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Salva Pelo Traficante

1*

Gb:

Eu sou o dono do morro do alemão, eu assumi muito cedo, depois que meu pai morreu em um confronto com a BOP eu tive que me virar em 3, tive que ser o homem da casa, um pai para a minha irmã, e o dono do morro.

Ao contrário doque todos pensam eu não escolhi ser bandido, não queria sair de casa sem ter certeza de que iria voltar, isso tudo me foi empurrado goela abaixo e eu só tinha que aceitar.

Resultado, um jovem de 19 anos na frente de um morro gigante como aquele, no começo foi difícil, eu não queria matar, não queria vender droga, não queria ser responsável por nada daquilo, mas quando eu vi meu melhor amigo morto por um policial na minha frente eu aprendi que não pode ter dó, ninguém vai ter dó de você, daí por diante o morro cresceu e eu fui ficando cada vez mais parecido com o meu pai.

Hoje eu tenho 25 anos, já faz muito tempo, mas ainda dói muito.

Tava na boca terminando de fechar a contabilidade quando tocam o radinho.

- patrão...

- fala.

- tem uma mina aqui na pracinha, a de frente para o morro, tá muito estranha.

- e oque eu tenho haver com  isso porra ?

- lembra semana passada, usaram aquele menino para conseguir entrar dentro do morro, ela tá ali des das três horas da tarde.

Olho no relógio e já são 23:00 hrs.

É realmente, ela tá lá o dia todo, suspeito, não quero correr o risco denovo.

- segura aí tô chegando.

Saio da boca cumprimentando os vapores, subo na minha moto e vou direto para a entrada do morro.

No caminho, vejo as puta com um short curtinho, a essa hora da noite não tem ninguém que preste na rua, vou passando e vejo elas arrebitando a bunda para mim,apenas ignoro e sigo meu caminho.

...

Cumprimento os vapores da entrada e vou ver a peça.

- ela ainda tá aqui patrão, tá com uma mala e se estivesse esperando alguém já teria chegado.

- entendi, vamos descer lá, da uma dica para a mina.

Descemos o morro, eu e mais uns três vapores, tudo de fuzil na mão.

A mina tava sentada no banco da praça e tinha uma mala média do lado dela.

- o garota, oque tá fazendo aqui a essa hora.

Ela para de chorar e olha para mim.

- eu..e..eu..

- você tá na frente do meu morro, oque tu quer ?

- eu..não quero nada, já vou sair.

Ela levanta com uma certa dificuldade, anda uns dois metros e depois cai.

Eu olho o banco e vejo muito sangue, porra!!

A mina tá sangrando.

- peguem ela e leva para o posto.

- patrão, mas e se for uma armadilha ?

- a mina tá sangrando jp, presta atenção!

- tem doido pra tudo.

- se for amanhã de manhã eu meto pipoco nela, por enquanto quero que puxa a ficha dela pra mim.

- fecho patrão.

Depois de deixar a mina no posto eu tenho que ficar esperando a desgraça sair.

2*

Gb:

Depois de uma meia hora o doutor sai do quarto me chamando.

- e então como a garota tá?

- bom, ela está bem apesar de desidratada e fraca pela falta de sangue, ainda bem que o senhor chegou antes, ou a tentativa poderia ter dado certo.

- tentativa doque tio ?

- ao que tudo indica foi uma tentativa de su*c*dio, graças a Deus não aconteceu algo mais grave.

Então é isso, a desgraç* tentou se mat*r, filha da p*ta...

Depois de um tempo ela recebeu alta, tinha que trocar o curativo, da remédio e outros caralho lá.

- e então com quem ela vai ficar ?

- foi mal patrão, tu sabe, minha fiel me mat* se eu levar outra mina pra lá.

- o patrão, tu sabe que eu moro com a velha, não  rola de levar a mina pra lá.

- c*ralh*...

O jeito foi levar ela lá pra casa, cheguei lá tava tudo escuro, não era pra menos né, são três da manhã.

Pus a mina na minha cama, e fui dormir no sofá.

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Ana:

Depois de dois anos eu finalmente consegui fugir, não sei oque deu em mim, ele vai me encontrar, mesmo assim quero aproveitar meus minutos de liberdade.

Eu corro sem rumo, quando estou longe o suficiente eu paro para descansar, mas eu estava tão cansada que não consegui sair do lugar, meus pés estão com bolhas enormes e doloridas, eu nem sinto mais as minhas pernas.

Isso é inútil, ele vai me encontrar e vai me dar uma surra, tudo vai ser muito pior por eu ter fugido.

Meus dias seram o completo inferno, eu não posso fazer nada!!

O melhor seria me livrar de uma vez, olho para o chão e tem alguns cacos de vidros no, alguns maiores do que os outros, talvez sejam de uma garrafa.

Me abaixo o pegando e posicionando no meu pulso, isso é loucura...oque eu tô fazendo ?!!

Tudo bem eu consigo, uma dor razoável, mas depois tudo vai passar, não vou precisar me submeter a mais nada, vai ficar tudo bem, é só um pequeno sacrifício, eu já fiz tantos...

Começo a cortar os meus pulsos bem encima das veias mais grossas, nao vou negar, dói, dói muito, mas depois de um tempo parou de doer muito, o sangue vivo saia pelo meu braço.

Uma hora depois e meu sangue ainda esta escorrendo, não era para demorar tanto, minha cabeça já girava e eu me sentia fraca, já estava de noite, talvez umas dez horas.

Estou para apenas esperando chegar quando sou chamada por uma voz masculina.

Só aí eu percebo que estou na frente do morro do alemão, eu até sentiria medo se estivesse em meu estado normal, mas eu estou zonza nem sei mais aonde estou.

Acredito que já perdi uma boa quantidade de sangue.

O moço diz para eu sair dali então Eu me levanto para sair de lá quando uma tontura forte me atinge, é agora...finalmente.

Tudo gira e eu sinto o chão gelado entrar em contato com o meu rosto.

Depois disso foram só flexs, barulhos e conversas, meu corpo estava dormente e eu estava exausta.

3*

Ana:

Sinto todo o meu corpo doer, minha cabeça, minhas pernas, pés, costas e meus pulsos.

Espera isso significa que....

Abro os olhos e eu estou em um quarto desconhecido, merda, merda, merda!

Eu ainda estou viva, ele deve ter me encontrado, eu conserteza vou apanhar muito...

Esse quarto fede, fede a cigarro, as janelas estão todas fechadas deixando o quarto um completo breu.

A porta do quarto é aberta e um homem entra.

Ele é alto moreno e forte, coberto por tatuagens.

- haaa a pela adormecida acordou.

- oque aconteceu ?

- oque aconteceu?! Tu quase morreu desgraça, tu tem merda na cabeça.

- oque você fez....

- eu te salvei desgraça!! Olha quer saber, vai se fuder.

Ele sai do quarto e ouço seus passos se distanciarem, isso é assustador...

Quem é ele ?

Onde eu tô?

...

Finalmente consigo me levantar sem cair de tontura, saio do quarto em passos lentos, a casa é bem decorada e arejada, diferente daquele quarto estranho.

Só aí eu percebo que colocaram um curativo no meu braço, que merda ele me salvou mesmo, eu nem pedi, aquele idiota me condenou a mais sofrimento...

Desço as escadas, que não são muitas e dou de cara com uma menina que aparenta ter a minha idade e uma senhora virada de costas para mim, possivelmente passando um café que estava muito cheiroso.

A garota me olha e grita:

- maaae o Gabriel trouxe uma menina pra casa.

- oque ?!

Disse a mulher se virando drasticamente para olhar para mim.

- merda! OO GABRIELLLLL

- bom dia eu...

- não, não termina, não quero saber! GRABRIEEEEEEEEELL

uau, ela foi muito grossa, não é pra menos ela tem uma intrusa na casa dela, eu preciso ir embora

Ouço passos atrás de mim e me viro para olhar quem estava vindo, e vejo o moço de alguns minutos atrás.

- que que é porra?! Já acorda virada, tu é porre em velha!

- olha o jeito que você fala comigo seu bastardo, qual era o combinado?

- combinado?

Disse ele se sentando em uma cadeira que estava ao redor da mesa.

- não trazer marmita pra casa, tu quer pegar puta tu pega mas vai pegar lá na boca, não em casa, você precisa me respeitar muleque.

Puta? Marmita ?

É eu nasci para ser humilhada mesmo...

Abaixei a cabeça e só fiquei esperando alguém me deixar ir embora

- tá louca?! Não comi ela não.

A mulher arregala os olhos e olha para mim, ela vem em minha direção na velocidade da luz

- desculpa minha filha, eu..eu..me perdoa.

- tudo bem...

Ela me abraça com força.

- oque ela tá fazendo aqui então?

Disse que menina.

- não é da tua conta Gabriela.

- olha essa casa é minha também sabia?!

Ele apenas solta uma risada nasal e toma um gole de café.

- mãe posso falar contigo?

- tá...

Provavelmente vão falar de mim, eles sobem as escadas e eu permaneço lá sozinha com a menina.

- oi , meu nome é Gabriela, e o seu ?

- meu nome é Ana...

- oi Ana

- oi

- oque foi com o seu braço?

- eu machuquei...

Sou interrompida pelos dois que desceram pela escada.

- entendeu né?

- tá bom Gabriel

- tô indo.

Ele sai Provavelmente de moto pois eu ouço o ronco do motor se distanciando aos poucos.

Isso é muito estranho

- entao menina, quer comer alguma coisa?

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