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Sequestrada

Capítulo 1

[ Ficha Técnica ]

^^^"Se você aprende coisas úteis, então você é alguém útil."^^^

• Nome: Hiromi.

• Sobrenome: Yoshida.

• Idade: 27 anos.

• Profissão: Agente.

• Aparência: Cabelos rosas lisos e sedosos com leves ondulações e franja, bem longo até as nádegas. Pele clara quase como a neve de lábios levemente rosados – ou avermelhados – e olhos claros, água-marinha. Cintura fina, leves curvas suaves de aroma rejuvenescedor.

• Personalidade: Perfeccionista, corajosa, determinada, abusada, confiante, curiosa, divertida, sincera, generosa, conservadora, elegante, desconfiada, impulsiva, inteligente, responsável e forte.

• Estado Civil: Solteira.

• Nacionalidade: Japonesa.

• Signo: Galo.

• Pontos fortes: É muito boa no que faz.

...Diário...

...Terça-feira...

^^^— 20h30min da noite, ^^^

^^^Maio.^^^

Querido diário secreto...

Sou Hiromi Yoshida, tenho vinte e sete anos e sou uma agente do departamento de investigação criminal das autoridades do Japão bem conhecida na minha área de trabalho, principalmente pelos meus colegas. Estou nesse ramo já faz dezessete anos, comecei a ter interesse nessa carreira quando fui convocada pelo Japão com dez anos e apesar de ser muito nova nessa época não me arrependo nem um pouco, estava praticando bastante a lista de treinos com seriedade.

Com dezesseis anos comecei a ganhar as minhas primeiras missões, mas como ainda estava terminando minhas práticas as missões que recebi eram as menos perigosas. Aquilo era mais um teste sobre as minhas habilidades para depois vim o de verdade, é como se fosse uma criança superdotada já nova. Diversas vezes estive no centro dos confrontos diretos aprendendo a sobreviver em situações de total perigo e apenas os mais fortes conseguiam passar por tudo vivos.

Eles finalmente me passaram missões de verdade, aquelas de alto porte. Comecei a investigar algumas autoridades corruptas. Primeiro, me infiltrei em uma festa na mansão do líder devidamente disfarçada, consegui arrumar um convite exclusivo graças aos meus contatos secretos e indispensáveis, tendo assim a grande oportunidade para seduzi-lo e isso foi o suficiente para ele me deixar entrar no seu escritório. Graças a sua grande queda por mulheres bonitas e inteligentes consegui abrir o seu cofre e pegar o envelope com todas as suas falcatruas, tinha até mesmo uma lista enorme de vários outros corruptos leais e que graças a mim foram postos atrás das grades. Nesse dia tive um grande prazer em participar da sentença final e acabei ganhando a minha primeira promoção bem afortunada. Os outros governantes do Japão já estavam desconfiados desse líder corrupto, mas não tinham os recursos cabíveis para levá-lo em julgamento por fraudes embaixo dos seus próprios narizes. Mesmo diante de uma situação tão delicada como essa eles decidiram me dar esse voto de confiança com uma missão tão importante, foi quando percebi que havia chegado a minha hora de mostrar verdadeiramente meu potencial e minhas táticas de disfarces. Para eles corrupção é algo inaceitável, porque é considerado deselegante e nós somos muito ligados no perfeccionismo e na imagem que precisamos ter na mídia. Se algum podre sobre essa fraude vazasse para alguma rede de jornalismo isso mancharia ainda mais a nossa reputação como uma autoridade bem renomeada pelo seu bom caráter e justiça.

Foi graças a esse grande sucesso que com o tempo as minhas missões só foram aumentando. Depois que resolvi o caso, fui ajudando a colocar outras pessoas atrás das grades que estavam enganando os superiores e a cada caso realizado minha promoção aumentou bastante, o que foi ótimo. Mas não me importo somente com o dinheiro, nunca escolhi esse tipo de profissão com a intenção de apenas ganhar e sim porque realmente gosto. Desde pequena pegava uma lupa e ficava tentando achar vestígios de qualquer coisa para solucionar os meus próprios casos, e foi isso que me fez querer estar aqui. Sempre tive essa paixão pelas coisas que estão além de nosso alcance, mas que você pode alcançá-los. Sei que isso não faz muito sentido, mas quando se trata de uma boa investigação tudo se torna possível, porque esse é o nosso objetivo, alcançar o impossível.

O meu chefe é bem rígido quando se trata de missões, porém, muito legal e dedicado. É como um pai que nunca tive, nos damos muito bem e ele me trata como uma filha. É triste, mas sou órfã e fui criada em um convento, as freiras eram bem cuidadosas e amorosas, tive uma ótima educação lá. Depois minha tia me pegou e passei a morar com ela por um bom tempo, mas quando completei os meus dezoito anos decidi construir minha própria vida. Ela me ajudou a comprar o meu primeiro apartamento aqui no Japão e passei a morar sozinha. Agora, vivo em outro apartamento e esse aqui é de luxo, o dinheiro que ganho, felizmente, consegue comprar vários apartamentos desse multiplicados. A minha tia se mudou para o Brasil e só a visitei três vezes, porque fica muito longe e nem sempre tenho tempo, mas as nossas vidas continuam prosseguindo.

Agora, vou falar sobre as minhas melhores amigas de trabalho, Hana e Mizuki. A Hana, nós estudamos juntas e agora somos parceiras de trabalho, o que acho muito bom. Amo essa loira oxigenada, ela é como uma irmã para mim e possui a mesma idade minha. O problema da Hana é que ela é muito histérica, porém, uma ótima agente. A Mizuki, ela é simpática... Só é bastante explosiva com os homens, mas sei que isso é apenas uma forma dela tentar os afastar. Mizuki tem um pouco do jeito masculino consigo, porque quando ela arruma confusão ninguém consegue segurá-la. Sua personalidade é meio gótica, ela é viciada em preto, mas tem muita beleza com seus cabelos longos e negros.

Agora, dos homens, nós temos o meu paquera Hayato. Ele é um ruivo bem bonito. No começo não quis me envolver com nenhum colega de trabalho, mas acabou que não resisti. Nós costumamos sempre nos encontrar as escondidas e ele tem uma pegada muito boa. Hayato já quis namorar comigo, mas no momento não quero nada sério. Nós temos que pensar bastante nesses assuntos antes de darmos a resposta e por enquanto tudo que quero é me dedicar ao meu trabalho e não me preocupar com relacionamentos amorosos, isso traz muita dor de cabeça e tira a nossa independência. Sei muito bem o que estou falando, o meu primeiro namoro não deu certo por causa disso. Portanto, agora procuro distância de um compromisso e claro que quando fico, não fico com todos, sou bastante seletiva. Não é como se fosse uma vagabunda. Costumo não ser controladora e dou a liberdade para fazerem o que bem desejarem, não tem por que o proibir de algo, mas admito que isso possa sim causar alguns ciúmes às vezes se ele for próximo a mim. Sou uma pessoa orgulhosa que não gosta de demonstrar a minha fragilidade, somente a minha força e capaz de encarar até mesmo as situações mais perigosas. Fomos treinados exatamente para sermos assim.

Hoje estou muito feliz, recebi pela primeira vez na vida uma missão impossível. Estou encarregada de investigar uma facção criminosa bastante conhecida pelo país que está agindo ilegalmente aqui em Tóquio e em todo Japão, até mesmo fora daqui. Eles se originaram da metrópole e são bastante espertos e poderosos, disso tenho certeza, porque as informações que recebi sobre não são tão concretas como imaginei que seria, o que mostra o como eles agem de forma misteriosa. Aqui estou, cheia de papeladas tentando investigar esse caso, mas de algo vocês podem ter certeza... Pretendo levar isso bem a sério quando chegar no meu novo apartamento em Tóquio.

Eles são conhecidos como: Os Foras da Lei KW07.

...Uma semana depois......

Em uma suíte do apartamento Âmbar, número 306, lá está ela, saindo do banheiro com a toalha branca nas mãos enquanto seca os seus cabelos. Depois, pegou um pente fino e o penteou em frente ao imenso espelho que tem perto da cama, colado na parede. Ela o deixou em cima da cômoda e caminhou até a cozinha escura, acendendo a luz, e logo em seguida se dirigiu até uma garrafa preta de café que está em cima da parede americana, aquela meia parede de mármore. Ela o enroscou um pouco e pegou a xícara de café, enchendo-a totalmente, até a borda. Dessa forma, ela voltou ao seu quarto e se sentou na cadeira de couro rosa, perto de uma organizada mesinha, abrindo logo em seguida o seu notebook preto. É um Windows 11 básico, mas que atende todas as suas necessidades e a deixa bem satisfeita, porque é nele que ela faz e analisa todos os seus relatórios, até mesmo os mais importantes.

– Bem, vamos ver... – Ela tomou um gole de seu café antes de começar a ler as informações coletadas – São conhecidos como: Os Foras da Lei KW07 e costumam exportar grandes quantidades de armas... – Pensou enquanto ler – E, provavelmente drogas... – Completou – Merda... – Ela colocou as mãos nos cabelos rosados e os balançou nervosa – Esse caso é mais complicado do que imaginava... – Ela tomou outro gole de café – Como terei alguma prova concreta se não possuo nenhuma informação de verdade? Preciso de mais informações, e dai que eles exportam armas? Por acaso tem alguma prova disso? Fotos pelo menos? Não tem nada aqui, preciso de mais, isso não é o suficiente.

Hiromi ficou pensativa por um bom tempo tentando encontrar alguma outra maneira mais eficaz para poder ter pelo menos uma pista de algo. Mas, de algo ela tem certeza absoluta, se é uma facção eles com certeza escondem o armamento pesado em algum lugar de fachada, por exemplo: orfanatos, estabelecimentos privados e até mesmo botecos. Ela sabe muito bem como são os marginais, eles são capazes de esconder armamentos pesados até mesmo em uma igreja e fingir que estão fazendo orações a Deus, o que é um grande absurdo não só para toda a população como também para a própria divindade. Eles não possuem respeito por nada e só pensam em continuar fazendo suas exportações de qualquer maneira, sem se importar.

– Já sei!... – Ela rapidamente levantou da cadeira e pegou cópias de uma lista enorme com exportações de cargas pesadas que havia tirado caso fosse útil em alguma coisa – Bem, agora só resta procurar alguém envolvido nas duas coisas, armas e drogas. – Isso foi o que ela disse antes de sentar-se novamente na cadeira e tomar outro gole de café, a Yoshida precisa ficar acordada e já é de madrugada.

Ela ficou um bom tempo vendo se encontra alguém que estivesse preso por causa disso.

– Achei... – Aquele é o único na lista que está registrado nesse caso – Yui Sousuke... – Sussurrou para si mesma enquanto grava o seu nome – Irei á delegacia hoje o interrogar.

O seu celular de repente apitou, é um E-mail de Tamotsu chegando.

– Isso é ótimo!... – Acabou de ganhar uma informação que ele conseguiu sobre o caso, Tamotsu trabalha na área de coletar informações e enviar para seus colegas de trabalho para poder ajudar em suas investigações – É por isso que amo esse homem, acabou de confirmar a minha hipótese... – Ela deu um longo sorriso – Obrigada, sempre confirmando o que penso. – Isso foi o que ela digitou como resposta para o moreno.

Na mesma hora a resposta retornou.

– De nada, isso é o destino. – Ela riu com o seu comentário brincalhão.

– Pode deixar comigo companheiro... – Ela está digitando – Como soube que estou acordada?

– Não precisa saber quando a Yoshida fica acordada, todos sabem que ela madruga em seus serviços até conseguir o que realmente deseja. – Isso foi o que ele disse.

– Você não tem jeito Tamotsu, mas obrigada novamente... Me ajudou bastante. Tenha uma ótima noite, porque assim como eu você também madruga. – Agora aquele tinha sido o fim da conversa.

– Está confirmado, Yui Sousuke faz parte da facção criminosa e descobrirei com certeza através dele quem é o chefão. Ele terá que falar nem se para isso tiver que obrigá-lo a contar. – Isso foi o que ela disse antes de apertar os seus punhos com força.

...Na delegacia......

Hiromi entrou pela porta mostrando sua liderança apenas com aquela sofisticada compostura de uma agente profissional. Começou a caminhar com aqueles saltos pretos até alguns policiais que estão presentes ali enquanto o restante não tiram os olhos do corpo da mesma, que está usando uma saia preta colada e que fica um pouco acima dos joelhos, mas para o azar deles tapou as suas coxas. Por cima ela usa uma camisa branca e seu terno preto, dobrando as mangas e ajeitando a sua argola. Ela carrega uma simples pasta preta em mãos.

– Oi, Hiromi... – Um homem loiro de cabelos compridos até os ombros e bonito a olhou – Quanto tempo, o que a traz aqui? Está com saudades?

– Não venha com conversas fiadas logo de manhã... – Disse a Yoshida enquanto retira os óculos e o prende na pequena abertura da camisa – O que mais você acha que estou fazendo aqui? Comendo rosquinhas e tomando café com você? É óbvio que vim a trabalho... Idiota.

– Como sempre, curta e grossa. – Disse o loiro revirando os olhos.

– De nada, agora me dê licença, tenho que conversar com o Arata. – Ela se afastou dele e foi na direção do outro policial.

– O que você está achando graça? – O seu companheiro estava rindo.

– Você quer mesmo saber? – Perguntou ele.

– Pior que não. – Respondeu entediado enquanto a olha se aproximando no outro lado.

– Cara, siga um conselho do seu colega... – Ele botou a mão em seu ombro – É melhor você desistir da Hiromi, você fica a cantando desde quando entrou aqui.

– Se ela fosse menos difícil seria melhor para mim. – Disse em resposta.

– Ela não é para o seu bico. – Disse o companheiro.

– E por qual motivo você tem tanta certeza disso? – Perguntou o loiro arqueando as suas sobrancelhas.

– Porque você é mulherengo e ela não gosta de homens vagabundos... – Respondeu – Você não tem nenhuma chance, meu chapa. Olha lá... – Ele apontou para o Arata – Até o Arata recebe mais atenção que você e sabe por quê?... – Ele voltou a olhá-lo – Porque ele é fiel e organizado.

– E dai que ele é isso? Ele só é assim porque tem namorada e um cargo elevado. – Disse irritado.

– O engraçado é que quando você tem namorada mesmo assim faz merda... – Ele falou com um ar cansativo – Desisto, você não tem jeito.

...Na sala......

Hiromi entrou na sala junto com Arata. Ele é outro policial importante naquela delegacia, vindo depois do pai de Naomi Sugahara, o comandante Shigeo Sugahara.

– Olá, Hiromi. – Ele se virou para ela.

– Olá... – Ela sorriu docemente – Como estão as coisas aqui na delegacia?

– Está tudo progredindo como sempre e você nas suas investigações? – Perguntou.

– Está tudo indo bem, sem sair do ritmo. Até recebi uma importante missão. – Respondeu a Yoshida.

– Que bom e imagino que foi isso que a trouxe até aqui em Tóquio, certo? – Perguntou.

– Sim... – Confirmou – Isso mesmo.

– Primeiro, sente-se, é falta de educação deixar uma dama como você em pé. – Ele puxou a cadeira para ela se sentar.

– Você está certo, obrigada. – Disse se sentando logo em seguida.

– De nada... – Ele sorriu – Bem, e então?... – Ele se sentou na cadeira de couro preta – O que a traz aqui?

– Estou encarregada de investigar uma facção criminosa bastante conhecida pelo país e que se originou aqui em Tóquio, eles se chamam: Os Foras da Lei KW07. Encontrei uma pista muito importante sobre eles... – Disse explicando – Estou procurando esse rapaz, soube que vocês o prenderam recentemente e tenho certeza absoluta que ele faz parte dessa facção... – Ela botou a pasta preta sobre a mesa e a abriu, mostrando o documento com a foto e nome do indivíduo – Ele se chama Yui Sousuke e quero o interrogar para saber quem é o chefão da gangue.

– Infelizmente, você chegou em uma péssima hora. – Disse Arata.

– Por quê? – Perguntou Hiromi confusa.

– Esse cara se suicidou não faz muito tempo. – Respondeu ele.

– O que?!... – Ela se levantou da cadeira totalmente assustada – Mas, por quê?

– Porque, como você mesma disse, ele era realmente dessa facção e o comandante soube disso... – Disse explicando – Quando ele foi o interrogar, ele não quis falar de jeito nenhum. Esperou o comandante sair da sala para pegar um ar e aproveitou dessa oportunidade para se enforcar com a própria algema.

– Meu Deus... – Ela ficou boquiaberta – E tudo isso para não dizer nada?

– Sim... – Respondeu – Isso mesmo, pelo visto ele era bastante leal a facção ou tinha bastante medo dela. – Ela arregalou os olhos.

– Isso é um absurdo. – Disse indignada.

– Também acho a mesma coisa... – Ele deu um suspiro cansativo – Mas infelizmente não conseguimos fazer nada.

– Isso significa que perdi a minha única pista e maneira de chegar até o chefão porque um idiota decidiu se enforcar?! – Disse revoltada.

– Calma, ainda tem uma notícia boa, acho. – Disse Arata.

– Sério?... – Ela o olhou com esperança – O que? – Perguntou.

– Nós descobrimos depois da morte desse Yui que aqui tinha um informante dessa facção. – Respondeu.

– Não duvido muito, já imaginava essa possibilidade. – Disse a Yoshida.

– Mas nós não e se não tivéssemos o pego no fraga nunca teríamos imaginado. – Disse Arata.

– Quem era? – Perguntou.

– Noboru. – Respondeu.

– Bem que faz sentido, o sobrenome dele é Sousuke igual o do prisioneiro suicida. – Disse Hiromi.

– Você realmente é uma agente bem esperta, fico admirado com a sua rapidez de raciocínio. – Ele a elogiou.

– Obrigada. – Ela sorriu um pouco sem graça – Mas continue.

– Nós fizemos ele falar quem é o chefão e advinha só, ganhamos até de brinde o nome da sua cúmplice. – Explicou.

– Não acredito, mas isso é ótimo! – Disse Hiromi animada. Ele riu – Onde está o pai da Naomi nesse momento? – Perguntou.

– Ele está em uma operação contra esse chefão... – Respondeu – Logo quando ele descobriu foi correndo para o local com a patrulha, mas só encontraram ele e sua cúmplice na residência, um hotel abandonado e completamente acabado que ele usava como fachada já que ninguém metia mais os pés lá, porque até rato tem e ele se aproveitava disso para impedir a entrada caso alguém aparecesse por lá... – Ele explica toda a situação – Mas quando a patrulha entrou junto com ele, os dois revidaram e começou uma operação intensa lá.

– Entendo, com certeza eles revidariam, não teria outra opção... – Ela olhou para ele novamente – Mas você recebeu alguma outra notícia sobre essa operação? – Perguntou.

– Infelizmente não... – Respondeu – Depois disso perdemos o contato, é muito tiroteio.

– Dá para imaginar. Então... – Ela ajeitou a sua saia e se levantou da cadeira – Você me faz o seguinte, quando tudo isso terminar me dê notícias.

– Pode deixar comigo... – Disse enquanto se levanta logo em seguida – Você ficará bem informada sobre o assunto.

– Continue assim, esse é o espírito policial. – Eles riram.

– Te acompanharei até a porta. – Disse Arata enquanto se aproxima da porta para abri-la.

– Obrigada novamente pela sua gentileza. – Disse Hiromi educadamente.

– Não tem de que. – Disse abaixando a sua cabeça. Ela sorriu.

– Até mais. – Disse se retirando.

– Até. – Ele fechou a porta logo em seguida.

Ao sair ela logo se depara com os outros policiais de antes.

– Tchau, Hiromi, volte sempre. – Disse o loiro sem desviar os olhos dela acenando.

– Vai arrumar uma coisa útil para fazer. – Ela passou por ele sem olhá-lo, o deixando plantado ali, igual um abacaxi.

– Dessa forma vou acabar entrando na depressão. – Disse o rapaz.

– Não exagera... – Disse seu companheiro – Isso só foi um fora balanceado.

– Vai se foder. – Ele saiu resmungando.

– Você sabe que isso é um desacato à autoridade?!... – Ele gritou alto para que pudesse escutar – Você pode ser preso por me insultar verbalmente!

– Que tal isso então?... – Ele mandou o dedo do meio para ele – É no sentido figurado.

O homem de cabelos grisalhos acabou rindo alto com aquilo, assim é uma amizade entre colegas de trabalho.

Capítulo 2

^^^— 14h30min da tarde, ^^^

^^^Maio.^^^

Quando Hiromi chegou ao seu apartamento recebeu uma mensagem do ruivo. Ela logo o respondeu.

– Como está a investigação? – Perguntou Hayato.

– Está tudo indo bem, se as coisas saírem como estou planejando não demorará muito para conseguir resolver esse caso... – Ela está digitando – Obrigada por se preocupar comigo... – Hiromi acrescentou um emoji de carinha sorridente – Como está à investigação da invasão a Casa Branca nos Estados Unidos?

– Conseguimos prender todos os marginais que invadiram a Casa Branca hoje, foi um total sucesso. Recuperamos todo o dinheiro roubado e devolvemos ao presidente. – Respondeu.

– Uau, isso é maravilhoso Hayato!... – Hiromi deu um sorriso contente pelo ótimo trabalho do ruivo – Estou feliz por você.

– Obrigado, agora estou de folga... Por enquanto, porque terei outra missão. Então, estive pensando se terá como você se encontrar comigo amanhã quando chegar dos Estados Unidos? Prometo que será rápido, só quero poder te ver um pouco.

– Tudo bem, não tem problema! Te encontro amanhã. – Essa foi a sua resposta. De qualquer forma a rosada precisa mesmo se distrair um pouco, a investigação está deixando-a muito cansada e não custa nada tirar um pouquinho do seu tempo para encontrá-lo.

– Você é demais. – O ruivo ficou claramente empolgado, o que a fez rir antes de encerrar a conversa e jogar o celular em cima da cama.

– Se não fosse pelo Hayato estaria totalmente entediada agora, estando aqui sozinha nesse apartamento... – Pensou a rosada após se jogar na cama – Ao mesmo tempo é tão solitário... Preciso dormir, nem sei como consegui levantar hoje para ir à delegacia, o meu estado estava deplorável.

Quando ela acordou, os seus olhos estavam com olheiras e os cabelos totalmente bagunçados. Hiromi teve que passar bastante base para tapar aquelas olheiras horríveis e para completar, ela nem teve tempo de tomar o seu café da manhã direito, saiu do apartamento apressadamente com aquela pasta em mãos. Já a roupa foi o de menos, ela sempre deixa o look pronto antes de qualquer situação.

Agora, tudo que a Yoshida está realmente precisando é de um bom cochilo e foi isso que ela fez, fechou suas pálpebras suavemente e dormiu para recompor todas as suas energias.

...O celular toca......

Algumas horas se passaram até Hiromi acordar assustada com o toque de seu celular. Na mesma hora ela deu um pulo da cama para pegá-lo no chão, porque provavelmente enquanto estava dormindo ele deve ter caído. A Yoshida agradeceu mentalmente por o celular não ter desmontado com a queda, se não ela não teria escutado a chamada.

– Oi, Arata... – Ela atendeu o celular – E então? Tem notícias? – Perguntou logo de imediato.

– Sim... – Respondeu – O comandante retornou com alguns homens da patrulha, quinze foram mortos por eles.

– O que?! Só o chefão e sua cúmplice fizeram tudo isso?! – A Yoshida ficou impressionada com suas habilidades. Uma patrulha com trinta homens é demais e eles conseguiram eliminar a metade dessa quantidade, o que é considerado algo quase que impossível. Nessas horas se passa pela sua cabeça se eles também são superdotados.

– Sim, também fiquei pasmado com isso tudo quando soube. – Disse o policial.

– O que aconteceu com eles? Conseguiram fugir? – Perguntou à rosada.

– Não, infelizmente, para o seu azar na investigação... Eles morreram... – Respondeu ele – Quando as balas da 38 do comandante estavam prestes a matá-lo, a sua cúmplice entrou na frente dele para protegê-lo enquanto fazia o seu próprio corpo de escudo. Ela acabou morrendo na hora.

– Isso é triste... – Sussurrou a rosada com a cabeça baixa após imaginar aquela situação desesperadora.

– Sim, também achei. Parece que o homem ficou totalmente enlouquecido com o que ocorreu e começou a disparar milhares de tiros seguidos, inclusive... Uma bala atingiu o braço do comandante Shigeo, mas ele está bem... – Disse Arata explicando resumidamente tudo que aconteceu – E mesmo assim ele teve que revidar, o matando.

– Entendo... – Disse Hiromi enquanto se senta na beira da cama – Então, isso significa que perdi novamente o meio mais eficaz de pegar a facção por completo. – A Yoshida ficou decepcionada com a notícia, porque não era isso que ela esperava como resposta.

– Realmente... Sinto muito Hiromi, nós não queremos atrasar ainda mais a sua investigação. – Disse ele arrependido.

– Não precisa ficar assim Arata, está tudo bem, esse é o trabalho de vocês. Seria demais exigir mais do que vocês fazem. – Ela está sendo sincera.

– Mas... Mesmo assim, se tiver algo que nós possamos fazer para ajudá-la é só pedir. – Acrescentou Arata.

– Pensando bem, tenho algo para pedí-lo sim. – Disse a rosada.

– O que você quer saber? – Perguntou ele.

– Quero saber o nome e sobrenome dos dois envolvidos no combate. Talvez isso seja útil em alguma coisa. – Respondeu Hiromi.

– O chefão se chamava Tadao Watanabe e a cúmplice Nozomi Watanabe. – Respondeu o homem de cabelos castanhos.

– Obrigada novamente Arata. – Disse Hiromi o agradecendo.

– De nada Hiromi, você sabe que aqui é sempre bem-vinda. – Ela sorriu no outro lado da linha.

– Então, até mais. – Ela se despediu e encerrou a ligação – A esperança é a última que morre... – A Yoshida está determinada – Isso ainda não acabou e sim está apenas começando.

...Algumas horas antes......

Um homem furioso espanca o ex-policial infiltrado Noboru Sousuke no porão da mansão, dando vários chutes e socos no rapaz até quebrar seu nariz e costela. Ele não consegue nem mesmo ficar de pé e implora o seu perdão.

– Por favor, me perdoa... – Disse enquanto cospe uma imensa poça de sangue.

– Te perdoar?!... – O tom dele foi de sarcasmo – Você fez realmente bem em fugir da delegacia a tempo, assim poço ter o prazer de cuidar de você com as minhas próprias mãos! – Ele deu mais outro chute em sua barriga, o fazendo bater a cabeça na parede.

– É cara... Ao invés de ter feito como o Yui, vai por mim, teria sido melhor. – Disse o outro rapaz que assiste tudo deitado no sofá com os pés em cima da mesinha de centro enquanto bebe uma cerveja geladinha e boceja com um ar de cansaço.

– Cadê aqueles dois?! – Perguntou o homem enquanto segura os cabelos do moreno para levantar a sua cabeça.

– Eles já estão vindo. – Respondeu enquanto deu outro gole de sua cerveja.

– Nós estamos aqui. – Disseram os dois após entrarem.

– Trouxeram a minha belezura? – Perguntou os olhando.

– Claro... – Responderam o entregando – Nós nunca esqueceríamos da sua preciosa espingarda. – Disseram dando um pequeno sorriso de lado.

– Ótimo... – Ele deu um sorriso satisfeito – Podem o amarrar agora.

Os dois se dirigiram até Noboru, pegaram-no e amarraram-no com arame farpado. Depois, se afastaram e ficaram do lado do homem com a espingarda nas mãos.

– Chegou a sua hora, quais são as suas últimas palavras? – Perguntou ele com um sorriso diabólico nos lábios enquanto o moreno o olha desesperado.

– Por favor, não faça iss...

– Tarde demais. – O interrompeu.

...POU! POU! POU! POU!...

– Pronto... – Ele assopra a fumaça que sai de sua espingarda – Podem começar a fazer a limpeza agora, os cachorros vão adorar a sobremesa de hoje. – Essas foram as suas últimas palavras antes de sair dali batendo a porta com força.

– Ele ainda está furioso pela morte deles. – Disse o homem que antes estava deitado no sofá.

– Com certeza, até mesmo eu. – Disse o moreno indignado.

– Eles eram muito mais importantes para ele do que para nós, dá para compreender a sua dor. Também adoraria me vingar daquele maldito policial. – Disse o ruivo enquanto dá uma fumada em seu charuto importado.

– A reunião para o plano começa que horas mesmo? – Perguntou o outro.

– Você só não esquece a cabeça porque é grudada no pescoço. – O ruivo botou a mão em seu ombro tentando reconfortar o parceiro – Vai começar agorinha mesmo. Então, fique atento pelo menos uma vez na vida.

– Mas sou atento. – Disse revirando os olhos.

– Só quando realmente quer e com essa cara de preguiçoso dá para perceber muito bem que você não está querendo porra nenhuma. – Comentou o outro moreno.

– Quando se trata do tio Tadao e da tia Nozomi as coisas mudam. – Essa foi a sua resposta.

– Que bom que você também pensa assim, mas agora vamos cuidar dessa nojeira aqui. – Comentou quase vomitando em cima do cadáver.

... Encontro com Hayato......

Lá está ela, em frente ao espelho passando hidratante em suas pernas sedutoras e macias depois de se perfumar com seu perfume francês importado e que possui um aroma delicioso. Logo em seguida, ela terminou de calçar os seus sapatos e passou o seu batom rosé com bastante cuidado para não borrá-lo. Ficou no final algo bem delicado, nada muito apagado e nem muito exagerado, no ponto ideal para um encontro civilizado. Mas é claro que ela sabe que logo não vai restar nenhum sinal de batom em seus lábios.

A Yoshida olhou a hora em seu relógio, pegou a sua bolsa e saiu do apartamento, deixando as chaves com o porteiro gay. Ele gosta muito de usar roupas coladas, hoje está usando um verde escuro. Ela não tem nada contra, na verdade, não se importa e nem tem nenhum tipo de preconceito, nem mesmo com o número da cueca dele ou se ele usa outra coisa que não seja uma cueca.

.... . ....

Ela saiu em sua Suzuki Spacia cor branca e seguiu o seu caminho. Quando ela chegou em seu destino Hiromi estacionou o seu carro perto da mansão dos Sugahara e foi terminar o restante de seu trajeto caminhando, encontrando assim com o ruivo parado perto da calçada em frente a um restaurante maravilhoso.

– Olá, senhorita. – Hayato pegou a sua mão e a levou até os seus lábios – É uma honra vê-la novamente. – Disse enquanto a olha. Ela sorriu.

– Está tentando ser civilizado agora, meu senhor? – Perguntou Hiromi em um tão brincalhão. Ele riu.

– Mais ou menos isso. – Dessa vez os dois riram.

– Também é uma honra vê-lo mais uma vez depois de tanto tempo de trabalho. – Ele sorriu para ela.

– Você está linda como sempre. – O seu comentário a deixou sem graça.

– Obrigada... – Ela sorriu o agradecendo – Nem tenho palavras para você, vamos dizer que está... – Ficou um pouco pensativa – Formalizado. – Ele riu com tal comentário.

– Você aceita o pedido de ter como acompanhante esse adorável rapaz? – Perguntou enquanto estende a sua mão direita.

– Tenho a impressão que você já sabe a resposta. – Disse enquanto segura a sua mão.

 – Felizmente, a sua intuição nunca falha. – A Yoshida não conseguiu conter o seu doce sorriso, com o Hayato é impossível não se sentir bem.

Passando em frente à luz do jardim e roda d'água caminhando sobre as pedras, eles possuem a sensação de estarem de volta ao tempo na cidade de Edo, a Tóquio de 200 anos atrás, apreciando a atmosfera extraordinária do restaurante com 6.600 m² de extensos jardins japoneses localizado aos pés da Torre de Tóquio. Essa é a famosa Tokyo Shiba Tofuya Ukai.

Ao chegarem eles logo foram levados para uma sala reservada e servidos por uma belíssima atendente vestida de quimono.

Hayato rogou uma combinação que consistia em vários pratos japoneses, como tofu caseiro, frutos do mar e legumes da estação. O tofu é feito de soja de alta qualidade e água de nascente, tendo um sabor rico e doce. Eles também pediram duas das especializações do restaurante Tosui-tofu e Age-dengaku. Em Tosui-tofu é colocado na sopa de Tosui adicionando dashi ao leite de soja. No Age-dengaku, o tofu é frito e fatiado em pedaços depois de cozido no carvão.

Como bebida, Hayato escolheu Nakamura soju com o objetivo de criar uma sensação de transparência no meio da força. Ingredientes de alta qualidade, como óleo de arroz, arroz e batata, são usados ​​para fazer soju. O arroz processado sob temperatura controlada é revestido com moléculas de álcool para um sabor mais luxuoso. Por meio desse processo, o álcool se transforma em riqueza e transparência. Um produto regular o Nakamura é misturado com soju cru e envelhecido, e soju recém-destilado. Seu sabor mistura história, clima, fontes como águas de nascentes e artesanato para criar uma experiência mais inigualável.

Depois do jantar foram para a zona de Kisshou-an, onde se encontram a art-nouveau e o estilo japonês. Este lounge está disponível apenas para clientes e eles podem se reunir para um bate-papo casual. O objetivo é que os clientes se sintam mais confortáveis ​​em um ambiente mais agradável e reservado, tendo assim uma noite maravilhosa.

Eles ficaram conversando e bebendo a horas, até que no final como um cavalheiro Hayato pagou a conta, se levantou e a ajudou a levantar-se, saindo assim juntos do restaurante.

– Simplesmente amei o jantar... – Isso foi o que a rosada disse enquanto andam um pouco – Estava delicioso.

– O que mais amei nem foi o jantar e sim a sua agradável companhia. – O ruivo não tira os olhos dela. Claramente está doido para beijá-la de uma vez ali mesmo, na calçada no meio da noite.

Eles param perto de seu Toyota Alphard branco.

– Hayato, aqui não... – Sussurrou a rosada enquanto sente a sua aproximação.

– O que foi? Não tem ninguém aqui... – Disse o ruivo convicto – Somente nós dois.

Inicialmente ela se sentiu meia tímida depois de ficarem tanto tempo distantes um do outro, mas não demorou muito para deixá-lo tomar seus lábios por inteiro.

O ruivo repousou as mãos entre os seus longos cabelos róseos e ela puxou alguns de seus fios avermelhados, transformando-se em um beijo intenso enquanto suas línguas se movem com rapidez. Hayato a imprensou na porta do carro e Hiromi entrelaçou os seus braços em volta de seu pescoço, suspirando fortemente sem se importar com o maldito alarme que disparou com o contato de seus corpos sobre o mesmo. Ele começou a beijar o seu pescoço dando lambidas lentas e prazerosas, mas quando estava prestes a distribuir chupões a Yoshida suspirou e o afastou.

– O que foi? Por qual motivo parou? – Perguntou o ruivo enquanto a olha intrigado.

– Nada disso... – Respondeu a rosada séria.

– Só foi um beijo no pescoço. – Disse se defendendo.

– Você sabe que tenho que chegar inteira em casa para continuar o trabalho no dia seguinte sem muitas distrações... – Disse Hiromi pensando na sua investigação – É difícil cobrir chupões.

– Oh, que mulher complicada... Pensa tanto no trabalho que não tem tempo nem para uma transa rápida. – Disse resmungando, o que fez a Yoshida rir disfarçadamente.

– Vou para o meu carro agora, ele está estacionado em frente à mansão Sugahara. – Disse Hiromi pronta para se afastar, mas o ruivo segurou o seu braço impedindo-a.

– Acho que você está se esquecendo de algo... – Disse o ruivo enquanto a vira para ele.

– O que? Um boa noite? – Perguntou a Yoshida enquanto se faz de desentendida.

– Engraçadinha... – Ele rapidamente a puxou para si, a rodou e fez ela deitar em seu braço, que está em volta de seu pescoço a segurando para não deixá-la desabar no chão – Te mostrarei como se faz. – Hayato rapidamente tomou os seus lábios para si novamente chupando-os e mordendo-os fortemente, deixando-a totalmente sem fôlego.

Depois desse beijo quente Hiromi ajeitou os seus cabelos e se aproximou de seu ouvido sussurrando.

– Isso não é nada para Hiromi Yoshida, porque ela é fogo e fogo quando se espalha é difícil de apagar. – Ela saiu sem dá tempo de o mesmo dizer algo, mas para provocar ainda mais fez questão de sair naquele rebolado sensual.

O ruivo ficou a observando com um longo sorriso nos lábios até a Yoshida desaparecer por completo de sua vista. Ele logo em seguida entrou em seu carro e partiu.

.... . ....

Hiromi anda totalmente distraída pensando no ruivo, ela nunca se divertiu tanto assim como se divertiu com ele.

Enquanto caminha a escuridão tomou conta totalmente da calçada de repente. A rua da mansão Sugahara de noite sempre foi a mais iluminada, mas estranhamente as luzes nesse dia ficaram mais fracas. Hiromi não encontrou nenhuma alma viva naquele local, o movimento ficou mais fraco e se tornou um completo deserto. Com as luzes fracas o clima ficou muito silencioso, até mais que o de costume. Antes ela achou que não precisaria se preocupar em voltar sozinha até o momento de sentir três homens segurando-a. A Yoshida tentou se defender, mas não conseguiu localizá-los direito e foi nesse momento que ela tentou gritar por Hayato pensando que ele poderia ainda está lá, mas sua boca foi rapidamente abafada por uma mordaça. Logo em seguida, ela os sentiu colocarem uma máscara em seu rosto deixando-a totalmente desorientada, mas mesmo assim a mesma conseguiu sentir como se estivessem tentando amarrá-la com cordas. Foi exatamente nessa hora que ela decidiu fazer algo, de jeito nenhum se permitiria deixar ficar tão fácil assim sabendo que estão tentando a sequestrar.

Tudo que ela conseguiu ouvir foi um deles gemendo de dor e gritando com o chute que recebeu provavelmente nas suas partes íntimas.

– Aaaah! Caralho, o que essa garota tem?! Fogo no cu?! – Gritou o homem.

– Pare de reclamar e venha ajudar aqui, ela não deixa de jeito nenhum a gente colocar as cordas. – Hiromi escutou outra voz, mas nenhuma pareceu ser familiar para ela.

– Estou tentando, cacete! Não é você que está com o pau doendo... – Disse voltando a segurá-la – Vai, anda logo, antes que essa garota acabe dando outro chute no meu saco!

– Não tem um dopante aqui não? – Perguntou outra pessoa com uma voz diferente das outras duas.

– Não, nós pensamos que não seria necessário. – Respondeu alguém.

Com muito sacrifício finalmente conseguiram jogá-la para dentro do carro preto brindado que parecia uma van.

– Mano, se soubesse que essa Sugahara seria tão bruta assim teria com certeza me prevenido. – Disse dentro do carro.

– Sugahara?!... – A Yoshida ficou pensativa – Oh, eles estavam tentando sequestrar a Naomi? Mas, por quê? – Os seus pensamentos acabaram sendo interrompidos quando um deles disse mais alguma coisa.

– Com certeza as aparências enganam. A garota parecia ser tão dementada, coitada. – Comentou.

– Ela é tão “dementada” que mesmo com uma máscara soube mirar direitinho o seu ponto de ataque. – Dessa vez ela escutou risadas, provavelmente dos outros dois. Na verdade, até ela deu vontade de rir nessa hora, mas soube se conter. Hiromi sabe diferenciar a brincadeira da realidade e o que está acontecendo ali é bem sério, mas no fundo ela está se sentindo aliviada por poder salvar uma vida. O problema agora é que a dela está com certeza em jogo.

Eles haviam a amarrado várias vezes, uma mais ou menos acima dos joelhos e outra lá embaixo (nos pés). Já uma está abaixo de seus bustos e outra acima deles. Também sem contar que botaram os seus braços para trás e amarraram as suas mãos. Está mais que na cara que aquilo tudo havia sido bem planejado, só que eles acabaram errando a sua vítima e não irá demorar muito para descobrirem isso. Ela precisa procurar se soltar o mais rápido possível, primeiro tentando desamarrar as cordas da mão.

Existem duas etapas que o departamento de investigação ensina: 

1° – Tente desamarrar as mãos e depois folgue as cordas dos pés, fazendo isso tudo você já estará mais de 50% garantida.

2° – Espere o momento certo para atacar e terminar de retirar as cordas dos pés, porque depois que elas ficam folgadas já se torna mais fácil eliminá-las após o ataque.

Hiromi sentiu o carro parando e isso significa que eles chegaram ao seu destino. Ela logo ouviu um deles descendo e abrindo a porta para retirá-la. Depois, sentiu outro deles que estava com ela atrás segurando-a firmemente pelo braço e forçando-a para sair o mais rápido possível.

Eles a obrigaram a entrar em algum lugar, provavelmente uma residência e logo em seguida fizeram-na acompanhá-los. Hiromi não sabe por onde está passando, mas parece ser um local estreito.

– É uma espécie de corredor. – Concluiu a Yoshida atenta a cada som, até mesmo ao som de seus próprios pés.

Tudo ali ficou silencioso até o momento de ela escutar um deles batendo com força em uma porta de madeira. Uma voz completamente diferente das três surgiu de forma autoritária.

– Entrem. – Seu tom de voz é sério, disso ela não teve dúvidas.

Eles logo o obedeceram.

– Trouxeram-na? – Ela ouviu fortes estalos como se o mesmo estivesse praticando um pouco aquele jogo de acerto, no qual você tem que mirar exatamente no centro.

É exatamente isso que ele está fazendo, só que no centro ele colocou uma foto de quem tanto quer vingar.

– Sim... – Responderam – Ela está aqui.

– Ótimo... – Sua voz foi ficando cada vez mais próxima deles, com certeza ele está indo em suas direções – Ajoelhe-se.

– Espera um pouco, ele está me dando ordens? É isso mesmo?... – Pensou a Yoshida indignada – Mas que abusado, me sequestra e ainda por cima quer me por de joelhos? Ninguém merece! – Ela revirou os olhos por trás daquela maldita máscara.

– Eu disse... – Ela o sentiu encostar os seus lábios em seu ouvido direito – Ajoelhe-se. – Sua voz é completamente rouca e ela percebeu que ele já está começando a ficar irritado com a sua desobediência.

– Vai pra merda. – Essas foram as suas únicas palavras, mesmo com o pano em sua boca ainda foi capaz de sair alguma coisa em forma de murmúrio. Porém, o homem escutou muito bem o que ela havia dito e isso o fez ficar totalmente indignado com aquilo.

Hiromi apenas sentiu uma imensa dor nos ombros quando ele os apertou com bastante força e a obrigou a ajoelhar-se. As suas mãos são tão firmes e fortes que a Yoshida sentiu os seus ombros ficarem completamente doloridos, fazendo-a liberar um pequeno gemido de dor.

– Tirem essa maldita máscara da cabeça dela!... – Disse enquanto ainda se acalmava – Faço questão de analisar a minha mais nova vítima, ou melhor... Nossa vítima, porque aqui o trabalho é em equipe. – Ele deu um sorriso de canto.

Então, eles logo tiraram, mas a Yoshida continuou com a cabeça baixa. Ela não deseja que ele observe o seu rosto e muito menos ter que olhar para aquele marginal.

– Espere um pouco... – O homem rapidamente soube que aquela garota não se tratava da Sugahara – Mas essa não é a filha do policial, ela não tem cabelo rosa!

– O que?! – Todos ficaram espantados olhando para o cabelo dela.

– Mas que droga, vocês erraram na vítima! – Com certeza ele ficou furioso.

Nesse momento, a Yoshida rapidamente se aproveitou da situação e partiu para o ataque. Aquele é o momento ideal para ela começar a agir antes que seja tarde demais para ela. Hiromi rapidamente com as suas mãos soltas deu um soco em um deles sem olhá-los diretamente e apoiou-se com a outra mão no chão, ficando assim de cabeça para baixo enquanto bota a cabeça do outro indivíduo entre as suas pernas. Ela ainda está com aquela corda folgada, dando assim um giro de 360 graus e fazendo o mesmo cair no chão logo depois após sentir as cordas dos pés se soltarem por completo durante o ataque. Nesse mesmo instante a Yoshida foi para cima do outro, ela deu uma bela cambalhota e logo em seguida acertou um belíssimo chute em sua barriga, partindo assim para aquele último homem que aparenta ser o novo chefão, mas a única coisa que ela fez foi empurrá-lo com o máximo de força que conseguia por causa da sua imensa força física e sair correndo imediatamente daquele local. Tudo isso tinha sido feito em uma curta linha de tempo, foi impossível eles conseguirem revidar.

– Merda... Tenho que sair logo daqui... – Pensou Hiromi enquanto tira aquela mordaça inútil de sua boca e passa pelos corredores correndo o mais rápido que pode – Se eles me pegarem novamente... Com certeza irão me matar.

Capítulo 3

Quando a Yoshida conseguiu chegar ao quintal já é tarde demais. Ela sentiu a presença deles, fazendo-a ficar totalmente cercada.

– E agora? O que você pretende fazer estando encurralada? – Perguntou um deles.

– O óbvio... – Respondeu enquanto se posicionava – Lutar. – Seu tom de voz é sério.

Hiromi ficou pronta para acertar as partes baixas do moreno, mas ele se defendeu.

– De jeito nenhum deixo você me acertar aqui novamente! Já sei qual é a sua artimanha, querida. – Disse sério.

– Então tinha sido ele que havia acertado naquela hora? – Pensou a Yoshida.

De repente, ela saiu de seus pensamentos quando os outros dois a seguraram com força, um ruivo e um moreno de cabelo amarrado. Ela rapidamente contra-atacou, dando uma rasteira no ruivo. Quando Hiromi está prestes a acertar o outro com um soco no estômago enquanto sua expressão mostra claramente a sua determinação, ela foi pega de surpresa por dois cachorros imensos da raça Rottweiler, sendo logo em seguida imobilizada pelos três rapazes.

Agora a rosada está convencida de que não há mais nada a ser feito, pois o Rottweiler é uma raça canina construída na Alemanha. Um cão mantido por comerciantes na área de Rottweil para trabalhar, logo se tornou um hábil guardião e pastor, e foi fundamental para tração. Devido ao seu valor prático, é conhecido em todo o mundo. Ele é descrito como inteligente, corajoso e dedicado. De corpo é um animal forte, de pelagem preta curta, com marcas amarronzadas, de forma forte e compacta, mostrando força, velocidade e resistência.

– Sentem-se!... – Uma voz autoritária vinda atrás deles os fizeram o obedecer, fazendo a Yoshida ficar impressionada com tudo aquilo. Treinar um animal daquela raça não é nada fácil e ela sabe muito bem disso, admitindo para si mesma que ele é muito bom no que faz – Se você dê mais algum passo pode ter certeza que os mandarei avançar! – Ela engoliu em seco imaginando na possibilidade de receber duas mordidas. Com certeza a arcaria dentária daqueles dois animais é o suficiente para decepar uma de suas pernas e ela não é louca de querer ter esse tipo de experiência sabendo que suas pernas fariam bastante falta para a mesma.

– Ela está imobilizada, Toshio. – Disseram os três.

– Toshio?... – A rosada ficou pensativa por pouco tempo ficando com aquele nome em sua mente e o gravando para não esquecê-lo – Então esse é o nome daquele homem misterioso de antes. – Concluiu.

...No local......

– Vocês fizeram um bom trabalho... Principalmente você Kentaro após soltar os cachorros... – Kentaro? Quem é Kentaro? – Agora, virem-se, está na hora de conhecer a garota que destruiu o meu escritório e assim gravar cada mínimo detalhe de seu rosto para poder pensar no que vou fazer com ela. – A voz dele saiu tão fria que pela primeira vez na vida estremeci de medo da sua escolha.

Tentei resistir, mas a força daqueles três juntas é imensa demais para conseguir impedí-los. Não quero olhá-lo e fiz o possível para evitar, mas quando vi já estavam me virando para a sua direção.

Só sei que quando nossos olhos se cruzaram e o vi por completo, fiquei totalmente imóvel e boquiaberta enquanto observo aquela figura a minha frente. Como um homem daquele pode ser tão lindo e ao mesmo tempo um bandido tão vagabundo? Essa foi a pergunta que não saiu de jeito nenhum da minha mente.

Realmente as aparências enganam e bastante, porque nunca vi algo daquele tipo. Ele é totalmente diferente da aparência que imaginei. Pensei em um homem mais velho um pouco gordo, fedorento, com a barba parecendo um terrorista islâmico tipo o Osama bin Laden chegando praticamente na barriga só que com dentes de ouro. Mas não, ele possui um tom de pele clara meio bronzeada e cabelos esverdeados escuros misturando com seus fios negros, curto e charmoso. Seus lábios são bem desenhados e sensuais, ele é másculo, alto e seus olhos completamente azuis lapís lazúli, os azuis mais lindos que já vi e que poderia ver – pronfundos como o oceano – possui tatuagem no pescoço. É realmente uma pena saber que aquele ser a minha frente é, na verdade, um disfarce sobre o verdadeiro demônio dentro de si.

[ Ficha Técnica ]

^^^"Eles acham que estão enfrentando uma pessoa, mas estão enfrentando um dragão."^^^

• Nome: Toshio.

• Sobrenome: Watanabe.

• Idade: Desconhecida.

• Profissão: Chefão da máfia.

• Aparência: Cabelos esverdeados escuros misturando com seus fios negros, curto e charmoso. Pele clara meio bronzeada e lábios sensuais. Olhos claros, lápis lazúli – pronfundos como o oceano – possui tatuagem no pescoço e um dragão nas costas simbolizando a sua superioridade e temperamento forte.

• Personalidade: Confiável, forte, reservado, determinado, organizado, cauteloso, vingativo, solitário, controlador, sedutor, orgulhoso, impaciente, intuitivo, exigente, rancoroso, inteligente, desconfiado, observador, responsável, corajoso, protetor, auto-confiante, impulsivo, perfeccionista e ambicioso.

• Estado Civil: Solteiro.

• Nacionalidade: Japonesa.

• Signo: Dragão.

• Pontos fortes: É muito bom no que faz.

Assim como eu ele não falou mais nada, apenas me observa com aqueles olhos vindos do céu e de um jeito intenso, tão intenso que começou a me dá ainda mais medo. Percebi que ele está realmente falando sério sobre a questão de gravar cada detalhe de meu rosto e depois dizer a minha sentença final me mandando para guilhotina. Aquilo tudo já ficou me incomodando bastante, não é nada fácil ser encarada pela  pessoa que vai me matar logo em seguida.

– Ela me parece familiar... – Meus pensamentos foram interrompidos pela voz de um deles, o ruivo – Tenho a impressão de já ter a visto em algum lugar. – Como assim ter me visto? Agora fiquei confusa.

– Espere um pouco... – O de cabelo amarrado se aproximou mais de mim e ficou me olhando – Ela não é aquela investigadora profissional do departamento das autoridades do Japão que vimos de longe enquanto saia da agência cheia de documentos Koji? – Perguntou um pouco indeciso após voltar a olhar para o ruivo e foi nessa hora que senti meu fim ainda mais próximo.

– Meu Deus, é ela mesmo. – Disse o ruivo assustado.

– O que?! – O bonitão e o moreno gritaram juntos boquiabertos.

– Quer dizer que vocês três trouxeram para o esconderijo da facção uma agente?! É isso mesmo?! – Ele está uma fera – Deveria estrangular vocês, seus imbecis! – Seu grito foi tão alto que me fez ficar na hora com dor de cabeça.

– Espere um pouco... – Olhei para eles totalmente assustada – Vocês são a facção?! – Não acredito que fui sequestrada por uma das gangues mais poderosas do mundo, isso com certeza só pode ser um pesadelo virando realidade.

– O que foi agora garota?... – Perguntou o moreno de olhos negros – Parece que viu uma assombração. – Mas vi mesmo.

– Ah não, agora só falta essa para me atormentar. – Disse o bonitão enquanto passa as mãos em seus cabelos nervoso e chuta a parede daquele imenso quintal.

– O que faremos agora Toshio?... – Perguntou o ruivo – Você tem que tomar uma decisão sobre isso o mais rápido possível, é agora mesmo que nós não podemos deixá-la escapar de jeito nenhum.

 – Qual é melhor escolher? Matá-la ou deixá-la viva? – Pronto, isso já foi o suficiente para fazer-me estremecer novamente e arrumar coragem para voltar a olhá-lo. Como uma criatura dessas consegue perguntar isso na maior tranquilidade?

– Acho que o mais coerente é matá-la. – Não, essa opção nem pensar. Alguém me salva, por favor.

– Não... – Espere um pouco, ele discordou? – Nós vamos deixá-la viva e continuar fazendo-a como prisioneira. – Ele está salvando a minha vida? É isso mesmo ou estou pensando besteira?

– O que?!... – O moreno ficou de repente alterado – Mas, por quê?! O certo é matá-la de uma vez!

– Você não sabe o que é certo Kentaro... – Esse é o Kentaro, não é? Filho da puta, querendo me matar. Se houver uma próxima ele vai ver, quebro a sua defesa milagrosa e acerto novamente esse maldito saco dele até virar uma borracha elástica flexível – Ao invés de matá-la nós podemos usá-la para colher mais informações. – Achei a resposta da minha pergunta, é apenas pura imaginação, ele quer me extorquir. Um dia desses ainda consigo fazê-lo chupar um pau de borracha para ver o que é bom nem que seja apenas na minha imaginação.

– Só que se ela conseguir escapar novamente nós estaremos perdidos. – Disse Kentaro.

– Foda-se, essa agora é a decisão do chefe... – Depois dessa você merece com certeza o meu respeito – Koji e Kentaro levem-na para o cativeiro, e Mitsuo prenda os cachorros... – Ele olhou para os dois cães que ainda estão sentados nos observando – Zeus e Poseidon, sigam-no! – Essas foram as suas últimas ordens antes de ele se retirar dali.

Ele pensa mesmo que esses cachorros são deuses gregos? Agora só falta cair um raio na minha cabeça e morrer afogada com as águas de Poseidon.

...Um tempo depois......

Kentaro e Koji levaram-na para um pequeno quartinho perto daqueles corredores, que são cheios de portas. Ela passou pelo escritório do chefe, mas a porta se mantém fechada e perto do mesmo tem outra porta. Talvez possa ser o seu quarto ou outro tipo de área, não tem como concluir nada. A casa é extremamente espaçosa, altas e baixas, e possui com certeza dois pavimentos. Mas ela é simples, o chão é de piso simples e todas as paredes possuem uma cor pêssego. Como já havia sido dito antes, é um esconderijo que ninguém será capaz de pensar em entrar ali para encontrar uma facção. É tudo uma fachada e longe da movimentação, em nenhum momento ela escutou sirenes tocando e barulhos de carros, aquilo deve ser tipo a rua da mansão Sugahara quando escurece e fica um completo deserto.

Koji abriu a porta e Kentaro a empurrou para dentro bruscamente.

– Ei! – Reclamou a Yoshida – Quer arrancar o meu braço do lugar?! – Perguntou irritada.

– Se fosse por mim já teria o arrancado faz tempo... – Ele respondeu em um tom totalmente frio – Não me atormente. Você não tem o direito de falar, aqui você não passa de uma prisioneira em seu devido lugar.

– O que foi? Está irritadinho ainda com o seu chefe e decidiu descontar na pobre vítima de vocês? Ou, você simplesmente não gostou de saber que sou agente? – Perguntou em um tom provocativo.

– Olha, sua...

– Kentaro, não... – O ruivo o segurou – Você precisa relaxar... – Disse enquanto o olha – Vamos, não vale a pena.

– Tá bom! Vou, mas antes... – Ele se aproximou de Hiromi e segurou o seu rosto com força, obrigando-a olhá-lo – Você pode ser o que for, agente, policial e até mesmo jornalista, não me importo com nada disso. É tudo um bando de merda e você não me intimida nem um pouco com esse papinho idiota... – Ele se aproximou de seu ouvido – Você não me conhece, sou Kentaro Nakajima e com a família Nakajima ninguém mexe. Posso muito bem voltar aqui a qualquer momento e decidir brincar um pouco com você... – Sua voz saiu completamente provocativa – Cobaiazinha.

Kentaro se levantou e saiu logo em seguida, deixando uma Yoshida totalmente desprevenida e assustada.

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