" É ela " ele pensa na garota que ajudou uns minutos atrás, ela passeava entre as flores de olhos fechados e Luigi se aproxima devagar, ele fica encantado, como ela é linda, o rosto angelical, cabelos encaracolados, seu coração acelera "que bela dama" pensa sorrindo admirando a simplicidade e a beleza da moça, num instinto ele se aproxima e toca a mão dela.
Graziella está em seu refúgio, quase ninguém ia até os jardins da universidade e ali foi o lugar onde ela encontrou pra desabar suas lágrimas de tristeza, e sorrir um pouco sentindo o doce aroma das flores, ainda confusa sobre o que acabou de acontecer ela deixa algumas lágrimas banharem seu rosto e caminha serenamente entre as rosas, a brisa fresca em sua pele a faz relaxar e de repente ela sente o toque e se assusta.
Luigi está com o olhar fixo nela, seu olhar parecia de espanto, trsiteza, medo, ela solta a mão dele e dá leves passos para trás, ele entendia a reação dela afinal o sobrenome dele dava medo em qualquer um.
Graziella se vira e quando sente o olhar de Luigi sobre ela vai andando para trás, um calafrio subiu por seu corpo, ele parecia tão implacável, frio, amedontrador e lindo, ela da outro passo e tropeça caindo de costas mas sente mãos firmes lhe segurar e o perfume dele invade suas narinas.
Luigi ainda admira a beleza dela quando percebe ela caindo ecom movimentos rápidos ele a segura fazendo com que seus corpos se choquem e sente os dedos dela apertarem seu braço puxando sua camisa.
Os dois em silêncio trocam olhares que faíscavam, Graziella tremia e Luigi sente uma vontade enorme de protegê-la. Ele a abraça e sente seu perfume suave, mas seu corpo estava reagindo de outra forma e ele se controla sentindo ela o empurrar e se afasta.
Luigi percebe as lágrimas e sem pensar passa seus dedos secando com carinho e beija sua testa. Graziella se espanta, o que estava acontecendo, até minutos atrás eles nunca tinham se falado e agora ele está beijando sua testa, abraçando, seu coração acelera e ela tenta se afastar.
Graziella sente seu corpo livre e sai correndo sem olhar para trás, já Luigi não desvia o olhar até ela sumir do seu campo de visão, sorrindo ele pega o telefone e dá algumas ordens "não se preocupe bella dama, a partir de agora ninguém mexe com você" pensativo ele sai dali e vai até seu carro.
*** Olá leitoras e leitores queridos, estou terminando o livro Uma Babá E O CEO e logo estarei dando início a essa bela história, deixei aqui um pequeno trechinho do que nos espera com mais um lindo casal para nos apaixonarmos.
Às minhas fãzocas do primeiro livro já sabem que nos espera muitas emoções não é mesmo? E aos que chegam agora sejam muito bem vindos, enquanto não começamos por aqui confiram o outro livro e se encantem. Bjs. ***
Ps: Esse livro foi um pedido de vocês e farei com todo o carinho, por isso aguardem meus amores.
Graziella está radiante, hoje é o dia da sua grande apresentação, foram longas noites para terminar o projeto mas está perfeito, sua colega Isabel nem acredita que terminaram.
— Graziella você é sensacional, ainda bem que tenho você como dupla. — Isabel fala empolgada.
— Deixa de ser exagerada Isabel, você também fez muito, temos que ter cuidado para ninguém estragar. — Graziella sorri e admira o trabalho.
Elas levam se arrumam para a faculdade e logo estão entrando no táxi, não podiam correr o risco da maquete estragar, minutos depois o carro estaciona, Isabel paga e elas com cuidado vão andando até chegar na sala de aula, por sorte a apresentação seria no primeiro horário, o professor entra e a primeira dupla a ser escolhida são as duas, por um lado Graziella agradece, mas por outro o nervosismo é imenso.
— Então o que prepararam para nossa aula? — O professor olha sério.
Graziella com cuidado abre a maquete enquanto Isabel liga a apresentação no telão.
— Nosso projeto é para um edifício empresarial, vamos começar pela recepção.... essas cadeiras estofadas na cor cinza .... o primeiro andar com 3 salas com o mesmo ambiente, mesas centralizadas mas ao fundo, móveis nas cores mais escuras, estofados cinzas.... euipamentos... — Ela vai dando detalhes de cada item, em cada sala e andar até chegar ao último. — Aqui uma sala de reuniões, a janela toda para a vista, uma enorme mesa com x cadeiras... sala presidencial cores escuras e detalhes mais claros, esse tipo de mesa, cadeiras desse modelo, uma pequena mesa com sofá, um pequeno quarto com banheiro privativos.... sala do vice... sala do secretariado... — Conforme ela continua o professor admira, aquele certamente foi o trabalho mais elaborado que ele já viu de algum aluno.
— Excelente meninas, obrigado pela apresentação. — O professor fala e elas já voltam pros seus lugares sorridentes.
Depois de uma longa manhã de aulas enfim Graziella está indo para casa, o professor Sanchez pediu que guardasse o projeto na faculdade e ela até agredeceu, pagar táxi para ela é um luxo. Um grupinho de meninas zomba dela e ela sai correndo pelo campus.
Luigi anda com seus colegas quando ouve a zoação mas quando se vira não vê mais nada, estar no fim da faculdade é um alívio, não que ele não gostasse, mas queria exercer sua profissão e também se livrar de tanta babaquisse da maioria dos alunos, manter um bando de meninas longe está ficando cada vez mais difícil, raras vezes ele saía com alguma mas logo se arrependia pois só queriam ser vista com um mafioso, ou esbanjar riqueza, ele se livra dos pensamentos e continua andando.
— Então vocês têm algum plano para hoje? Que não seja sair com aquelas garotas esnobes ali? — Luigi fala com os colegas.
— Poxa Luigi pega leve, não somos você que pode ficar escolhendo.
— Como se vocês fossem pobrezinhos né. — Luigi ri. — Eu vou indo, meu pai quer me ver — Ele fala contrariado.
— Será a nomeação já? — Os rapazes riem e ele entra no carro.
Luigi é o herdeiro da máfia dos Martin, para sua infelicidade tinha de usar seu sobrenome onde fosse, mas não por muito tempo, ele detesta o negócio do pai, na verdade quis ir para a Itália mas o poderoso António Martin não permitiu, por sorte o deixou morar na universidade mas claro ele tinha que atender o pai quando chamasse.
Ao chegar emm casa é recebido por sua doce mãe Angela, ela o abraça dando um beijo em sua testa.
— Mamma como você está?
— Bene filho, e você? Tem se cuidado? — Angela fala preocupada.
— Sim mamma, não vejo a hora de irmos para a Itália. — Luigi a abraça forte e vão para a cozinha.
Os dois estão conversando quando António entra sério.
— Boa tarde, como vai a faculdade filho?
— Boa tarde pai, tudo ótimo.
— Temos que conversar, você já está na idade de assumir alguns negócios, responsabilidades e se cas... — Luigi interrompe nervoso.
— Pai eu não vou me casar com uma desconhecida.
— Então trate de sair, conhecer outras moças, eu já arranjei uns encontros para você. — António vê que o filho vai discutir — Nem pense em me questionar, ou você pensa nisso ou então vamos arranjar.
— E eu tenho outra opção a não ser seguir o chefão?
— Olha a boca moleque.
— Não sou um moleque, você mesmo disse que tenho idade para assumir responsabilidades, mas não posso escolher a mulher que vai passar o resto da vida ao meu lado? — Luigi bate na bancada de tão nervoso e percebe sua mãe assustada. — Perdonami mamma, eu não quis te assustar. — Ele a abraça sentindo um aperto no coração.
— Filho eu também queria que você se apaixonasse, que você vivesse o amor que eu e seu pai temos. — Ela fala baixo.
António já tinha saído da cozinha e anda de um lado pro outro na sala, lá fora ele podia ser cruel mas dentro de casa com sua amada esposa não, e sabe que agir assim com o filho a deixa em pedaços, ele se recompõe e volta vendo os dois abraçados.
— Filho você pode se apaixonar por alguma delas. — Antonio pondera a voz.
— Você se apaixonou pai?
— Veja bem Luigi eu fui a mais encontros do que você possa imaginar, sem contar as máfias que queriam se unir a nossa com um casamento por conveniência, festas da alta sociedade, festas de empresas e numa dessas encontrei a mulher da minha vida, sua mãe estava lá sorrindo ao lado dos pais, e acredite mesmo ela sendo de família rica tive que lutar para me casar, você é meu único filho e está acomodado, tem que entender que logo vai sair falatório. — António fala mais calmo.
— Ok pai, me convenceu, marque esses encontros, mas já lhe digo vou me casar com a moça que eu quiser, e não inventa de me apresentar filhas dos seus colegas mafiosos. — Luigi fala nervoso.
— Na faculdade não conhece uma moça interessante? — Sua mãe está curiosa.
— Mamma todas as que eu saí pelo menos são dondocas, mimadas, querem luxo, vida fácil, dinheiro para gastar e ostentar meu nome — Luigi responde indiferente.
— Meu filho observe melhor, deve existir meninas de boa família, humildes e de bom coração. — Angela sorri e Luigi se acalma.
— Vou pensar mamma, e pai eu não quero ser chefe de nada, tenho alguns planos. — António ouve intrigado.
Eles vão para o escritório e Luigi conta ao pai os planos para o futuro.
— Não vou te impedir, mas vai ter que ficar comigo.
— Tem o primo Carlos ele pode fazer isso, gosta tanto quanto você e o tio Francisco dessa coisa toda de máfia. — Luigi fala descontente.
— Mas eu preciso de você, tenho muitos negócios além disso. — António fala e Luigi se interessa. — Não prendo tudo na máfia filho, sou cruel mas aqui somos uma família.
— Ok pai, mas fique sabendo eu negocio, posso até usar influência, mas essa sujeirada que praticam não contem comigo. — Luigi fala decidido e seu pai resolve não discutir.
Do outro lado da cidade, numa casinha humilde Graziella cumprimenta os pais e vai se arrumar para trabalhar.
— Mãe estou indo pro trabalho. — Graziella abraça a mãe.
— Vai com Deus minha pequena.
— Filha tome cuidado na rua. — Seu pai fala beijando sua testa.
— Sim sr Miguel, amo vocês.
— Te amamos hija — Os pais falam e ela se vai.
Graziella fecha o casaco e vai andando rápido, ela trabalha em uma loja grande de faxineira, cresceu em uma área bem pobre da cidade, seus pais trabalharam duro para lhe dar o necessário, assim que teve idade começou a fazer vários trabalhos até conseguir o emprego nessa loja, assim podia pagar os estudos e ajudar em casa pois sua mãe já não consegue trabalhar mais, seu pai é aposentado, sua mãe Teresa engravidou com muita dificuldade aos 38 anos e seu pai já tinha 45, agora os dois estão idosos.
Enquanto passa longas horas limpando repetidas vezes o imenso piso da loja, banheiros e lavabos, ela sempre ouve uma conversa aqui e ali de mulheres ricas se gabando pela riqueza dos pais ou marido, enquanto Graziella queria ter um pouco mais de dinheiro para dar mais conforto aos pais.
Chegando em casa já é noite e Graziella corre para um banho rápido, se troca e sua mãe a chama para o jantar, uma sopinha deliciosa, eles conversam sobre o dia dela e logo vão dormir, mas ela como sempre vai passar algumas horas estudando sob a fraca luz do abajur e por volta das 2h da manhã vai deitar, pela primeira vez no dia ela olha o celular e têm várias mensagens de Isabel.
### Mensagens ###
— Você viu as notícias? .... Não te vi na saída .... Acho que o professor vai pegar nosso projeto para alguma apresentação pública.... Você precisa sair mais ... Graziella quando ver as mensagens me liga...
Graziella respira fundo várias vezes e resolve ligar, se não no outro dia não teria paz.
— Até que enfim você ligou.
— Isabel eu trabalho, cheguei e fui estudar.
— Eu sei Graziella, mas aí a gente podia sair um dia desses.
— Depois das provas eu penso nisso, o que você tanto queria falar?
— Você viu as notícias da universidade?
— Não, eu saí assim que terminou a aula.
— Surgiu um boato de que o Juan está procurando uma noiva. Imagina só casar com aquele homem. — Isabel fala e Graziella ri.
— Só você mesmo, se é apaixonada por ele faça ele te notar, mas não fique apenas pela beleza.
— Você sabe que sempre fui louca por ele, me ajuda? Você tem bom gosto para roupas, preciso de uns looks novos e bonitos, esse homem vai ser meu.
— Você não existe Isabel, tudo bem, você sabe que podia me contar isso amanhã né?
— Eu precisava conversar, você sabe. — Isabel fala e Graziella ri.
Elas se despedem e enfim Graziella se joga na cama adormecendo.
Na universidade Luigi está entrando no dormitório quando ouve as conversas pelo corredor, ele entra no quarto e se joga na cama.
— Luigi?
— Fala Juan, cara se prepara. — Luigi fala e o rapaz senta na cama o olhando. — Não sei quem foi mas já espalharam que você está querendo uma noiva.
— Droga, agora vai ser mais difícil achar uma garota menos louca. — Juan fala nervoso e logo caem na risada.
— Pelo menos você não vai ser obrigado a sair com garotas sem nem saber quem são. — Luigi fala nervoso e Juan entende.
— Conversa difícil hoje?
— Só espero ter a sorte de encontrar uma boa mulher, o pior são os pais que querem empurrar as filhas para unir as máfias, já descartei mas sei que meu pai vai arranjar esses encontros também. — Luigi escora na parede.
— É nisso eu tenho que agradecer aos meus pais, só me deram 1 ano para casar, não exigiram nada mas sei que teremos aqueles eventos chatos e os encontros idiotas, então decidi eu mesmo começar pela faculdade, só espero que sobre alguma no meio de tantas patricinhas mimadas. — Juan fala e eles riem. — Já sei, vou colar em você.
— Colar em mim?
— É você chama a atenção e ninguém tem coragem de chegar perto, pelo menos vou poder respirar, elas vão se insinuar mas de lonje. — Juan fala rindo e Luigi não aguenta.
— Cara minha mãe mandou eu procurar uma garota aqui também, vamos ver no que isso vai dar. — Luigi ri — Agora vamos dormir, as provas de amanhã não são fáceis.
Juan concorda e apaga a luz.
Luigi fica pensando em tudo o que seu pai disse, como ele vai se apaixonar assim tão rápido? Ele apesar de viver na espanha quer seguir a tradição da familia materna, seus avós Elisa e Alfredo Morelli são seu maior exemplo, quando ia para a Itália passava um tempo com eles na fazenda e uns dias na casa do tio Giacomo para curtir com os primos Enrico e Giovanna, mas quando terminar a universidade ele vai fazer especialização na Sicília pelo menos esse era o plano, agora com um casamento sendo jogado na sua mão ele precisa pensar mais, talvez casar e morar na Sicília, enfim depois de pensar tanto ele adormece.
*** Ola meus amores sejam muito bem vindas, começamos mais uma bela história, vamos aqui ter muitas emoções, conflitos e claro amor.
Se chegou aqui agora recomendo ler o doce romance Uma Babá e O CEO, e para quem já me acompanha bora para mais aventuras? Bjs e até o próximo capítulo.***
Graziella está andando pelos corredores da escola quando o professor a chama.
— Parabéns Graziella seu projeto foi enviado para seleção, uma grande empresa pode escolhê-lo.
— Vo..vo..
Nesse momento Isabel entra sorridente e dá um grito.
— Uhuuul, conseguimos Grazii...
— Graziella acorde menina — O professor a sacode levemente.
Graziella enfim desperta do choque e abraça Isabel, as duas quase choram de tanta alegria.
— Estou tão feliz, é sério mesmo professor? — Graziella está com os olhos marejados.
— Claro menina, e eu acho que será escolhido por uma grande empresa. Parabéns podem comemorar agora. — O professor sai da sala rindo.
— Ah amiga vamos ficar famosaaaas — Isabel grita de empolgação.
— Fala baixo, não quero que ninguém saiba, você sabe que se o grupinho ouvir estou ferrada. — Graziella fala quase sussurrando e Isabel se aquieta.
— Desculpe, então vamos — Isabel abraça Graziella e vão pelo corredor.
As duas vão andando pelo corredor quando Graziella é jogada no chão bruscamente e Isabel se assusta abaixando para ajudá-la.
— Deixe essa infeliz aí, pobretona o que faz aqui em? — Uma garota fala.
— Ela acha que vai ter alguma chance na vida kkk — Outra ri alto.
Graziella respira fundo junta seus materiais e sai correndo.
— Vocês não prestam mesmo — Isabel fala brava e vai atrás — Grazi espeeraaa. — Ela grita mas já imagina onde a amiga vai.
Depois de correr no meio do campus da universidade Graziella se esconde atrás de uma árvore gigante e Isabel a alcança.
— Desculpa eu não vi elas chegando.
— Bel não é culpa sua, elas que são más. — Graziella fala quase chorando.
As duas se abraçam e ficam sentadas conversando até que um barulho chama a atenção de Isabel.
— É ele, que homem lindo, amigaaa — Isabel está empolgada mas fala baixo para ninguém perceber que estão ali.
Graziella olha de lado e começa a rir, só a Bel mesmo para pensar nisso, ela sabe que a amiga é apaixonada por um dos alunos mais cobiçados da universidade Juan Alvarez, as meninas não podiam ver que morriam de paixão, e logo por ele sua amiga se apaixonou loucamente, sorrindo ela observa ele junto ao ainda mais bonito segundo a fama Luigi Martin, desse ninguém se aproximava muito mas claro que as dondocas sempre tentavam algo, e ele óbvio aproveitava e saía com elas, saindo de seus pensamentos Graziella escora na árvore e fecha os olhos.
Isabel não desgruda os olhos de Juan, como ela vai conquistar esse homem? Apesar de estarem na mesma universidade raramente se viam, aliás ela o perseguia com o olhar sempre que tinha a chance, já ele nem sequer a notava, e não é por falta de beleza pois é uma das mais belas, porém ele sempre estava cercado de garotas da mesma turma, o rapaz já está na segunda faculdade, sendo uns 5 anos mais velho que ela. Isabel suspira e fica ao lado de Grazi.
— Se você gosta mesmo dele tente se aproximar amiga, não fique assim. — Grazi tenta confortá-la.
— Não sei como fazer isso Grazi, olha bem as garotas que sondam ele — Isabel aponta as meninas que estão se aproximando e Grazi dá de ombros.
— Você é linda, ainda mais do que aquelas sem sal, manda elas tirarem a maquiagem — Grazi brinca e as duas riem.
A risada das duas chama a atenção e percebem que foram vistas, uma olha para a outra e saem disparadas pelo campus, logo saindo pelos portões.
Luigi e Juan decidem caminhar pelo campus, era quase um laboratório onde analisam cada menina que passa por eles, ele ouve uma gritaria de meninas mas não entende ao certo o que foi dito de longe vê uma pessoa levantar e sair correndo e o grupinho de dondocas rirem.
— Aquelas estão descartadas. — Luigi fala e Juan concorda.
— Estamos encrencados, até agora só vi beleza, mas não dá para casar só com isso. — Juan continua observando outras garotas e eles vão andando.
— Se prepara, lá vem mais — Luigi ri e uma fila de garotas passa por eles se insinuando.
— Cara isso vai ser um tédio. — Juan fala e seu telefone toca.
A ligação só o deixou mais nervoso e Luigi entende pois acaba de receber uma mensagem do pai.
— Deixa ver se eu acerto. Seu pai mandou você ir numa festa hoje? — Luigi fala quase rindo.
— Na mosca, vai começar a operação casar o filho — Juan está desanimado.
— Se te serve de consolo, eu tabmém fui convocado. — Luigi fala e caem na risada.
Eles vão caminhando e percebem um grupo de garotas estudando, se olham mais animados porém assim que aproximam veêm que é só charme e se arrependem, uma faz um decote na blusa, outra fica puxando a mini saia, as piscadinhas e os dois reviram os olhos indo para longe, já mais afastados eles continuam conversando e um som de risadas fazem olhar e notarem as duas garotas debaixo da árvore.
Luigi faz um gesto para Juan e vão se aproximando devagar para ver quem são, sem sucesso pois logo que percebem elas saem disparadas e somem portão afora. Os dois se olham intrigados, duas garotas fugindo deles, isso é novidade.
— Ou é charme — Juan olha rindo.
— Ou estão com medo? — Luigi fica pensativo mas logo estão rindo.
— Chegou a hora de ir, suportar meus pais me dando ordens do que vestir, com quem falar. — Juan revira os olhos.
— E eu então? Sem contar nos papos de máfia, por que não aparece uma bela dama e me faz apaixonar loucamente para eu me livrar do meu pai em? — Luigi ironiza e eles dão gargalhadas.
Cada um entra em seu carro e vão embora.
Longe dali, Graziella chega em casa ainda pensando nas duas correndo dos homens mais bonitos da universidade enquanto todas as meninas ficariam loucas para se aproximar dos dois, saindo dos pensamentos ela vai até a cozinha mas não encontra ninguém, seu coração acelera e ela vai até o quarto, seu pai está deitado e sua mãe coloca uma toalha em sua testa.
— Mãe o que aconteceu?
— Seu pai está com febre, mas logo passa. — Teresa responde preocupada.
— Papai — Grazi abraça o pai.
— Estou bem minha filha, logo isso passa. — Miguel fala e ela tenta se acalmar.
— Tem comida na geladeira filha, pode ir trabalhar. — Teresa fala calma.
— Tem certeza mamãe?
— Sim pequena, pode ir, qualquer coisa eu ligo. — Sua mãe sorri e ela fica mais calma.
Grazi perde a fome então apenas come uma fruta e vai trabalhar. A loja está movimentada e ela sempre tenta escapolir para ligar pros pais, sua mãe confirma que está tudo bem e ela continua seu serviço, de repente umas garotas da universidade aparecem e começam a esnobá-la, a gerente que conhece Grazi desde pequena percebe e se aproxima.
— Graziella vai até minha sala por favor. — A mulher fala e as meninas dão risada. Grazi sai de cabeça baixa.
No escritório Grazi sente os olhos lacrimejarem e tenta o máximo se controlar, respira fundo e a gerente entra.
— Me desculpa Sra Carmem, eu não fiz...
— Menina eu te conheço desde pequena, sei o que elas estavam fazendo, fique aqui até eu mandar você sair entendeu? — Carmém sorri e sai da sala.
Grazi sente um alívio tão grande e senta relaxando na cadeira, minutos depois uma das vendedoras a chama e ela volta para o salão limpando o chão, Isabel entra toda alegre e já nem parece que as outras estiveram ali, as duas se abraçam e Carmem dá permissão para ela ajudar a amiga nas compras, afinal a moça ia comprar muito.
— Ah amiga, vou ficar bem mais bonita ele vai me notar.
— Se não notar é cego Bel, pedi para a vendedora trazer roupas do seu estilo. — Grazi sorri e continua limpando os espelhos, mesmo tendo permissão ela prefere trabalhar enquando ajuda a amiga fazer compras.
Isabel apesar de rica sempre foi muito simples, ter a amizade de Grazi foi difícil e é algo que ela não vai perder, apesar de querer ajudar a amiga ela não pode, seus pais vivem uma briga na justiça para separar, lhe dão o cartão para comprar roupas e fiscalizam depois, nesse caso em especial só liberaram por que ela teve que implorar e dizer que é para chamar atenção de um milionário, o que seus pais não sabiam é que pela primeira vez ela estoraria o limite, e começou comprando roupas para ela e Grazi mesmo a amiga não querendo.
— Você vai aceitar sim, é minha amiga e nunca te dei nada.
— Está bem Bel, mas isso nem é necessário.
— Você trabalha tanto, tem que se cuidar também. — Isabel sorri.
— Não posso me dar esse luxo Bel, meu pai está doente. — Grazi fala e na mesma hora Bel a abraça.
— O que aconteceu com o tio Miguel?
— Febre, cheguei e ele estava na cama queimando em febre. — Grazi fala quase chorando.
— Vamos comprar remédios, levá-lo ao médico, o que for preciso. — Bel fala decidida.
— Então espera meu expediente terminar. — Grazi continua o trabalho e Isabel vai pagar as compras.
A loja fecha e Grazi depois de deixar tudo limpo vai embora, Bel espera na calçada e chama o táxi, as duas passam na farmácia compram remédios e vão para a casa de Grazi, ao chegar está tudo muito quieto e a vizinha vem com um olhar meio triste.
— Menina seu pai foi levado às pressas para o hospital. — Grazi escuta e deixa as sacolas caírem no chão.
Bel tenta reanimar a amiga e entram na casa, depois de uns minutos Grazi volta a si e cai em prantos.
— Amiga calma, perguntei e a sra disse que seu pai está no hospital **** vou te levar, mas tome um banho primeiro.
Grazi faz o que Bel falou e meia hora depois estão no táxi a caminho do hospital, ao chegar elas dão o nome do paciente e informam que seu pai está fazendo exames, logo Grazi encontra a mãe sentada de frente a sala de radiografia.
— Minha pequena.
— Mamãe.
As duas se abraçam, Bel não aguenta e se junta a elas, lágrimas rolam e uma tenta acalmar a outra até que a porta se abre, Miguel é levado na cadeira de rodas para outra sala, parecia tão fraco, Grazi não aguenta ver o pai assim, ele sempre foi um homem cheio de força e energia, agora parece tão doente, o que está acontecendo? Como ela não percebeu? Não parecia só uma gripe, ou apenas uma febre. Ela começa a chorar e sua mãe tenta acalmá-la.
— Filha não fique assim, logo estaremos em casa.
— Mamãe o que o papai tem? Me fala a verdade por favor.
— Não sabemos filha, as vezes ele fica ruim, tem emagrecido muito mas não sabemos o que é. — Teresa fala com a voz embargada.
— Tenham fé amiga, tudo vai ficar bem — Bel tentar ser forte por elas, ela se apegou aos pais de Grazi e não queria que nada de mal acontecesse.
1 hora depois o médico aparece, Miguel já está medicado e vai continuar internado até todos os resultados saírem, apenas uma pessoa pode ficar de acompanhante.
— Filha vai para casa descansar, eu fico com seu pai, você tem aula muito cedo. — Teresa fala firme.
— Mamãe eu...
— Sem discussão pequena, seu pai não vai gostar de saber que perdeu suas provas. — Teresa encerra o assunto e Grazi obedece.
— Está bem mamãe, diz que mandei um beijo e um abraço, estou com saudades, vou ligar para saber notícias e venho vê-lo amanhã. — Grazi fala chorosa e elas se abraçam.
— Eu fico com ela tia, manda um beijo pro tio — Bel abraça Teresa e logo segura na mão de Grazi — Vamos amiga.
As duas voltam para a casa de Grazi, Bel liga para os pais e avisa que vai dormir na casa da amiga, eles não se importam muito desde que ela vá para a faculdade.
Do outro lado da cidade...
Luigi chega em casa e seu pai já vem animado falando da festa, sua mãe com toda ternura lhe dá um abraço.
— Sinto muito meu filho. — Angela sussurra.
— Não se preocupe mamma, sei lidar com isso. — Luigi sorri a acalmando. — Boa tarde para você também pai, eu vou nessa festa, vou tentar dançar com máximo de mulheres possíveis, vou ser bem cavalheiro, e sorri muito, agora posso pelo menos descansar?
— Olha rapaz como fala com seu pai, mas tudo bem, vai pro seu quarto, sua roupa já está no closet. — António fala sério mas não se irrita, na sua época também foi assim, por sorte não demorou encontrar seu grande amor.
— Beleza pai, até mais tarde — Luigi fala subindo a escada.
Ao entrar no quarto ele se joga na cama, seu pai tinha que inventar essa coisa toda justo na semana de provas, ele só queria terminar os estudos ter a formatura e sumir para a Itália na fazenda dos avós, mas agora graças a máfia ele tem que se casar para garantir segurança a família, ele se vira para o lado e acaba cochilando.
Mais tarde seu telefone toca o acordando.
— E aí cara preparado? — Juan do outro lado da linha fala sem ânimo algum.
— Eu só queria continuar dormindo isso sim, mas já que temos que ir — Luigi vai até o closet e ri — Cara pelo menos minha mãe tem um gosto impecável para roupas.
— Que inveja, eu tive uma discussão para escolher meu belo terno smoking preto, como vamos suportar 4h de danças, decotes, saias curtas e risadas estridentes? — Juan zomba.
Os dois caem na risada e desligam. Luigi toma uma longa ducha mais quente pois está frio, sai e já começa a se preparar para a longa noite, no espelho ele está vestindo o paletó pensativo, como ele ia saber quem era da máfia, seu pai com certeza arranjou com algum de seus parceiros uma bela dama para seduzir ele, de repente seus pensamentos voltam nas duas garotas embaixo da árvore e ele se vê sorrindo " era só o que faltava Luigi, você pensar em duas fujonas" ele espanta os pensamentos e arruma o cabelo, pronto para a tortura ele ri e sai do quarto.
Luigi vai o tempo todo calado, já que seu pai queria isso ele ia fazer mas do seu jeito, chegando na festa logo encontra Juan e os dois vão para o pequeno bar conversar, algumas mulheres já se aproximam e eles educadamente sorriem fazendo elas ficarem ainda mais empolgadas.
— E aí qual o plano Luigi?
— Dance e com qualquer uma que aparecer, apenas dance e não deixe seu pai ter tempo de apresentar ninguém. — Luigi ri e Juan entende.
— Se eles querem uma nora vão ter, mas antes vamos nos divertir amigo — Juan fala e eles brindam.
Luigi vira o champanhe de uma vez e vê duas mulheres se aproximando e por sinal bem provocativas.
— Chegou a hora — Ele fala e os dois vão ao encontro delas.
Luigi e Juan se tornam a atração da festa, todas querem uma dança com eles e os dois sorriam e educadamente iam levando uma a uma para a pista de dança, puxavam algum assunto e disfarçavam o tédio, seus pais relaxam vendo que se divertem e se misturam com parceiro de negócios.
Já passa das onze da noite quando enfim Luigi se afasta do salão e Juan faz o mesmo.
— Cara que tortura, elas são sempre entediantes assim? — Juan está irritado.
— Vai ser um longo mês. — Luigi fala e os dois vão caminhando para o pátio do local e Juan começa a rir. — Do que está rindo?
— Lembrando das fujonas lá no campus, vai dizer que não ficou curioso? — Juan o olha.
— Tá, confesso, pensei nelas enquanto me arrumava. — Luigi conta e caem na risada.
— Você reconheceria? Não me lembro de tê-las visto, devem ser mais novas de outro curso.
— Reconhecer não, mas já sabemos onde elas se escondem não é mesmo? — Luigi ri e eles voltam pro salão que já está mais vazio.
Luigi faz um gesto pro pai e vai embora pois tem aula logo cedo, Juan faz o mesmo e os dois vão para a universidade.
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