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A Magia Do Vale

O banquete

-Todos saúdam a princesa Alexandria e o duque Charles.

Todos no banquete ficam de pé para se reverenciarem.

-Por favor sente, espero que tenham uma boa noite.

-Obrigada princesa.

Alexandria olha a jovem com um sorriso estampado em seu rosto.

O duque Charles se aproxima da princesa.

-Querida, vamos nos sentar?

A felicidade era nítida nos olhos de Alexandria.

-Claro.

O banquete tinha como finalidade anunciar o noivado da princesa e do duque, mas algumas coisas não sairam como o esperado.

Rei Adson se levanta de seu trono para dar o seu pronunciamento.

-Amigos, é com enorme prazer que os comunico o noivado oficial de minha filha a princesa Alexandria com o duque Charles.

Todos aplaudem de pé; com rosas o duque presenteia a princesa, antes de colocar um lindo anel de brilhantes em seus delicados dedos.

-Que essa noite seja o dia em que todos saibam o quanto te amo.

Ele sela sua promessa com um beijo na bochecha da princesa.

A rainha Rebeca vai em direção a sua filha para lhe dar um abraço.

-Felicidades minha filha.

-Obrigada mamãe.

As duas ficam abraçadas por uns segundos antes da rainha se direcionar para o duque.

-A partir de agora você está com a jóia mais importante desse reino. -A rainha da uma olhada na filha antes de continuar a falar.-Cuide bem dela.

-Sempre majestade.

Ela faz um leve carinho no rosto dele e sai.

A festa está bastante animada, foi uma noite de muitas novidades; a descoberta de novas riquezas no reino, o noivado da princesa e o duque e um suposto membro da monarquia que estava planejando um atentado.

A conversa chegou aos ouvidos do rei e da rainha, mas como era uma noite para festejar eles apenas mandaram os cavalheiros reais ficaram em alerta.

Enquanto a festa acontecia no grande salão, a princesa Alexandria queria tomar um pouco de ar fresco, então decidiu ir dar uma volta no jardim, onde alguns casais de amantes estavam se encontrando.

Sem dar muita importância para os arredores a princesa foi para um lugar onde apenas a família real podia entrar (o jardim secreto), pensando em como a noite estava maravilhosa, ela nem percebeu que estava sendo vigiada pelos guardas.

Sentada em um banco de frente para o mar, Alexandria não conseguia tirar do rosto um sorriso bobo, mas algo lhe chamou a atenção na escuridão, não dava pra ver muito bem, mas aquele casaco de pele de tigre branco era o mesmo do seu amado duque Charles.

Seguindo aquela sombra Alexandria, percebe que ele não está sozinho, então pensa que são coisas da corte, ela está prestes a ir embora, porém ela se aproxima mais um pouco e percebe que a outra pessoa com quem está o duque é uma mulher.

Ela aguarda uns minutos, quando vê eles se beijando como dois apaixonados.

A mulher que o estava beijando da uma gargalhada antes de o abraçar.

-Parabéns, conseguiu enganar todos essa noite.

-E você acha que foi fácil ter aturar aquela princesa mimadapor todo esse tempo?

-Bom, então tenho que te recompensar essa noite.

Os dois ficam se esfregando como se não houvesse amanhã, enquanto Alexandria está em prantos do outro lado.

Ela corre para voltar ao salão principal, quando os guardas vão em sua direção.

-Majestade, precisa de ajuda?

Olhando para trás ela da a ordem.

-Peguem o duque Charles e aquela mulher. Levem-nos para o meu pai.

E volta para o castelo

As pessoas que estavam no banquete foram embora, a festa havia acabado a pouco tempo; a rainha estava com a princesa na sala de julgamentos e o rei estava conversando os grã-duques. Quando a reunião acabou, todos os participantes foram para a sala de julgamentos.

De frente para a princesa, o duque e sua amante estavam amarrados de joelhos, e por um breve momento Alexandria queria degolar o pescoço de ambos.

-O veredito final é seu filha.

Todos esperam o resposta da princesa.

-A lei diz que aquele que foi pego por traição deve ser obrigado a trabalhar pelo resto da vida a grande casa.

Os membros começam a concordar com a cabeça.

-Contudo... eu não acho que eles vão me servir como servos.

O rei e a rainha a olham cheios de orgulho nos olhos.

O grã-duque pergunta

-E qual o veredito princesa Alexandria?

Com fúria nos olhos ela responde.

-A vergonha.

Todos que estavam na sala aceitaram a decisão da princesa.

-Com licença, tenho outras coisas para fazer.

E se retira.

O homem misterioso

Alexandria está em seu quarto escrevendo em seu diário quando alguém bate a porta.

É sua empregada pessoal de alta confiança chamada Charlotte.

-Pode entrar.

-Com licença majestade.

-Diga Charlotte.

A empregada fica uns minutos em silêncio antes de prosseguir.

-Suas majestades o rei e a rainha estam esperando a senhorita na sala de jantar.

-Tudo bem, eu desço daqui a pouco.

-Com licença majestade.

Depois de ficar sozinha em seu quarto, a princesa Alexandria volta sua escrita no diário, quando uma brisa fresca sopra sobre sua costa e ela se dá conta de que há alguém atrás dela. Se virando para ver quem é o intruso, percebe que não tem ninguém.

A porta continua fechada e a única janela próxima não fica na direção de sua costa, pensando que é apenas uma impressão a princesa vai para a sala de jantar.

Chegando lá todos estão sentados em seus respectivos lugares, mas alguém em particular chama sua atenção, um homem alto, de cabelos pretos ou cinzas, não dá pra identificar direito, pois ele usa um capuz que só deixa pouca parte de seu rosto de fora.

Sem fazer perguntas ela se senta em seu lugar habitual, sua mãe não para de encarala e ela não sabe o porquê daquele estranho está sentado com vestes tão conservadoras quanto de uma freira.

Sua majestade o rei Adson para sua refeição, quando simples minutos parecem horas com aquele silêncio mortal.

O estranho a mesa pigarreia.

O clima parece extremamente ruim, mesmo assim a Alexandria começa a falar.

-Minha tinta está prestes a acabar papai, o senhor pode encomendar mais por favor?

O rei Adson a observa tentando decifrar o que a princesa acabara de falar.

-Claro querida.

No outro canto da mesa o estranho para de comer também.

-Majestade, se me permitir posso ir buscar a tinta para a princesa Alexandria pessoalmente.

Curiosa com o intruso, a princesa diz.

-Não há necessidade disse arqueiro, meus homens podem trazer a tinta.

Com um olhar sombrio o homen encapuzado diz em uma tentativa inútil de parecer agradável.

-Miniatura, eu não sou um ARQUEIRO.

Indignada com tamanha ofensa a princesa retruca.

-E eu não sou uma miniatura! Onde está seu respeito!?

Se inclinando para frente da mesa o homem misterioso responde.

-Respeito por quem exatamente?

-Por mim! Sua majestade.

A rainha se levanta da cadeira para tentar acalmar a filha e rei vai na direção do intruso

-Filha, vamos lá pra cima, deixe seu pai cuidar disso está bem?

Confusa a princesa indaga.

-Quem é você ?

O intruso vai se aproximando lentamente da princesa até ficar cara a cara com ela.

-Ninguém.

A rainha leva a princesa consigo para o quarto e o rei fica com o homem misterioso na sala de jantar.

No quarto de Alexandria a rainha senta na cama.

-Quem é esse homem mamãe?!

Alguns segundos passam antes da rainha falar.

-Um amigo.

-Ser insolente, ele deveria está nas masmorras!

-Querida.

A rainha diz fazendo sinal para a princesa se sentar também.

-Amigos inesperados são tão importantes quanto os que já conhecemos a anos.

-Está acontecendo alguma coisa?

-Não querida, agora vá dormir, amanhã vamos sair.

-Boa noite mãe.

-Boa noite querida

Com um beijo em sua testa a rainha sai do quarto e deixa Alexandria pensativa.

Depois de tomar seu banho Alexandria se deita e pega rápido no sono, porém ela tem um pesadelo onde o castelo pega fogo e ela está completamente sozinha em uma parte escura da floresta.

Uma voz a chama, será seus pais?Charles? Quem será?

Novamente a voz a chama, mas dessa vez ela consegue entender, a voz misteriosa diz para ela despertar.

-ACORDE.

Aquela pequena palavra não para, até um cavaleiro montado em um belo cavalo negro como a noite ir em sua direção e lhe abraçar.

De sobressalto a princesa acorda atordoada, quem era esse homem? E porque aquela voz parecia um pouco familiar, mas ao mesmo tempo estranha?

Foi a primeira vez que a princesa Alexandria sonhou com aquele homem e seu cavalo negro.

Uma volta no tempo

...2 anos antes...

O dia está bastante ensolarado, e a princesa Alexandria se encontra em seus aposentos reais sentada na cama, lendo um livro que seu pai havia lhe dado.

No castelo as coisas estão bastante animadas no castelo, pois a chegada dos grã-duques e seu filho simbolizava que a princesa poderia sair sem ser notada. Aproveitando a saída dos empregados, a princesa Alexandria vai para o vilarejo se encontrar com seus amigos, que a muito tempo não vê.

Chegando na cabana do Tio D's (Uma lanchonete onde os jovens do vilarejo se reúnem) Alexandria sente um cheiro que faz lembrar que ainda não tomou café da manhã, sua barriga roncou em protesto fazendo com que ela entrasse sem bater na porta.

Como de costume, no horário da manhã o fluxo de pessoas é muito baixo em relação ao turno da noite; apenas Robson está arrumando as mesas enquanto seus irmãos estão lavando as louças.

-Já está funcionando?

Com um sorriso de orelha a orelha Robson vai ao encontro de Alexandria.

-Para você, sempre majestade.

-Não gosto quando você me chama de majestade.

-Sinto muito majes...

Interrompendo a frase Robson puxa uma cadeira e a oferece.

-Já tomou café?

Depois de se sentar Alexandria responde.

-Ainda não. O que vocês tem hoje?

Sentado em outra cadeira Robson a estuda dos pés a cabeça,antes de se levantar sem dizer uma palavra.

Alguns minutos depois Robson está com uma bandeja contendo algumas torradas, leite, duas fatias de bolo e alguns docinhos.

-Deseja algo mais?

-sim.

Surpreso com a resposta, Robson deixa a bandeja na mesa e volta a se sentar.

-O que você deseja majestade?

-Primeiro, não me chame de majestade. Segundo, quero saber onde está seus pais?

Um suspiro de alívio foi escutado pela princesa quando ela estava começando a comer de cabeça baixa.

-Hoje eles foram buscar suprementos na vila de Keffi.

-Tão longe assim?

-Sim, lá tem as melhores sementes e equipamentos.

-Entendi, e como seus irmãos estão?

-Muito bem, hoje eles trabalharam até de noite.

A cada mordida Alexandria fazia uma pergunta. Robson respondia com um leve sorriso e brilho nos olhos.

-E você?

Surpresa com a pergunta, Alexandria quase se engasga. Rapidamente Robson lhe passa o copo de leite.

Quando o acesso de soluço passou ela respondeu.

-Estou bem, e você?

-Estou bem também.

Limpando alguma coisa do rosto da princesa Robson passa os dedos levemente no canto da boca para tirar uma sujeirinha.

-Fico feliz.

-Por mim?

-Claro.

O mundo parece não existir quando eles estão juntos, e Alexandria sente que seu coração está para explodir.

-Também fico feliz por você e seus irmãos.

-Já conheceu os grã-duques?

-Sai antes deles chegarem, porquê?

-Você não pode mais vir aqui...

Com a resposta fria, Alexandria não pode conter a surpresa e o medo.

-Como assim!?

-Sua majestade o rei Adson me proibiu de ter qualquer contato com você apartir de hoje.

-Quê? Quando meu pai veio aqui?

-Isso importa?

-Claro que sim!

-Posso continuar?

Confusa com a situação a única coisa que a princesa consegui fazer é acenar com a cabeça.

-Sua majestade o rei Adson não quer mais que eu tenha nenhum contato com você, talvez seja porque...

O olhar da princesa deixou Robson confuso, o fazendo por alguns segundos esquecer tudo e apenas se deixar guiar pelos sentimentos.

Sem pensar nas advertências e consequências que traria, ele a beija com todo o seu coração, a intensidade que os lábios da princesa retribui o mostra que ele não estava amando sozinho.

Interrompendo o beijo, Robson a abraça forte, e sussurra em seu ouvido :-Você é minha memória feliz.

Antes de conseguir entender aquelas palavras ele a beija novamente, com um beijo que ficaria marcado em seu coração.

Algum tempo depois a princesa precisou retornar ao castelo pois já havia passado bastante tempo desde que saiu.

No meio do caminha um cavalheiro a para e pedi informações.

-Com licença bela dama, qual o caminha para chegar no castelo?

Levantando a vista para responder ela se surpreende com a beleza daquele jovem cavalheiro.

-Você precisa dobrar a esquerda, depois seguir até chegar ao chafariz, o castelo fica perto.

-Obrigada bela dama.

-De nada.

-Posso ter a honra de saber seu nome?

-Me chamo Alexandria.

-Que nome lindo, me chamo Charles.

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