A vida não é nada como imaginamos. Pelo menos, não a minha. Ela fez questão de mostrar todo tempo que eu não tenho controlar sobre o meu destino. De nada atualmente, quem dirá do destino. Não importa quantos anos você planeje algo, se o destino decidir armar de suas peripécias, você só tem duas opções: Ou aceitar como tudo terminou ou transformar aquele resultado em algo proveitoso e benéfico para você.
Eu me chamo Maitê Castro, acabo de completar meus 17 anos, estou no último ano do ensino médio ou pelo menos deveria está. Tenho longos e lisos cabelos pretos até a minha cintura, olhos cor de mel, sou mediana na altura em relação às minhas amigas, tenho 1.60. Um corpo que não posso reclamar. Ele é muito bem desejado. Falando com zero humildades mesmo. Costuma chamar muita atenção por onde passa.
Perdi a minha mãe quando tinha apenas 13 anos, muito nova , me deixou sendo criado pelo meu amoroso pai, que morreu — sim, pessoal, zero paz nessa minha vida — quando completei 16 anos. Detalhe importante, um pouco depois da morte da minha mãe, o meu pai que estava desnorteado na época, casou com Maristela e agora, vivo com ela e as suas duas filhas.
Não, elas não são doces e caridosas com alguém que perdeu os pais. Podem imaginar mais como a madrasta da Cinderela um pouco mais sádica e suas filhas um pouco mais várias. Estou aqui apenas como empregada e por ela ter a minha guarda. Razão? Até hoje não descobri porque ela quis ficar comigo, alguém que elas odeiam tanto.
Logo depois o meu pai morreu, a minha vida virou de cabeça para baixo. Fui retirada da escola particular e colocada numa pública que quase não tinha aula e nem sempre Maristela estava de bom humor para me permitir ir a aula. O meu quarto foi transferido para o de empregadas, quase tudo que era meu foi doado. Exceto as joias, ela distribuiu com as suas filhas. Também comecei a ter que limpar a casa, fazer comida, aguentar insultos e agressões das três moradoras da casa.
As duas filhas eram Bruna e Brena, eram loiras , altas, com vozes irritantes e gargalhavam como hienas. Eram um pouco de ego das duas e a meta de vida era casar com um homem rico. Sim, garotas adoráveis. Super fofas. Sentavam em qualquer um que tivesse alguns dígitos a mais no banco. Investimentos, ela chamavam.
Certo dia cheguei da escola e o advogado estava em lá casa. Era incrível, quando ele iria visitar, Maristela não usava joias ou vestidos chamativos. Parecia até uma senhora que sofria o luto, mas, na verdade, tinha vários amantes. Que visitavam regularmente — alguns muito bem pagos.
— Bom dia — falei entrado na sala, ela quase estava no colo dele. E ele estava incomodado com a situação.
— O que faz aqui? — Perguntou irritada me encarando
— Voltado para casa? É o que se faz quando se termina as aulas. — respondi debochada
— Sua! — Ela se controlou, não podia atacar uma criança pelo menos não na frente dos outros, ainda mais do advogado que cuidava da minha guarda.
— Que farda é essa? — o advogado perguntou a mim, mas antes que eu pudesse responder, Maristela fez por mim.
— Mudei ela de escola. Sabe como são os adolescentes. Ela não queria mais estudar, as notas estavam baixar. Fiz para ela ter uma lição. — Ela falou me fuzilando
— E para onde esta indo a verba da escola? Segue sendo retirada todos os meses. — Disse olhando para seu celular.
— Deve ser ela mesmo aprontando. Vou vasculhar seu quarto depois — Ela disse sorrindo se humor nenhum
— Não, vamos agora Leandro, temos que descobrir o paradeiro desse dinheiro e claro que posso provar minha inocência —Eu falei, Leandro não fazia ideia que eu estava no quarto de empregadas. E se soubesse a casa ia cair.
— Leandro, ignore ela. Irei averiguar o assunto e ligo avisando. E vá para seu quarto tirar a farda da escola. Precisamos almoçar — Ela falou
Em resumo, ela quer dizer: Fique calada e vá fazer seu trabalho para não ter problema. Acenei para eles e fui para meu quarto. Tomei um banho, quando olho, Maristela estava no quarto com um chicote. Quase não estou recuperada da última surra que levei porque não fiz a lição de casa das filhas dela.
— Precisa de algo? — perguntei mesmo sabendo a resposta que eu teria.
— Tire a toalha. Não quero gastar dinheiro com roupas ou toalhas novas para você. Vire de costas. E sabe como funciona, odeio grito e choro, cada vez que me irritar baterei mais. — Ela falou se aproximando de mim.
Eu só me virei, senti o impacto forte, senti meus olhos ardendo e o sangue escorrendo nas minhas costas. Ela estava mesclando os locais das pancadas. Acho que fazia isso para evitar deixar marcas brutas e incuráveis. Elas demoravam para sair, mas ficavam apenas linhas como arranhões.
— Ah! Me sinto bem melhor agora — falou depois de alguns minutos se divertindo com o chicote e saiu rindo. — E apresse o almoço.
Eu caio no chão com a dor. O meu corpo estava coberto de sangue. Eu não tenho nem ideia do porque ela me odeia tanto. Voltei para o banheiro, o banho doeu mais que a surra. Fui para cozinha, preparei a comida delas e a minha (eram comidas diferentes). Então fui chamar a madame.
— O almoço está servido. Licença — Falei e me retirei.
Fui para o quarto com o sanduíche que fiz para almoçar. Estava sem fome, mas tinha que comer. Fiz as minhas tarefas da escola, as das duas mimadas e cochilei um pouco. Acordo com alguém batendo na porta. Até tento ignorar, mas a pessoa quase arrombou a porta.
— Estou com convidados na piscina. Faça petiscos e algumas bebidas logo, sua imunda preguiçosa — Brena dizia com impaciência
— Eu tô de boa dormindo — Falei e senti uma tapa na cara.
— Posso chamar minha mãe para te domesticar um pouco mais. Parece que mais cedo não foi suficiente, ratinha. Se apresse que o meu futuro marido está lá. — falou e saiu sorrindo
Respirei fundo e decidi levantar-me. Não tinha condições de sobreviver a outra surra daquela hoje mais cedo. Quase não conseguia me mexer. Vamos fazer logo isso, pensei.
Eu comecei a gostar de cozinhar, acabou se tornando uma terapia no meio de tanto caos que se tornou minha vida. Sendo ótima ferramenta para relaxar e aliviar a dor que que estava sentindo depois daquela surra que levei. Fiz alguns coquetéis com e sem álcool, me deram zero informações sobre as visitas. Alguns petiscos, sanduíches e uma tábua de frios. E fui levando pouco a pouco para mesa próxima a piscina. Assim os cconvidados daquela vaca poderiam se servir.
— Brena, tudo está pronto e servido. Podem se servir. — Eu falei me virando para sair.
— Oh espera! Explica o que é tudo — disse Brena saindo da piscina e vindo em minha direção.
— Fiz dois coquetéis, com e sem álcool. Aqui tem uma tábua de frios, alguns sanduíches vegetarianos, de salmão e frango e — tudo escureceu e eu perdi todos os sentidos
Quando acordei estava nos braços de alguém era um homem forte. Aquele perfume. Eu amo aquele perfume. É o mesmo que Alan usava. Que saudade dele me bateu. Senti até uma lagrima caindo pela lembrança dele. Fui colocada em uma espreguiçadeira e ainda me sentia totalmente desnorteada. E não tentava acordar. Estava perdida em meus pensamentos sobre Allan, alguns perfumes parecem ser feitos para as pessoas. E esse fez minha mente mergulhar em lembranças apenas sentindo o cheiro.
— Alan, pode deixar ela. Deve ser só drama — Brena falou com a voz mega irritada
— ALAN? — eu gritei me levantando com tudo, saindo do meu transe, procurando por todos os lados, mas ele estava do meu lado, muito próximo de mim. Era dele o perfume.
— Oi, Maitê. — Ele falou com um olhar triste me encarando, mas forçou um sorriso.
— ALAN! — Eu gritei e pulei nos seus braços chorando. Só podia ser um sonho.
Ele retribuiu o abraço, mas logo sou puxada e levo uma tapa na cara. Era a Brena. Acabo caindo com tudo de bunda no chão. Me sinto tonta novamente e algo molhando minha blusa. Meus pensamentos estavam lentos.
— Se coloque no seu lugar. Não toque ele de forma tão casual — ela falou com ira em sua voz
— Você está louca? — Alan perguntou afastando Brena da minha frente e me levantando com cuidado.
Quando ele me levantou, senti as pancadas que estavam ainda se curando da surra, sim, nada é tão ruim que não possa piorar. Pareciam está sangrando novamente, acabei soltando um gemido de dor, antes de começar a passar mal novamente.Tudo estava escurecendo.
— Ou você para de drama e fica longe dos meus convidados ou a minha mãe terá que te explicar etiqueta novamente, como pode alguém ter tão pouca educação. — Ela falou com sorriso aterrorizante, eu me tremi, Alan percebeu facilmente o que estava acontecendo.
— Estou indo embora, vou te esperar naquele lugar. Nos encontramos e você me explica. Tenho certeza que arrumarei uma forma para te ajudar. Se eu ficar aqui agora, tenho certeza que vou fazer alguma merda e piorar tudo — Ele falou sussurrando em meu ouvido.
— O que estão sussurrando? — Brena estava impaciente nos olhando
— Perguntei se ela precisava de um médico — Ele responde se afastando de mim
— Claro que não precisa, ela é só uma empregada fazendo drama — Ela respondeu
— Maitê Castro é uma empregada doméstica? Desde quando? — Ele olha para Brena e ela trava vendo a merda que fez
— Já conhecia ela?
— Sim. Estou indo embora. Vamos — Ele falou e todos que estavam com ele sairam
— SUA MALDITA! — Brena gritou me dando outro tapa na cara
— O que está acontecendo aqui? — Maristela pergunta, mas percebe logo que a minha blusa está coberta de sangue
— Essa idiota fingiu passar mal, Alan foi socorrer ela, acabou que eles se conheciam. Fui dizer a ele que ela era uma empregada e foi embora chateado. Culpa sua, imbecil. — Ela se aproximou, me balançando, mas eu já estaca desacordada — Não adianta fingir que desmaiou. Vou te bater até você abrir os olhos.
— Brena, minha filha, ela deve ter desmaiado por conta de todo esse sangue. Temos que chamar um médico. Se ela morrer, perdemos tudo. — falou chamando um segurança pediu ele para levar para o quarto de hóspedes. Chamou um advogado e depois um médico
O médico chegou e disse que foi sério. Ela perdeu muito sangue e estava com bastante for. Que não tem ideia de quem foi o bastardo que fez isso, mas só poderia ser um monstro. Eu concordo, doutor, ela realmente é um monstro.
Me deram uma bolsa de sangue, medicações, soro e algumas horas depois acordei. Estava ouvido vozes.
— Quer dizer que se ela morrer perdemos tudo? — Maristela gritava
— Tudo isso é em nome da guarda, você gerencia por isso. Se ela morrer, você fica com apenas a casa que te foi dada em tratamento. — O advogado que nunca vi falava
— Então o que posso fazer? — Ela perguntou
— Ela já te passou várias coisas sem saber, mas só será liberado quando ela fizer 18 e se ela questionar, teremos problemas — Ele diz
— Já matei a mãe e o pai dela. Só preciso esperar alguns meses matar ela também — Maristela falou sem emoção nenhuma
— Assim, tudo será nosso — Ele falou e beijou Maristela
A comida parece está querendo voltar. Tento me controlar, mas estou tremendo involuntariamente. Vivo por anos com a assassina dos meus pais? Isso explica a forma que sou tratada, sou apenas um boi para abate.
Contudo eu não deixarei isso acontecer. Eu irei tomar tudo dela. Da mesma forma que fez comigo, farei ela pagar com juros e correção monetária. Pai, mãe, eu juro. Farei essa mulher pagar pelo dia que decidiu colocar os pés nas nossas vidas. Farei da vida dela um inferno.
Mas antes disso, preciso fugir daqui. Tenho que pedir ajuda a alguém para me esconder por enquanto. ALAN! O parque ! Ele disse que estaria lá. Amarrei alguns lençóis e desci pelos fundos da casa. Pela saída que foi construída para apenas os herdeiros da casa soubessem. A casa que estamos era herança da família da minha mãe.
Até logo! Voltarei mostrando que ninguém mexe com a família Castro. Espere só por ver, Maristela.
Estava escuro. Frio. Eu me sentia fraca. Sabua que a qualquer momento podia perder os sentidos. Gastei toda energia que tinha para chegar no parque.Cheguei no parque, mas não conseguia encontrar o Alan. Me bateu o desespero, se eu não conseguir ajuda dele para fugir o que farei? Quanto perceberem que fugi vão me trancar em alguma masmorra, tenho certeza. Irei de Cinderela para Rapunzel rapidamente. E não gosto de cabelos tão longos. Tudo estava escurecendo novamente.
— Maitê? — Meu coração aliviou na hora que ouvi sua voz e acho que a adrenalina caiu, fui aí chão junto com ela.
Acordei estava em uma cama desconhecida. Tinha trocado minha roupa e acho que me deram algum remédio, me sinto melhor, embora muito sonolenta ainda. Procuro Allan, não encontro, saio do quarto para procurar, ele estava na sala, sentando no sofá com vários homens armados, acabei sem querer esbarrando em um jarro e todos estavam apontando armas para mim. Ok. Meu destino é a morte. Não tem para onde correr. Pelo menos serei morta por homens gostosos e não aquelas vadias.
— Não atirem! Espere no quarto já subo, ok? — Ele falou com um tom áspero, frio e seco. Bem diferente do normal, mas obedeci, já deu de emoções por hoje.
Uns minutos depois ele sobe, entra no quarto afrouxando a gravata.E senta do meu lado da cama. Me encarando ele fala.
— Como se sente? — Ele perguntou olhando nos meus olhos como se tivesse procurando alguma coisa que ele perdeu.
— Livre e com um pouco de dor. E talvez um pouco dopada— respondi
— Acho que vou precisar da história completa, você estava muito ferida, Maitê
— Posso comer algo antes? — Eu mal comi aquele sanduíche, estava com fome.
— Vamos então descer e jantar?
— Aquelas pessoas já foram? E quem são? Você está bem? — Falei preocupada olhando ele em todos os lugares.
— Sim — Ele falou rindo, tirando a grava e pegando minha mão — Vamos jantar e te explico tudo depois.
Descemos, a mesa de jantar já estava servida. Nem lembro quando foi a última vez que comi em uma mesa. Isso é uma loucura. Porque demorei tanto para fugir? Bem, também não teria para onde ir e ela me acharia de qualquer forma.
— Acho que sua mente está longe — Alan falou enquanto comia
— Sim, me perguntava porque demorei tanto para fugir — Falei olhando para comida e comecei a chorar
— Está ruim? Posso pedir outra coisa. — Ele disse preocupado e chamando um funcionário
— Eu não podia comer na mesa e minhas refeições eram feitas com as sobras das comidas delas. Comer assim, me faz sentir viva e acabei emocionada. Me desculpa. — Falei enquanto limpava as lágrimas
— Mas você cadê seu pai? Você era a princesa dele. Não tem como ele deixar isso acontecer com você. — Allan conhecia meu pai
— Ele morreu. — Falei deixando as lágrimas correrem — depois disso, eu não tinha mais ninguém. Maristela virou minha guardiã legal e detentora de tudo que era meu até completar 18 anos. Ela cortou meus laços com todos, mudando de escola, tirando celular e qualquer forma de comunicação que eu tivesse. Me colocou em uma escola pública próximo de casa e um segurança sempre estava me vigiando. Nem quando tinha visitas em casa eu poderia ter contato ou sofria "domesticação". Hoje quando acordei depois do desmaio, ouvi ela falando com um advogado Estavam armado para terminar de tirar tudo que era meu. Assim que completasse meus 18 anos, finalizaram o plano com minha morte, assim como fizeram com meu pai e minha mãe. Ouvindo isso... — Eu soluçava — Eu só consegui pensar em fugir e voltar para me vingar dando com juros tudo que me fizeram.
— Você tem um plano? — Alan perguntou de forma objetiva.
— Sim, vou tornar a vida dela um inferno. Só tenho que conseguir sair daqui, ter poder e status — Eu falei
— Só — Ele falou rindo — Posso resolver todos esses problemas para você , mas talvez você acabe envolvida em muito mais problemas
— Eu topo. Eu sempre acabo me envolvendo em problemas. Pelo menos dessa vez, será minha escolha.— Eu falei
— Nem falei o que era. Vai que você não goste da ideia — Ele falou preocupado
— É você que tá dando a ideia. De todas as pessoas que já passaram na minha vida, confio em você. — Eu disse sorrindo
— Ok. Então a proposta é nos casarmos. Eu preciso de uma esposa e você precisa de apoio. Eu não teria outra pessoa melhor para confiar para ser minha esposa. Na verdade, não pensaria em ninguém mais — ele diz me encarando
— Eu topo! — Falei empolgada
— Só tem um detalhe que você talvez não sabia sobre mim. Eu sou o cabeça da máfia. Você precisa saber onde está e enfiando. — Ele falou sério
— Tá zoando? O nerd é dono da máfia. Isso explica todas aquelas armas. Ou seja, terei mais formas ainda de me vingar, certo? E de quebra terei ao meu lado meu melhor amigo e um marido gato. Vi só lucro.
— Você é mais surtada que eu. Sabe que será perigoso. Certo? Está comigo é perigoso. Acho que você ainda está fora de si.
— Não, está com você é está segura. Você faria o mundo para me proteger de algo. — Ele sempre me protegeu quando mais nova.
— Vou falar com a meus advogados e uns contatos. Farei organizarem esse casamento, mesmo você sendo de menor e sem autorização daquela louca. Depois vai me contar detalhe por detalhe sua vingança. Mas conversaremos melhor sobre esse casamento amanhã, você precisa descansar.
— Mas minha vinganças só começa depois que completo 18 anos.
— Você começa a ser minha esposa agora. Aliás, na frente das pessoas não use meu nome. Vão me chamar de Lúcifer no geral, mas você pode escolher um apelido carinhoso. É necessário ocultar a identidade.
— Pode me colocar para treinar também?
— Que treino?
— Tiro e defesa pessoal?
— Acho que realmente será últi você saber, mas você sempre estará com seguranças.
— Então acabei de te encontrar e agora irei me casar com você? — Perguntei
— O destino pode ser bem engraçado às vezes, não acha? — Falou se aproximando de mim — Ele afasta e une pessoas. TALVEZ precisasse ser o momento certo para nosso encontro.
Eu até iria responder algo, mas ele me puxou pela cintura, colou nossos corpos e tomou minha boca. Meu corpo parece ter incendiado apenas com aquele beijo.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!