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Querido mafioso

Conflitos

Na mansão da família Santoro, o chefe da família, Antônio Santoro faz uma reunião para comunicar algo de interesse de todos.

— Boa noite! Antonella, o meu tio já desceu? Sabe o motivo dessa reunião de emergência?

— Boa noite, senhora. O seu tio ainda está no quarto, não desceu ainda mas os senhores Garza e Pérez estão aguardando na sala. Ele não revelou o motivo dessa reunião, ele vai descer quando todo estiverem chegado.

— Todos tiverem chegado? Quem mais ele chamou para essa reunião?

— Todos da família, senhora.

-Certo, Antonella. Obrigada! Estarei na biblioteca. Me avise quando todos chegarem.

— Como a senhora quiser. Com a sua licença.

Antonella se retira e vai pra cozinha, para seus a fazeres e o clima permanece bem tenso entre todos ali, já que todos estavam ansiosos para saberem o motivo da reunião.

— Quer dizer então que o patrão quis fazer uma reunião com esse tanto de gente? A coisa deve ser séria! - disse Rosa com a faca em mãos cortando a cebola.

— Essa reunião tá realmente tá muito estranha. Trabalho com o senhor Antônio há mais de 25 anos e nunca o vi gostar da casa cheia - Disse Marco olhando firmemente para Antonella tentando ler o pensamento da governanta.

— Não, eu já não aguento mais tanto mistério. Quero saber o que tanto vão falar nessa bendita reunião. Nessas horas queria ser uma mosquinha! - Exclamou Mathias.

— Mas infelizmente tu não és uma mosca e sim um dos seguranças da casa. Vai lá para o seu posto porque não podemos dar bobeira. — Disse Marco dando risada e batendo no ombro do Mathias que sai logo atrás dele.

Mais tarde, todos já chegaram na casa e estão ansiosos para a pronunciação do chefe quando no seu quarto batem na porta:

TOC, TOC!

— Pode entrar! — Respondeu Antônio, que estava sentado na sua poltrona enquanto fuma o seu charuto.

— Com a sua licença, senhor... Todos os convidados já estão a sua espera lá na sala! — Disse Antonella, olhando para o patrão

— Certo, já descendo — Disse ele apagando o charuto

Quando todos já estavam aflitos na sala, esperando uma resposta, Antônio desce as escadas e se dirige a todos, dizendo em alta voz:

— Boa noite! Ótimo que todos estão aqui. Convoquei todos vocês aqui hoje para dar-lhes uma notícia que irá muda os rumos das nossas vidas! — Disse ele com um tom de mistério.

E então, David, seu filho disse:

— Papai, para que tanto mistério?! Diga logo de uma vez para que nos chamou? E ainda chamou os senhores Garza e Perez que não são da família, e sim apenas sócios. Tem a ver com os negócios?!

— Não se desespere, não tem necessidade para isso. Vocês sabem como é importante pra mim os meus negócios, sabem como eu batalhei para poder colocar o império da família de pé e todo sabem como é essencial a colaboração dos senhores Perez e Garza e além disso, são meu amigos e parte da família praticamente, então fiz questão de que eles estivessem presentes nesse momento — disse ele, virando esse para os convidados

Medos

Durante a noite, Saray caminha pelas ruas vazias da cidade, aflita e murmurando baixinho, pedindo em oração para que as coisas melhorem para ela e a sua família, quando de repente ela esbarra em alguém:

— Moça, desculpe! Eu estava a andar distraída, acabei a esbarrar em você. Te machuquei?! — disse Saray, colocando umas mexas dos seus cabelos ruivos e atrás da orelha.

— Sim, eu estou bem. Não tem problema, a culpa também foi minha por caminhar mexendo no celular — respondeu Graziela sorrindo, e pegando os pertences no chão.

— Ah! Que bom que você está bem, sou meio desastrada as vezes — disse Saray tentando esconder o constrangimento.

— Você mora por aqui? Qual o seu nome? — Perguntou Graziela encantada com a gentileza de Saray.

— Sim, a minha casa é aqui pertinho. Eu me chamo Saray. Saray Montenegro — respondeu Saray sorrindo com o seu jeito doce e gentil ao estender a mão para Graziela.

— Prazer, Saray. Me chamo Graziela Garza– respondeu Graziela sorrindo de volta, apertando a mão de Saray.

— Garza?! Da galeria de artes? — exclamou Saray surpresa e encantada.

— Isso, dá galeria. Gosta de artes?! — perguntou Graziela encantada

— Eu sou muito apaixonada por artes. Eu trabalho numa loja de artigos novos e usados. Lá eles levam uns vasos antigos bem deteriorados, e eu os restauro — disse ela sorrindo.

— Ah, que lindo! Eu gostaria de um dia poder conhecer a sua loja. Eu sou apaixonada por arte também. Quero conhecer um pouco mais do seu trabalho que é com certeza excelente! — disse Graziela empolgada

— Será um prazer recebe-la na loja — disse Saray com um tom gentil e bem empolgada

Saray então respira fundo e continua

— Bom, vou indo porque já está tarde e o meu pai já deve estar preocupado comigo — disse ela dando um sorrisinho tímido

— Já está mesmo tarde. Vamos, eu levo-te. Eu estou de carro, ele está estacionado logo ali.

— Não precisa, eu não lhe quero incomodar.

— Não será incômodo modo nenhum. Eu faço questão de lhe levar já que eu acabei a tomar um pouco do seu tempo — disse Graziela sorrindo gentilmente para Saray, que acena com a cabeça aceitando a gentileza.

Durante o trajeto, as duas estavam em silêncio, quando o celular de Saray toca:

— Oi, papai! Tudo bem? — perguntou Saray, fechando os olhos esperando a resposta do seu pai.

— Oi, meu Rubi. Eu estou bem sim! Só estou preocupado com você. Você demorou, eu não sabia mais o que pensar, então decidi-lhe ligar — disse uma voz masculina grave e com um tom gentil pelo telefone.

— Eu estou bem, papai. Não se preocupe comigo. Já vou para casa, já estou a caminho. Quando chegar aí te explico tudo, tá? Te amo! — respondeu Saray com o seu jeito doce e delicado, com um sorriso no rosto.

— Certo, minha pedra preciosa. Eu estarei a esperar. Te amo mais.

Saray desliga o telefone e em alguns segundos em silêncio, Graziela sorri para Saray e lhe diz

— Deixa eu adivinhar… Rubi por conta do cabelo vermelho, não é?!

— Acertou em cheio! — disse Saray sorrindo e abaixando a cabeça.

— Imaginei. O seu cabelo é lindo! Você é muito linda. Quando nós nós nos vimos, pensei que eu me tivesse esbarrado com o meu anjo da guarda— disse Graziela sorrindo e parando o carro no sinal.

— Obrigada. Você também é muito linda! Por que anjo da guarda?

— Digamos que eu leve a sério demais essa de que só vivemos uma única vez— disse Graziela sorrindo.

Minutos depois, elas estacionam em frente a uma vila e descem do carro.

— Obrigada por trazer-me em casa. Perdoe-me por tomar todo o seu tempo, você foi muito gentil. Espero que apareça lá na loja para conhecer um pouco do meu trabalho. — disse Saray sorrindo, meio sem jeito, mas muito grata pela gentileza da gentil moça.

— Imagina, não me precisa agradecer. Eu quem agradeço pela conversa agradável. Confesso que a minha noite estava um tédio. E pode deixar, vou sim, lá na loja para poder conhecer o seu. Você trabalha naquela loja que tem ao lado da cafeteira, não é?!

— Isso mesmo, é lá — respondeu ela com um sorriso.

As duas estão em frente a vila conversando, quando de repente surgem um homem em meio às casas. Ele vem a caminhar em direção delas, e quando se é possível ver o seu rosto, se trata de Gael, pai da Saray. Ele é um homem alto, magro,tendo o mesmo olhar doce e gentil da filha. E então, ela sorri e diz:

— Papai? Não precisava o senhor vim até aqui. O senhor precisa descansar para que se recupere logo! — disse a moça abraçando o seu pai

— Eu estava vindo e ouvi o barulho de um carro estacionando. Como você disse que já estava a caminho de casa, eu vim lhe encontrar porque já está tarde.

— Papai, eu estou bem — disse a moça sorrindo gentilmente para seu pai e então, continua — essa daqui é a Graziela, uma moça que eu com o meu jeito distraído esbarrei na rua e teve a gentileza de me trazer até em casa.

— Prazer, Graziela. Chamo-me Gael. Gael Montenegro, pai da Saray. Obrigada por trazer a minha filha em casa! — disse o gentil senhor com um semblante de agradecido.

— O prazer é todo meu, senhor! Imagina, não precisa me agradecer, ela acabou perdendo o horário por minha causa, então achei bem mais que justo trazê-la em casa.

Graziela então se despede de Gael e Saray, entra no carro e vai embora. Em seguida, eles caminham em direção a casa, enquanto os dois caminham de braços dados, quando Gael quebra o silêncio e diz:

— Muita linda a sua amiga Graziela. Ela tem um sorriso lindo, os olhos de jabuticaba, ela foi muito gentil em trazer-lhe em casa.

— É, ela realmente é muito bonita e muito gentil— respondeu ela franzindo as sobrancelhas e sorrindo em seguida.

— E como foi seu encontro com aquele moço super gentil?

— Foi bem, papai. Ele é super educado, tem um ótimo gosto, se parece um pouco comigo em algumas coisas. Gostei dele — respondeu ela abaixando a cabeça e continua em seguida— e como a Tiffany está? Foi treinar hoje?

— Foi sim, filha. Ela foi treinar hoje, e voltou mais cedo — respondeu o senhor abaixando a cabeça.

— Ótimo — disse ela sorrindo

E então os dois entram em casa

Ego

E então, Antônio volta a dizer com firmeza:

— Todos aqui presentes sabem da importância do meu esforço, de como batalhei para chegar onde estou, o quanto batalhei para construir o império da família Santoro. Como sabem, eu estou doente, ainda não sei quanto tempo me resta nessa terra— nesse momento ele para, respira e continua— e é por isso que eu decidi escolher um dos meus filhos para poderem assumir o meu lugar, para que administre os meus negócios.

Ao dizer essas palavras, Antônio então se dirigiu aos seus dois filhos que estavam sentados e tomado então pela plena convicção da escolha do seu pai, David então se levanta para receber a notícia e Antônio continua:

— O meu império deixo nas mãos de quem tem a capacidade de tocar tudo que eu tenho com muita lealdade, sabedoria, fazendo que se multiplique não somente o dinheiro, mas também a qualidade dos serviços prestados a todos os nossos clientes, onde todos a quem os nossos serviços alcançarem, estejam satisfeitos com a qualidade dos serviços, atendimento, e é por isso que deixo na direção do meu filho Alessandro— disse ele colocando a mão no ombro do seu filho caçula.

— Como o senhor pode deixar tudo para seu filho bastardo sendo que o seu filho legítimo e primogênito sou eu?! Eu sou seu primogênito, aquele que tem todo direito e o dever de assumir os negócios! Todos os sócios vão concordar que eu sou o mais capacitado do que esse bastardo com aquela cigana.

— Você dobre a sua língua para falar da minha avó, seu canalha! — disse Alerrandro que foi com toda a fúria para cima do seu tio, sendo controlado pelos sócios do seu avô.

— É exatamente por isso que escolhi o seu irmão e não você. Você é um homem ambicioso, é um homem fútil, mimado. Sempre quer humilhar as pessoas, quer ter um dom superior, trata mal os funcionários da empresa, das fábricas, da casa, das lojas aonde vai. Em todo o lugar que vai, deixa um pouco dessa sua arrogância, dessa prepotência sem fim — disse Antônio com os olhos marejados de raiva e não tentando esconder a sua decepção.

— Então quer dizer que o bastardo é melhor só porque ele ajuda os pobres? Ah, que santo!

— Cala a sua boca, você não sabe nem do que está falando. Se fosse por você, essa família já estaria na ruína porque as únicas coisas que lhe importam além se você, são o dinheiro e mulheres. A sua esposa morreu de desgosto. Cadê que você fala disso? — disse Alessandro cansado dos insultos do seu meio-irmão, até que se ouvem barulho de confusão lá fora.

— Opa, vamos parar de brigar! Parecem dois brutamontes se atracando. Que reunião se família é essa que toda a vez que se reúnem da em briga? Ô, família estranha! — disse Graziela tentando acalmar os ânimos do Gaab e do Alerrandro.

— O meu avô que deixou tudo para o pai desse daí, e deixou o papai e eu na miséria — respondeu Gaab tirando o excesso de sangue da boca

— Deixou porque ele sabe como o seu pai é um irresponsável, é um homem ganancioso, mentiroso, traidor assim como você. Os dois são igualzinhos — respondeu Alessandro tentando controlar a sua raiva.

— Me poupe! Falou o carinha que vive num escritório e sai com as moças do cassino, até a Monstserrat vive se engraçado contigo, nem ela você respeita e disso ninguém fala.

— Epa, que que a diaba da minha irmã tem a ver com isso? E como assim vocês estão juntos?! — perguntou Graziela assustada.

— É........

Nesse momento todos que estão lá dentro saem para ver o que está acontecendo.

— Graziela, minha filha! O que você faz aqui? — perguntou o senhor Garza.

— Eu estava passando por aqui e resolvi passar para irmos juntos para casa. Imaginei que o senhor ainda estivesse aqui.

— E toda essa confusão que tava rolando aqui fora?! — perguntou Antônio.

— Tudo começou porque seu neto é um brutamontes que não aceita a verdade — disse Gaab se fazendo de vítima.

— Eu? Brutamontes? Por que você não fala para mim agora tudo que você me disse? Por que não fala o motivo de ter apanhado?

— Quem apanhou aqui, seu miúdo?

— Só olhar e ver se tem mais alguém aqui com a cara toda arrebentada — disse Alerrandro sorrindo num tom de deboche.

— É verdade, viu! Quando cheguei aqui o Gaab tava apanhando feio — disse Graziela tentando disfarçar a risada.

Quando os ânimos se acalmam, todos se despedem e vão embora. No caminho para casa, o Senhor Garza quebra o silêncio.

— Onde você estava antes de passar aqui, filha?

— Eu fui caminhar um pouco, pai. Sai para poder comer algo e acabei-me esbarrando numa moça muito bonita — respondeu ela sem tirar os olhos do volante.

— Bonita?

—Sim, e muito. Ela aparenta ter menos de 1,60. É ruiva, olhos verdes, e um corpo bem escultural. Juro que nunca vi tanta beleza numa pessoa só.

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