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Um Policial Em Minha Vida

1

NOVA YORK

Hoje é uma sexta feira da nova vida que estou levando aqui em NY, já faz 5 dias que eu voltei a morar aqui, já tinha me situado no emprego nada que eu também já não soubesse, a empresa que eu trabalhava lá no Brasil é uma filial da empresa de NY e o meu cargo é o mesmo, os serviços são os mesmo.

Estava tudo entrando dentro dos conformes, já havia me acostumado com a rotina daqui e até mesmo as pessoas são bem legais tirando o gerente da empresa que é um pouco estranho, nem me conhecia e já vinha cheio de elogios e algumas gracinhas, odeio a fama que secretaria tem isso só faz esses homens babacas acharem que pode nos tratar sem respeito nenhum, eu sempre o trato com frieza pra entender que eu estou aqui  para trabalhar.

Minha mãe hoje quer fazer um jantar na casa do Eduardo pra comemorar minha chegada e também  quer que eu conheça os filhos dele, eles estão juntos há 2 anos, Eduardo é um cara incrível, e faz ela muito feliz, ele é super engraçado e eu sou fã dele, sempre que minha mãe tinha um tempo ela ia até o Brasil para me ver e nessas idas ela o levava e foi quando nos conhecemos, desde então ele é um padrasto muito legal pra mim, e nosso relacionamento é super legal, minha mãe sempre me contava que ele tem dois filhos de quase a mesma idade que a minha e o nome deles são Henri e Adam e os dois também são policiais, o que agr me faz ser a única que não usa farda na família.

O dia aqui na empresa foi bem corrido, teve bastante reuniões e papéis e mais papéis para colocar em ordem, aonde é que a secretária daqui estava nesse tempo que eu estive no Brasil?! Ela  deixou isso daqui uma bagunça, vou precisar de 1 mês pra colocar isso em ordem respiro cansada só de pensar

Estou saindo da empresa as 18:00, meu horário acaba as 17:00 mas quem disse que vi a hora de ir embora, quando me dei conta já tinha passado, e só percebi quando minha mãe me mandou uma mensagem falando que estava me esperando, peguei minhas coisas, arrumei alguns papéis na mesa e sai, fui até o estacionamento, a empresa está quase completamente vazia, vou até meu carro, e dirijo até a casa de Eduardo, que não era muito longe, em 20 min eu chego, minha mãe me esperava lá na frente, e vai ao meu encontro enquanto eu pegava algumas coisas no carro.

Monica: - Como é bom te ter de volta, ver você todos os dias ! - diz com um tom brincalhão

Isis: -É bom estar de volta mãe, poder ver a senhora todos os dias! - falo enquanto desço do carro e fecho a porta.

Monica: - Eduardo já está lá dentro, hoje ele cozinhou, segundo ele, quer impressionar você, ele está todo feliz em ter você por perto também- ela fala enquanto eu dava a volta no carro e me abraça.

Isis: -Fico muito feliz também mãe -

e realmente eu me sentia feliz em poder fazer parte da felicidade da minha mãe, o Eduardo fazia muito bem pra ela, como nem mesmo meu pai fez, eles se separaram a mais ou menos 5 anos, meu pai ama minha mãe, mas sempre priorizou muito o trabalho, e minha mãe a família, meu pai ele é policial e um agente especial do FBI o que o deixa muitas vezes longe em missões infiltrado, eu amo meu pai ele realmente soube ser um pai muito melhor que um marido para minha mãe.

Minha mãe e Eduardo, se conheceram no trabalho, eles fizeram uma missão junto e se apaixonar o, Edu criou seus filhos praticando sozinho desde que a sua ex mulher foi embora e deixou os meninos com seus 1 e 5 anos pra ele criar, e isso minha mãe admirava muito, porque assim como ela ele valorizava a família.

Estava perdida em pensamentos quanto minha mãe me abraçava, mas um barulho incomum faz eu voltar dos meus pensamentos.

- click- o barulho de uma arma sendo engatilhada .

Quando olhei para o lado vi dois homens encapuzados com as armas apontadas pra nós, meu coração gelou, em pensar no que eles poderiam fazer a minha mãe se soubessem que ela é policial.

1°Bandido: -Mão na cabeça e quietinhas-

2° Bandido:- Me dá a chave do carro, e celular e carteiras -

1° Bandido: -Essa casa é de vocês? Acho que a gente devia entrar e ver o que tem de valor lá dentro.-

Nessa hora o outro bandido olha, aparentemente confuso, como se aquilo não fosse parte do plano e sim improvisado naquele momento.

2° Bandido: -O que você tá fazendo vamos seguir o plano, a gente vai ser pego - falou cochichando pro outro enquanto eu conseguia escutar o que eles conversavam

1° Bandido: -Sério não enche, fica aí com elas que eu vou entrar, mantém uma delas na mira da arma pra outra não reagir, vou pegar algumas coisinhas e já saio-

2° Bandido:- Má ideia cara, má ideia-

O outro entra na casa e eu só espero que Eduardo fique bem, o outro bandido me puxa com força e me coloca de costas pra ele com a arma na minha cabeça

2° Bandido: -Quietinha se não eu mato ela!-

Monica: -Tudo bem, tudo bem, estou quietinha, não precisa disso, solta ela.-

2° Bandido: -Cala a Boca! -

Eu podia sentir o quão nervoso ele estava, ele tremia, provavelmente estava com medo desse plano dar errado, ainda mais com a nova ideia do seu comparsa, quando minha mãe falava, conseguia sentir o aperto no pescoço ficando mais forte e a arma mais perto da minha cabeça.

Eu estava aparentemente calma, só torcia pra que esse nervosismo todo não fizesse ele apertar o gatilho no susto.

Minha mãe tentava argumentar algumas coisas com ele, que eu não conseguia prestar a atenção, eu estava tentando escutar se vinha algum barulho lá de dentro.

Tinha se passado alguns longos minutos quando ouvimos um barulho de tiro que me fez pular, e não só a mim mas ao 2° bandido também, pude escutar quando ele falou "puta merda", senti minha mãe ficar tensa e olhar para dentro, será se Eduardo estava bem?!

Estava tão concentrada em tentar ver ou ouvir alguns coisa vindo de dentro de casa  que só notei a presença de mais dois homens quando escutei barulho de mais duas armas sendo engatilhadas.

Dois homens altos e fortes, muito bonitos por sinal, eu sei que estou com uma arma apontada na minha cabeça mas não pude deixar de notar, eram bem parecidos os dois e lembravam bastante alguém, mas naquele momento não consegui decifrar, um deles o mais alto, aparentemente pouco mais velho, tinha seus cabelos escuros bem pretos, a pele branca, olhos azuis, em uma cor tão bonita que me perderia olhando pra ele, não pude deixar de notar quando ele me olhou, o segundo era mais jovem, com o cabelo mais claro, em um castanho claro e os olhos também em um tom de azul, eles chegaram apontando suas armas para aquele bandido que estava me segurando, senti um alívio mas que logo passou, quando senti que ao invés de me soltar, ele continuou me apertando cada vez mais contra seu peito terrivelmente nervoso.

Homem do cabelo Castanho: -Solta ela e você não vai se machucar-

2° Bandido:- Não vou me machucar? E eu sou otário, na primeira oportunidade vcs vão me matar-

Escuto barulho de mais uma arma engatinhando, e era minha mãe, ele sabia que ele estava em desvantagem mas ele não iria se render tão cedo.

Nesse momento escuto barulho de passos vindo de dentro e vejo Eduardo com o outro bandido rendido já algemado, bem que dizem que ele é bom no que faz.

Eduardo: -A polícia já está vindo pra cá, eu acredito que vc não queira levar um tiro pra soltar ela não é mesmo ?-

Escuto um suspiro aliviada da minha mãe, realmente aquele barulho de tiro lá de dentro nos assustou.

2° Bandido: -Eu solto ela se vcs me deixarem ir -

Homem de cabelo Castanho  solta uma rizada alta- Você já viu quantas armas estão na sua cabeça? Vc acha mesmo que pode escapar? Que piada!-

Sinto ele ficar tenso, mas soltar um pouco meu pescoço, como se estivesse pensando no que ele falou, quando eu achei que ele iria me soltar ele me apertou muito forte me erguendo fazendo eu ficar na ponta dos pés e isso que eu estava de salto, já que ele era bem mais alto que eu, escutei minha mãe chingando e falando que se ele não parasse ele iria me matar e ela iria matar ele, minha mãe estava ficando nervosa e eu podia ouvi-la pedir pra ele me soltar, já estava escutando um zumbido no ouvido da força que ele fazia, comecei a me debater para ele me soltar eu estava perdendo a consciência e em 1 mim de descuido escuto um tiro.

O homem de cabelo preto acertou em cheio o ombro direito do bandido, já que ele me segurava do lado esquerdo e quando o mesmo cambaleou pra trás, ele me puxou com força e bati contra seu peito, ele me olhou, como se estivesse vendo se eu estava bem, e logo após olhou para o homem novamente, que chegou a apontar a arma novamente para nós, porém foi rendido por Eduardo e minha mãe, e logo ouvi as sirenes da polícia se aproximar.

Eu estava assustada, nunca fui de chorar ou fazer cena, porém eu não consegui controlar a sensação de sufocamento e dor na região do pescoço que estava sentindo, não consegui me mexer, só levei minhas mãos ao pescoço, nem ao menos falar que eu não estava bem eu consegui, escutava um zumbido nos ouvidos, fechei os olhos bem forte, não conseguia respirar direito e isso estava me deixando tonta, eu tentei me sentar no chão para não cair igual uma jaca madura mas antes senti alguém me pegar no colo, abri meus olhos assustada, e vi que era o homem de cabelos escuros que me olhava com certa preocupação com aqueles olhos azuis claros, ele me levou até uma ambulância que havia chego em algum momento que eu não notei e me colocou deitada, eles colocaram uma máscara de oxigênio e pude sentir que assim estava respirando melhor, verificaram minha pressão e pude escutar eles falando que estava baixa e eu estava com hipoglicemia, me deixaram deitada um tempo, depois de alguns minutos uma médica avaliou meu pescoço, perguntou se eu estava bem, e eu fiz que sim com a cabeça, ela pediu pra eu tentar falar e eu disse - Sim- ela pediu pra eu repetir uma frase e eu consegui, segundo ela era bom, porque minhas cordas vocais estavam intactas, mas ela me falou que meu pescoço ia ficar um hematoma por conta da força que aquele idiota tinha feito no meu pescoço, estava sentada na maca, já estava melhor, acabaram aplicando um soro com algum medicamento pra dor, eles queriam me levar ao hospital, mas eu insisti que não precisava e como a médica era amiga da minha mãe acabou fazendo atendimento alí mesmo, por causa do medicamento eu senti um pouco de sonolência e não sei ao certo em que momento eu apaguei.

Quando voltei a consciência notei que eu não estava na ambulância, o lugar aonde estava era mais macio ainda não tinha aberto os olhos e consegui escutar minha mãe falar

Monica: -Ela mal chegou aqui e já aconteceu isso a ela- Falou com tristeza- Dra Mari me falou que a pressão dela estava bem baixa e a glicemia também, com certeza essa menina não se alimentou- Falou agora em um tom mais sério, poderia dizer até que brava.

Eduardo: -Pode ser o susto! - Ele sempre tentava me defender

Monica: -Ela não é assim, não assusta fácil, garanto que ela esqueceu de comer por causa do serviço - fala brava.

Quando eu ia abrir meus olhos escuro Eduardo falar

Eduardo: -Henri e Adam vcs chegarem na hora certa! Adam achei que você estava de serviço hoje?-

Henri e Adam, será que são aqueles dois homens que chegaram com as armas, é claro, são muito parecidos com ele, porém mais fortes e jovens, escuto quando uma voz, que provavelmente era de Adam pela pergunta que seu pai tinha feito falou:

Adam: -Eu sempre chego na hora certa, eu sou assim, quase um Batman, eu estava de serviço, mas pedi pra sair mais cedo pra vir hoje aqui e ainda bem que vim, o que seria de vocês sem mim!-

- Menos Adam, até porque quem acertou o tiro foi eu- escuto um tom de voz mais grave, diria até que sexy,  percebi que não saberia reconhecer a voz, mas pela lógica seria do Henri, pois ele foi o único a não dizer uma só palavra até agora

Adam: -Você é um sem graça não sabe brincar, já partiu pra ignorância.-

Henri: -Não tinha nenhuma brincadeira Adam, era uma vida que estava em risco - ouço ele dizer, sério, se eu conhecesse bem diria que até com preocupação no tom de voz, porém deve ser impressão minha.

Adam: -E que vida linda não é! Dona Mônica, sua filha é muito linda, com certeza puxou a senhora- diz com tom de brincadeira

Eduardo e Henri: -ADAM!! - Eles falam juntos em forma de repreensão e ouvi minha mãe rir, aos poucos eu abro meus olhos, e pelo que parece está tudo no devido lugar nada girando, vou sentando aos poucos e todos olham pra mim .

2

Quando estava sentada e já de olhos abertos, pude ver melhor o quanto os irmãos são bonitos, não pude deixar de reparar em como são diferentes também, não aparentemente, mas suas personalidades, Henri estava ali em pé me olhando, com braços cruzados o que fazia só realçar seus músculos dos braços e peitoral, com seu olhar imponente, um ar sexy, misterioso, sério, quando esteve com a arma apontada ele foi mais calculista, não demostrou piedade o que me faz pensar que talvez ele seja bem mais "perigoso" que o irmão enquanto Adam estava jogado em uma poltrona próximo a mim, com olhar travesso, com sorriso no rosto, ele é lindo, também cheio de músculos, mas com um ar leve, não diria nunca que ele também é policial, ou que ele é perigoso, ele é mais despojado, e jovial.

Monica: -Você está bem? - Perguntou já vindo ao meu lado, olhando meu pescoço e passando a mão na minha testa como se tivesse vendo se estava com febre, todos me olham com atenção.

Isis: -Estou bem- minha voz saiu um pouco rouca, levei a minha mão ao pescoço, estava um pouco dolorido mas nada que amanhã não estivesse melhor.

Mônica: -Bom com o seu pescoço a Dra falou que em até 5 dias os hematomas já vão desaparecer e a dor tomando os remédios certinho é pra ir embora amanhã ou depois- ela me falou com um tom calmo, porém em 1 segundo já muda sua expressão me olhando muito brava -Mas agora dona Isis- ela me falou que sua pressão e glicose estão baixa, VOCÊ SE ALIMENTOU?  - Diz a última pergunta com a mão na cintura, dou um sorriso sem graça, a única coisa que consigo fazer é falar um desculpa pra ela sem sair a voz, o que a fez bufar eu realmente não tinha tirado o meu horário de almoço e acabei não comendo queria adiantar o meu serviço, eu sabia que como toda mãe, ela ainda ia jogar esse episódio na minha cara e usar de desculpa para me ligar todos os dias no horário do almoço para me lembrar de comer, ela já meio que fazia isso, mas é que tem dias que eu mentia um pouco.

Vejo Eduardo se levantar com um sorriso pra mim, depois de me dizer um "IRRU" e ir até a cozinha, e volta com um sanduíche

Eduardo: -Deixei preparado pra quando acordasse.-

Sorri pra ele e ele me sorriu de volta

Adam: -E o meu?- Adam o pergunta como se estivesse realmente ofendido.

Eduardo: -Vê se cresce Adam- diz rindo

Adam- Oi Isis, eu sou o Adam, muito prazer em te conhecer, se você precisar de alguma coisa estarei a disposição - Diz sorrindo acenando com a mão sentado ou melhor jogado na poltrona, ele me parece ser muito simpático e gosta de atenção pra ele, ele usa do seu charme com uma piscadela ao terminar de falar.

Isis: -Oi Adam, é um Prazer te conhecer também!-

Olhei para Henri, que sorrio das gracinhas do irmão ele me olhou e disse

Henri: -Sou Henri, Prazer te conhecer.- diz com sua voz baixa, terrivelmente sexy, mas muito fria por sinal, o que o irmão tinha de caloroso, ele tinha de misterioso e isso me instigava.

Isis: -Prazer é todo meu - ok isso suou estranho até parece que estou flertando com ele- Quer dizer, sou Isis, mas você já deve saber -não acredito que soltei uma dessas, que vergonha, ele vai achar que estou me jogando pra ele, Isis o que deu em você? mordo um pedaço de sanduíche, na tentativa de engolir a vergonha que estava, pude ver um sorriso de lado que deixou uma covinha em evidência, Adam sorriu e vi quando ele ia dizer alguma coisa, já estava preparada, mas o Eduardo o interrompeu, talvez porque conhece bem o filho que tem.

Eduardo: -Vamos jantar? Apesar de tudo vocês ainda estão com fome não é? - Acho que ele viu o quão envergonhada eu tava

Monica: -Vamos, que depois temos que ir prestar o depoimento.-

Essa é a parte boa de ter policiais na família, eles liberaram para prestarmos os depoimentos depois, já estavamos sentados na mesa de jantar, eu já não estava com fome,  pelo sanduíche, e outra por causa na dor quando eu engolia, me servi de suco e me desculpei com Eduardo que me prometeu um outro jantar quando eu estivesse melhor, vi que Adam e Henri se serviram eles estavam com fome, hora ou outra podia sentir alguns olhares, vezes era de Adam, mas ele me olhava sorridente e meio travesso, outras era de Henri que parecia que estava me despindo com o olhar, isso quando ele não fuzilava Adam com o olhar quando ele me encarava.

Adam:- Agora que já estamos jantando, quero saber como aconteceu tudo isso?!-

ao dizer isso vejo Henri passar os olhos sobre mim, como se estivesse avaliando se eu não ficaria tensa pelo irmão fazer essa pergunta, eu não estava nervosa por isso, e sim porque ele me olhou com tanta intensidade que me deixou sem jeito.

Monica: -A Isis tinha acabado de chegar e estávamos no portão ... - Vou parando de escutar um pouco a voz da minha mãe e peguei meu celular que vibrou em meu bolso, vi algumas mensagens e volto a prestar atenção na conversa quando escuto, Eduardo falando que viu pela câmera que nos duas estava sendo assaltadas, e quando viu que um dos bandidos estavam entrando ele esperou ele vir e rendeu ele, lembrei do susto ao escutar o disparo.

Adam: - Eu e o Henri viemos juntos, ele me deu uma carona, quando estavamos próximo da esquina, um vizinho que viu de longe o que estava acontecendo, nos avisou, ele nos reconheceu e sabia que era na sua casa pai, então paramos o carro mais pra trás pra poder pegar de surpresa - involuntariamente suspirei, não era a primeira vez que eu já tinha ficado na mira de uma arma, o trabalho da minha mãe e do meu pai sempre trouxe alguns benefícios pra mim, mas também uns malefícios, como ser o alvo mais fraco entre eles.

Eduardo:- Você está bem?- cochichou pra mim, eu me assustei, acho até que tinham falado comigo, mas estava presa nos meus pensamentos que nem notei, concordei com a cabeça, e não pude deixar de notar que Henri me olhava com olhar difícil de decifrar.

Henri: -Você está em NY a quantos dias ? -  Me assusto quando vejo que ele estava falando comigo mas, agradeço por ele mudar de assunto.

Isis: 5 dias - Não sabia o que mais responder, ele me deixava nervosa.

Adam:- Começou com pé direito então, pelo jeito você é um ímã pra confusão - falou com ironia e eu revirei os olhos o que fez ele rir.

Ao terminar de jantar fomos a delegacia, minha mãe e Eduardo foram os primeiros a prestaram depoimentos, depois Henri e Adam e por último eu, como o delegado era um amigo da família de Eduardo ele foi o mais rápido possível, quando sai de lá todos estavam conversando com um pessoal na área do café dos policiais e eu fui pra lá, minha mãe me chamou e me apresentou pra um grupo de policiais, um deles não tirava os olhos de mim, ele era o mais jovem daquele grupo, bem bonito por sinal.

Monica: -Essa é minha filha Isis, veio do Brasil faz 5 dias e agora vai ficar pra cá! - Eles acenaram com a cabeça alguns me deram a mão, e desejaram boas vindas.

Policial bonito:- Mônica quando você me falou que sua filha era bonita eu não imaginava que era tanto assim, Oi eu sou o Sam- e me estendeu a mão, quando peguei ele beijou, pude ouvir o Henri bufar no sofá aonde ele estava sentado e Sam olhar pra ele irritado, não senti um clima bom entre os dois.

Isis: -Sou Isis e Obrigada- digo tímida, fazendo tirar dele um sorriso malicioso, o que me fez puxar minha mão e dar um passo para trás.

Isis: -Mãe eu vou pra casa - digo me virando pra ela e Eduardo que estavam um pouco atrás de mim.

Monica: -Eu levo você! - disse já pegando suas coisas e a chave do carro.

Isis: Mãe eu estou de carro lembra? acredito que possa chegar com vida até em casa- digo brincando, e minha mãe fica seria.

Monica: Odeio quando vc fala assim, o mínimo que exijo de você é chegar com vida, até porque eu te mato se não chegar!

Isis: Não fez sentido nenhum - digo rindo e dou um beijo no seu rosto e ela tenta ficar seria mas não consegue.

Monica: -Me avisa quando chegar!

Isis: -Sim senhora! - Digo saindo, vou até  Eduardo e dou um abraço, dou um tchau para Adam que estava tentando comprar alguma coisa na máquina de salgadinhos e pra Henri que me olhou dos pés a cabeça sentado no sofá, quando vou passar, ele se levanta ficando na minha frente a uns dois passos de mim, não me deixando passar

Henri: - Nós já vamos também! - Diz olhando pra Adam que já estava ao seu lado, se vira para Eduardo e minha mãe e continua -Nós levamos ela pra casa! - meu coração disparou, não pude conter minha cara de raiva, como assim ele ia me levar embora, eu podia muito bem ir sozinha e quando ele me olhou nos olhos, foi intenso, meus pelos se arrepiaram, sentia raiva da reação que meu corpo tinha perto dele.

Isis: -Não precisa, eu estou de carro, e sou grande o suficiente pra ir sozinha pra casa- disse irritada

Henri:- Eu não perguntei, Isis - Diz em um tom seco- Esse bastardo filho de uma mãe quem ele pensa que é... Deus porque ele fica tão sexy quando diz meu nome, essa foi a primeira vez que ele disse, estava pronta pra retrucar mas escuto minha mãe falar.

Monica: -MARAVILHA! Assim ganho menos umas 3 rugas de preocupação, obrigada Henri e Adam vcs são uns príncipes mesmo- e foi a vez de Sam suspirar em deboche, não tinha visto que ele estava bem perto de mim , olho pra trás com um olhar fuzilando minha mãe, que se fez de boba e continuou a conversa, suspiro em derrota, e fui em direção a saída, mas antes Sam me chamou, o que fez Henri e Adam olhar pra nós

Sam: -Bom se caso não quiser ir com eles, eu estou disponível pra te levar pra casa - Eu até pensei em aceitar, só pra provocar Henri, mas não o conhecia Sam o suficiente, claro que Henri e Adam também não, mas ele atirou em alguém pra me salvar, acho que posso dar um crédito a eles.

Isis: -Na verdade eu não preciso de carona eu estou de carro, mas pode deixar Sam, obrigada mesmo assim pela gentileza - Vejo quando seu sorriso se apaga um pouco e ele olha pra Henri com certa raiva.

Sam: -Então me passa seu telefone pra eu poder te mostrar algumas boates e barzinhos legais daqui, também estou precisando de uma guia turística, estou querendo viajar para o Brasil- Eu pensei, pensei, será que eu dou meu telefone, Adam e Henri ainda me olhavam, como se esperasse minha resposta, bom que mal tem uma mulher solteira dar seu telefone a alguém, nenhum não é?

Isis: -Tudo bem! - pego seu telefone e marco seu número, pude ver quando Henri, virou e saiu, ele parecia irritado, Adam foi logo atrás dele e eu acabei indo tbm, dando um tchau com a mão para Sam, quando chego está os dois encostados no meu carro e suspiro brava, não tinha necessidade nenhuma deles me levarem embora.

Adam:- Porque você está tão irritada? Você deveria nos agradecer por salvar sua vida! - Quando ele disse isso eu me senti culpada, eu não tinha os agradecido, mas naquele momento eu estava brava, não gostava que me tratassem como criança, eu tinha vivido 6 anos sozinha no Brasil, eu sabia me cuidar!

Isis:- Eu não estou irritada, só não gosto de ser tratada como criança só isso e a propósito, obrigada- falei olhando para os dois -Se não fosse vocês acho que ele teria atirado ou me sufocado!- digo engolindo em seco de imaginar.

Adam:- De nada, esse é o nosso trabalho - diz sorrindo que me fez sorrir.

Henri: -Você tem que tomar mais cuidado! Ser mais atenta! Saber enxergar a maldade das pessoas- Ele diz parecendo irritado, pegando a chave do meu carro da minha mão, isso realmente me deixou mais irritada ainda, como assim ele acha que a culpa é minha?

Isis: -O que vc está fazendo?  Digo sobre ele pegar a chave da minha mão.

Henri:- Adam vai dirigir meu carro- ele olha pro Adam com um ar de se você não cuidar bem do meu carro eu te mato- Não acostuma! -Continua olhando pra Adam que parece que acabou de ganhar um prêmio da loteria, também com o carro que Henri tem eu também pensaria duas vezes antes de deixar alguém dirigir, uma Audi R8 linda preta, nada comparado com meu Ford Ka 2017.

Isis: -E porque eu não posso dirigir meu próprio carro - digo irritada, parecendo uma criança batendo o pé, vejo Adam correr para o carro do irmão e Henri me ignorar por completo e entrar no MEU carro!

Henri:- Vai ficar aí? Não tenho a noite toda ISIS- ele frisa meu nome como se soubesse como eu regi da última vez que ele me disse, aaaaaaah como ele é irritante, minha vontade é de gritar até ele sair, bater nele e ainda dizer que ele é o maldito mandão mais sexy que eu conheço, mas em resposta eu só entro e bato a porta do carro e cruzo os braços ainda parecendo uma criança irritada.

Henri:- Coloca o cinto! - Eu olho pra ele incrédula, ele está querendo me irritar ou é impressão minha, maldito, idiota, puxo a porcaria do cinto e resmungo.

Isis: -Idiota - Vejo ele sorrir em resposta, parecendo vitorioso como se tivesse ganhado uma briga.

-Por que você disse que eu tenho que ser mais cuidadosa, você falou como se a culpa fosse minha!? - Falei me virando pra ele, eu estava irritada com o que ele disse, e pude ver ele suspirar, olhando para o retrovisor, vendo se estava tudo bem com Adam e seu carro.

Henri: -Porque você precisa ser! - suspiro mais irritada ainda, como assim ele acha que eu preciso ser cuidadosa

Isis: Você nem me conhece, não tire conclusões sobre mim! - digo brava olhando pra frente, e passo a mais sobre meus pescoço que estava dolorido, ele me deixou extremamente irritada ele não me conhece e diz que sou descuidada, quem ele pensa que é, idiota, mandão, ridículo, horroroso... Se bem que horroroso não dá, nem brava consigo achar ele horroroso, mas que droga! Suspiro em resposta ao meu pensamento, e vejo ele me olhar, agora sério.

Henri: -Você mal consegue ver a maldade das pessoas com você Isis, o idiota do Sam mesmo, faltou te comer com os olhos, e você caiu como uma patinha deu o telefone pra ele, você é ...bon..bonitinha, e ele vai querer usar você e depois jogar fora- ok ele me acha bonitinha? Como assim bonitinha? Isso é bom ou ruim? por essa eu não esperava, eu não consegui reagir a isso, eu fiquei sem jeito, envergonhada na verdade, bonitinha foi de cagar, porque não um bonita e porque ele gaguejou ao falar bonitinha? Ele acha mesmo que sou uma menininha inocente? não vi maldade nenhuma no Sam, e ele não era meu pai também pra ficar bravo por ter dado telefone pra alguém... eu pude sentir ele revezar o olhar entre eu e a estrada, eu sei que ele estava esperando uma resposta, eu tava brava e não queria mais discutir, estava com dor e cansada.

Henri: -Já chegamos, aonde vc estaciona seu carro? -

Isis: -Lá dentro- procuro o controle do portão, estava um pouco nervosa, eu não sei por que, abro o portão, ele entra e mostro qual é minha vaga, vejo Adam estacionar o carro de Henri na frente do condomínio, saímos do carro, naquele silêncio, eu sei que ele esperava que eu respondesse, mas eu não sabia o que falar, acompanho ele até a saída

Isis: -Obrigado por vocês terem me trazido, apesar de eu achar que não precisava - Digo com certo deboche.

Adam:- Não foi nada, eu já falei que quando precisar estou a disposição- diz piscando pra mim, e Henri dá um soco fraco no seu estômago.

Henri: -Me dá a chave agora do meu carro! - Adam se curva como se tivesse doido o soco e devolve a chave, Henri dá a volta e vai para a porta do motorista

Adam: -Foi um prazer te trazer Isis, espero nos encontramos mais vezes - ele sorri e acena, enquanto Henri só acena com a cabeça e entra no carro eu entro na portaria e fecho o portão, aí vejo eles indo embora.

3

Acordo assustada com barulho do despertador que me tirou de um sonho muito confuso, deve ter sido por tudo que aconteceu, lembro que Henri estava nele, mas não me recordo sobre o que era o sonho, fiquei brava comigo mesma por ter sonhado com ele, ele nem é tudo isso, digo tentando me convencer disso, levanto da cama e vou ao banheiro, tomo uma ducha rápida e lavo o cabelo, após o banho seco e penteio meu cabelo, escolho um vestido preto colado, realçando bem minhas curvas, pouco a cima do joelho e um scarpin preto, bem cara de secretaria mesmo, faço uma maquiagem leve no rosto mas tenho que caprichar na base no pescoço pra disfarçar a marca roxa que amanheceu hoje, demorou mas consegui disfarçar um pouco, desço tomo um café, olho no celular e já estava no horário de sair, pego minha bolsa minhas chaves e saio, eu sei que é sábado, e que geralmente não trabalho nos finais de semana, mas a bagunça que estava aqueles papéis meu chefe pediu pra ir hoje como um extra, desço até o estacionamento e vou para a empresa, estava adiantada, odiava me atrasar, ainda mais com meu chefe chato, ele odiava atrasos, ele é o Senhor Mendes, Júlio Mendes um senhor de seus 50 anos, era metódico em tudo que fazia, e ele adorava criar novas linhas de cosméticos, por isso no ramo ele era o melhor, nós nos dávamos bem, ele me conhecia das visitas ao Brasil, que não foram poucas, como disse ele gosta muito de fazer tudo do seu jeito e de perto, e foi aí que acabei me acostumando com o jeito dele, claro que vezes ou outras discordamos mas levamos nossa convivência de boa então quando pedi minha transferência para cá, ouvi boatos que ele deu graças a Deus, porque a secretária que estava aqui é bem bagunçada, e isso eu pude perceber, vou demorar uma vida pra arrumar o que ela chamava de agenda e cronograma, mas tudo bem, estamos aqui pra isso.

Eu sei que vocês devem estar se perguntando, o porque eu ter voltado a Nova York, e eu vou contar, aos meus 22 anos quando já estava a 3 anos no Brasil, conheci uma cara chamado Tiago, nos dávamos muito bem, ele era engraçado e me fazia muito bem pelo menos no começo do namoro sim, além de tudo era um moreno, com seus 1,80 de altura, forte, bem bonito, começamos a namorar, quando estávamos juntos a 2 anos ele me pediu em casamento e eu aceitei, nós já morávamos juntos, ele se mudou para meu apartamento, e estavamos bem, tínhamos alguns atritos ele não era muito responsável, e escolhia demais os lugares que ia trabalhar, mal ficava no emprego e já não queria mais, e acabou que eu o sustentava a maior parte do tempo, o que me fazia trabalhar demais para poder arcar com todas as dívidas, quando estávamos a 1 mês do casamento, estava perto de fazermos 3 anos juntos, eu inventei uma desculpa, que iria vir a Nova York para ver minha mãe, e olhar alguns vestidos de noiva, e assim poder fazer uma surpresa a ele, comprei dois pares de ingresso para ver um show que ele gostava muito, comprei a sua comida favorita e fui até o apartamento, tinha ficado o dia fora para parecer que realmente tinha ido viajar, quando cheguei em casa já achei estranho que tinha um carro parado na minha vaga de estacionamento, e então suspeitei que teria alguém com ele, pensei que fosse um dos amigos encostados dele, ao subir até o apartamento achei estranho não escutar barulho de conversas ou do vídeo game ligado, quando entrei, e entrei sem fazer barulho nenhum, vi roupas espalhadas e latas de bebidas, quando subi a escada que dava para o quarto de hóspedes, me deparei com ele, "trepando" com a "melhor amiga de infância" sabe aquela pessoa que você sempre suspeitava e ele sempre falava que eu era louca por achar isso, então os dois mantinham esse relacionamento as escondidas por mais ou menos 1 ano, a única coisa que fiz foi tirar fotos para provar a traição,  fui ao "nosso" quarto e  joguei as roupas dele pela janela, sim eu joguei todas as suas roupas, morávamos no último andar então foi um espetáculo pra quem estava lá em baixo, fui até a cozinha e peguei a água mais gelada que tinha na geladeira, abri a porta da onde eles estavam e joguei água nos dois que levaram aquele susto, eu estava com um taco de baseball que meu pai tinha deixado pra eu me proteger se precisasse e os obriguei a saírem nus até o elevador.

Foram dias bem difíceis pra mim,  ainda tive que escutar da família dele que a culpa foi minha, porque eu trabalhava demais, quando contei a minha mãe tive que argumentar muito com minha ela sobre não valer a pena matar ele, porque ela queria e muito, até hoje ela quer, ele tem muita sorte de meu pai não estar aqui se não e já nem estaria vivo, foi assim que decidi ir embora do Brasil, precisava de um recomeço.

Quando me dou conta já estava no estacionamento da empresa, e estava adiantada, ainda bem posso começar meu dia com calma, recebo uma ligação e era Beatriz, bom ela é nada menos que minha melhor amiga, desde quando vim pra cá com meus 12 anos, fizemos a escola até a formatura juntas e éramos inseparáveis, quando fui para o Brasil não teve um só dia que deixamos de nos falar, ela também quis pegar um avião e matar Tiago quando tudo aconteceu e eu não dúvidava, ela sempre foi doidinha, ainda não conseguimos nos ver desde que voltei, isso que decidimos assim que voltei que ela iria morar comigo, o meu apartamento era grande demais e assim ela não gastaria com aluguel e poderíamos ficar juntas,  ela é DJ e bartender em uma boate badalada aqui de NY, ela adorava essa vida noturna, atendo o telefone e já escuto ela praticamente gritar.

Bia: -Achei que não ia atender! Achou alguma amiga mais legal que eu - diz fazendo drama e eu rio com ela.

Isis: -Eu nem atendi o telefone direto e você já está fazendo drama, Bom dia!

Bia: -Boa noite, porque ainda não dormi, estou chegando a cidade, vou descansar o dia, o que vai fazer mais tarde, não me responda dormir que eu vou até aí te dar um soco! - Ela tinha ido a um festival tocar

Isis: -eu ia dizer Dormir maaaaas tirando isso nada- digo rindo do suspiro que ela deu.

Bia: -Vamos comemorar sua chegada e que nós somos agora amigas de apartamento, e hoje é sábado, vamos pra boate que eu trabalho e você fica lá comigo, a gente bebe, dança e conversamos o que acha- eu não era muito fã de boate, som alto, muita gente, mas eu amava demais a Bia pra dizer não a ela e estava morrendo de saudades

Isis: -Tudo bem! Que horas?

Bia: -As 21:00 passo na sua casa e nos vamos juntas, vc fica comigo até abrir assim da tempo da gente conversar. - Bia ainda não tinha se mudado, ela ia fazer na semana que vem quando seu contrato do AP aonde ela morava venceria.

Isis:- Certo! Combinado!

Bia:- Vai bem gata que hoje vai ter bastante gente lá, vai ir um DJ famoso e parece que até meus chefes vão estar no local, e eles são bem gatos -Escuto ela suspirar do outro lado, eu sabia que ela tinha uma quedinha por um dos sócios donos da boate mas ela nunca admitiu.

Isis: -Eu sou bem gata até quando estou de pijama em casa- escuto ela rir do outro lado

Bia:- Eu sei, eu sei, humildade em pessoa, mas não custa avisar- ela ri do outro lado, conversamos mais algumas coisas sobre o festival e com quantos caras gatos ela ficou, e acabo me despedindo, meu expediente ia começar

Até que a manhã passou rápido, já era hora do almoço e como sempre recebo a ligação da minha mãe me cobrando pra comer, eu sei que não ia precisar fazer meu expediente inteiro mas não vai dar estou cheia de serviço, como ontem acabei não preparando minha marmita resolvo comer em um restaurante próximo da empresa, pego minha carteira, não levei a bolsa e sigo pra lá, eu estava com fome, ao chegar sento em uma mesa no canto, e peço a mesma coisa de sempre, arroz, carne e fritas, esse é um dos únicos restaurantes que serviam comida no almoço e alguns pratos eram bem brasileiros,  estava a pouco tempo aqui, mas já sentia falta do feijão, pedi uma bebida, e comi tranquila já que eu tinha 1h30min  de almoço, terminei, paguei e quando estava saindo, esbarrei em um monte de músculos que me fizeram ir para trás, só não cai porque a pessoa acabou me segurando pela cintura, quando olho pra cima encontro ninguém menos que Henri Brown, sim esse é o sobrenome dele, vestido com uma camiseta preta escrito polícia, uma calça do uniforme, e seu distintivo no pescoço, com aqueles olhos azuis intensos olhando pra mim, com um meio sorriso, ele pareceu surpreso ao notar que era eu, me soltou assim que me endireitei, abaixei para pegar minha carteira que havia deixado cair e quando levantei escuto.

Henri:- Você deveria ter mais cuidado Ímã de confusão - ele repetiu as palavras do irmão da noite de ontem, eu sabia bem que ele estava tentando me irritar, e eu já estava irritada, mas seu olhar me chamou a atenção, ele passou os olhos por todo meu corpo, meu vestido por ser justo, havia subido quando eu me abaixei, não ao ponto de mostrar minha calcinha, mas subiu um palmo acima do joelho, mas rapidamente eu o abaixei e pude ver seu olhar seguindo meu movimento, isso me fez queimar por dentro senti minhas bochechas ficando vermelhas, e ele também percebeu, que quando seus olhos encontraram com os meus ele sorriu, um sorriso diferente, parecia um predador e isso só me deixou ainda mais envergonhada, mas mesmo sentindo tudo isso não pude deixar de responder.

Isis: -Não tenho culpa se você com esse tamanho todo não sabe olhar por onde anda, da próxima presta mais atenção VOCÊ!  - pude ver ele bufar irritado, quando um de seus colegas que eu nem tinha visto que estava junto deu risada da minha resposta.

Amigo de Henri: -É Henri não são todas que caem ao seus pés - e foi se sentar em uma mesa, provavelmente aonde eles iriam almoçar.

Henri: -O que você estava fazendo aqui? - pensei em não responder, não era da conta dele, e eu ainda estava irritada, mas acabei respondendo.

Isis: -Eu trabalho aqui próximo, estou em meu horário de almoço, já estava de saída - digo acenando com a mão e passando sobre ele.

Henri: -Cuidado ao atravessar a rua e presta atenção no semáforo se não você atropela um carro igual fez comigo! - Diz em forma de deboche, ele sabe bem como me deixar irritada eu nem o respondo e muito menos olho para trás apenas saio, vou em direção a empresa pensando em como ele é irritante, mas como ele conseguiu ficar mais bonito ainda com roupa de policial .

A tarde teve bastante serviço, tive que organizar muitas coisas, mas como o escritório estava "fechado" não precisava atender telefone isso me ajudou muito, hoje eu recebi um buquê de flores de algum "admirador secreto" e a pessoa era da empresa, eu sei que é de lá porque no cartão dizia: " eu adoro ver você quando trabalha, continue sempre assim" fiquei um pouco assustada que a pessoa então ficava me espiando, porém não levei a sério as vezes é alguém pregando uma peça.

Quando vi já era 17:00 hrs estava acabada, porém precisava ainda ir embora e me arrumar para a noite com a Bia, ela estava mega empolgada já havia me mandado várias mensagens, algumas respondi, mas pela correria a maioria acabei não vendo...

Quando cheguei em casa, fui direto pro banho, como tinha lavado meu cabelo cedo, acabei não lavando de novo, vesti meu roupão e fui escolher uma roupa pra essa noite, eu estava sem muitas ideias, vesti um vestido preto de manga comprida com uma gola que escondia um pouco da marca que estava nele, soltei meu cabelo e passei uma maquiagem, passei um delineador e caprichei no cílios, a boca deixei mais neutra coloquei um salto também preto e estava pronta.

Escuto a campainha tocar e desci, acabei que não peguei bolsa coloquei meu cartão na capinha do celular e minha identidade tambem, e estava pronta, abri a porta pra Bia que estava gata demais, com seu vestido preto curto com alça fina com uma jaqueta de couro curta e uma bota estilo coturno com salto grosso, com os cabelos ruivos vermelhos sangue soltos, e um batom da cor do cabelo.

Bia:- UAU, Você tá muito gata - fala assoviando pra mim

Isis: -Eu ia falar o mesmo de você vai ter fila hoje pra te pegar- ela ri

Bia: -Pronta? Vamos com meu carro pode ser? Assim você pode beber a noite toda- ela ri, eu não era de beber, mas hoje eu queria extravasar, aproveitar meu primeiro final de semana em Nova York então aceitei a proposta.

Fomos até a boate, cantando músicas que escolhia no celular dela pra tocar no carro, rimos de algumas pessoas olhando para nós no sinal e quando chegamos a boate ainda não tinha aberto as portas mas tinha pessoas aguardando para entrar, o lugar era muito bonito, por fora, e por dentro mais lindo ainda, era grande tinha bastante espaço na pista de dança, tinha os sofás aonde ficava os vips, e os mais vips ainda no segundo andar aonde ficava os camarotes, segundo a Bia ali é aonde fica os donos, sócios e os amigos deles, o nome da boate é Lo Fuego e o lugar fazia jus ao nome, as luzes e a decoração dava ali um ar de luxúria, fui até o bar com a Bia aonde ela entrou preparar algumas coisas pra deixar pronto, eu não ligava dela ter que trabalhar ela com certeza conseguia dar conta de curtir comigo e trabalhar  e ela falou que seus chefes eram bem de boa em quanto a isso, estávamos conversando, acabei contando a ela sobre o ocorrido na casa do Eduardo, ela ficou chocada, acabei falando pra ela dos filhos do Eduardo e ela gargalhou quando eu contei que eles me levaram embora, ela mais do que ninguém sabia que eu odiava quando me tratavam feito criança, logo ela perguntou o nome deles e ficou bem interessada principalmente quando falei que eram bonitos, mas quando falei o nome deles ela parou de repente e me olhou.

Bia: -Henri e Adam? Eles são irmãos ?

Isis:- Sim, São os filhos do Eduardo, o noivo da minha mãe !

Bia: -Você sabe o sobrenome deles? - não tava entendo porque tanta pergunta em relação a eles.

Isis:- Brown, eles são policiais, trabalham no ...

Bia: -PUTA QUE PARIU - Levei um susto quando ela me interrompe e da um grito- ELES SÃO OS DONOS DESSE LUGAR!

Isis: -COMO É? - pergunto sem entender.

Bia: -Siim!! Eles são os donos dessa boate, Adam e Henri Brown, Adam é o que mais aparece aqui e o que mais conversa com a gente ele é um gostoso e Henri é mais reservado não costuma vir aqui sempre, mas vez ou outra vem ver como está o andamento daqui, e também é muito gato!

Isis: -Eles donos daqui? - olhei aos redor ainda sem acreditar

Bia: -Miga, você mesmo falou que não acreditou quando viu o carro do Henri, você acha que só com salário de policial ele iria conseguir? Eles souberam investir o dinheiro bem, são empresários, dizem que eles estão investindo agora em uma marca de bebidas alcoólicas, e que tem uma boate deles lá em Ibiza, eles estão expandindo os negócios - gente eu tô bege, não imaginava que eles fossem tão ricos assim

Bia: -Miga eles vão vir aqui hoje, pelo que escutei no rádio corredor aqui! - disse dando uma risada, mas eu realmente estava surpresa- Miga tudo bem?

Isis: -Tudo bem Bi, é que é muita informação

Bia: -Você vai falar seus meios irmãos hoje ? - Ela fala rindo sabendo que iria me irritar chamar eles assim, reviro o olho em resposta

Isis: -Vai preparar uma bebida pra mim que você ganha mais!- digo a empurrando pro bar

Bia: -Nossa a gata selvagem vai beber hoje?!- fala entrando no balcão do bar.

Isis: -Aproveitar que não estou dirigindo - realmente eu precisava de uma bebida, eu não sei porque tinha ficado tensa ao saber que iria encontrar Henri naquela noite, era idiotice da minha parte eu sabia, mas foi mais forte que eu, ele me deixava tensa e quando ele me olhava me deixava quente e eu nem sabia o porquê na verdade sabia, ele era um gostoso, mas isso não vem ao caso, porque ele me irrita muito, saio dos meus pensamentos com Bia aparecendo com minha bebida, uma caipirinha bem brasileira, do jeito que só ela sabia fazer aqui, começamos a conversar estava sentada em frente ao bar, percebo que tinha pessoas entrando, acredito que tenham aberto as portas e começa a tocar as músicas, Bia já começou a trabalhar e estava servindo alguns clientes que chegavam, todos não conseguiam deixar de babar na mulher maravilhosa que ela é, e claro sempre tem um ou outro que vinham querer tiram uma lasquinha comigo, mas eu logo mandava eles irem pastar...

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