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Impiedoso Magnata

Apresentação dos personagens

Magnus Lutary 30 anos, Multimilionário.

Aurora Maquiere 20 Anos

Kaleb Lutary 20 anos irmão mais novo de Magnus.

Isadora Maquiere 17 anos irmã caçula de Aurora

Olho no relógio e pela milésima vez esse mês irei chegar atrasada no trabalho, Méritos das noites mal dormidas e do meu chefe que não tem dado um único dia de sossego desde que me conheceu, o motivo? bem, o fato de eu não ter aceitado seu convite para sair pode ser considerado uma boa razão. Entro no banho as pressas, tomo uma ducha rápida e escolho entre as poucas roupas do meu armário um dos únicos vestidos ainda em condições de ser usado, calço meus scarpins marrom e uma bolsa bege e corro em direção as escadas.

—Papai! já pedi que não durma no sofá, vai ficar com dores nas costas novamente.

Digo enquanto o cubro com o grosso cobertor laranja do qual ele não se desgruda desde que voltou para casa.

— Peguei no sono olhando as vagas de emprego no jornal minha filha! Não está sendo fácil, quem daria emprego a um aleijado que além de tudo acaba de sair da cadeia.

Se ajeita no sofá e seu semblante é triste.

— Não fique assim!Já disse ao senhor que não precisa se preocupar com trabalho, meu salário não é muito mais é suficiente para cuidar de você e de Isa, agora por favor vá se deitar na cama.

O ajudo a se levantar e ele caminha com dificuldade em direção as escadas, papai teve uma grave lesão no joelho a dois anos atrás, trabalhava como motorista para uma das famílias mais ricas de Londres, quando se acidentou teve que se afastar do emprego e desde então sou eu quem mantenho a casa , infelizmente na tragédia ele atropelou uma jovem mulher que estava grávida, Procurei pela família para oferecer minha ajuda e minhas condolências mesmo sabendo que não havia sido culpa dele e fui completamente ignorada, a mulher atravessou a rua correndo e naquela situação era impossível frear, sei que era uma família influente pois mesmo ele não sendo culpado ficou preso por dois longos anos, agora a 15 dias na rua não se deu conta ainda de que está doente além de marcado para sempre como um ex presidiário, tenho pena de papai,é um homem bom e a vida não foi justa com ele.

— Isa vamos! vou chegar atrasada.

Digo aos gritos

— Já vou Aurora.

Responde a maluquinha descendo as escadas enquanto tenta a todo custo enfiar no pé o tênis enquanto corre.

— Sem correr ok? não queremos estragar essa obra de arte.

Digo pegando em seu rosto e ela sorri

— O seu casaco? está muito frio lá fora!

Falo e ela o tira da bolsa com um sorriso debochado como se fosse algo óbvio.

—Já vamos...bom dia paizinho.

Grito saindo pela porta em direção ao carro.

— Aurora essa lata velha não vai andar na neve!

Resmunga Isa enquanto cruza os finos braços em frente ao corpo.

— Infelizmente maninha essa lata velha é o que temos, vamos torcer para o Herbie não nós deixar na mão.

Entro no carro e ela me segue enquanto esfrega os braços para se aquecer do frio.

— Passe o cinto!

Digo e ela arfa, tento ligar e para variar muito barulho e nenhum movimento.

.—Vai garoto! não me deixa na mão!

súplico baixinho e Isa ri.

— Um pouco de apoio não seria ruim.

— Vai Herbie querido! por favor...a Isa precisa chegar ao colégio.

Ela brinca e quando tento novamente ele liga.

— Não falei? ele estava magoado por você chamá-lo de lata velha, bom menino.

Repito enquanto aliso o volante,deixo Isadora no colégio e me dirijo até o escritório, sou secretaria em uma das maiores empresas de telecomunicações em Londres, meu chefe é o senhor Fernando Colunga, é um homem asqueroso e incoveniente, desde que comecei a trabalhar na empresa a um ano tem tentando de todas as formas me levar para cama, e Digamos que a palavra não, é algo desconhecido e inaceitável para ele.

— Ele já chegou?

Coloco sobre a mesa minha bolsa e casaco enquanto alinho meus cabelos.

— A meia hora! já perguntou por você duas vezes.

Sara me entrega um copo de café, tomo um gole e a entrego de volta..

— Boa sorte.

Ela me diz enquanto se senta em sua mesa,Caminho pelos corredores do prédio em direção a sala de Fernando que a essa altura já deve ter mil e uma ideias para me atormentar formadas em sua cabeça.

— Com licença! posso entrar?

Digo batendo a porta e ele responde que sim.

— Está atrasada novamente Aurora.

—Eu sinto muito senhor Fernando eu...

— Não quero saber os motivos! já disse que atrasos não serão permitidos.

Rosna para mim enquanto se apoia a mesa e me encara.

—Sabe que as coisas poderiam ser mais fáceis não sabe Aurora? tudo poderia ser mais simples se aceitasse sair comigo.

— Com todo respeito já disse ao senhor que meu interesse nessa empresa é apenas pelo trabalho, tenho um pai doente é uma irmã adolescente para cuidar, nesse momento um envolvimento amoroso não está em meus planos.

— Me traga os relatórios das últimas três semanas.

Ele grita irritado.

— Mais senhor Fernando me pediu esses relatórios ontem, preciso de pelo menos até amanhã para termina-los.

Imploro e ele ri

— Pensasse nisso antes.

Se vira de costas para mim, estou de saída quando ele me chama de volta.

— Aurora, não é um pedido quando não se tem opção, Na próxima semana farei uma pequena viagem de negócios a Houston, você virá comigo.

— Senhor eu não...

Tento recusar e ele interrompe.

— Já disse que não é um pedido, agora se retire.

Caminho até minha mesa com o corpo ainda trêmulo, estou muito nervosa e o fato de Fernando está criando situações para que eu seja demitida não está ajudando.

—O que ele queria?

Sara me olha com pena.

— Me infernizar como sempre, tenho que entregar os relatórios de Três semanas em Oito horas! ontem só consegui fazer da primeira e mal dormi a noite.

— Não fique assim! olha me dê as planilhas, Irei ajudar você.

—Aí Sarinha você é incrível!

Digo enquanto aperto suas bochechas e ela ri,mais uma noite sem dormir e essa será pela exaustão.

capítulo 2

Aurora narrando

Chego em casa do trabalho e já é noite, Isadora está na cozinha preparando o jantar e o cheiro está exalando pela casa inteira.

__ A senhorita cozinhando? digo enquanto beijo seu rosto e ela ri.

__ Imaginei que chegaria cansada.Sabe que eu poderia ajudar mais em casa não sabe Aurora?já tenho quase 18 anos e estou no último ano do colégio. resmunga enquanto faz bico.

__ Eu sei maninha, mais nesse momento eu quero que se concentre somente nos estudos.digo firme enquanto provo a comida que por sinal está deliciosa.

__ Mais você está se matando de trabalhar. Pelo tom de voz sei que ela está chateada, Talvez eu esteja a super protegendo mais não quero que Isa tenha o mesmo futuro que eu , não terminei a faculdade, quando papai foi preso estava no meio do semestre e sem a ajuda dele não tinha mais como pagar. __ Meu colégio é caro! se me deixasse arrumar um emprego pelo menos de meio período. ela implora e eu sorrio.

__ conversamos sobre isso novamente depois pode ser? falo e ela revira os olhos. __ Onde está o papai? pergunto preocupada.

__ No mesmo lugar que está todas as noites, sabe que ele não dorme no sofá procurado emprego né Aurora! papai tem saído para jogar todas as noites chega quando já é dia, só você não percebe que o vício em poker piorou depois que ele foi preso. ela me olha e finjo não estar preocupada.Subo para meu quarto e o cansaço faz com que eu praticamente me arraste até o banho, tomo uma ducha demorada e visto um confortável pijama de algodão, desço para o jantar e assim que termino de lavar a louça me deito no sofá.__ Vai esperar por ele? Isadora diz e eu apenas assinto que sim .__ Vou dormir! faça o mesmo Aurora, sabe que papai não chega tão cedo, boa noite. Beija meu rosto e sai, me cubro com o cobertor e não demora muito para que eu pegue no sono. Acordo ouvindo os barulhos de coisas sendo quebradas quando acendo a lâmpada da sala papai está sentado na poltrona, seu rosto está muito machucado e sua roupa rasgada.

__ Papai o que ouve pelo amor de Deus? digo enquanto me aproximo dele.

__ Xiiiu... Fale baixo por favor, não quero que Isadora me veja assim, é só uma menina! na realidade não queria que me visse assim também filha! ele chora e eu desabo junto

__ O que ouve papai? porque está desse jeito? caminho ao móvel pegando o kit de primeiros socorros.

__ Aí! ele Grita quando o algodão embebido em álcool toca seu rosto.__ Não é nada filha! foi apenas um desentendimento bobo. sussurra olhando para o chão e eu o encaro séria, seu semblante é preocupado e eu conheço meu pai, está mentindo!

__ Não minta para mim! sabe que a gente não esconde as coisas uns dos outros nessa casa. cruzo os braços ele suspira.

__ Eu estava ganhando minha filha! a muito tempo não via tanto dinheiro, aquele homem estava disposto a apostar uma fortuna mesmo perdendo, quando eu coloquei sob a mesa tudo que tinha o jogo virou, minha maré de sorte se foi e eu perdi tudo.

__Tudo o que papai? não temos nada além desse velho apartamento. Digo em prantos e ele me olha com o rosto ensopado.

__ Eu sinto muito Aurora! eu apostei o apartamento. O abraço com força.Sei que nesse momento deveria odia-lo mais meu pai está doente o vício já tomou conta dele. __ Não é só isso filha. Ele segura meu rosto em suas mãos e me encara.__ Assinei cinco promissórias, cada uma no valor de 100 mil dólares. Se levanta passando as mãos pelos cabelos.

__ Quem emprestaria 500 mil dólares a um homem pobre sem emprego? choro e ele me abraça.

__ Eu não sei filha, quando disse que não tinha como pagar ele não parecia surpreso , seus capangas me espancaram, tenho duas semanas para pagar essa dívida ou sou um homem morto.

Capítulo 3

__Senhor Magnus! sua limosine ô espera. diz um dos empregados do homem chamado por todos de cruel.

Lian Magnus Lutary é um jovem marcado por um passado triste e cheio de perdas desde o início de sua vida.Filho de uma das maiores meretrizes de Londres, nasceu no meio de mulheres de vida fácil que se prostituiam para ganhar seu sustento, aos seus 10 anos viu sua mãe ser morta por um de seus clientes, a pobre criança foi enviada para um orfanato onde aprendeu na base da pancada e da tortura que milagres não existem, ao fugir do sistema Magnus se viu a Mercer de todos os tipos de imundície,dormiu na rua ao relento, sentia a dor do frio e da fome fazer implorar a morte e um certo dia quase conseguiu o que desejava em uma das noites mais frias do ano quando seu coração quase parará de bater ,foi levado as preças por uma alma caridosa que o encontrou semi morto pelos becos do subúrbio ao maior hospital de Londres, Ao ver o pequeno menino de olhos negros como a noite Hanna Lutary simplesmente se apaixonou, A mulher que chefiava a mãos fortes o grupo de médicos mais renomados do país não conseguia se afastar do menino, casada a quinze anos Hanna não conseguia engravidar viu em Magnus a realização de seu sonho, a contragosto da família levou para sua casa a pequena criança assustada e faminta que ela mesmo não sabia como sobreviveu. Magnus foi criado por Hanna como um filho e quando finalmente a vida sorriu para ela fazendo que conceberá um bebê não fez distinção entre os dois, mesmo com todo amor que lhe foi dado o menino não conseguia esquecer tudo que Passou, cresceu e se tornou nos negócios e na vida um homem implacável e sem escrúpulos, quando conheceu Vivian, Magnus realmente achou que poderia ser feliz, sua vida havia mudado e tinha encontrado nela mais que uma mulher, encontrou a companheira e esposa perfeita, Magnus amava Vivian mais não conseguia esquecer o passado que o assombrava, seus altos e baixos e noites em claro o faziam um homem triste e vazio. Vivian não aceitava ver seu amor e pai de sua filha se definhar diante de seus olhos.

Lembranças on

__ Já pedi mil vezes que não toque nesse assunto Vivian, meu passado não é algo que eu queira dividir com você!

__ Somos casados Lian, dividimos a cama, a vida, compartilhamos nossos corpos! porque não pode dividir comigo o que te atormenta tanto. Vivian tentava o abraçar mais ele se afastou bruscamente.

__ Quando se casou comigo você sabia, sabia quão quebrado eu estava, quão destruida era minha alma, não tente juntar cacos que se quebraram pequenos demais, é um trabalho cansativo e que não te dará retorno.

__ Me deixe tentar! pelo menos tentar meu amor. Magnus permaneceu inerte olhando para as janelas do enorme prédio.

__ Vá para casa! eu quero ficar sozinho.

__ Me prometeu que jantariamos juntos!

__ Mudei de ideia. Diz seco e ela apenas o olha com tristeza.

__ Sabe que amo você! Sei que dói Lian, sei que é difícil mais se não abrir seu coração para que eu possa entrar vai me afastar para sempre.

Vivian sai do prédio com seu rosto lavado em pranto, naquela noite não queria voltar para casa, em uma atitude impensada decidiu dormir no apartamento que era de sua posse antes de conhecer Magnus, passou pelo luxuoso carro preto estacionado em frente a empresa e andou na chuva pelas ruas de Londres, era noite e ela mau enxergava, quando se deu conta do que fazia quis voltar, enquanto corria em direção ao seu marido que naquele momento estava parado na chuva ao lado do carro tudo teve fim, Lian naquela noite pela segunda vez em sua curta vida viu ser ceifada diante de seus olhos mais uma pessoa que amava, enquanto segurou em seu colo o corpo da mulher que amava grávida de um filho seu via se esvair a vida dos olhos dela, naquela noite perdeu o amor de sua vida e no lugar que deixará restou o sentimento de vingança que ele tanto precisava...ele não queria o maldito homem que a matou preso, o queria morto mais antes disso queria o ver sofrer, queria que perdesse tudo como ele perdeu e para isso iria usar o que mais corrompe o homem...a ambição e o dinheiro.

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