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Princesa Da Máfia. (Revisão)

Capítulo 1:

Ayumi

Acordo com a claridade entrando pela janela, me levanto olhando essa bela manhã em Nova York, pena que volto a minha realidade hoje. Moro em Tóquio e estou em Nova York participando de um evento de moda, sempre fui apaixonada por moda, sou estilista, porém nunca pude seguir meu sonho.

Sou a filha primogênita de Ryotaro Yamamoto, chefe de uma organização criminosa no Japão. Me chamo Ayumi Yamamoto, tenho vinte e três anos e sou a filha odiada da família Yamamoto.

Meu pai se casou com minha mãe por causa dos negócios, meu avô também é chefe da máfia e o casamento deles foi somente para fortalecer ambas as famílias.

Meu avô sempre tratou minha mãe bem, coisa que é raro para membros da yakuza. Diferente do meu pai que me trata como lixo. Depois que eu nasci ele começou a tratar minha mãe do mesmo jeito, por ela ter dado a luz a uma menina ao invés de um menino, já que mulheres não tem valor algum para eles.

Sempre ouvi que eu deveria ter morrido no parto ou ela deveria ter abortado, assim seu útero estaria intacto e teria dado mais filhos a ele. O parto da minha mãe foi complicado, ela teve complicações e tiveram que tirar o útero dela. Depois disso meu pai a maltratava e até já espancou ela enquanto estava de resguardo.

Tenho três irmãos que são filhos da amante do meu pai, ele já tinha essa amante antes da minha mãe morrer, ela não aguentou e acabou adoecendo. O que deixa meu pai irritado é que sou a primogênita e tenho direito aos negócios da família, e ele sabe se me casar, meu marido passa a tomar conta por mim da minha parte, e ele não quer perder as ações e bens que me pertencem.

Meus irmãos, mesmo sendo homens, não são filhos da esposa principal, são filhos da amante e sempre serão vistos como tal. Hoje em dia existe uma certa rivalidade entre meu avô e meu pai, meu avô acredita que minha mãe morreu por culpa dele, e também acredito nisso, já que vi tudo que ela passou.

Meu pai quer que eu assine um documento passando meus bens e ações para ele ou para meu irmão, mas não vou fazer isso, meu avô não permitiria já que esses bens fazem parte da herança da minha mãe e isso foi o que me restou dela.

Saio dos meus devaneios olhando as horas, preciso tomar banho e me arrumar para pegar o voo para casa, se pudesse não iria mais embora, voltar para aquele lugar é uma tortura, mas sei que meu pai mandaria me caçar até o inferno se fosse preciso, e me levaria arrastada de volta.

Corro para o banho pensando, que quando chegar, espero que ele não esteja em nenhuma reunião, ou me fará fazer companhia para aqueles velhos asquerosos que são os seus sócios. Me lembro bem de quando tinha dezenove anos, ele me entregou a um de seus sócios para ele se divertir em troca de investimentos, minha sorte foi que o velho nojento já estava bêbado demais e consegui atingir um ponto em seu pescoço o fazendo ficar desacordado.

Meus momentos de felicidade são quando estou aqui em Nova York, ou quando estou com minha amiga Saori, no resto, minha vida é uma completa infelicidade, não tenho nem o prazer de dizer que posso me apaixonar por alguém.

Hayato

Acordo bem cedo e saio para correr um pouco, hoje volto para Tóquio. Já faz duas semanas que estou aqui resolvendo assuntos da minha empresa em Nova York, empresa essa que serve de fachada para meus negócios na máfia.

Me chamo Hayato Watanabe, tenho vinte e sete anos e sou o CEO de uma empresa e o líder de uma máfia aqui na América, assim como sou o chefe de uma organização em Tóquio.

Muitos acham que por ser novo não sou competente o suficiente para administrar duas organizações, mas ao poucos provei para todos que dava conta e ainda expandi os negócios da família.

Sou filho de um chefe da máfia em Tóquio, infelizmente, meus pais morreram há três anos em um acidente de carro, nunca acreditei que tenha sido um acidente, meu pai tinha um rival principal, Ryotaro Yamamoto chefe de uma família da máfia em Tóquio.

Depois da morte dos meus pais assumi os negócios da família, meu pai sempre me ensinou tudo que eu precisava para fazer isso, como lidar com a máfia japonesa e a americana, já que minha mãe também veio de uma família da máfia, e foi com o casamento dos dois que meu pai assumiu os negócios do pai dela.

Chego correndo ao hotel, subo para meu quarto e vou logo para o banho, não posso me atrasar para esse voo, tenho que ir a casa daquele maldito Yamamoto para falar sobre um acordo que seu filho quebrou, somente ficarei sossegado quando fizer ele pagar pelo meus pais, nem que eu tenha que matar a família inteira.

Ayumi

Termino de me arrumar e ligo para a recepção chamar um táxi, prefiro sair um pouco antes para não correr o risco de me atrasar com algum engarrafamento, minhas malas já estavam prontas desde ontem, olhei mais uma vez pelo quarto para ter certeza que não havia esquecido nada.

Desci, paguei o hotel e fui em direção a saída, não havia levado uma mala grande, sou bastante prática e só carrego o que realmente preciso. De dentro do hotel pude perceber o táxi parando lá fora, fui em direção ao carro, mas assim que me aproximei, percebi um homem com cabelos na altura dos ombros, de sobretudo preto entrando no táxi.

Me apressei o chamando, aquele táxi era meu e não tinha tempo para esperar por outro.

— Excuse me.

O homem se virou e percebi que era um japonês, ele me olhou e eu não faço ideia do porque, mas estremeci toda. Depois que percebi que era japonês, resolvi falar em nosso idioma.

— Acredito que o táxi seja meu, o hotel pediu para mim. Ele levantou uma sobrancelha e me respondeu.

— O hotel também pediu um para mim, e esse é o meu, você pode aguardar que o seu já deve estar chegando.

Achei a forma como falava meio arrogante e esnobe, mas eu não podia me atrasar então continuei.

— Eu tenho um voo muito importante, o senhor não poderia esperar o próximo? Não posso me atrasar e vai que esse é o meu.

Ele deu um sorriso, e que sorriso foi aquele, não é possível que vou ficar com frio na barriga por causa desse sorriso “Você já viu homem bonito antes Ayumi se controla”

Eu repreendia a mim mesma, afinal não fazia nem ideia da cara que estava fazendo agora. Ele se afastou um pouco da porta e me respondeu.

— Eu também não posso me atrasar, então sinto muito.

Pensei que ele iria ser mais cavalheiro, mas pelo jeito.

O motorista do táxi perguntou se estava acontecendo alguma coisa, já que estávamos falando em japonês e provavelmente ele não estava entendendo nada.

— O senhor foi chamado para qual passageiro?

Ele perguntou e depois me olhou.

— Foi para um homem, não recordo o nome agora.

Ele que já estava me olhando, só deu mais um sorriso de satisfação e entrou no táxi, suspirei porque eu teria que esperar o próximo, só esperava que demorasse muito.

O táxi saiu mas parou em seguida e deu ré, não entendi o que tinha acontecido, o táxi parou na minha frente e o cara abaixou o vidro me olhando de baixo para cima.

— Você está indo para o aeroporto, certo? Se não se importar e não puder realmente esperar, podemos dividir o táxi, assim chegamos os dois na hora.

Eu não estava acreditando que ele estava me oferecendo para dividir o táxi, eu não fazia ideia de quem ele era, mas era melhor que nada, iríamos para rumos diferentes então não vi problema em dividir.

Fiz um movimento confirmando com a cabeça e ele tocou no ombro do motorista, pedindo que abrisse o porta-malas, desceu do carro, veio na minha direção pegando minha mala e guardando, pelo menos agora foi cavalheiro.

Ele fez um gesto com a mão indicando que entrasse primeiro, adentrei o carro e o motorista começou a dirigir. Ficamos em completo silêncio, ele pegou seu Ipad começando a digitar algumas coisas, provavelmente estava trabalhando, fiz o mesmo, iria ocupar minha cabeça com meus desenhos e não me deixar levar por esse nervosismo estranho que estava sentindo, me fazendo sentir frio na barriga.

capítulo 2

Hayato

Estávamos em um completo silêncio no carro, eu tinha trabalho a fazer e ela pelo visto também, olhei de relance algumas vezes e percebi serem esboços de desenhos de moda, provavelmente ela era design.

Não queira ficar olhando demais para não parecer que estava interessado, ou parecer algum pervertido. Mas seu rosto me parecia familiar, não sei onde já tinha visto seu rosto, talvez em alguma revista de moda ou algo assim.

Desfiz meus pensamentos me concentrando no meu trabalho, ela era bonita, mas não tinha tempo para um romance em minha vida, e ela não parecia ser uma mulher de uma noite.

Chegamos rápido ao aeroporto, olhei no relógio e cheguei quinze minutos antes do voo, guardei minhas coisas e desci do carro, ela veio em seguida e fiz questão de ajudar ela a descer, lhe estendendo a mão, aquele olhar que ela me lançou com um pequeno sorriso, confesso que me deu algo estranho.

Pensei que se ela tivesse um namorado, ele deveria ter muita sorte por ter uma mulher como essa, o olhando dessa forma. O motorista do táxi desceu ajudando com as malas, ela olhou para minha mala e pareceu surpresa.

 — Você também vai viajar?

 Acho que não falei para onde não podia me atrasar.

— Sim, então assim como você, eu também não podia me atrasar — ela me olhou incrédula.

— Mas falei que tinha um voo, por que não falou logo que também tinha? Quase me fez esperar por outro táxi.

Será que ela não sabia só agradecer?

— Mas não fiz você esperar e você está aqui, então um obrigado já seria de bom tamanho.

 Ela acabou fazendo um biquinho lindo que não pude deixar de sorrir vendo-o.

— Obrigado, então me deixe pelo menos pagar pela corrida. Ela estava achando mesmo que eu a deixaria pagar uma simples corrida para mim?

— Já está pago, eu paguei pelo aplicativo. Eu vou entrar, preciso fazer meu check-in, então tenha um bom voo.

Sai dali rápido, não podia me dar ao luxo de ficar discutindo ou flertando com ela, minha vida era complicada demais para envolver uma mulher inocente nela.

Entrei no aeroporto e notei que ela veio logo em seguida, depois de algum tempo não a vi mais vindo atrás, imagino que tenha ido em direção a sua plataforma, é uma pena não ver essa mulher novamente.

Comprei um café antes de entrar no avião, o café me ajudaria a me concentrar, minha vida é regida a trabalho e nas horas de voo não seria diferente.

Ayumi

O silêncio entre nós dois naquele táxi foi bem constrangedor, percebi que ele parecia ser um homem bem focado no trabalho. Espero que ele não tenha percebido que eu o observei algumas vezes antes de chegarmos ao aeroporto.

Não posso negar que ele é bonito, charmoso e com um ar misterioso que não imaginava que iria gostar de um homem, considerando de que tipo de família eu venho.

Diferente de como ele agiu no começo, ele foi bem cavalheiro quando chegamos no aeroporto, me ofereceu a mão me ajudando a descer do carro, e sinceramente ele ficou mais bonito ainda naquela pose, que não resisti em lhe dar um tímido sorriso, e por alguns segundos podia jurar que o vi corando, ele parecia fofo.

O motorista desceu minhas malas e as dele, não estava acreditando que ele também iria embarcar, só não entendi por que não falou logo, eu mesmo já teria pedido para dividir o táxi para não ter que esperar.

Depois de um pequeno sermão o agradeci, ele nem ao menos me deixou pagar pela corrida como agradecimento. Ele parecia estar com pressa, se despediu e entrou, é uma pena que não verei esse homem novamente, um pouco que fiquei ao lado dele, já me ajudou a esquecer minha realidade.

Ele entrou e eu entrei logo em seguida, eu podia observá-lo à distância, ou pelo menos suas costas. Até de costas ele parecia viril e imponente, e eu não sei por que, mas esse homem me faz pensar em coisas que não costumo pensar.

Passei por uma lojinha e vi algo que Saori vai amar, eu tinha que levar uma lembrancinha para ela, ou teria que ouvir as suas reclamações por dias. Infelizmente perdi aquele homem de vista, comprei o que precisava e fui fazer o check-in.

Enquanto esperava na fila mandei mensagem para Saori avisando que estava voltando, ela ficou muito feliz, disse estar morrendo de saudade de mim. Nós duas somos amigas de infância, nossas famílias têm negócios juntas e fomos para o mesmo colégio, somos como unha e carne e verdadeiras confidentes, já que ela é, na verdade, a única amiga que tenho.

Depois de tudo pronto, fui entrando no avião, por um instante tive a impressão de ter visto aquele homem novamente, mas deve ser minha imaginação pregando uma peça. Continuei meu caminho até entrar no avião e me dirigir à primeira classe.

Pelo menos para essas coisas podia usufruir do dinheiro da minha família e do meu próprio, já que meu pai me obrigava a repassar todos meus gastos, seja com as viagens ou o que fosse. Eu podia ajudar com as finanças das empresas, mas não podia opinar nos negócios, já que somente os homens poderiam.

Verifico meu assento e vou em direção a ele, percebo a cabeça de alguém do lado de onde iria me sentar, infelizmente terei companhia. Quando me aproximo não acredito no que vejo, aquele homem estava no mesmo avião que eu, e por alguma coincidência estranha do destino, estaria sentado ao meu lado por quatorze horas de voo.

Ele me olha com espanto também e dá aquele sorriso de novo.

— Sério? Estamos no mesmo voo? E não me diga que esse é seu assento? Está me seguindo, senhorita?

Passo por ele e me ajeito antes de responder aquela provocação descarada dele, que tipo de mulher ele acha que eu sou, para ficar, por aí, seguindo um homem.

— Eu não estou te seguindo, e nem mesmo teria motivos para isso, você nem mesmo faz meu tipo — menti descaradamente, porque ele fez realmente meu tipo, mas eu não iria deixar ele sair por cima dessa vez.

Ele deu um sorriso de lado e aproximou seu rosto do meu, me afastei um pouco e ele olhou bem nos meus olhos antes de falar.

— Pois eu acho que sou exatamente o seu tipo.

 Ele tinha mesmo que fazer isso? Imagino que devo estar como um pimentão agora, já que estou sentindo meu rosto queimar.

Ele se afasta e coloca o cinto, mas não tirou aquele sorriso de satisfação do rosto, eu daria tudo para tirar aquele sorriso dali. Ele podia até ser meu tipo, podia ser charmoso e muito sexy, mas conseguia me tirar do sério.

Espero que todas essas horas de voo sejam tranquilas, não quero ser atormentada por esse homem a viagem toda. Vou focar nos meus desenhos e depois descansar, amanhã vou em uma reunião e quero estar pelo menos um pouco descansada, se tudo correr bem poderei vender meus desenhos a essa marca e assinar com um nome diferente, só assim poderei fazer o que sempre sonhei.

capítulo 3

Hayato

Eu não estava acreditando no que estava acontecendo, será que tudo isso era pura coincidência mesmo? Era tudo meio surreal, estávamos no mesmo hotel, pegamos o mesmo táxi e agora estamos no mesmo voo e em poltronas uma do lado da outra.

Se era mesmo coincidência o universo estava conspirando hoje, nunca havia me encontrado tantas vezes por acaso com alguém antes. O pior foi que não consegui evitar provocar ela, perguntando se ela estava me seguindo, percebi que ela ficou irritada, e mesmo brava ela é linda.

Tem algo nela que me faz querer provocá-la, ela quis ficar por cima dizendo que eu não era seu tipo. Isso me fez sorrir por dentro, ela acha mesmo que não percebi seus olhares discretos naquele táxi? Apesar que eu também a estava observando.

Fiz questão de falar bem perto dela e de forma provocante, a reação dela foi a melhor, ficou super vermelha, adoro provocar esse efeito nas mulheres. Ela parece ter ficado com vergonha e começou a trabalhar, fiz o mesmo, essa mulher já me desconcentrou demais.

O avião decolou e continuamos em silêncio, ela me olhava algumas vezes, assim como eu também fazia, eram muitas horas de voo para um total silêncio.

Depois de algumas horas de voo resolvi descansar um pouco, meus olhos já estavam cansados, olhei para o lado disfarçadamente e percebi que ela dormia, tinha uma expressão serena e doce vindo dela, ela estava com o pescoço um pouco de mal jeito, ficaria com um belo torcicolo.

Não aguentei e acabei arrumando o pescoço dela, sua pele era muito macia, imagino que o resto do corpo também deva ser, e aqueles lábios rosados provavelmente seriam deliciosos de beijar.

Eu volto a minha posição me repreendendo, que merda está acontecendo comigo hoje? Como pude ficar excitado somente em observá-la dormindo? Isso só pode ser falta de sexo, quando chegar preciso ir em uma das minhas boates.

Olho as horas e vejo que já são por volta de 21:30 no Japão, minha sorte foi que passei todas as instruções antes desse voo, já marquei um almoço com um dos meus sócios, se ele acha que pode me passar a perna está muito enganado, ele já deve saber o que faço com ladrões, não sei por que ainda tentam testar minha paciência.

Decido fazer o que minha bela companhia também está fazendo, dormir um pouco, já que temos muitas horas de voo pela frente.

As horas se passaram e finalmente aterrizamos, não trocamos tantas palavras durante o resto do percurso, mas a tensão entre nós, diminuiu. Meu motorista provavelmente já estava à minha espera, com alguns homens que sempre me acompanham, após pegar as malas pensei em oferecer uma carona a bela mulher.

— Você tem alguém para buscá-la? Se quiser, posso lhe dar uma carona — ela sorriu e colocou o cabelo atrás da orelha, e eu observei cada gesto e detalhe daquele rosto.

— Sim, tem um motorista à minha espera, mas obrigado pela gentileza.

Ela se curvou um pouco em agradecimento e já foi saindo, eu não podia deixar ela embora sem nem mesmo perguntar seu nome.

 — Espera — fui atrás dela e a chamei — Bom, já que tivemos tantas coincidências com nosso encontro, poderia pelo menos me dizer seu nome?

Ela colocou novamente o cabelo atrás da orelha e percebi que ela fazia isso sempre que estava tímida ou nervosa.

 — Yamamoto, Ayumi Yamamoto, e o seu?

 Eu congelei no mesmo instante que ouvi aquele nome, não era possível que me encantei e flertei com a filha do meu inimigo.

Só agora havia me dado conta de onde eu a conhecia, eu tinha um dossiê com todas as informações daquela família, inclusive fotos de todos, como não pude perceber que era ela? A minha expressão agora deve ter entregado a minha surpresa e até decepção de saber quem ela era, mas não ia deixar de me apresentar.

— Watanabe, Hayato Watanabe.

Ela não esboçou nenhuma reação estranha quando ouviu meu nome, ou estava fingindo não saber quem eu era, ou realmente não fazia ideia. Ela fez um gesto com a cabeça e eu peguei minha mala e sai dali, mas antes de ficar longe, ela ainda disse esperar me ver de novo.

Ela realmente não deve saber que somos de famílias rivais, se ela realmente soubesse não iria dizer isso, afinal, ela deveria ficar o mais longe possível de mim, porque a única coisa que posso ter a ver com essa família, é a destruição dela.

Ayumi

Depois daquela provocação no avião, nosso voo seguiu tranquilo, consegui dormir um pouco, mas enquanto dormia, percebi que ele ajeitou meu pescoço que estava de mal jeito, e mesmo de forma sutil, percebi o leve toque de seus dedos na minha pele.

Foi um pequeno toque na minha pele, mas senti os pelos do meu braço se arrepiando, não era acostumada a toques masculinos assim. Para dizer a verdade, só estive com um homem uma única vez, isso quando tinha dezoito anos, depois disso meu pai ameaçou de morte o rapaz e ele sumiu.

Durante todo resto da viagem mal nos falamos, ele não me irritou e isso já foi de grande utilidade. Quando pousamos, ele até quis me oferecer uma carona, mas eu já tinha avisado para o motorista me buscar.

O estranho foi quando ele perguntou meu nome, assim que falei a sua expressão mudou completamente, não sei dizer ao certo se era surpresa, raiva ou exatamente o que foi aquela expressão. O nome dele não era estranho, já tinha ouvido antes e talvez ele fosse algum conhecido da minha família.

Depois que nos apresentamos, eu tive certeza de que ele podia ser desse mundo das organizações, assim que ele se abaixou para pegar sua mala, pude ver através de sua camisa que estava aberta alguns botões. Havia algumas tatuagens ali, isso deve explicar o porquê ele mudou ao ouvir meu nome.

Assim que ele saiu, não sei o que me deu, mas acabei dizendo que esperava ver ele de novo, não estava mentindo. Aquele sorriso ficou na minha cabeça e mesmo com a possibilidade de ser de alguma organização, queria ver aquele sorriso de novo.

Assim que entrei no carro, pesquisei o nome que ele me disse, e então a ficha caiu. Ele era de uma das famílias rivais da minha família, foi daí que lembrava do nome dele, eu já havia ouvido meu pai e meus irmãos falando sobre ele, mas não imaginava que aquele poderia ser o tal Hayato Watanabe.

Agora aquela expressão em seu rosto fazia sentido, provavelmente ele não imaginava ter passado tanto tempo ao lado da filha de seu inimigo, e eu ainda fiz o favor de dizer a ele que esperava ver ele outra vez, isso não poderia ter ficado pior.

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