Finalmente, chegou o grande dia que eu tanto havia esperado. O dia em que, depois de tanto estudo, suor e lágrimas, eu iria competir em um grande concurso de confeitaria. Os outros confeiteiros eram excelentes e os jurados eram extremamente criteriosos, mas eu sabia que estava preparada. Eu estava determinada a vencer.
Quando chegou a hora da competição, eu estava ansiosa e um pouco nervosa. Meu coração batia forte enquanto apresentava meu bolo para os jurados. Eles experimentaram cada pedaço com atenção, saboreando cada camada, o recheio e a cobertura. Depois de algum tempo de espera, finalmente, os jurados anunciaram o resultado.
Eu não pude acreditar no que ouvi. Eles disseram que eu havia vencido por paixão, que meu bolo havia lhes transmitido um misto de emoções, um turbilhão de sentimentos. Não era apenas chocolate, era amor, alegria, tensão... Eu estava emocionada.
Ser confeiteira sempre foi meu escape, minha alegria. Minha família sempre teve uma lanchonete que hoje é um restaurante de comida caseira, e faz muito sucesso na cidade. Minha mãe sempre precisou de muita ajuda, e isso só aumentou depois que meu pai nos abandonou quando eu tinha quatorze anos. Minha mãe diz que, se hoje temos esse restaurante, foi trabalho nosso, meu e dela. Mas, acima de tudo, foi Deus, pois, durante nossa jornada, sempre tivemos quem nos estendesse a mão. Nós lutamos e, graças a Deus, vencemos.
Mas, agora, era hora de seguir em frente. Eu havia ganhado um prêmio que me levaria a um novo patamar. Eu havia ganhado uma viagem com tudo pago e um curso de pasticceria na bella Italia. Eu estava tão ansiosa por tudo isso, mas me sentia triste por deixar minha mãe e o paçoca, meu cachorro, para trás. Mas, pelo menos, eles teriam a companhia um do outro por quatro meses.
Eu estava correndo pela casa como uma louca porque havia perdido minha carteira, que continha todos os meus documentos e dinheiro. Eu precisava encontrá-la para embarcar. Eu procurava por toda parte da casa e não a encontrava. Até que vi que meu cachorro, Paçoca, estava sentado em cima dela. Depois de achar a carteira, eu fiz uma oração e olhei todos os cômodos da casa para me despedir.
No aeroporto, minha mãe já estava me esperando no carro. Ela ficou extremamente preocupada e não parava de me lembrar de tudo que eu precisava fazer durante a viagem. Depois de um bom tempo de conversa, eu finalmente fiz check-in e fui para o portão de embarque. Eu dei um abraço apertado em minha mãe e nos despedimos com um aceno à distância. Meu coração ficou pequeno vendo-a chorando.
Finalmente, dentro do avião, eu me senti um pouco aflita, enquanto tomava seu assento no avião que a levaria para a Itália. Eu nunca havia viajado tão longe sozinha e estava ansiosa para ver o que estava por vir. A viagem de avião seria longa e cansativa, mas ela estava preparada.
Depois de assegurar que tudo estava em ordem, ajeitei meu assento, cumprimentei a senhora que seria minha companheira de assento, peguei minha mala de mão e coloquei meus fones de ouvido para ouvir minhas músicas favoritas.
Respirou fundo enquanto sentia o avião decolar. O trajeto do avião seria longo, cerca de 14 horas e 10 minutos, então decidi relaxar e descansar durante o voo.
As comissárias de bordo serviram as refeições e fiquei feliz em experimentar a comida italiana a bordo do avião. Tentei aproveitar ao máximo o tempo de voo, meu livro favorito sobre confeitaria e assistindo a alguns filmes italianos.
Na metade da viagem eu já não tinha o que fazer, então comecei a conversar com a senhorinha que estava ao meu lado ela era muito gentil e isso me distraiu um pouco.
Finalmente, depois de um longo voo, o avião começou a se aproximar do aeroporto de Roma. Olhei pela janela do avião e vi as belas paisagens italianas.. Eu podia sentir a ansiedade crescendo dentro de mim quando o avião pousou no aeroporto. Eu estava pronta para começar minha aventura na Itália, aprender a fazer iguarias de pasticceria e explorar a cultura e a história daquele país tão lindo.
O avião finalmente pousou depois tentar ficar acordada ao máximo, eu acabei dormindo,acordei com a senhora Irmina me chamando,ela foi tão gentil comigo durante todo o vôo até me deixou sentar no lugar dela que era na janela, eu disse a ela que era o tipo de pessoa que senta em um lugar e lá fica levantei para ir ao banheiro apenas uma vez, confesso que me arrependo porque agora preciso sair desse avião e as minhas pernas estão dormentes, depois de dar uns dois ou três soquinhos nas minhas pernas, balançar os pés parece que agora voltei ao normal,ihh só parece viu porque ao tentar levantar da poltrona minhas pernas bambeiam, e por pouco eu não caio,como eu e a dona Irmina estávamos nas últimas poltronas fomos praticamente as últimas a sair do avião tive tempo de recobrar o controle das pernas, e enquanto isso conversei com ela, ela disse que depois de quarentena e cinco anos morando no Brasil juntou dinheiro suficiente para voltar a sua terra natal, ela amava o seu berço a Itália ela era uma enfermeira aposentada,comprou uma pequena casa em um novo bairro na cidade de Nápolis, antes de nos despedirmos ela disse que queria que eu fosse visitá-la antes de voltar ao Brasil.
Depois do desembarque e que inicia a verdadeira jornada eu aprendi cerca de sete palavras em italiano e no momento nenhuma delas está me ajudando a conseguir um táxi, então eu me lembrei que estou na era digital e existem os aplicativos pedi um Uber e só assim consegui sair de lá, Lorenzetti o motorista me disse que o hotel que eu ia me hospedar ficava bem localizado e tinha diversos restaurantes excelentes por perto, mesmo sendo um senhor que aparentava ter no mínimo sessenta anos, ele era jovial e muito comunicativo revelei a ele com meu português italianizado meu medo de não conseguir me adaptar e ele só disse - Miss vivrai esperienze incredibili in Italia, de tudo que ele falou eu sou entendi o incrível e Itália hahaha, honestamente espero que ele esteja certo, ao me deixar no hotel Lorenzetti me desejou boa sorte, entrei fiz o check in ao subir para o meu quarto me deparei com uma linda vista para a Catedral de Nápolis, que sorte a minha, me sentei na cama e liguei para minha mãe por vídeo conferência ela já estava aflita ao fundo eu ouvia todo o movimento do restaurante e minha mãe perguntava se eu estava bem,como foi a viagem... depois de contar tudo a ela me despedi e fui tomar um banho, peguei o meu intinerário do dia seguinte, eu precisava ir até a escola de confeitaria, conversar com o diretor, tirar fotos para a propaganda das redes sociais do concurso, seria um dia cheio, eu estava muito ansiosa para provar a pizza italiana.
Desci até o saguão do hotel lá dentro tinha um restaurante no qual eu podia comer livremente, então como não sou boba fui até lá infelizmente no cardápio não tinha Pizza, apenas massas frescas e carne,até que não era tão mal, abri o celular para traduzir o cardápio então pedi Pasta e porpeta alla bolognese, parecia chic era um macarrão, molho de tomate e almôndegas, era delicioso mas o nome me enganou direitinho, eu prometi que nessa viagem sairia da minha zona de conforto, pois enfim estou cem porcento nela ainda.
Depois do jantar subi as escadas do hotel queria ver como era os andares, só aguentei até o terceiro e recorri ao elevador,no quinto andar havia um painel de vidro onde podia ver uma bela paisagem da noite italiana, não estava frio aquela noite, ao longe ouvia pessoas conversando alguns turistas junto comigo tirando fotos próximo do painel, eu prefiro guardar aquela vista em minha mente,fui para o meu quarto alguns minutos depois, escovei os dentes liguei para minha mãe mas ela não atendeu eu não entendo nada de fuso horário, eu dormi como uma princesa,estava tão cansada que se não fosse pelo despertador certamente teria perdido a hora de levantar, corri para o banho me arrumei, desci até o saguão e pedi um Uber para ir a escola de confeitaria, ao chegar na escola me deparei com um belo prédio antigo com algumas partes renovadas em vidro, eu estava de fato na Europa! Ao entrar a recepção tinha cheirinho de carro novo, me dirigi a recepcionista que me disse em inglês -Welcome, wait a minute I need to make your badge, please your passport, now smile for the camera!(bem vinda,espere um minuto eu preciso fazer seu crachá, por favor me dê seu passaporte,agora sorria para câmera). Como a escola é internacional a recepcionista fala inglês, graça a Deus porque se ela tivesse falado em italiano eu não entenderia tanto assim, não que eu seja muito habilidosa no inglês mas me viro melhor nele,peguei o elevador ela disse que a sala do diretor ficava no sétimo andar,ao chegar lá havia muita movimentação, também na recepção eu havia percebido isso mas achei que era algo comum no início do ano letivo, pelo visto não era, o pouco que entendi da conversa de duas mulheres que pareciam ser estudantes, foi que haveria um grande evento na cidade e a escola seria responsável por fornecer todos os alimentos para esse evento. ~Antes que vocês questionem elas estavam falando em inglês hahaha.~ Entrei na sala do diretor e ele me disse para sentar por alguns minutos, me explicou como funcionava o curso que minha turma começaria as aulas ainda naquele dia por conta do evento eles precisariam de toda mão de obra disponível, as demais dúvidas ele disse que eu deveria recorrer a Fiorella sua secretária, ao pegar o cronograma e agradecer pelas informações vi que minhas aulas começavam as três e meia da tarde, precisei falar com Fiorella imediatamente por causa das fotos promocionais para o concurso, ela me levou até Giorgio o fotógrafo oficial da escola tiramos as fotos e eles ficaram responsáveis por enviá-las para o pessoal do concurso.
Logo que encerrou essa etapa Fiorella pediu para uma aluna veterana Diana, fazer um tour comigo pelas instalações era tudo tão inacreditável,salas extremamente equipadas,haviam incontáveis acessórios de confeitaria que confesso nunca ter visto antes, tudo me deixou tão entusiasmada, como seriam esses seis meses? ao final do tour Diana me disse - forza ragazza devo dirtelo, ou melhor vou tentar falar o mais próximo do seu idioma, preciso lhe dizer sobre o evento do final do mês, é o aniversário da melhor amiga da mulher do prefeito, hum certamente você nunca deve ter ouvido falar da família Trovatto, a matriarca da família é Arielle Trovatto, como eu posso...e-e- explicar para você? basicamente essa família manda na cidade são os donos dela, o prefeito se submete completamente as ordens do patriarca da família o Signor Alfonsi Trovatto, querida tudo que posso dizer é que esse evento é importantíssimo para escola fique atenta as instruções, não reclame e tudo ficará bem. Como ela sabia que eu estava curiosa sobre o evento? e que história é essa de família Trovatto? será que eles são como aqueles mafiosos dos filmes do poderoso chefão?nossa eu achei que tudo isso era ficção, depois desse breve delírio eu respondo a Diana, - Grazie, pelas informações, e pelo tour. Diana meneou a cabeça me deu um tchauzinho de longe e foi embora.
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