda mas como não tá no meu poder mudar isso, então eu vou ter que me casar.

Resolvi que ia me casar com qualquer mulher no mínimo bonita, que me olhasse com tesão, por mais que eu descarte ela depois. O que realmente importa para mim é pegar minha herança logo.

Até que uma noite, eu estava sem fazer nada e fui para um dos cassinos pertencentes à minha família. O lugar tava cheio de gente e logo que eu entrei chamei atenção de muitas mulheres, que começaram a olhar para mim, como o habitual. Chequei algumas, mas nenhuma me interessou o bastante e eu não estava com paciência para flertar com qualquer mulher. 

Naquela noite, eu estava me sentindo mais estressado que o normal, talvez fosse a questão do casamento que me deixava nervoso. Eu nunca quis me casar e agora, estava sentindo pressão de toda a minha família para fazer isso. Para aliviar o stress, pedi o uísque mais caro e fiquei bebendo em pé, sozinho. 

Fiquei olhando ao redor, até que avistei uma garota deliciosamente gostosa limpando uma mesa. Ela usava um avental por cima da roupa, então logo percebi que devia ser uma garçonete do bar. Mas, ela era muito bonita para ser apenas uma garçonete. Eu não consegui mais tirar os olhos dela. Cada movimento seu, me fez imaginar tudo o que eu podia fazer com ela, em cima de uma cama. Ela parecia ser tão… deliciosa. 

Comecei a ser tomado por um desejo ardente em possuí-la, só olhando para ela de longe. Tinha algo nela que me atraiu como mais ninguém. Fiquei pensando se era certo eu me interessar por alguém tão mais pobre que eu, mas ela realmente chamou minha atenção. 

Então, depois de alguns minutos, ela percebeu meu olhar e olhou em minha direção. Nossos olhos se encontraram e ela me encarou durante alguns segundos. Eu sei que poderia estar a assustando, mas eu continuei olhando, era mais forte que eu.

Até que eu decidi me aproximar dela, para convidá-la para um lugar mais privado, ela obviamente iria gostar e aceitaria na hora. Afinal, ela era apenas uma garçonetezinha, não poderia recusar um convite de um cara rico e sexy como eu. 

Eu: não sabia que nesse cassino tinha garçonetes tão gostosas assim…ou você é a única?

Eu esperava ver um sorriso de felicidade, mas aconteceu o contrário. Ela ficou séria, escondeu o seu olhar do meu e respondeu: "desculpe senhor, o que deseja?" 

Eu: não precisa falar assim, eu não mordo. Trabalha aqui há muito tempo?

Ela: não, faz um mês…

Eu: sabe quem eu sou?

Perguntei isso apenas por perguntar, mas sabia que ela responderia que não. Na verdade, ninguém sabia a minha verdadeira identidade, isso é um segredo. 

Ela olhou para mim, sem dizer nada. Os seus olhos eram muito bonitos. Olhando de perto daquele jeito, ela ficou ainda mais linda. O desejo dentro de mim cresceu ainda mais. Eu precisava experimentar cada parte do corpo daquela mulher. Ela era diferente de todas as outras mulheres que eu já tinha visto. Então, resolvi ir direto ao ponto. 

Toquei no seu ombro macio, aproximei minha boca do seu ouvido e falei, baixinho. 

Eu: o motel é por minha conta, você vai gostar, lá eu te mostro quem eu sou. 

Assim que terminei de dizer isso, senti um tapa na minha bochecha e uma ardência começou a invadir meu rosto. Olhei para ela, chocado. Em nenhuma hipótese eu esperava aquela reação, aquilo foi completamente novo para mim. Quem essa garçonete pensa que é!?

NO MEIO DO CAOS

Eu dei o tapa com tanta força que minha mão ficou ardendo um pouco e só então me dei conta do que realmente havia feito.

Ele: porque fez isso!? Ficou maluca!?

Ele me encarou, confuso, com a mão pousada no lugar onde tinha levado o tapa. Mas logo, assumiu um olhar furioso e lascivo, que fez eu ficar com medo dele.

Eu: eu…eu…me desculpe!

Ao dizer isso, tentei sair de perto dele, mas ele me arrastou com força pelo braço, me fazendo ficar grudada ao seu peito forte.

Ele: vou te ensinar a ter boas maneiras…

Nesse momento, um segurança do cassino se aproximou de nós e, para meu alívio, nos separou.

Segurança: o que está acontecendo aqui? Esse homem está lhe causando problemas?

Eu: er… não… eu…

Eu sabia que o que aquele homem havia feito era errado, mas por algum motivo eu estava com medo de dizer o que tinha acontecido ao segurança. Mas, eu não precisei dizer mais nada, pois ele logo assumiu um tom neutro e frio diante do segurança, como se nada tivesse acontecido.

Ele: eu só estava com raiva dessa garçonete porque ela não me deu o que eu queria, só isso. Mas, agora tudo já se resolveu, não vou mais incomodar.

Eu: sim, eu vou voltar ao meu trabalho...

Segurança: você está bem?

Eu: sim, estou.

Ele: É, eu também preciso ir em-

Ele não pôde completar a frase, pois nesse momento, barulhos ensurdecedores de tiros foram ouvidos por todo o cassino. Eram muitos tiros, alguns de metralhadora e logo, todas as pessoas ficaram desesperadas, correndo pelas suas vidas.

Eu: meu deus, o que é isso!?

Ele: Aqui, por aqui!

Ele me puxou pelo braço e fez eu correr com ele até a saída para a rua. As pessoas passavam ao nosso redor correndo e gritando por socorro. De repente, parecia que estava acontecendo uma guerra.

Conseguimos sair de dentro do cassino sem ser atingidos, e então fui arrastada até um carro preto enorme blindado, parado em uma rua próxima ao cassino. Ele abriu a porta do carro, nervoso.

Ele: entra!

Sem muita escolha, pois estava com muito medo, entrei no carro. Ele fechou a porta e entrou no lugar do motorista. Depois, deu partida e o carro saiu em disparada pelas ruas da cidade, deixando todo o tiroteio para trás.

Eu: o que está acontecendo!?

Ele: o que eu temia que ia acontecer…

Eu: você sabe o que causou isso!?

Ele: digamos que sim, só não achava que aqueles imbecis dos Petrovic fossem fazer isso logo naquele lugar! Esses lixos não se importam se vão machucar gente inocente!

Petrovic? A máfia? Como ele sabia que tinha sido eles? Ele estava furioso demais com o que tinha acontecido, como se conhecesse quem havia feito aquilo.

Eu: Você sabe quem fez aquele ataque!?

Victor: porque quer saber?

Eu: eu trabalho lá, mas é claro que eu quero saber!

Victor: se eu fosse você não gostaria de saber.

Eu: como assim? quem é você!?

Ele ficou em silêncio por um momento, me olhou firme pelo espelho do retrovisor do carro então, falou, enquanto dirigia em alta velocidade.

Ele: eu sou Victor. Victor De Santi.

Congelei. Não podia ser. Ele era um De Santi, uma das máfias mais temidas e perigosas da Itália e eu estava dentro do carro dele, sendo levada para um lugar que eu não conhecia. Fiquei imediatamente com muito medo.

Eu: você é… um… De Santi?

Victor: sim, eu sou. Surpresa?

Eu: não pode ser, você é um mafioso?

Victor: o que você acha?

Eu: er… eu acho que sim…

Victor: acertou então.

Eu: para onde está me levando?

Victor: para um lugar seguro.

Eu: que lugar é esse…!?

Victor: você está fazendo muitas perguntas, eu tô tentando dirigir aqui, se não percebeu!

Eu: eu tô com medo… por favor, não faz nada comigo…!

Ele me olhou de novo pelo retrovisor. Então, sem nenhum motivo, começou a gargalhar descontroladamente, igual um maníaco. Nisso, quase bateu em outro carro na avenida, mas conseguiu desviar.

Eu: posso saber porque está rindo em um momento como esse?

Victor: sua cara de medo é muito engraçada. Não se preocupe, eu não vou fazer nada de mal com você, garotinha.

Eu: espero que a Rebeca esteja bem…

Depois de alguns minutos, o carro parou em frente a um portão enorme de ferro.

Victor: Carlo, abra o portão.

Assim que ele deu essa ordem através do seu celular, o portão se abriu sozinho e a gente entrou dentro de uma passagem rodeada de arbustos, que parecia uma entrada secreta para um mundo mágico.

Quando a passagem acabou, uma gigantesca propriedade apareceu bem diante dos meus olhos. Era uma linda mansão no meio de um extenso terreno coberto por um vivido gramado verde, repleto de árvores e bem na frente, havia uma linda fonte de água, com dois anjinhos feitos de pedra.

Eu nunca havia visto de perto algo tão luxuoso e grandioso, só em filmes e séries. Fiquei simplesmente chocada com a dimensão e beleza daquele lugar.

O carro parou bem na entrada da mansão, onde tinha dois homens fortes vestidos de terno preto, fazendo guarda na porta.

Victor logo saiu do carro e abriu a porta para mim, mas de uma maneira fria e rude, sem demonstrar nenhum cavalheirismo.

Victor: pode sair.

Eu: essa casa é sua?

Victor: não só minha, mas da minha família também. Na verdade, nós temos casas em muitos outros locais no mundo, mas essa é a casa principal.

Eu: eu nunca vi algo assim na minha vida.

Victor: sempre tem uma primeira vez. Giorgio abre a porta para essa garota.

Victor falou com um dos seguranças para abrir a porta para mim.

Eu: você não vai entrar?

Victor: agora não, eu tenho que resolver alguns assuntos importantes…

O segurança então abriu e depois fechou a porta atrás de mim. Ao entrar, eu me vi dentro de um enorme salão luxuoso com piso reluzente. Eu estava dentro da mansão De Santi.

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