Azalea

“Obrigada por me convidar para o seu casamento. Foi lindo. ” Eu andei até a noiva e sorri enquanto me inclinei para um abraço. "Parabéns!"

"Muito obrigada por ter vindo!" Ela me deu um abraço rápido, e eu fui cutucada por outro convidado que estava ansioso para prestar seus respeitos ao casal feliz antes que eu pudesse deixar ir.

"Foi ótimo ver você de novo, Lea." O noivo me deu um aperto de mão firme.

Fiquei um pouco surpresa quando recebi o convite para o casamento de Christina. Ela era uma das minhas colegas de classe na Universidade Southern Califórnia, e eu a considerava uma amiga, mas não saímos muito fora da escola. Ela já estava noiva de Greyson quando a conheci e ocupada planejando o casamento. Minha única contribuição foi fazer algumas sugestões sobre arranjos quando ela mostrou algumas ideias para mim. Eu só conheci Greyson uma vez antes de vê-lo beijar sua noiva e foi pouco mais que uma breve introdução um dia, quando ele parou na escola para trazer a Christina um livro que ela esqueceu de levar com ela.

Ok, eu disse olá, acho que posso começar a procurar uma oportunidade para sair.

Casamentos não eram realmente minha coisa, eventos sociais, em geral, me davam ansiedade. Para piorar a situação, Greyson era um agente esportivo de sucesso em Los Angeles, então ele conhecia muitas pessoas famosas. Eu me senti muito deslocada naquela multidão. Eu estava cercada por estrelas do esporte, pessoas que eu reconhecia da televisão e do cinema, junto com algumas pessoas que pareciam ser celebridades, mesmo que eu não soubesse seus nomes.

Eu era geralmente a menor pessoa na sala, a menos que eu estivesse em uma sala cheia de crianças, mas era ainda pior em uma sala cheia de pessoas que eram naturalmente maiores que a vida. Eu tentei caminhar em direção à porta, mas a multidão estava se movendo naquela direção também, e eu fui cutucada até que eu estava a caminho do salão de recepção sem nenhuma maneira de me libertar sem ir contra o fluxo de tráfego.

Vou tomar apenas uma taça de champanhe e vou fazer uma pausa para a porta quando as coisas se acalmarem.

Não foi apenas uma taça de champanhe, era a minha primeira taça de champanhe. Tomei um gole e fiquei surpresa com o quão seco estava na minha garganta. Eu tinha tentado vinho um par de vezes e era muito mais doce. Eu fui a primeira pessoa no bar, o que me fez sentir um pouco estranha quando me virei para olhar a multidão. A garota que não bebe foi a primeira a correr atrás do álcool. Eu estava prestes a colocar meu copo para baixo e tentar ficar perto da borda da multidão para que eu não fosse a pessoa estranha quando vi mais algumas pessoas vindo em minha direção. Eu fugi para o lado para que eu não estivesse no caminho.

A multidão ficou ocupada, o casal feliz entrou no salão de recepção e as pessoas começaram a procurar a mesa. Eu vi meu nome em um dos cartões, mas havia várias pessoas sentadas naquela mesa, pessoas que eu não conhecia. Eu decidi ficar no bar. Essa parecia ser uma opção melhor. Eu não teria que falar com ninguém se eu tomasse lentamente meu champanhe e guardasse para mim mesma. Uma vez que mais algumas pessoas estivessem sentadas, eu poderia lentamente ir até a porta e escapar.

"Vou tomar um uísque, aquele ali mesmo." Um homem se aproximou de mim e apontou para uma garrafa.

Sotaque britânico, ele deve ser amigo do noivo.

"Sim senhor, imediatamente." O garçom assentiu e pegou um copo.

O homem ao meu lado era bastante atraente, não que eu fosse corajosa o suficiente para dar uma boa olhada. Pelo canto do olho, pude ver que ele tinha cabelos castanhos escuros, curtos e penteados para a parte de trás de sua cabeça, com uma barba grossa que estava nitidamente aparada. Seus ombros largos projetavam uma sombra bastante imponente, ele era construído como um tanque. O paletó dele teria arrastado o chão se estivesse ao redor dos meus ombros. Ele se virou para mim uma vez que o barman lhe entregou uma bebida, e eu fiz o meu melhor para não fazer contato visual.

"Você é amiga da noiva ou do noivo?" Seu sotaque era mais grosso que o de Greyson, e ele tinha um tom áspero em sua voz quando falava.

"Da noiva." Eu virei a cabeça ligeiramente, mas imediatamente olhei para o chão quando vi seus olhos focados em mim. "Eu faria a mesma pergunta, mas seu sotaque o entrega."

"Sim." Ele riu. "Greyson é meu irmão."

"Ah, eu não sabia que Greyson tinha um irmão." Tentei fazer contato visual novamente e me perdi em seu olhar de aço por um momento.

“Sim, e uma irmã também. Ela está por aqui em algum lugar.” Ele examinou a multidão e encolheu os ombros.

"Você tem uma grande família." Tomei um gole do meu champanhe. "Meus pais decidiram que uma era o suficiente."

"O meu provavelmente teria decidido a mesma coisa se eu tivesse sido o primeiro na cena." Ele riu baixinho. "Eu sou Mason, a propósito."

"Lea." Eu dei-lhe um leve aceno de cabeça.

O nome chato que prefiro passar em vez de ter que explicar que meus pais me deram o nome de Azalea porque meu pai os deu para minha mãe no primeiro encontro deles.

"Prazer em conhecê-la. Seu copo está vazio. ” Ele se virou para o barman.

"Ela precisa de outro."

"Oh, não." Eu balancei minha cabeça para trás e para frente. "Estou bem.

Isso estava um pouco seco...”

"Fica melhor depois de alguns copos." Ele se aproximou de mim. "Ou você pode simplesmente mudar para o uísque."

"Isso é um definitivo não." Eu estremeci. “Eu tentei uma vez, nunca mais.”

"Os melhores erros são os que você faz quando você tem um pouco de uísque em você." Ele piscou para mim e sorriu.

Oh Deus, ele estava dando em cima de mim?

Mason

Os casamentos deveriam ser um bom lugar para encontrar mulheres solitárias, isso é o que eu sempre ouvi, pelo menos. Soou bem para mim porque eu estava muito solitário. Lea capturou minha atenção no momento em que a vi sozinha no bar. Ela tinha uma beleza natural para ela, pele de aparência suave, cabelos loiros claros e olhos azul-topázio que brilhavam quando ela não os escondia do mundo olhando para o chão. Se ela fosse um pouco mais alta, ela estaria em uma passarela em Paris sendo paga para ficar linda.

Eu tenho a impressão de que Lea não era uma celebridade, apenas pelo modo como ela se comportava. Ela parecia nervosa e reservada, mas eu não tinha ideia do motivo, ela era a garota mais bonita da sala. Não era educado dizer isso em voz alta a ninguém além da noiva no dia de seu casamento, então decidi não abrir com ela quando me apresentei. Eu esperava poder tirar um pouco desse nervosismo com um par de bebidas, então eu poderia descobrir se havia uma chance que eu pudesse atraí-la de volta para o meu quarto de hotel quando as festividades do casamento acabassem.

"Eu acho que o meu maior erro hoje vai ser esta segunda taça de champanhe." Lea levou o copo aos lábios e tomou um gole. "Realmente não está melhorando, acho que está piorando."

"Hmm." Eu olhei para o barman. "O que mais você tem aí?"

"O que você gostaria?" Ele apontou para a seleção. "Sr. Foster nos pediu para trazer um pouco de tudo.”

"Você já teve vinho?" Eu virei minha cabeça para Lea.

"Sim, um par de vezes." Ela assentiu com a cabeça. "Eu não acho que estou realmente com vontade de álcool embora. Eu poderia pegar um copo de água?”

“Claro.” O barman pegou um copo e começou a enchê-lo.

"Você não deve desperdiçar o champanhe. Se eu conheço meu irmão, provavelmente é caro.” Sorri e tomei um gole do meu uísque.

"Eu vou segurá-lo apenas no caso de eu ainda estar aqui quando eles pedirem um brinde." Ela deixou a sua taça de champanhe e tomou um gole de água. "Lá vamos nós, isso é muito melhor."

"Se você ainda estiver aqui? Você está planejando sair cedo?” Eu estreitei meus olhos.

"Eu acabei de vir só para o casamento." Ela fez contato visual por um momento, depois quebrou. "Eu tenho trabalhos escolares que eu preciso fazer este fim de semana."

Uma estudante universitária? Se ela é parecida com os estudantes universitários que eu estou acostumado, ela definitivamente quer cometer um erro muito pior do que uma taça de champanhe hoje.

"Isso não parece divertido." Eu levantei uma sobrancelha. "E aqui eu estava esperando que você poderia me dar uma turnê de Los Angeles ou algo assim..."

"Eu?" Ela piscou surpresa. "Eu nem te conheço."

"Exatamente." Eu balancei a cabeça e sorri. "Vamos. Meu irmão e sua nova esposa estão saindo em sua lua de mel hoje à noite. O resto da minha família está voando amanhã, eu vou ficar aqui por alguns dias. Se alguém não me der uma excursão, serei forçado a pedir pizza o tempo todo, porque eu nem sei que lugares devo experimentar."

"Por que você está ficando mais tempo do que o resto da sua família?" Ela ignorou o meu pedido, mas pelo menos ela estava falando comigo.

"Estou pensando em me mudar para cá. Minha empresa quer abrir um escritório em Los Angeles e eles me pediram para administrá-lo.” Eu levantei meu uísque e tomei um gole rápido.

Eu provavelmente não deveria dizer isso muito alto, eu ainda não contei a ninguém sobre isso.

"Interessante." Ela levantou as sobrancelhas ligeiramente. "Que tipo de negócio é?"

"Publicidade." Eu me inclinei para trás e coloquei meu copo no bar.

"Antes que você pergunte, não é nada como Mad Men."

Essa é a primeira pergunta que sempre recebo ...

"Eu sei..." Ela olhou para baixo, mas eu vi um flash de algo em seus olhos antes que ela fizesse. "Isso é, na verdade, o que eu vou para a escola."

"Sério?" Eu inclinei a cabeça ligeiramente. "Parece que podemos ter muito em comum então."

Essa é minha... certamente isso vai atrair um pouco de interesse.

Eu nunca havia conhecido uma garota tão apreensiva e nervosa por ter conversado com alguém. Ela não parecia desinteressada, ela apenas parecia assustada. Tentei amolecê-la falando sobre minha carreira, como eu comecei e o que ela teria que esperar quando ela embarcasse na mesma jornada. Isso pareceu funcionar um pouco, mas ela ainda parecia estar procurando pela primeira oportunidade de fugir. Quando mais algumas pessoas vieram ao bar, eu finalmente comecei a entender. Eu não era o único que a deixava nervosa, ela simplesmente não gostava de multidões. Ela era tão introvertida que a ansiedade social estava quase emplastrada em seu rosto até que as pessoas que se juntaram a nós no bar pegaram suas bebidas e saíram.

"Eles estão prestes a servir o jantar." Ela colocou o copo de água. "Eu realmente devo estar indo."

"Espere, espere." Eu puxei minha carteira para fora do meu bolso de trás. “Deixe-me dar meu cartão. Meu número de telefone celular está lá. Vá para casa e pense sobre isso. Se você se entediar com todo esse trabalho escolar, tudo o que você precisa fazer é pegar o telefone. ”

"O trabalho na escola não me aborrece." Ela olhou para o meu cartão por um momento, mas finalmente pegou. "Eu realmente gosto da escola."

"Sair comigo vai ser muito mais divertido do que fazer trabalhos escolares." Eu dei-lhe uma piscadela rápida. "Eu prometo."

"Você nem sabia onde me levar." Ela estreitou os olhos. "Você é quem está me pedindo para mostrar a você."

"Eu não preciso saber onde estão todos os pontos quentes para se divertir." Eu sorri. "Basta pensar nisso, eu adoraria ver você de novo antes de ter que voar para casa."

"Eu vou considerar isso." Ela colocou meu cartão em sua bolsa. “Foi um prazer conhecer você, tenha uma boa noite.”

"Você também." Eu balancei a cabeça.

      Essa é a minha melhor jogada, a bola está em sua quadra agora.           

Azalea

Fiz uma linha reta entre o bar e a porta assim que surgiu uma oportunidade. Fiquei feliz por ter conseguido sair da recepção antes de servirem o jantar. Nesse ponto, o fato de eu não estar socializando seria mais complicado do que sentar para conversar com estranhos.

Cheguei a um acordo com a minha ansiedade social em uma idade jovem. Meus pais sempre diziam que eu era tímida, mas nunca senti que era inerentemente errado preferir a solidão. Eu prosperei nesse ambiente. Fiz ajustes em minha vida para me certificar de que estava confortável e estava feliz com minhas escolhas. Eu não me importava de passar a noite de sextafeira com meus pais enquanto as outras crianças estavam cometendo erros na adolescência, e também não me senti com um problema quando passei o fim de semana no meu apartamento trabalhando em minhas tarefas na semana seguinte.

Quando cheguei à faculdade, tentei fazer as coisas de maneira diferente. Eu fiz amizade com algumas pessoas com as quais eu compartilhei algumas aulas, e até participei de algumas festas, mas eu as achei chatas. Uma noite de deboche bêbado não me atraiu, e os caras que davam em cima de mim nessas festas foram bastante repulsivos. Eu sabia o que eles estavam atrás, e eu não ia dar a eles. Eu tinha mais respeito por mim do que isso.

Ok, eu escapei da recepção de casamento. Agora posso ir para casa e me concentrar no trabalho escolar pelo resto do fim de semana.

Era o fim de semana perfeito para passar na frente da tela do meu laptop. Minha colega de quarto estava visitando seus pais, então eu tinha o apartamento para mim, o que significava que haveria paz e tranquilidade. Coloquei meu pijama assim que cheguei em casa e preparei uma xícara de café. Eu precisava disso depois do champanhe porque estava começando a ficar com um pouco de sono. Sentei-me à minha mesa, abri meu laptop e enfiei a mão na bolsa para pegar meu celular. Eu raramente recebi uma ligação ou uma mensagem de texto, mas se não estivesse na escrivaninha enquanto eu trabalhava, continuaria verificando o hábito. Quando tirei meu celular da bolsa, percebi que também havia pegado o cartão de visita, o que Mason me deu.

Gostaria de saber se terei cartões de visita um dia...

Mason era um homem muito atraente, não havia como negar isso. Seu sotaque me lembrou do Sr. Darcy do filme Orgulho e Preconceito que eu assisti algumas vezes no ensino médio. Eu poderia ter ouvido ele falar o dia todo se a interação com outras pessoas não me desse tanta ansiedade. Eu disse a ele que eu consideraria seu convite para ser seu guia turístico em Los Angeles, mas isso era uma mentira. Eu não tinha intenção de ligar para ele quando peguei o cartão dele. Era o mesmo mecanismo de defesa que costumo empregar quando as pessoas me convidavam para ir a lugares. É verdade que eu normalmente não recusaria um encontro com o cara mais gostoso que já havia me convidado para sair, o que parecia uma bobagem em retrospecto. Não era como se eu tivesse alguém batendo na minha porta para um encontro, ou até mesmo perguntando.

Eu deveria realmente considerar isso?

Namorar sempre foi uma luta para mim. Eu tentei algumas vezes na escola, mas os dois caras com quem eu saí eram tão tímidos quanto eu. Talvez por isso tenha concordado em sair com eles em primeiro lugar. Eu tenho a impressão de que Mason não seria o tipo de cara que se sentaria ao meu lado em um cinema e desajeitadamente tentaria colocar o braço em volta de mim depois de uma hora de coragem para fazê-lo, e ele não o tiraria imediatamente quando eu me mexi desconfortavelmente no meu assento dois segundos depois. Mas e se Mason fosse o tipo de cara que queria mais? Ele era um homem mais velho que eu. Eu tinha certeza de que ele tinha pelo menos uma década de experiência, possivelmente mais. Se ele estava procurando por isso, então eu definitivamente não era a garota para ele. Mas talvez eu não soubesse que tipo de garota eu realmente era. Eu nunca tive a chance de descobrir.

Eu olhei para o cartão dele por vários minutos depois de colocá-lo na minha mesa. No fundo, eu queria ligar para ele, mas havia muitas complexidades entre querer pegar o telefone e realmente fazer a ligação. Voltei minha atenção para meu laptop e tentei me concentrar no trabalho escolar. Isso era o que eu deveria estar fazendo de qualquer maneira. Eu não precisei me distrair com o cara britânico que eu conheci.

Foco, concentre-se apenas nisso.

Não havia garantia de que Mason ficaria em Los Angeles de qualquer maneira. Havia uma chance de ele entrar em um avião e nunca mais voltar depois de sentir o gosto da cidade. Se eu estivesse interessada nele depois do encontro, então eu estaria me preparando para um eventual desgosto. Fazia mais sentido evitar essa situação quando eu mapeava as possibilidades na minha cabeça. Eu estava analisando coisas como sempre fiz. Ele me pediu para ser seu guia turístico, não sua namorada. Ele disse que nos divertiríamos, e isso não significa que ele estava procurando mais do que isso. Além disso, eu nunca tive a chance de passar um tempo com alguém que estava realmente fazendo o trabalho que eu esperava ter um dia.

Estou dando desculpas para não perder tempo com ele, tentando simultaneamente me convencer de que deveria. Talvez eu deva me arriscar pela primeira vez na minha vida...