Somos grandes amigos
possuímos uma amizade colorida
e sempre estamos unidos
você sabe que por ti eu darei a minha vida
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Primeiro dia de aula, infelizmente. Hoje voltaria com a rotina chata de levantar cedo e de conviver com os falsos que rodam aquela maldita escola.
Me levanto com a maior preguiça do mundo, prendo o cabelo em um coque frouxo e sigo de olhos fechados para o banheiro. Resultado, bati de cara com a porta. Lavo meu rosto, escovo os dentes e tomo meu banho gelado em seguida.
Saio do banheiro enrolada na toalha e acabo levando um susto ao chegar no quarto vendo Bruno deitado em minha cama.
- Aí que susto idiota. - digo colocando minhas mãos sobre o peito.
- Relaxa sua chata. - ele diz e em seguida me analisa da cabeça aos pés. - gostei do look - sorri.
Reviro os olhos e tiro minha toalha do corpo ficando completamente sem roupa na frente dele. Visto minhas peças íntimas e em seguida o uniforme da escola, Bruno estava super entretido mexendo no seu celular e nem me notou.
Bruno e eu somos amigos desde os seis anos, o considero meu melhor amigo e meu irmão de outra mãe. Nós somos inseparáveis, não tenho nenhuma vergonha de andar pelada ou de me vestir na frente dele, sei que não faço o tipo dele e ele não faz o meu.
- Que demora - ele diz tirando os olhos do celular para me olhar. - tá querendo impressionar quem? - pergunta.
Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e em seguida coloco manteiga de cacau sobre os lábios.
- Quem sabe o Luan - digo.
Bruno se levanta da cama, guarda o celular no bolso da calça pega sua mochila e diz.
- Perda de tempo esse Luan, hoje a Milena vai ser minha anota o que eu estou te dizendo. - diz animado.
Caio na gargalhada, Bruno como sempre muito sonhador. Pego minhas coisas e saio do quarto o deixando para trás.
- Ei - ele grita. Mas já estou descendo as escadas correndo feito uma louca.
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Chegamos na escola meia hora atrasados, Bruno larga minha mão e vai em direção aos seus amigos idiotas. Olho para os lados a procura de Fernanda e Denise, mas não vejo as mesmas em lugar algum. Bufo, não queria entrar na sala de aula sozinha. Bruno e eu até somos da mesma sala, mais o próprio gazeava (matava) mais aula do que assistia.
Passo pelo pátio que dá ao corredor, que da para as salas aulas, entro na primeira porta e me deparo com um bando de animais conversando. Observo na última fileira Denise e Fernanda, quando elas me virão acenaram para mim.
- Pensei que as duas raparigas iam me deixar sozinha nesse inferno. - digo após me sentar junto delas.
Fernanda sorrir e logo em seguida me enche de perguntas perguntando como foi minhas férias.
- Um saco! - digo. - fiquei em casa, assistir séries, li alguns livros e dormir o dia todo. E vocês? - pergunto a elas.
- Eu sair com meu amor e conheci noranha - Denise diz entusiasmada. O amor de Denise com certeza é o seu ficante fixo Luquinhas, um apelido ridículo assim como ele.
- E eu apenas fiquei em casa. - Fernanda completa.
Fiquei feliz ao saber que não fui a única a ter umas férias lixo. Tirando a parte que Bruno e eu fizemos várias maratonas de filmes e claro guerra de travesseiro.
- Cadê o Bruno? - Denise pergunta.
- Com os amigos idiotas. - digo irritada. Odeio esses amigos dele, eles estão destruindo meu bruninho tornando o mesmo galinha e bad boy.
- Deixa de ser ciumenta Beatriz. - Fernanda diz por fim.
Reviro os olhos, eu com ciúmes do Bruno? Até parece. Ele já é bem grandinho e sabe muito bem o que faz. E além disso, eu sou apenas a melhor amiga dele.
Viro-me para frente, para esperar a chegada do professor, observo que o lugar que é sempre ocupado por Bruno e seus amigos continua vazio.
Onde será que esse idiota estar?
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Me sigam no insta, irei fazer várias enquetes a respeito dos próximos caps
EU.GABX
deixa - me
ser sua amiga...
a que vai
dar vida aos seus dias
a que vai
colorir a sua vida
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Aula começou e nada do Bruno aparecer, sei que ele já tem costume de gazear, mais matar aula logo no primeiro dia de aula é foda.
- Como primeiro dia de aula hoje vou deixar vocês sossegados, contanto que isso não chegue nos ouvidos da direção. - O professor Mário diz.
Agradeço mentalmente essa bondade do senhor.
Bruno e seus amigos aparecem quinze minutos depois com cara de paisagem.
Ele está fingindo ser quem não é pra se encaixar nessa bosta de popularidade, que se dane isso.
- O Bruno tá bem?- Fernanda pergunta enquanto ele se sentava no seu lugar de sempre.
- É claro que ele tá bem, ele tá ótimo. - digo irônica.
A verdade é que eu odeio ele se envolvendo com essas oferecidas do colégio. Bruno que sempre foi tão esperto, ficando com essas galinhas que nem sabe se dá ao valor.
A aula do professor Mário acaba e logo em seguida o professor Fernando entra, considero essa umas das piores aulas, motivo? é matemática. Nada entra na minha cabeça, as vezes eu me pergunto como consegui chegar ao terceiro ano do ensino médio sem saber de nada.
- Matemática não - Denise resmunga e abaixa a cabeça sobre a mesa.
- Parece que as aulas dele demoram dois séculos. - Bruno comenta falando comigo.
Concordo, as piores aulas demoram sempre mais. Bruno se levanta e pega a cadeira para se sentar ao meu lado. Fico feliz por isso, ele ultimamente tava tão afastado de mim.
- Tô com saudades do meu peixinho - ele diz fazendo biquinho e me beliscando. Peixinho era um apelido que ele havia me colocado quando tínhamos dez anos, quando eu sem querer cai na piscina e me afoguei. E desde esse dia o mesmo só me chama de peixinho quando por algum motivo sabe que estou triste com ele.
- Sai Bruno, presta atenção na aula - digo tentando me fazer de difícil.
- Sai Bruno, presta atenção na aula - ele fala afinando a voz para me imitar. - até parece que tu prestar atenção e se presta entende alguma coisa? - diz, e logo em seguida volta a me beliscar.
Era impossível ficar zangada com ele por muito tempo.
- Não gostei dessa calcinha de renda que você tá usando. - ele comenta baixinho no meu ouvido.
Meu coração acelera com sua revelação e o olho sem entender o porquê disso. Ele nunca tinha comentando sobre nada relacionado a minhas peças íntimas ou sobre meu corpo.
- Tudo isso é pro Luan? - continua.
- Talvez.. - digo sorrindo. tinha uma quedinha pelo Luan, mas não era nada demais. O idiota pediu pra ficar comigo e por algum motivo eu disse que não.
- Comigo você nem iria precisar usar isso, até porque eu iria tirar tudo. - diz baixinho e isso fez os pelos dos meus braços se arrepiarem.
- Ridículo - dou um soco de leve em seu ombro.
- Você gostou que eu sei. - ele passa a mão no ombro e logo em seguida se levanta levando sua cadeira de volta para o lugar.
Minha sorte é que ele nem imagina o poder que tem sobre mim.
Tento prestar a atenção na aula, mas falho toda vez que vejo Bruno conversar ou sorrir com seus amigos. Ele não faz meu tipo, do mesmo jeito que eu não faço o dele. E eu repetia aquelas palavras na minha cabeça como se fosse adiantar.
Uma amizade colorida;
E na amizade encontrava alguém...
E minha mente se entregou aos poucos
a ilusão.
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Graças a Deus acabou a aula e isso indica que agora é o meu momento de chegar em casa e maratonar minhas séries.
Saio da escola caminhando com meus fones de ouvido, ouvindo minha música favorita do momento.. Love Again - New hope Club.
- BEA ESPERA - Alguém grita. Olho para trás e vejo Noah correndo em minha direção. Tiro por uns instante meus fones e paro para saber o oque ele queria comigo.
- Oi? - pergunto.
- Final de semana irei aproveitar que meus pais vão ficar fora da cidade e vou da uma festa lá em casa. - ele diz. - aparece lá, vai ser legal. - diz passando as mãos pelos meus cabelos.
- Claro Noah. - digo e logo depois volto a andar sem ao menos da tchau.
Não curto muito festas. Eu vivo reclamando de que fico em casa vinte quatro horas, mas quando alguém me chama eu logo trato de inventar uma desculpa para ficar em casa.
As vezes eu acho que sou uma adolescente muito estranha. Não sei se estranha soaria bem, mais não me sinto confortável nesse tipo de ambiente.
Bruno não me esperou, foi embora com a vaca da Milena. Espero que essa idiota morda aquele pau dele na hora que estiver fazendo um boquete, ou que nem saiba fazer direito. Bruno e suas idiotices, tenho que colocar juízo na cabeça desse tonto.
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Chego em casa e vejo meu irmão mais velho deitado no sofá da sala assistindo tv.
Meus pais vivem viajando, e mal param em casa. Às vezes eu me sinto a adulta, enquanto meus pais são adolescentes problemáticos.
Já faz um tempo que não vejo nenhum dos meus pais, os mesmos viajam o mundo a trabalho. Todo mês eles depositam pra mim e meu irmão, uma merreca para sobrevivemos. Como se isso bastasse. Eu só os quero aqui comigo, meu pai é um pouco exigente e não desiste nunca daquilo que quer. Vocês iram conhecê-lo depois.
- Sai da frente palhaça. - Clystoff diz. Percebo que parei bem na frente da tv, adoro irritar o meu irmão.
Fico parada de propósito para o mesmo prestar atenção em mim.
- Deixa de ser ridícula Bea. - completa.
- Peça por favor. - digo.
- Não! Sai logo da frente dessa porra. - fala calmamente.
- Não e nãoooo. - respondo por fim.
O vejo se levantar e correr pra cima de mim, fui mais rápida e subo correndo as escadas pra entrar para meu quarto. Tento abrir a porta e vejo que a mesma estar trancada. Droga!
- Bobinha, eu tranquei a porta. - Clystoff diz com um sorriso diabólico no rosto. - não me pergunto por que a tranquei.
- Ok, você ganhou. - respondo com medo do que estava por vir.
Ele me segura pelas pernas e me coloca sobre suas costas, fazendo-me ficar de cabeça para baixo.
- Me solta. - grito.
- Peça por favor. - murmurou ele repetindo minhas palavras de minutos atrás.
- Por favor. - digo sendo derrotada.
Clystoff me coloca no chão e volta para sala no mesmo estado vegetativo que estava no sofá.
Meu irmão mais velho é mesmo um mala, alguém aí quer ele de presente?
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