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Longe De Você.

Novo destino.

Cada passo, que Catarina dava naquela grama macia, ela pensava em quanto ficaria triste em deixar à vida na fazenda.

Mas como o sonho dos seus pais era que ela tivesse um futuro melhor que, o que eles tiveram na vida dura na roça.

Então faltando pouco para fazer 21 anos, estava tudo organizado para Catarina ir embora da fazenda que era seu lugar favorito no mundo, apesar dela não conhecer nada do mundo, mas ela tinha essa certeza, que era naquele pedaço de terra, onde o seu coração morava.

De malas prontas e com os olhos cheios de lágrimas, abraçou seus pais e entrou no ônibus com destino à cidade de Goiânia Goiás.

Iria morar com a melhor amiga de infância da sua mãe, Dona Sônia que a muitos anos, tinha ido embora para cidade grande, igual ela estava fazendo agora.

A primeira coisa que Catarina iria fazer seria arrumar um emprego pra ajudar na despesa da casa, porque de jeito nenhum aceitaria seus pais mandarem dinheiro pra ela.

Ela tinha um pé de meia guardado, não era muito dinheiro mas teria que dar até ela arrumar um emprego.

Não ficaria escolhendo qualquer trabalho digno ela aceitaria. Tinha certeza que não seria fácil, mas faria de tudo para ser sempre uma boa moça, sempre respeitando os outros e sempre trataria as pessoas com gestos de carinho, precisava ser forte e corajosa, mesmo que seu coração esteja sofrendo.

Finalmente, chegando na rodoviária de Goiânia Dona Sônia estava esperando com um sorriso enorme e me comprimentou com um abraço tranquilizador.

Me dizendo pra ser bem-vinda, que estava feliz com a minha chegada, pois agora ela não estaria mais tão sozinha, ela era viúva e não teve filhos, então seria sua companheira. Fiquei feliz por saber que era bem vinda e comecei a ficar animada com minha nova vida.

Chegando na minha nova casa, já gostei muito era pequena tinha 2 quartos, banheiro, sala e cozinha, e tinha um quintal cheio de plantas logo fiquei entusiasmada, pois pelo menos poderia me distrair com algo que sempre amei que eram as plantas.

Como já era tarde, tomei banho e quando saí do banho Dona Sônia me chamou para jantar, foi quando percebi estar faminta, ela tinha feito arroz, feijão, salada de tomate e bife e realmente estava uma delícia, terminamos de jantar arrumei a cozinha e agradeci pois estava uma delícia e me retirei para escovar os dentes e me deitar, certeza que dormiria super rápido estava morta de cansaço.

Logo adormeci e foi uma noite sem sonhos, acordei assustada e olhando ao redor demorei reconhecer onde estava.

Eram 03:00 da manhã e fiquei pensando em como conseguiria viver essa nova vida, com todo o propósito de vida que fiz pra mim mesma, primeira coisa era arrumar um trabalho, segunda coisa começar uma faculdade de veterinária, terceira coisa ajudar os meus pais.

Amanheceu é levantei-me, foi direto fazer a minha higiene e encontrei Dona Sônia na cozinha passando o café, bom dia! Dona Sônia.

Dona Sônia: bom dia filha como dormiu?

Catarina: Dormi muito bem graças à Deus.

Primeiro dia

Catarina

Dona Sônia

Dona Sônia: Catarina querida estava conversando com uma amiga, e ela disse-me que está precisando de um funcionário para trabalhar na sua floricultura, disse há ela que falaria com você e ela falou para você procurar ela hoje ainda.

Catarina: Dona Sônia como Deus e bom, estava ansiosa para procurar um emprego, espero que dê certo. Vou agora mesmo a senhora poderia me falar onde é?

Dona Sônia: Vamos fazer assim, tomamos café e vou com você lá e aproveito para ver se chegaram novas plantinhas.

Catarina: Que maravilha, ficarei mais confiante com a senhora indo comigo, então vamos, a senhora precisa de ajuda?

Dona Sônia: Não querida não precisa estou com tudo em ordem, pode sentar para comermos.

Catarina: Estou muito animada, fica muito longe daqui?

Dona Sônia: Não fica muito longe, mas não dá para ir andando, precisamos pegar o ônibus, costumo ir lá pelo menos uma vez no mês, comprar plantinhas e sempre saímos para almoçar e colocar a conversa em dia.

Catarina: E sempre bom ter amizades que agente pode conversar e se distrair.

Obrigada pelo café Dona Sônia.

Lavo a louça e tiro a mesa, e vou logo me arrumar, decido colocar um vestido leve florido com alças finas e cruzadas nas costas, abaixo do joelho, e uma sandália baixa, e ainda bem que fiz aquele curso de maquiagem, decido por uma maquiagem leve só para disfarçar as minhas sardas, de leve porque amo elas, pego a minha bolsa, confiro os meus documentos e coloco uma cópia do meu currículo.

Mesmo sem ter trabalhado com um emprego de carteira assinada, nunca fiquei sem ganhar o meu dinheiro, sempre fiz bolos e croché, não ganhava muito, mas era o suficiente, para fazer alguns cursos ao longo dos anos.

Dona Sônia: Vamos então, faltam alguns minutos para o ônibus passar, assim não arriscámos perder.

Catarina: Acabo-me distraindo e olhando o movimento dos carros e pessoas andando apressadas nas calçadas, nas lojas abrindo para iniciar o seu dia, e rezo para dar tudo certo e eu conseguir vencer aqui nessa cidade linda e cheia de possibilidades.

Dona Sônia: Chegou o nosso ponto Catarina.

Catarina: Andamos uns 15 minutos e paramos em frente a uma floricultura enorme e muito bonita. Fiquei apaixonada a primeira vista, tive uma conversa com a Dona Larissa que era a Dona da Floricultura e amiga da Dona Sônia.

Ela disse que gostou muito de mim e mesmo eu não tendo experiência ela iria me contratar por 3 meses que seria o tempo de experiência.

Fiquei muito feliz mesmo, na verdade, quase chorei, e Dona Larissa me perguntou se gostaria de começar hoje, claro que aceitei, e juntas demos a boa notícia para Dona Sônia.

Ela ficou super feliz e se despediu da gente não sem comprar uma linda rosa do deserto vinho e acabei fazendo a minha primeira venda.

Havia mais 3 meninas que também trabalhavam lá, a Carla, Cecília e Carolina. Foram super educadas e prestativas comigo e a Cecília me chamou pra almoçarmos juntas, me explicou que não era sempre que almoçava no restaurante que tinha na esquina da floricultura, geralmente trazia almoço de casa, mas hoje tinha saído atrasada e por isso ia almoçar lá.

Acabou me contando que morava com os pais e uma irmã e fazia faculdade de arquitetura, que tinha uma bolsa de estudos, e cada centavo era contado para não faltar no final do mês.

Primeira Semana

Catarina

Dona Larissa

Cecília, Carolina e Carla.

Floricultura Shopia.

A primeira semana passou muito rápido eu estava me acostumando

a minha nova rotina, levantava as 05:00 fazia a minha higiene pessoal, me arrumava para o trabalho o uniforme era calça jeans, blusa preta com um avental vermelho e ténis, superconfortável e o avental era super-útil para guardar utensílios como tesoura, pá, fitas para os embrulhos, na verdade, era bem grande.

Cada dia gostava mais do meu trabalho e estava muito feliz com as minhas novas amigas, todas muito lindas, muito esforçadas com muitos sonhos iguais a mim.

Sempre no final da tarde com a floricultura já fechada fazíamos um lanche sempre tínhamos esse momento juntos para compartilhar conversas e algumas ideias, a Carolina e a Cecília saíam direto para faculdade então era muita bondade da dona Larissa dar esse lanche para todos nós.

E as meninas estavam me incentivando para fazer a prova de um cursinho pré-vestibular, a Carla estava fazendo, e estou realmente tentada a fazer.

Quando cheguei em casa encontrei com dona Sônia fazendo a janta e logo foi ajudar e aproveitei para contar para ela sobre o cursinho pré-vestibular, ela achou uma ótima ideia.

Depois que arrumei a cozinha da janta, liguei para meus pais, pois combinámos um dia e horário para conversarmos com mais tranquilidade.

E porque eles tinham que subir um pequeno morro para dar sinal de celular. Contei para eles como foi minha semana e sobre as novidades, minha mãe e meu pai me deram a maior força para correr atrás dos meus sonhos.

Me despedi deles com uma saudade enorme e com vontade de chorar, foi tomar banho fazer as minhas orações e dormi muito rápido.

Cheguei no trabalho, com meia hora de antecedência, a Carla, e a Carolina já chegaram, passou alguns minutos a Cecília chegou, e ficamos conversando um pouco e decidimos sair no sábado a noite para um barzinho e depois para um lugar para dançar, como não bebia bebidas alcoólicas e nunca foi em uma “boate” as meninas ficaram super empolgadas, o nosso dia foi super corrido com vários embrulhos e entregas para fazer, e em alguns dias seria Dia dos Namorados e as meninas me falaram que o movimento iria dobrar e seria bom que daria para fazer hora extra que seria cansativo, mas compensava.

Hoje não poderia esquecer de fazer a inscrição no curso pré-vestibular, assim que chegar em casa.

No final do dia fizemos o lanche junto e combinamos de nos encontrar na (frente) do bar e depois iríamos dançar.

Agente se despediu e corri para pegar o ônibus se tivesse chegando três minutos depois teria perdido.

Nessa meia hora aproveitei para ler um pouco, estava lendo o Morro Dos Ventos Uivantes, a minha mãe leu esse livro ainda adolescente e amou o nome da protagonista da história e quando ela me teve foi o primeiro nome que ela pensou, realmente Catarina e um nome muito forte, e amo o meu nome, sabia que aquela hora minha mãe e o meu pai estariam na fazenda, sentados na varanda tomando chá e conversando sobre o dia a dia, e sobre mim, tenho certeza.

Eles nunca tiveram um momento só deles depois que nasci, a minha mãe me disse que estava sendo interessante ser só os dois agora, me disse que o meu pai estava triste nos primeiros dias, mas agora está conformado com a minha ausência, chegou a falar com a minha mãe que eles viriam me visitar assim que desse, fiquei super empolgada, e agora pensando em como foi esses dias, vejo que estou me adaptando muito bem e estou feliz por estar aqui, com meu trabalho e com as pessoas ao meu redor, pensei que demoraria mais para me acostumar.

Mas estou amando.

Chegou no meu ponto, desci e caminhei uns 10 minutos não era longe da minha casa.

Sempre que chegava, encontrava dona Sônia na cozinha já fazendo o jantar, guardava as minhas coisas e já lavava as mãos e iria ajudá-la, nós duas já criámos nossa rotina diária, Dona Sônia trabalhava em casa era costureira, fazia roupas femininas, vestidos de festa.

Então tomávamos café da manhã e jantamos juntas ela fazia o jantar porque fazia uma marmita para mim e para ela, porque na hora do almoço era super corrido para ela, com a marmita já pronta ela não perdia tempo fazendo o almoço.

E no domingo decidimos que faríamos algumas coisas para adiantar para a semana.

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