Paris, França
Jade Navarro 26 anos...
Jade Navarro vem de uma família onde seu pai e sua mãe são Neurocirurgiões, Jade cresceu vendo seus pais trabalharem muito para manter o hospital da família sempre no topo.
Apesar de ser um hospital particular eles sempre procuravam ajudar os mais carentes. Jade por sua vez, cresceu vendo a bondade de seus pais que eram muito queridos por todos.
Ela resolveu seguir a carreira da medicina e se especializou em pediatria, seu amor pelo hospital e por suas crianças queridas faziam dela um ser de luz, Jade transbordava amor e carinho e era impossível não se encantar com aquela linda e doce mulher.
O amor e a admiração que sentia por seus pais à fazia tê-los como exemplo, eles apesar de terem uma vida corrida sempre procuraram está perto de sua filha querida, eles a amavam muito e sempre deixaram isso muito claro.
Em um belo dia eles resolveram ir para a casa de praia da família, após passarem um fim de semana lindo, os três pegaram a estrada juntos para retornarem à cidade.
Jade estava no carro com seus pais quando dois assaltantes encapuzados os pararam no semáforo.
O mundo de Jade acabou no momento em que os tiros ecoaram, ela fechou os olhos por um momento pois tinha medo de abrir, ela já temia o pior.
Jade que estava no banco de trás do carro com seus olhos ainda fechados, após ouvir 5 tiros ela não queria ver o que aconteceu.
Ela escuta uma voz angelical e falha a chamando com preocupação.
Sabrina: Filha, você está bem?
Jade abre os olhos e olha para sua mãe, o desespero a consome, mas ela cria forças e desce do carro abrindo a porta da frente onde a sua amada mãe estava.
Jade: Mãe, fala comigo, mãe por favor.
Ela fala entre soluços.
Sabrina sente que seu esposo não está mais aqui, então olha para sua filha e começa a chorar, ela não sente a dor do ferimento, mas sim a dor da perda.
O desespero de Jade é grande ao ver o peito de sua mãe sangrando onde foi atingida.
Jade: Mãe, por favor aguenta eu vou salvar vocês.
Sabrina: A mamãe precisa ir meu amor, eu preciso encontrar o seu pai.
Jade olha para o pai e pode ver os olhos dele abertos, mas já era tarde demais, ele não resistiu ao tiro que levou na cabeça.
Jade: Não mamãe eu preciso de você.
As pessoas na rua começam a se aproximar e Jade começa a gritar, pedindo que chamassem a emergência.
Ela tenta reanimar sua mãe e parar o sangramento, pois sabe o que tem que ser feito, porém faz tudo com muito desespero.
Sabrina: Te amo minha filha.
Sabrina fecha os olhos e o seu corpo desfalece.
Jade: Não mãe por favor você não pode me deixar também, acorda, por favor, aguenta.
Os paramédicos chegam e afastam Jade, após avaliarem a situação constatam a morte do casal.
Jade: Não pode ser, andem leve-a para ambulância, eu vou reanima-la.
Eles explicam a ela que não podem fazer isso pois vai contra os regulamentos, não se pode carregar uma pessoa já em óbito para ambulância, não é mais com eles.
Jade começa a arrastar o corpo de sua mãe em direção a ambulância, até que isso comove quem está ao redor e eles decidem quebrar os protocolos e ajuda-la.
Jade pega o desfibrilador e começa a dá os choques para reanimar sua mãe.
Ela pede que a equipe de socorristas tente parar o sangramento enquanto ela tenta reanimá-la.
O suor de seu corpo se mistura com suas lágrimas e ela continua tirando forças de onde não tem na tentativa de trazer a Sabrina de volta.
Um socorrista segura Jade para que ela pare, todos estão chorando, ele então a abraça e ela se joga em seus braços após vários minutos tentando trazer sua mãe de volta.
Em seguida Jade sai da ambulância e se senta no meio da rua, seu sofrimento é tão grande que ela não sabe quem ela deve dar seu último adeus.
As pessoas ao redor ficam com medo de se aproximar, a dor a consome, as lágrimas não tem fim.
Ela sabe que naquele momento acabou de perder seus dois amores, sua essência, seu porto seguro.
Após um tempo, sirenes da polícia podem ser ouvidas ao longe e aos poucos vão se aproximando.
Algumas pessoas a ajudam a se levantar e logo alguns policiais aproximam-se de Jade.
Um policial começa a pedi-la informações do ocorrido, mas é difícil para ela conseguir falar.
Algumas pessoas que estavam no momento da fatalidade começam a contar o que viram e ela só confirma balançando a cabeça.
Não tem como falar nesse momento.
Os policiais entendem a situação e saem.
O carro chega para levar seus pais e ela vai junto no banco da frente.
Jade seca suas lágrimas com suas mãos cobertas de sangue e nesse momento ela não tem mais lágrimas, entrou num transe que sua cabeça parece ter um ruído brando que vai anestesiando seu corpo aos poucos.
Autora
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...
Duas semanas depois...
Jade precisa voltar ao trabalho, só de imaginar que terá que voltar ao hospital que cada parte lembra seus pais isso já a deixa angustiada.
Sua melhor amiga, Kátia Pierce que também trabalha no hospital, mas como enfermeira, decide acompanhar Jade nesse retorno.
Kátia e Jade se conheceram na faculdade e já passaram por muitas coisas juntas, uma dando apoio a outra, uma amizade invejável e inabalável.
(Kátia Pierce 26 anos)
Kátia para na porta do hospital e segura no braço de sua amiga preocupada.
Kátia: Tem certeza que quer fazer isso agora amiga? Não quer esperar mais um pouco?
É notável a preocupação no rosto de Jade, mas ela tenta ser forte, afinal esse hospital precisa dela.
Jade: Tenho certeza, preciso ser forte, preciso fazer isso por eles.
Jade volta a andar com Kátia para dentro do hospital e ao entrar as pessoas a acolhem. Tudo que ela queria era passar despercebida, mas ela sabe que essas pessoas tinham muito carinho por seus pais, então ela cumprimenta a maior parte deles.
Kátia percebe o desconforto da amiga e acaba pedindo com muita leveza que essas pessoas a deixem passar.
Jade que está andando para a sua sala acaba encontrando uma pequena paciente, que se ilumina em um sorriso radiante quando a vê.
Lavinia: Tia Jadeeeee.
Jade pega sua paciente Lavinia no colo e sentir esse amor dessas crianças puras, de alguma maneira a faz se sentir melhor. Ao mesmo tempo que esse retorno será difícil, também irá preenchê-la.
Kátia deixa Jade na sala dela e em seguida Jade começa os seus atendimentos.
Ela se veste com seu melhor sorriso e atende seus pequenos com muito carinho. Sempre muito cuidadosa e disposta a tirar todas as dúvidas dos pais das crianças.
Após finalizar os atendimentos da manhã Jade decide ir almoçar, porém quando passa na frente da antiga sala do seu pai ela vê Ethan Duran, que trabalha no setor administrativo do hospital saindo de dentro da sala.
(Ethan Duran 32 anos)
Jade: Aconteceu alguma coisa Ethan?
Ethan: Estava apenas pegando uns relatórios de alguns pacientes.
Jade: Posso ver?
Ethan: Não acho que fará bem a você ver isso.
Jade dá uma espiada dentro da sala e seus olhos se enchem de lágrimas, sempre que ela passava por aqui fazia questão de falar com o seu pai, quando não tinha nenhum paciente, claro.
Ela desvia o foco em Ethan e entra na sala, começa a tocar em vários objetos, até que ela olha para Ethan e ele se aproxima dela com muito cuidado.
Ethan: Posso te dar um abraço?
Ethan se aproxima de Jade e a abraça com muito cuidado, em seguida ela chora muito.
Ethan: Qualquer coisa que você precisar estarei aqui.
Ele a abraça mais forte e por um breve momento ela se sente acolhida.
Ela sai dos braços de Ethan quando Kátia entra na sala.
Kátia: Porque a deixou entrar aqui Ethan?
Kátia nunca disfarçou que não gosta de Ethan, ela não confia nele, sempre o achou arrogante. Porém com Jade ele sempre foi um cavalheiro.
Ethan: Ela que quis entrar.
Kátia consola Jade e após um tempo ela se despede da amiga.
Jade por sua vez fala para Ethan que estava indo almoçar, mas ele se oferece a ir com ela, para não a deixar sozinha.
Eles vão ao refeitório do hospital e pedem suas comidas.
Jade: Como estão as coisas lá em cima Ethan?
Ethan: Tudo bem, você não precisa se preocupar com nada, estamos cuidando de tudo.
O pai de Ethan, Robson trabalha no hospital como diretor há alguns anos. Apesar de Jade se recordar de alguns atritos entre eles, Robson continuou na função, o que significava que seu pai confiava nele.
Jade termina de almoçar com Ethan e acaba ficando em silêncio o tempo todo, mesmo ele tentando puxar conversa com ela.
Jade retorna a sua sala e no fim do dia ela recebe flores de Ethan. Após alguns minutos ele bate em sua porta.
Ethan: Vim te oferecer uma carona.
Jade: Obrigada pelas flores Ethan.
Ethan: Imagina, se eu conseguir tirar um pequeno sorriso dos seus lábios isso já irá me fazer muito feliz.
Jade acaba aceitando a carona de Ethan pois veio para o hospital com Kátia e teria que voltar de táxi.
...
No caminho para casa, Ethan tenta distrair Jade o tempo todo, sempre muito amigável e dócil.
O telefone de Jade toca e é sua melhor amiga ligando para saber onde ela está, Kátia está sempre procurando saber como está a amiga, após falar que está tudo bem elas se despedem.
Ethan: Você e a Kátia se dão muito bem, não é?
Jade: Sim, ela é minha melhor amiga.
Ethan: Eu não sei por que, mas tenho a impressão que ela não gosta de mim.
Jade muda de assunto, pois Ethan está coberto de razão, Kátia não gosta dele mesmo.
Quando Ethan para na porta da casa de Jade, ele segura a mão dela com muita delicadeza e dá um beijo suave, por um momento eles trocam um olhar afetuoso, mas logo em seguida ela desce do carro.
Quando Jade chega em casa e toma um banho ela encontra Ana.
(Ana 56 anos)
Ana trabalha na casa de Jade, desde antes dela nascer, o carinho que elas têm uma pela outra é como se fosse de mãe e filha, está ao lado dela a conforta.
Elas jantam juntas e após terminarem Jade recebe uma mensagem de Ethan a desejando boa noite.
Ana: Que carinha é essa, minha menina?
Jade: Nada demais Ana, é só o Ethan me desejando boa noite.
Jade procura não prolongar o assunto, até porque ela é Ethan são apenas amigos e Ana poderia pensar outra coisa.
As duas ficam conversando por um tempo, até que o cansaço as vence e ambas decidem ir dormir.
...
No dia seguinte Jade se arruma para trabalhar e ao chegar no hospital é chamada para comparecer à sala de Robson, diretor do hospital.
(Robson Duran, pai de Ethan)
Jade vai até a sala de Robson e ao chegar lá ele explica a ela a cobrança que está recebendo dos investidores e que precisa da autorização dela para dar sequência em determinados assuntos, afinal de contas ela é a herdeira do hospital.
Após algum tempo, Ethan também participa da reunião e eles ficam reunidos por horas. A cabeça de Jade já está doendo com tantas informações, quem sempre cuidou dessa parte foi seu pai, ela só focou nos atendimentos.
Jade: Podemos parar um pouco?
Robson: Claro.
Ela se levanta e Ethan se oferece para acompanhá-la até o refeitório para tomarem um café.
Os dois dessa vez conseguem manter um diálogo, o trabalho de fato está fazendo bem a Jade.
Ethan: Estou feliz por lhe ver se reerguendo, nós precisamos de você.
Jade: É difícil, mas sinto o tempo todo que preciso seguir, sabe?
Ethan: Saiba que pode contar comigo para qualquer coisa Jade.
Ethan pega na mão da morena e os dois trocam um olhar de cumplicidade, ele permanece olhando para Jade, mas ela desvia o olhar timidamente e afasta sua mão com delicadeza.
Ethan: Poderíamos sair para jantar, qualquer dia desses.
Jade: Sim.
Ela responde constrangida pois não esperava por essa aproximação e nem esse convite, apesar de sempre se verem no hospital, nunca saíram sozinhos.
Depois de um tempo eles voltam a trabalhar e quando chega o fim do expediente Jade vai embora para casa.
Já em casa ela conta para Ana a conversa que teve com Ethan. Ana a escuta com atenção, mas apenas a pede para tomar cuidado, agora mais do que nunca Jade se tornou uma mulher muito cobiçada.
Para Jade, isso sempre afastou os homens, ser uma mulher independente, de personalidade e forte, parece que acaba é assustando eles, o que dá a entender que eles tem medo de chegarem nela, mesmo aparentemente estando afim.
Mas no momento é exatamente isso que ela quer, ficar sozinha sem homens no seu pé. O Ethan é só um amigo que a está poiando nesse momento difícil, nada além disso.
...
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