Sabe quando você pensa que não dá para ficar pior e de repente fica?
Assim está a minha vida nesse momento.
Eu tenho vinte anos, não sei quem são os meus pais, tenho um irmão mais velho, Marcos, e somos apenas nós dois no mundo.
Eu estava trabalhando em um restaurante super chique no centro de nova York, e acabei de ser demitida.
Meu irmão está sem trabalho, procura emprego todos os dias e estamos quase sendo despejados.
- o que está fazendo aqui? pensei que estivesse trabalhando - acabei de chegar em casa, amanhã irei pegar o meu tempo de trabalho e sairei por aí em busca de um novo emprego.
- e eu pensei que tivesse procurando emprego - ando até a nossa pequena cozinha e abro a geladeira pegando a minha garrafa de água.
Não conhecemos os nossos pais, fomos deixados em um orfanato quando éramos bem pequenos, quando atingiu a maior idade, Marcos foi mandado embora, então ele arrumou um emprego, alugou uma pequena casa e me tirou de lá.
Não foi nada fácil, passamos por várias dificuldades e ainda passamos, mas como sempre a gente acaba dando uma jeito.
O dinheiro que ganhava no restaurante estava dando para suprir as nossas necessidades básicas, mas sem meu trabalho isso não vai ser possível.
- o que é isso? - dou um gole na minha água e ando até a mesa pegando o pacote marrom - está parecendo um daqueles tabletes de drogas que passa nos filmes - sorrio achando graça dos meus pensamentos idiotas.
- Jai, me dá isso aqui - Marcos toma o pacote da minha mão visivelmente nervoso.
- Marcos, isso é um daqueles negócios? Está vencendo drogas?
- só vai ser dessa vez, precisamos pagar o aluguel, a conta de luz está atrasada e mal temos o que comer - ele guarda o pacote em uma mochila em cima da mesa
- mas que droga, Marcos! A gente sempre deu um jeito, nunca deixamos nos abalar com nada disso e agora você está aqui, vendendo drogas para não sei quem! E ainda por cima correndo o risco de ser preso ou até mesmo morto!
Não acredito que ele está fazendo isso, o que se passa pela cabeça desse idiota? Sei que estamos passando por momentos difíceis, mas podemos dar um jeito como sempre demos.
- Jai, me desculpa, mas eu não consigo suportar a idéia de ver você nos sustentando sozinha. Eu sou o homem aqui, eu sou seu irmão mais velho, deveria protegê-la e dar tudo o que merece.
- se continuar vendendo essa merda, eu irei embora e nunca mais vamos nos ver.
- Jai...
- sabe que fim leva essas pessoas, não sabe? Não quero ter que te visitar na cadeia durante toda a semana, não quero ver a única família que tenho apodrecer atrás das grades - enxugo as lágrimas caídas pelo meu rosto - devolva essa merda hoje mesmo, Marcos, não me apareça aqui com isso, não estrague a sua vida.
- Jai...
- por favor, Marcos, devolva isso enquanto é tempo, não quero perder você.
(...)
Já faz algumas horas que o Marcos saiu e ainda não voltou, espero que ele realmente tenha ido devolver aquela merda.
- eu não acredito que ele fez isso - Lilly me olha boquiaberta, ela é minha melhor amiga e confidente. Nos conhecemos no meu antigo e primeiro emprego em uma lavanderia, desde então somos inseparáveis.
- eu já estou começando a ficar preocupada, já faz horas que ele saiu e até agora não voltou - olho pela janela do nosso velho e humilde apartamento.
- fica calma, tenho certeza que daqui a pouco ele chega - ela levanta do sofá e anda até a cozinha - vou preparar um café para gente, e sai dessa janela, quanto mais ficar aí, as horas vão demorar de passar.
- eu não sei o que faria sem você - sento no sofá e suspiro pesado - obrigada por existir na minha vida - Lilly é mesmo uma grande amiga, não sei o que faria sem ela nesse momento.
- Jai, precisamos sair daqui agora - Marcos entra em casa afobado me deixando assustada.
- o que houve? Por quê está assim? - levanto do sofá e ando até ele.
- uns caras me roubaram, eles levaram toda a mercadoria - ele anda até o quarto e começa a guardar algumas coisas dentro de uma mochila - Nicolas vai nos matar.
- Nicolas é o cara que te deu as drogas?
- sim, ele mesmo.
- eu vou falar com ele, pedir um tempo para a gente conseguir o dinheiro, não deve ser muito, não é?
- aquele tablete valia cinquenta mil dólares, onde vamos arrumar esse dinheiro? - ele segura meu braço - e eu já falei com ele.
- e o que ele disse?
- me deu vinte e quatro horas para conseguir o dinheiro - ele leva as mãos até o rosto e senta na cama - me desculpa, você tinha razão! - escuto ele fungar - eu estraguei a nossa vida.
- Marcos, não foi culpa sua, só agiu por impulso, no seu lugar qualquer pessoa faria o mesmo - me abaixo a sua frente.
- para de tentar arrumar tudo, não vê em que situação eu coloquei a gente? - ele levanta da cama - vai para a casa da Lilly, eles não vão atrás de você, sou eu quem estou devendo, se tiver que fazer alguma coisa, que façam comigo, não com você.
- eu não vou te deixar sozinho nessa.
- e eu não vou deixar você morrer por minha causa, eu jamais me perdoaria por isso - ele segura meu rosto entre suas mãos - e me obedeça pelo menos uma vez nessa vida.
Marcos
Nicolas, esse é o nome de um dos mafiosos mais perigosos de Nova York. E não podemos nem ao menos dar parte na polícia por que todos eles são comprados.
Esse homem faz o que quer e ninguém tenta impedir, ao menos é o que eu fiquei sabendo.
- meu irmão está por aí correndo não sei quantos riscos e eu não posso fazer nada para ajudar - estou na casa da Lilly, os pais dela estão viajando e isso é bom. São pessoas boas e não quero que pensem coisas ruins sobre mim.
- Jai, seu irmão é esperto, ele vai dar um jeito - ela afaga meu ombro tentando me passar conforto, mas a única coisa que sinto nesse momento é angústia e medo.
- como? Não temos como conseguir esse dinheiro, e o pior de tudo é que eu nem sei onde e nem como ele está nesse momento - levanto do sofá - talvez eu possa ir até a casa desse Nicolas tentar pedir mais um pouco de tempo.
- está maluca? Esse cara é perigoso!
- não posso deixar meu irmão morrer, é minha única família, Lilly - pego minha bolsa em cima do sofá.
-. tá, eu vou com você, mas não se preocupe, tenho certeza que vamos achar esse cara.
(...)
Já é quase meia noite, rodamos quase toda Nova York e não achamos o Nicolas. Ele deve ser algum tipo de fantasma.
Estamos em um café que fica aberto até altas horas, paramos para comer um pão e beber algo.
- acho melhor a gente ir para casa, não é seguro ficarmos na rua até uma hora dessas - Lilly dá o último gole em seu café e eu concordo com suas palavras.
- você tem razão - pego uma nota de vinte dólares em minha bolsa e chamo o garçom - amanhã eu contínuo procurando, eu tenho que achar esse cara.
- e o que vai fazer se acha-lo?
- eu vou implorar para que ele nos dê mais tempo para conseguir o dinheiro.
- e você vai conseguir como?
- eu não sei, tá legal? - suspiro pesado - amanhã eu vou acertar as minhas contas no restaurante, trabalhei lá por um bom tempo e vou dar o dinheiro para ele, depois dou um jeito de conseguir o resto.
- eu soube que estão procurando o Nicolas, é verdade? - olho para o homem que acabou de sentar a nossa mesa sem ser convidado.
Bonito, olhos castanhos e pele clara.
Está usado uma camisa de manga social, calça preta e um sapato da mesma cor muito bonito.
- quem é você? por um acaso conhece ele? - Lilly pergunta na minha frente.
- ele é meu irmão e eu cuido de tudo o que lhe diz respeito - ele põe as mãos sobre a mesa - então, o que querem com ele?
- meu irmão pegou uma de suas porcarias para vender em um ato de desespero, mas ele acabou sendo roubado e o seu irmão deu vinte e quatro horas para ter o valor das drogas em mãos e não temos como conseguir assim, de uma hora para outra - olho para ele.
- e você acha que vai convencê-lo a perdoar o seu irmão, é isso? - ele pergunta em tom de deboche e eu nego.
- eu só quero pedir que aumente o prazo, não tem como conseguirmos isso assim, de uma hora para outra.
- ele não vai aumentar o prazo, Nicolas não dá segunda chance. Seu irmão só precisava vender a mercadoria e trazer o dinheiro para gente.
- ele foi roubado, será que está surdo?
- quem nos garante isso? ele pode ter vendido e ficado com a mercadoria, já lidamos com muitas pessoas assim.
- ele jamais faria isso! Ele iria devolver aquela merda a vocês quando o roubaram - levanto da mesa - vai nos levar até ele ou vou ter que continuar procurando?
- eu vou te levar até ele, mas pode ir perdendo as esperanças.
Ele levanta e sai na nossa frente junto com outros dois homens.
Devem ser seus seguranças, bem vestidos e mal encarados.
- você vai assim? sem ter certeza que ele é mesmo irmão do cara?
- o que eu posso fazer? tenho que arriscar - pego minha bolsa e sigo os homens até um carro preto.
- o que foi? vão ficar aí paradas? - ele abre a porta do carro fazendo menção para entrarmos.
Tá, mesmo com medo eu tenho que ir, é pelo meu irmão, pela minha família.
(...)
Fomos durante todo o caminho em silêncio.
O irmão do Nicolas atendeu algumas ligações durante o trajeto. xingou algumas pessoas, foi ignorante com outras e assim foi nossa viagem.
Chegamos já faz uns dez minutos, a casa é linda! Quase todas as paredes são de vidro dando visão para um belo jardim ao lado de fora. Bem decorado com móveis de dar inveja. Não só os móveis mas todo o resto.
Deve morar muitas pessoas aqui.
- ele está te esperando no escritório, e é para ir sozinha - olho para Lilly que me encara e sigo para o corredor nervosa.
Empurro uma porta que está meio aberta e entro.
Meu coração está em tempo de sair pela boca, um perfume apimentado está tomando conta de todo ambiente, o ar gélido do ar condicionado fez todo o meu corpo se arrepiar.
- o que tanto quer falar comigo?
- levanto minha cabeça para encarar o dono desse voz rouca e marcante.
- eu q - que - gaguejo ao ver seus olhos me encarando com tanta atenção.
Confesso que nunca vi homem tão bonito quanto esse.
Olhos azuis, cabelos jogados para trás e um olhar de deixar qualquer pessoa assustado.
- meu irmão cometeu a loucura de vender drogas - suspiro tomando coragem de me pronunciar - ele nunca havia feito isso antes, está desempregado e eu acabei de ser demitida, e com medo de acabarmos na rua ele acabou cometendo esse ato idiota.
- você sabe quanto valia o pacote que supostamente foi roubado?
- ele me disse que valia muito dinheiro, e eu não vir aqui para pedir que esqueça isso. Eu estou arriscando a minha vida apenas para pedir que nos dê mais um tempo, eu posso arrumar um jeito de te dar o seu dinheiro.
- essa dívida não é sua, é do seu irmão.
- essa dúvida é minha e dele. Marcos é a única família que tenho e eu não vou perde-lo só por quê cometeu a estupidez de se envolver com gente da sua laia. Ele é um homem bom, só cometeu um erro e ele estava vindo consertar isso quando foi roubado.
- seu irmão não foi roubado.
- mas é claro que foi! Ele chegou em casa desesperado sem saber o que fazer.
- eu mandei averiguar tudo o que ele disse - ele mexe no notebook em cima da sua mesa e o vira para mim - seu irmão vendeu a minha mercadoria e sumiu com todo o dinheiro. Ele veio até a minha casa com esse papo de que tinha sido roubado mas eu já passei por situações como essa, e acredite, eu nunca deixo isso abatido.
No vídeo eu consigo ver claramente que Marcos vendeu a mercadoria e levou várias notas por ela. Deve ter uns cinquenta mil ou mais ali.
- mas por quê ele mentiu para mim? Marcos sumiu, ele foi embora falando que você iria mata-lo, que não seria seguro eu ir com ele e me deixou na casa de uma amiga.
Meu irmão me abandonou, foi isso? Ele fez o mesmo que os nossos pais?
- mas que merda de vida é essa que eu tenho? Eu trabalho igual uma condenada, passei por momentos difíceis, cresci em um orfanato e além de ser abandonada pelos meus pais, também fui pelo meu irmão - deixo as lágrimas caírem livremente pelo meu rosto.
- me desculpa vir até a sua casa incomodá-lo, eu só tentei ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada.
- não chore pelo seu irmão, ele já vem trabalhando para mim alguns meses e eu te garanto que eu o pagava muito bem. E se ele nunca te contou isso ou nunca se quer lhe ajudou, é por quê não é uma pessoa muito confiável e não merece as suas lágrimas.
Está sendo um verdadeiro baque saber que o meu irmão, a pessoa que eu mais amava no mundo mentiu para mim.
Eu arrisquei a minha vida para tentar ajudá-lo, andei em ruas perigosas apenas para descobrir que ele não vale nada! Que é uma das piores pessoas que já conheci na minha vida!
Deve ter puxado aos nossos pais, pessoas boas jamais abandonariam seus filhos por nada no mundo.
Ele mentiu para mim e me abandonou sem se importar com nada.
- o que farei agora, Lilly? - ainda estamos na casa do Nicolas, estamos na sala, sentadas no sofá esperando o tal do motorista chegar com o carro.
- que irmão legal você tem, hein? - reviro meus olhos com a ironia do Bruno, esse é o nome do irmão do Nicolas.
- por favor, sem piadinhas idiotas - Lilly o responde e segura minha mão - não se preocupe, eu estou com você e não vai ficar desamparada, sabe que as portas da minha casa vão está abertas para você sempre que precisar.
- não posso morar de favor na sua casa, e eu também não posso ir para lá sem o consentimento dos seus pais.
- não se preocupe com isso, sabe que eles gostam de você.
- eu só quero sair daqui - levanto do sofá - ainda tenho uns trocados aqui, da para a gente pegar um táxi.
- não é seguro pegar um táxi uma hora dessas - Nicolas chega na sala já com outra roupa e o cabelo molhado.
Por quê meu coração está tão acelerado?
- eu quero ir embora - pego minha bolsa.
- o motorista está dormindo, tem quartos de hóspedes lá em cima.
- eu não quero dormir aqui, só quero ir para casa - minha voz está saindo arrastada, meu coração dói e minha mente está totalmente bagunçada.
Ainda não consigo acreditar, meu irmão, a quem eu sempre achei que me protegeria de tudo simplesmente foi embora feito um covarde.
- Jai, ele tem razão! Já é noite e não dá para a gente sair assim - Lilly olha para mim tentando me convencer.
- tudo bem, Lilly - fungo.
Estou tão exausta que eu não tenho nem forças para discutir ou protestar. Só quero tomar um banho e relaxar.
(...)
Cecília, uma moça muito gentil nos trouxe até o quarto, acho que ela deve ser tia do Nicolas, eu o vi a tratando com tanto amor.
Pensei que essas pessoas não tinham coração ou sentimentos por ninguém além deles mesmos.
Tomamos banho e logo depois Cecília trouxe algo para comermos.
Está cheirando muito mas nada consegue passar pelo meu estômago, a minha fome foi embora e eu só quero dormir para tentar esquecer que tudo isso aconteceu.
03:45 da madrugada.
Lilly está dormindo feito pedra e eu nem se quer conseguir fechar os olhos por muito tempo.
Tive pesadelos horríveis e meu sono acabou passando.
eu sair do quarto e vir até a cozinha beber água, sei que não deveria sair vasculhando a casa dos outros, mas eu estou tentando fazer as horas passarem de presa para ir embora daqui.
- não está conseguindo dormir?
- que susto! - trago minha mão até meu peito ao ouvir a voz dele atrás de mim - eu só quero que as horas passem logo, tenho muitas coisas para resolver - coloco o copo na pia sem olhar para ele - e me desculpe ter feito você perder tempo.
- você fez o que poucas pessoas faria, foi muito corajosa - ele pigarreia - eu gostaria de lhe oferecer um trabalho.
- o que? - olho para ele sem acreditar - que tipo de pessoa acha que eu sou? Não vou vender drogas para você seu idiota! - mim exalto.
Quem ele acha que é? Eu posso está passando por algumas dificuldades mas eu nunca me sujeitaria a isso.
- eu não vou dar as minhas drogas para você vender, talvez tenha a mesma índole do seu irmão - ele eleva a voz - eu só estou tentando lhe oferecer ajuda e você me vêm com sete pedras na mão - ele se aproxima fazendo eu me afastar um pouco.
- eu pensei que... Olha só, eu não preciso da sua ajuda e nem de ninguém, eu sei mim virar sozinha.
- olha aqui, garotinha, seu irmão tem uma grande dívida comigo, e se ele não está aqui para quita-la, é você quem vai fazer isso - ele segura meu braço me deixando assustada - hoje mesmo vai começar a trabalhar para mim.
- não pode me obrigar - tento soltar meus braços de suas mãos.
- sim, eu posso - ele solta meu braço e se afasta - estou precisando de alguém para ajudar a Cecília nos afazeres da casa - ele morde os lábios - ela está sobrecarregada e alguém precisa ajudar.
- quer que eu seja sua empregada? - nego com a cabeça.
- funcionária - ele me corrigi - não adianta negar, querendo ou não você vai, e pode começar mandado a sua amiga embora, não quero ninguém desconhecido na minha casa - ele pega algo em sua carteira - toma, dá para ela pegar um táxi, mande também trazer as suas coisas.
- não pode me manter presa aqui - nego com a cabeça - e eu também sou uma estranha, como você mesmo disse, eu posso ter a mesma índole do meu irmão.
- eu não estou te prendendo, apenas te dando um trabalho, me deve isso -
- bufo enraivada e saio da cozinha sem acreditar.
- Jai, o que houve? - Lilly levanta da cama ao me ver entrar no quarto visivelmente irritada.
- eu estou presa aqui, Lilly, aquele desgraçado jogou a dívida do Marcos em cima de mim - que inferno eu vou viver daqui para frente?
Aquele homem sórdido jogou em mim uma dívida que não é minha.
- Jai, a gente pode fugir daqui - ele abre as janelas as nosso redor - droga! La fora está cheio de seguranças - ela suspira - a gente pode chamar a polícia.
- como? Esqueceu que são todos comprados? - enxugo minhas lágrimas - eu nunca pensei que estaria vivendo algo tão terrível assim, minha vida está destruída!
- não fica assim - ela senta na cama ao meu lado e me puxa para um abraço - quando tudo isso acabar, tenho certeza que vai passar rápido e a dívida vai ser quitada o quanto antes.
- e quando isso vai acontecer? É muito dinheiro, Lilly, e talvez tenha juros ou sei lá mais o que.
- a gente vai dar um jeito, está bem? - ela segura minha mão - vai, tenta dormir um pouco, não descansou nada.
Como vou conseguir pregar os olhos se a minha mente está um turbilhão de emoções? Se está tudo tão errado na minha vida?
Deito na cama e me cubro dos pés a cabeça tentando fazer o sono chegar.
Talvez eu acorde e veja que tudo não passou de um terrível pesadelo.
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