...O mundo não sabe apreciar a sua beleza...
...O quanto passa, o quanto repassa...
...O quanto começa, o quanto...
...Acaba...
...O quanto se desgasta...
...Pelos seus olhos eu cresci...
...Quem sabe...
...Sobrevivi...
...Tempos escuros, e tempos vermelhos, constroem um prateado inteiro....
...Guarde o diário de minha vida...
...O tesouro dos tempos mais sofridos,...
...Que com certeza não será esquecido....
" Me conte mais sobre o passado, quero ver bem suas sombras
Antes de correr e as sufocar
Criar um novo futuro
Chega desse escuro".
>>> Anne Fenrir
" A anos atrás, nossa alcateia e os Duar eram apenas uma, unidas em força e poder, mas acima de tudo éramos uma única família, mas laços tendem a mudar, evoluir, porque senão não sobrevivem.
Nosso líder e o aclamado senhor Duar entraram em discordância, os tempos estavam mudando, se tornando mais vermelhos e sombrios em Domini, era perigoso manter uma alcateia tão grande perto da civilização, ambos sabiam bem, mas seria complicado uma retirada em massa assim, caçadores humanos poderiam suspeitar.
A nossa separação era inevitável, o aclamado senhor Duar já suspeitava, muitos outros chefes de família também, mas não nosso amado líder, ele pregava união e amor, tão doce ele era, uma peça rara que não merecia ter nascido nesses anos sombrios, mas penso que talvez sem ele, nunca teríamos nossa luz, nosso fundamentos mais profundos a serem seguidos, fundamentos esses que nos guiaram quando a separação foi iminente.
Fomos os únicos que restaram junto a aclamada família Duar, todos os outros em uma tortuosa e lenta separação já estavam dispersos pelo mundo, mas o que poderiam ter feito contra, era mais seguro assim, se caçadores humanos encontrassem a aldeia, poderia ser um massacre sem fim, separados tínhamos mais chances de mais dos nossos escapar dessa caçada interminável.
Sei que muitos de vocês jovens devem estar se perguntando '' — mas a união não faz a força tia?" Então digo a vocês sim, mas nesse caso não era de todo o correto, força não é nada sem sabedoria, poderíamos ter toda a força para os esmagar, mas os caçadores humanos eram dotados de sabedoria, bem mais que a nossa, eles aprendem rápido as nossas fraquezas, as nossas limitações, fatos que mesmo muito de nós desconhecia, porque nosso mundo não passava muito das fronteiras da nossa aldeia.
E os caçadores humanos eram ardilosos com tais informações, usavam o que descobriram em criação de armas perversas que anulam nossas forças, faziam planos sangrentos para que ninguém escapasse do cerco.
Não sabemos bem mais detalhes, porque por sorte nunca recebemos um em nossos territórios naquela época, tudo porque nos separamos a tempo, mas os boatos ainda são muitos sobre a frieza deles.
Nosso povo teve mais chance, sobrevivendo em pequenos grupos, e sempre se afastando quando ouvia alguma coisa suspeita.
Mas foi somente isso o que a distância provocou de positivo, nosso líder não estava tão enganado em pregar a união, era o que fazia nosso maior poder ser forte, sem esse elo, a lua de prata, o nosso maior ritual se tornou fraco, o que nos tornou seres tão simples, que se não fosse pela lua cheia, agora nossa única fonte de poder, não passaríamos de reles humanos.
Agora sei que vocês devem estar se perguntando " — oras pois, então por que não nos unimos de novo?".
Esse é o momento então que vos digo, ainda tenho esperança que esse dia venha a acontecer, mas não hoje, muito menos agora, os tempos ainda estão perigosos demais para tal feito, mesmo que tenhamos nos separado dos Duar, para ir o mais longe da civilização, lugar onde nosso antepassados mais antigos viviam, e perigoso.
Pois entre aqueles denominados pesquisadores de fatos raros existem muitos humanos, e assim que descobrem tão fácil nossas fraquezas, eles pesquisam fundo na história, até encontrar as mais pequenas brechas para usarem contra nós, e para isso eles vão a qualquer lugar, seja ele inóspito ou não, por isso ainda é bom manter a mínima descrição".
A pequena anciã respirou fundo, cansava ter que contar toda a história do povo deles para os mais novos, pois a muito tempo já não tinha mais o fôlego de quando era jovem e narrava aquelas palavras com mais vontade, mas ainda era algo que amava fazer do fundo do coração, aquelas palavras mereciam ser passadas para frente, assim como tudo que representavam.
" Mas não sejamos pessimistas, todo recomeço trás consigo grandes promessas, assim como nem toda tempestade dura para sempre, só continuem tendo cuidado com os humanos, são seres perigoso, não importa a época, mas tenham mais cuidado ainda com os vampiros, são seres ardilosos que têm sede de sangue, e fazem de tudo para consegui-lo, uma vez se infiltraram em nosso povoado, tudo quando ainda era recente a nossa partida para longe da respeitável família Duar. Eles enganam com muitas juras de amor e paz, mas só queriam sangue".
Muitos ficaram quietos com aquelas palavras, mas Anne apenas revirou os olhos, já tinha ouvido aquelas palavras tantas vezes que o medo passou para uma simples curiosidade, a anciã nunca havia contado bem aquela parte da história, talvez não soubesse, ou não quisesse espalhar o motivo. Mas tanto faz, estava cansada de em todas as suas tardes ouvir aquilo, pelo menos aquela tinha que ser diferente.
A jovem de cabelos prateados deu as costas cedo demais para aquele discurso, aquele dia a anciã deu uma pequena mudada no que falava enquanto a jovem caminhava para longe.
— Mas sim, eu acredito que os tempos estão prestes a dar uma grande reviravolta, os ventos estão mais corajosos, acredito que querem levar embora esses tempos vermelhos, a luz está próxima, posso vê-la tão brilhante e prateada.
" As mais belas memórias, podem não ser só histórias".
Heleonora acordou assustada de seu breve desmaio, estava deitada na cama de um quarto que não reconhecia, mas não demorou para ligar suas últimas memórias a aquele homem, estava na casa dele.
A jovem de cabelos vermelhos se atrapalhou toda ao se levantar, e quando o fez percebeu que não estava sozinha.
— Você — Heleonora falou seca.
— Nossa que recepção — Anne falou debochada.
— Seria mais gentil se tivesse vontade.
— Mas que gênio complicado — Anne sorriu — por mais que tenha nos enfiado em uma possível furada, gosto de pessoas assim, que são diretas.
— Então, o que houve depois que eu apaguei?
— Bom, depois que você foi desesperada até a porta.
...
Aproximadamente meia hora atrás
...
Dorion amparou Heleonora que veio de encontro ao seu corpo já desmaiada, seu olhar percorreu as três pessoas que estavam lá fora, e parou em Simon, que ainda se debatia no chão e respirou fundo.
" Mas que merda estava acontecendo ali?"
Com o poder do seu olhar, o pai de Heleonora se aquietou no chão, devido ao seu dom diferente, Dorion podia controlar magia facilmente sem precisar varinha.
— Ei vampiro, traga-o para dentro — Alastair o olhou de cara fechada — sem dramas por favor, e nada de gracinhas, depois conversamos melhor sobre o que está acontecendo aqui — Dorion falou sério, e o vampiro se sentiu ameaçado nas entrelinhas.
Anne deu um sorrisinho contido, enquanto Dorion ajeitava melhor Heleonora em seus braços e a levava para dentro.
Anne foi a primeira a seguir Dorion, seguido de um vampiro com cara de poucos amigos, Simon estava muito ferido " aquele ser por acaso pensava que eu sou de ferro, para cogitar a idéia que sou obrigada a aguentar tamanha tentação assim tão próxima?" pensou o vampiro.
Mas sem querer levar aquilo para a zona de um futuro conflito, ele prendeu a respiração, pegou Simon e foi atrás.
Primeiro Dorion depositou Heleonora no seu quarto, que era o mais próximo, e com um meneio de suas mãos, uma energia azul cristalina fluiu delas e foi para o corpo da bruxa de cabelos vermelhos, seus ferimentos imediatamente começaram a se curar.
Anne que observava tudo aquilo franziu o cenho " bruxos não precisavam de varinha?" A lobisomem pensou.
Dorion se virou no momento em que Anne ainda estava com a expressão espantada, e simplesmente passou por ela ignorando tal fato.
— Pode ser que daqui a alguns minutos ela acorde, fique com ela — Dorion seguiu seu caminho, estava sem tempo para explicar atentamente tantos detalhes, e foi em direção a Alastair que ainda segurava Simon sem saber o que fazer.
— Por aqui — Disse Dorion para o vampiro, e o encaminhou para o próximo quarto.
Anne revirou os olhos, mandão demais para o seu gosto, mas ficou lá e esperou Heleonora acordar, estava em território estranho, não podia questionar muitas coisas sem antes saber se era seguro.
O vampiro depositou o corpo frágil de Simon no quarto mais a frente ao de Heleonora, e voltou para aquela pequena sala.
Dorion fechou a porta, e por lá ficou pelo tempo que se seguiu, o estado de Simon era mais crítico, demoraria mais nele do que foi em Heleonora.
Alastair simplesmente se jogou na primeira cadeira que viu, que estava próxima a mesa que a tantos anos estava exatamente ali, o vampiro se encontrava atormentado demais com a ideia de estar próximo a Domini, e por lá ficou enquanto Dorion cuidava de Simon.
Vinte minutos depois, quando Heleonora finalmente estava ouvindo todo aquele relato pela boca de Anne, foi quando o vampiro finalmente voltou a si, e tratou logo de se recompor.
Instantes depois, Anne e Heleonora saíram pela porta ainda conversando.
— E meu pai ?
— Bom, o cara levou ele para o outro quarto, e ainda não saíram, certamente tinha muita coisa para consertar nele — Heleonora suspirou aliviada.
— Pelo menos cheguei em um lugar onde podem ajudá-lo.
— Tirando o fato de nós ter enfiado junto foguinho, e um ponto de vista a ser considerado — a bruxa revirou os olhos.
— E Heleonora — Anne deu de ombros e sorriu.
— Não é como se tivéssemos tido um tempo bom para fazer as apresentações de forma adequada — Heleonora sorriu.
— Verdade — uma se virou para a outra.
— Sou Anne Fenrir — a lobisomem estendeu a mão para Heleonora.
— Heleonora Nighty — a bruxa pegou a mão que lhe foi ofertada e a apertou.
— Gostei do seu nome e forte — falou Anne.
— Sério mesmo que vão continuar com essa conversa extremamente irritante? — o vampiro cortou as duas irritado — gostaria de sair daqui ainda hoje se for possível.
— Então ande com as próprias pernas — Anne falou irritada — não foi você mesmo que disse que conhecia um caminho — os olhos do vampiro ficaram vermelhos.
— Você não faz ideia do que está falando — ele retrucou irritado, se não fosse por Dorion estar saindo do outro quarto, aquela conversa não tomaria rumos muito agradáveis.
— Vejo que estão com energia de sobra, então suponho que não será problema me contatem o que está acontecendo aqui — falou sério.
— E meu pai como está? — Heleonora falou hesitante.
— Bem, mas não entendi como ficou naquele estado de inconsciência, haviam cortes profundos e pequenos que atravessavam lhe a carne, e a temperatura dele que simplesmente não se mantinha, hora muito quente, hora muito fria, sem contar os outros itens que tive dificuldade em normalizar, acaso estavam brincando com magias perversas e isso ? — Dorion perguntou ainda sério.
— Não, nada disso, é que meu pai e pesquisador de fatos raros — Anne gelou, a muito tempo ouvia falar da má fama que tinha aqueles com aquela profissão, era quase como delatores de tudo que tinha no seu mundo — ele gosta de estudar tais fatos, para entender um pouco nossa história, e ajudar a ocultá-la daqueles que querem realmente nosso mal — Anne relaxou — essa última viagem era para somente uma entre tantas, ele iria investigar a existência de ruínas em um lugar, e descobrir se elas contavam um pouco mais sobre a nossa história, ou sobre objetos de poder, mas se passou tempos demais e ele não voltou, então eu fui atrás e o encontrei assim, não sei o que aconteceu.
— E vocês ? — Dorion perguntou sem perder a postura séria.
— Perto do lugar onde essas ruínas estão, e onde vive minha alcateia, eu só estava passeando quando encontrei cheiro de sangue, e resolvi ver o que era, quando cheguei lá estava aquele sanguessuga tentando fazer um lanchinho dos dois — Heleonora se assustou, e rapidamente voltou sua atenção para o vampiro.
— Não me culpe se vossa discrição e zero.
— Como é que é ? — Heleonora arqueou a sobrancelha em um aviso silencioso, uma pequena afronta para ele ousar continuar o que disse.
— Ouvi você e a tal mulher falando sobre as tais águas vermelhas que ele iria investigar, e fui atrás para ver até onde poderia ser verdade — o vampiro falou com maior tranquilidade.
— E fala assim tão sereno as suas picaretagens — Anne falou irritada.
— Tenho meus motivos — o vampiro fechou a cara.
— Certo, é óbvio que vocês não se dão bem, mas vamos voltar ao objetivo principal aqui, como chegaram no meu quintal?
— Bem, isso é simples — Anne falou com ar travesso — a foguinho ali ficou falando anjo, eu quero ver o anjo — falou Anne tentando imitar a voz de Heleonora — aí os espectros nos rodearam e nos trouxeram até aqui — Dorion arregalou os olhos, e o vampiro apenas falou irritado.
— Eu sei que e difícil acreditar, mas e exatamente isso que aconteceu, talvez ela possa ter certo controle sobre eles — foi a vez de Heleonora se espantar com o que ela estava falando.
" Como assim controle ? Já era difícil acreditar na parte dos espectros, não importava se ouvisse aquele relato um milhão de vezes, agora ter controle sobre eles ? Somente a ideia em si era uma loucura" pensou Heleonora.
Quase na mesma linha de pensamento, Anne discordava veementemente daquelas palavras, mas não por incredulidade dos fatos, mas sim por outro motivo.
— Mas isso implicaria em outra questão o sanguessuga, o de ele ser realmente um anjo, e pelo que vi até agora, ele só tem se mostrado ser um bruxo — Anne parou com a ideia que lhe ocorreu de última hora — ou você por acaso é um híbrido? — Dorion negou com a cabeça.
— Não entendo — Heleonora se pronunciou — os boatos acerca do anjo que protegia a nova cidade, então eram todos falsos ?
— Não, eles começaram depois de um incidente a muito tempo atrás, mais precisamente, depois que uma conhecida minha sumiu de repente, e eu posso ter continuado com eles para que a última memória dela não morresse, como um modo de continuar vivendo, ela merecia, era um doce de pessoa.
— Não pode ser — Anne ficou chocada com aquilo — até mesmo eu conheço essa história, que existia antes mesmo da nossa alcateia se separar dos Duar, quantos anos você tem?
— Uns duzentos, quase trezentos sei lá, é difícil contar os anos quando não se tem muito interesse pelas coisas, mas me lembro bem de conhecer o filho de Pietro, mas foi a muito tempo, ele tinha acabado de nascer e nem tinha um nome ainda, e os Duar já estavam planejando o futuro dele como novo alfa, já que o irmão de Laura ainda não tinha filhos, e uma longa história.
— Mas como isso é possível ?
— Tenho meu palpite — falou Dorion se lembrando de Jack que vivia dentro de si, mas não importa agora.
Enquanto Dorion e Anne conversavam, a mente de Heleonora vagava por um mar de possibilidades, estava tentando desvendar o pequeno quebra cabeças do anjo.
" Pode ser essa conhecida dele o anjo, sendo assim os espectros teriam nos trazido aqui pela ligação dele com ela, não, pelo que Anne me falou, devia ser mesmo um anjo ".
Quando Dorion falou sobre ter dado continuidade nos boatos em memória de alguém, foi que Heleonora entendeu.
" O anjo em questão era aquilo que os moradores acreditam ainda estar perto por causa dele até hoje, mas então sobrava somente uma questão em aberto, como os moradores deduziram tão fácil ter um anjo os protegendo ? " Foi aí que ocorreu a ideia.
— Desculpe interromper — Dorion e Anne pararam de conversar e prestaram atenção em Heleonora — Mas se você não é realmente o anjo, poderia ser a conhecida sua — Dorion arregalou os olhos.
— E em que se baseou para dizer essas palavras ?
— Em um fato, você mesmo disse que continuou a dar vida nos boatos do anjo depois que sua conhecida partiu, e deve ter usado até mesmo de magia para isso, no entanto, para ser boatos tão vividos até hoje, eles devem ter tido uma base muito sólida no passado, porque senão não passaria de mera fofoca, ou pior, algum caçador poderia usar deles pensando ser bruxos, o que me leva a conclusão de somente uma coisa, ela deve ter sido perfeita em sua vida, como um anjo, para dar veracidade ao início dos boatos, e o incidente que ela sumiu só serviu de estopim de modo que mudaram o nome do antigo vilarejo de Era dos Presságios para Anjo, algo que notoriamente você não viu, mas que por ficar esses séculos sozinho, como também é notório, você fez questão de manter, seja através de magia ou conversando.
— Sim, minha Angel era uma boa pessoa, nunca vi maldade em seus olhos em todo o tempo que convivi com ela, mas um dia ela simplesmente desapareceu nos meus braços.
— Isso só prova o que eu disse, ela é realmente um anjo.
— E como pode ter tanta certeza ? — Dorion perguntou desconfiado.
— Me lembro bem de ler em uma das pesquisas de meu pai, que anjos que nascem na terra tendem a evoluir, de modo que o corpo que apresentam aqui na terra e uma casca, e quando ela se quebra, surge um ser de luz diferente, que só pode ser visto por aqueles que crêem em anjos.
Dorion por um momento ficou paralisado, tanto que pode sentir nitidamente seu coração errar uma batida.
— Ma... Mas como ? — ele não sabia o que perguntar, o que fazer, seu coração estava descompassado com a nova possibilidade.
— Não sei mais detalhes, meu pai havia dito na época que é muito difícil encontrar informações sobre eles, mas se esse for realmente o caso é provável que algum morador daqui a tenha visto em sua forma original.
— E por causa do sangue.
— O que ? — perguntou Dorion, e os três se viraram para prestar atenção no vampiro.
— Uma vez ouvi de um vampiro que estava vindo para cá, quando ainda se chamava, Era dos Presságios, que o sangue de anjo tem propriedades mágicas fortíssimas, e que é fácil de reconhecer um só de cruzar com ele, vem aquele cheiro de rosas e paz, mas também havia me dito que era uma lenda.
Heleonora ao ver a importância daquelas palavras na vida daquele homem, foi inevitável não acrescentar.
— Você pode vir conosco, está última ruína que meu pai estava procurando, a um objeto nela capaz de realizar qualquer desejo que você quiser, você pode até mesmo perguntar se e real toda essa minha teoria.
— E se não for real — rebateu o vampiro provocativo, ele ainda estava bem irritado — essas águas que podem realizar qualquer pedido é uma loucura.
— E real — Heleonora falou confiante — se não existisse tamanho poder naquelas terras, não teria também os espectros, afinal eles só se acumulam onde tem muita magia.
Naquele momento a cabeça dos três voou longe.
— Poderia fazer um pedido que acabasse com toda essa época de sangue, que fizesse os humanos pararem de nós caçar, e de fazer armas com base nas nossas fraquezas ?
— Claro — Heleonora respondeu confiante.
— Angel — Dorion falou num murmúrio — Jack.
— Sim.
Pela primeira vez em anos, os olhos do vampiro realmente brilharam em esperança.
— Vou poder ter minhas respostas — ele falou no automático — Anne franziu o cenho.
— E quem disse que você está no meio ? — ela falou provocativa.
— Olha só quem fala.
— Ei, ei, ei — Heleonora levantou as mãos e as balançou em sinal de paz.
— Não vamos brigar aqui, todo mundo vai ter a sua vez, porque dá pra ver que é importante o desejo que todos teem — falou com o foco principal no vampiro, naqueles segundos Heleonora entendia como nunca o desejo por respostas, principalmente para aquele seu estranho poder.
— E a propósito — Quem é esse Jack ? — Perguntou Anne.
— Meu irmão, ele tem um estranho poder de alterar entre espectro e humano, e já faz um tempo que ele está com problemas.
— É um dom diferente, tal como você que pode fazer magia sem varinha — concluiu a lobisomem.
— Por aí.
— Legal.
— Eu, vamos mudar o rumo da conversa, é importante aqui, vamos ter muito tempo depois para nos conhecermos melhor.
Houve um longo silêncio, antes de Heleonora voltar a falar.
— Então, quem realmente quer entrar nessa ??
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