Nicolas Caccini 38 anos( Líder de uma gangue de motoqueiros conhecida como os três, o pesadelo de Cosa nostra e considerado o lado errante da Máfia Italiana)
Veridiana Ricci 19 anos Filha de um dos líderes de Cosa nostra.
Isis Ricci 18 anos / irmã e confidente de Veridiana.
Pela porta do escritório de Don Marco Ferrari entra um de seus homens completamente apavorado!
—Qual o problema Giuseppe?espero que tenha um bom motivo para passar por essa porta sem ser anunciado .
Diz enquanto toma um gole de sua bebida.
—Perdemos mais um carregamento de armas senhor, dessa vez nenhum homem voltou vivo das negociações.
— Droga!
Gritou Marco jogando contra parede o copo que se esfarelou.
—Novamente os malditos motoqueiros? disse a você para encontrar e matar aqueles três malditos.
—Teremos problemas Don Marco!Como matar um fantasma? o Líder Drago e conhecido entre os inimigos como louco além de ser filho de Hugo Caccini, o pai morreu mais todos sabemos que o filho foi treinado e preparado por ele, os homens simplesmente tremem ao ouvir seu nome.
— Fantasmas não existem Giuseppe, não diga asneiras, precisamos acabar com essa porcaria de queda de braço se não podemos o matar, pelo menos com o conselho sabendo que fomos nos, teremos que dar um jeito no Maledetto infeliz.
__ Por que ao invés de enfrenta-los não trazemos para nosso lado senhor,sabe que homens como aqueles são melhores como aliados do que como inimigos.
Giuseppe exclamou e foi como se uma Luz se acendesse na cabeça do homem.
__ Uma aliança? sabe como são formadas as alianças na máfia? o correto seria um casamento com a filha de um dos líderes de Cosa nostra, mais quem em sã consciência daria a filha em casamento aquele demônio?
__ Talvez um pai que não esteja mais vivo senhor!
Giuseppe disse com um sorriso diabólico em seu rosto, em sua cabeça passava as irmãs Ricci, filhas de um dos líderes da máfia, as meninas foram criadas embaixo da proteção dos anciães, vivendo em um colégio interno em Veneza por praticamente toda uma vida, Veridiana e Ísis seriam perfeitas para firmarem o pacto com o maldito Dragão da máfia que todos temiam, Nicolas Caccini havia se tornado o pesadelo da organização, chegava Sempre primeiro, havia conseguido o respeito de todas as famílias contrárias a Cosa nostra e isso o estava fortalecendo. Considerado um grupo errante "os três" como conhecidos eram homens de família muito rica que se recusaram a ser mandados pela Máfia, filhos de líderes de Cosa nostra eram praticamente intocáveis, protegidos pelo conselho mais odiados por todos que o formava.
— Tente contato com Arthur Gribalde, dos três é o único que o pai ainda está vivo e poderá fazer uma ponte com o filho, Ainda é um dos nossos não é mesmo?
— Sim Don Marco, continua trabalhando para a máfia mais dúvido que o filho o ouça, sabe bem que aqueles demônios não escutam ninguém, provavelmente estão no bar de Motoqueiros que Arthur administra, estão sempre naquele buraco do inferno.
— Consiga o máximo de homem que puder, iremos agora mesmo até o encontro daquele Maledetto bastardo.
Deitadas sob a grama verde do jardim do internato, Veridiana e Ísis observavam abraçadas a noite, As irmãs criadas desde muito jovens sob os dogmas da igreja mal haviam conhecido o mundo lá fora, Unidas como se fossem uma só as moças perderam os pais ainda crianças em um acidente sem explicação, Herdeiras de uma grande furtuna e sem familiares vivos para acolhe-las foram colocadas em um internato pelos membros da máfia a qual seu pai chefiava, As irmãs Ricci foram vigiadas e protegidas por toda uma vida, mais sabiam que isso não era uma gentileza sim um favor que seria cobrado mais cedo ou mais tarde, alí naquele lugar era comum moças serem trocadas por alianças de poder e furtuna, a dóis anos viram Bia uma de suas amigas ser entregue a matrimônio a um senhor que tinha idade para ser seu avô, Veridiana jurou nunca deixar que sua irmã passasse por aquilo, das duas a moça de olhos azuis como mar e pele clara como leite era a mais falante e extrovertida, sempre alegre era vista correndo com os enormes cabelos soltos pelos corredores do colégio, as freiras que administravam o lugar ião a loucura com o espírito livre e aventureiro da moça, a contra golpe Isis era calma e delicada como a brisa da manhã sempre quieta falava pouco era sempre sua irmã quem tomava a frete de tudo.
— Meninas já para dentro, está frio e desse jeito pegaram um resfriado.
Isabel a Madre superiora do internato já havia desistido de impedir as demonstrações exageradas de afeto entre as moças,sabia que era algo puro e sem maldade mais as outras internas achavam esquisito elas estarem sempre juntas e implicavam com a mais quieta já que Veridiana não era do tipo que levava desaforos pra casa.
—Sua benção Madre!
Isis beijou a mão da mulher que sorriu gentilmente para ela.
Veridiana já virava o corredor naquele momento.
— Não fique brava irmã, ela sempre esquece as regras, não faz por mal.
Disse caminhando até o quarto onde a Veridiana já se trocava para dormir.
—Um dia irá arrumar problemas por não seguir regras Veri, sabe bem que é norma da escola se dirigir com respeito as freiras e noviças do internato.
—Quando a desrespeitei?
Disse cruzando os braços enquanto Isis a observava.
— Estou com fome, quer ir a cozinha comigo?
Mudou de assunto, era sempre o que fazia quando não queria entrar em discussão com a irmã.
— Vamos! estou morta de fome também.
saíram abraçadas como sempre faziam, ao passar por um grupo de internas paradas em Frente ao refeitório toda bagunça se deu início.
—Onde vão as esquisitas?
uma das meninas gritou.
— Parecem mais um casal, que tipo de pervertidas andam agarradas o dia todo? tem certeza que são realmente irmãs?
Não era a primeira vez que ouviam insinuações como àquela, Veridiana e Ísis tinham apenas uma a outra e muitas daquelas burguesas nascidas em berço de ouro não entendia a ligação entre as irmãs.
—Repete se tiver coragem.
Disse Veridiana agarrando os cabelos da moça que gritava agora por socorro, sentada sobre o corpo da tagarela de mente maliciosa Veridiana esbofetiava a garota que sequer conseguia devolver as agressões.
— O que estão fazendo?
gritaram as freiras ao apartar a briga, Veridiana com chumaço loiro de cabelos nas mãos enquanto a outra menina parecia sair de uma luta com um gato selvagem.
—Estão loucas? brigando como dois moleques.
— Ela começou! disse a menina agora toda arranhada.
Veridiana era boa de briga mais também era orgulhosa se recusava a se desculpar por dar a surra que a abusada recebeu então permaneceu de boca fechada.
—As duas para capela, as quero de joelhos, irão rezar todo terço noite a dentro.
Disse levando as garotas pelo braço, Ajoelhada no confecionario Veridiana cantarolava a canção que ouvia na rádio todas as manhãs, enquanto Isis a esperava sentada no chão ao seu lado rezando, a noite foi longa mais não fazia diferença para elas, desde que estivessem juntas sabiam que tudo terminaria bem.
Jogando bilhar estavam os três homens mais temidos de Veneza, Drago era bom com jogos e em tudo que se propunha fazer,o líder da gangue de motoqueiros destemidos e Loucos tinha a escuridão em seus olhos, Nicolas Caccini era o filho mais velho de Don Hugo Caccini, criado para assumir os negócios do pai e receber para si o título de Don dado a sua família o Homem renegou seu destino tomando as redias de sua vida e se rebelou contra aqueles a quem deveria servir.
Drago vulgo que recebeu de seu pai ainda menino por parecer carregar dentro de si algo incontrolável não admitia receber ordens, era um homem justo com os que mereciam justiça mais também era cruel e impiedoso com os que cruzavam seu caminho, Ainda menino perdeu a mãe e foi criado pela insensível mulher de seu pai,Greta Caccini era a segunda esposa de Hugo, fez da vida de seu enteado um verdadeiro inferno, a serviço da máfia Hugo viajava o mundo deixando o pequeno garoto aos cuidados da megera, quando morreu tudo piorou, os abusos se tornaram ainda mais físicos e as surras ficaram constantes, apanhava tanto dela quanto do rodízio de homens que passavam por sua cama, as coisas mudaram rápido quando Drago fez 15 anos o menino com corpo de homem feito aparentava ter muito mais idade do que realmente tinha , os músculos que definiram seu corpo com ajuda dos treinos e lutas que fazia desde muito cedo por ordens de seu pai facilitaram o processo, Drago se levantou contra tudo e todos saiu de casa ainda muito novo, fez furtuna por mérito seu, superou seu pai em tudo que se propôs fazer inclusive na crueldade com seus inimigos, Quando conheceu Arthur teve a ajuda que precisava para os negócios realmente fluírem o Homem de porte esguio e com cara de Playboy levava jeito com números era o melhor com contas e computadores e isso o fazia de certo o mais inteligente dos três, Jhon era os músculos do grupo, resolvia tudo com os punhos e isso era marca registrada do jovem rapaz que era filho de um dos capos mais cruéis que já reinaram em cosa nostra, o grupo conhecido como "Os três de Veneza" era temido por onde passavam, cercados por mulheres, dinheiro e poder eram reis na Itália.
—Merda de jogo?
Disse Jhon ao tentar acertar a bola de bilhar que insistia em não entrar na caçapa.
— Essa porcaria só pode estar com defeito.
Jogou o taco no chão e se sentou sob o banco assistindo a partida que agora seria decidida entre Drago e Arthur, Drago observava calado cada jogada do amigo enquanto Morgana rebolava em seu colo.
—Sabe que não tem chances não é mesmo?
Disse Arthur acertando mais um bola.
—Faltam apenas aquelas duas e eu preciso de apenas uma pra ganhar o jogo, é impossível que consiga as duas.
Se escorou na pilastra assistindo com um Largo sorriso o que acreditava ser a jogada que lhe daria a vitória. Jhon já ria, sabia que aquela partida já era de Drago dificilmente alguém ganhava dele em qualquer jogo.
—Contou com a vitória cedo demais Arthur.
Disse Drago encaçapando as duas bolas em uma única jogada , os gritos dos motoqueiros ecoavam pelo bar ovacionado o homem que consideravam um Deus entre os errantes. Quando homens entraram pela porta os três se sentaram com armas em punho, esperavam que o homem engravatado e coberto de pompa falasse.
—Perdido?
Perguntou Drago ao homem.
—Qual dos três é Nicolas?
Don Marco olhava para eles tentando esconder medo em seus olhos. Eles riram o que fez com que um arrepio percorresse sua espinha.
—Não precisa dizer, é você não é mesmo?
Disse olhando para Drago que se levantou.
—O que te faz ter tanta certeza?
—Está olhando para mim como se eu fosse uma vagabunda desde a hora que cruzei a porta, venho em missão de paz Drago.
—Paz é algo que os líderes de Cosa nostra não conhecem não é mesmo?Estou disposto a ouvir Diga.
Drago se sentou enquanto tomava uma dose de sua bebida.
— Queremos propor uma aliança de paz! tem atrapalhado os negócios da máfia e sabe que as coisas não podem continuar assim, sou Dom Marco fui líder de seus pais e agora serei de vocês.
Disse alto e logo se arrependeu.
— Não temos líderes! somos nossos próprios Deuses , nossos próprios destinos e não serviremos a ninguém como cães!
Drago gritou olhando com desprezo para o homem que se encolheu.
Se levantou novamente agora ficando bem próximo a Don Marco que o encarava assustado.
—O que ganho com essa tal aliança? pelo que sei são vocês os mais interessados, por aqui os negócios andam melhores que nunca.
— Ganhão poder e território, não nos meteremos em seus negócios e vocês deixaram os nossos em paz! nossos acordos são firmados com união de sangue, case-se com uma de nossas Ragazzas. Aceite a mão de uma de nossas filhas como sinal de um novo começo agora trabalhando juntos.
Drago Gargalhou.
—Me acha com cara de um homem de família? olhe bem para mim, provavelmente a filha não é sua não é mesmo? daria sua filha a alguém como eu?
Puxou Morgana para seu colo e o encarava com deboche enquanto a mulher se enroscava em seu pescoço.
—Aceito sua proposta, mais não trabalharemos juntos, o casamento irá firmar um pacto de separação de poderes onde os três e tudo que pertence a nós não serão tocados por vocês e vice versa, se não descumprirem sua parte no acordo cumprirei com a minha mais será do meu jeito, Não nós casaremos debaixo de suas leis, não responderei a você nem a nenhum de seus anciões, e quanto a moça...bem será divertida por um tempo.
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