Acordo de manhã com o despertador apitando sem parar, jogo meu travesseiro na porcaria desse despertador barulhento e me viro para o outro lado, assim cobrindo a minha cabeça para dormir novamente.

Quando eu estou quase pegando no sono, minha mãe entra no meu quarto, me sacudindo :

Jin Herin - Clara, minha filha? Levante logo, você vai se atrasar para a escola!

- Ta bom bom mãe, só mais cinco minutos pó favor! - me cubro novamente.

Jin Herin - Para com essa preguiça, agora levante ou eu te arrasto dessa cama!

- Sim senhora Jin, já levantei! - corro indo direto pro banheiro.

Entro no banheiro, tomo um banho morno, odeio tomar banho com água gelada, escovo os meu dentes, depis vou para o meu closet e pego o meu uniforme, visto a saia cinza, depois pego a minha blusa branca social e visto, antes de pegar a gravata, vejo que ela está um pouco amassada, se a minha mãe descobrir ela me mata, esses uniformes são muito caros.

coloqueu a gravata amassada de volta no lugar e peguei outra bem arrumadinha que é da mesma cor vinho, vesti a gravata e peguei o paletó da mesma cor, vesti as minhas meias e pus os sapatos, fiz uma maquiagem bem leve, minha pele é morena e os olhos castanhos escuros, fazer uma maquiagem leve de manhã combina muito com isso, em seguida deixo os meus cabelos cacheados soltos.

[...]

Entro na cozinha e me sento na mesa, minha mãe sempre fez um café da manhã bem caprichado para mim, peguei duas torradas, um pouco de salada de frutas e um como de suco de laranja, continuei comendo até ouvir o barulho de buzina, soltei a torrada no prato e fui correndo em direção a janela e Suho me esperando do lado de fora junto com o motorista dele, sempre se exibindo com a Evoque dele.

- Já estou descendo Suho!

Suho - Anda logo baixinha!

Nem terminei de tomar aquele café da manhã delicioso que a minha mãe fez pra mim, peguei a minha mochila dei um beijo na minha mãe, procurei o meu pai pela casa e não o encontrei, então dei outro beijo em minha mãe e sai, indo em direção a elevador, esperei alguns minutos e depois o elevador abriu, entrei e apertei o botão pro térreo.

Assim que cheguei no térreo levantei a cabeça e vi o Suho ali me esperando, esse gato é muito impaciente.

- Ah! Suho, você me assustou! - ponho a mão no peito.

Suho - Você tava demorando tanto, achei que seria melhor subir e te arrastar até aqui! - diz com um olhar frio.

- Vamos logo, ou vamos nos atrasar! - saio andando na frente.

Chegamos no carro, esse carro é tão estranho, não sei pra que ter um carro todo preto e ainda com vidro fumê, não dar pra ver quem está lá dentro, mais lá dentro dar pra ver quem está lá fora, coisa doida.

Suho não é nada cavalheiro, achei que ele tinha aberto a porta pra mim entrar, mais na verdade ele abriu para que ele entrasse, o motorista abriu a outra porta pra mim entrar e seguimos em direção ao colégio, o caminho todo foi num silêncio.

Suho não é de falar muito, quando eu cheguei aqui na Coreia do Sul com mamãe e papai, estava ele e o tio Hyun Suk nos esperando no aeroporto, fui muito bem recebida, eu e Suho desde então não nos desgrudamos.

[...]

Chegamos no colégio depois de vinte minutos com aquele silêncio constrangedor, assim que saímos, a atenção toda dos outros estudantes viram para nós, não é de se admirar, Suho é um gato, pele branquinha, cara não tem uma acne se quer nesse rosto de anjo dele! Uniforme sob medida, cabelos castanhos escuros, um olhar terrivelmente frio, o sonho de qualquer depis de passar por essa atenção toda nós entramos para seguir em frente.

Depois de andarmos até o final do corredor, cada um seguiu o seu caminho, eu entrei para minha sala e Suho entrou para a dele, era estranho, porque o 3° ano era no último andar, era um pouco estranho vê-lo na sala de frente para a minha e ainda sentar na direção da minha mesa.

Assim que todos os alunos chegaram e se sentaram, o professor entrou na sala, arrumou suas coisas e cumprimentou a turma:

- Bom dia turma, vamos começar a aula? - disse em um tom animado.

Todos responderam o seu bom dia, porém ninguém estava animado como ele estava e eu principalmente, odeio matemática, mas tiro as melhores notas e nem eu sei porque!

[...]

O dia passou rápido, estávamos esperando o professor de inglês chegar, para nos dar a última aula do dia, a sala estava uma bagunça, os meninos estavam fazendo guerra de bolinhas de papel, as meninas fofcando sobre os garotos populares do colégio.

Decidi pegar o meu celular, já que não tinha nenhum adulto presente no momento, assim que eu peguei o celular, vi que tinha uma mensagem de minha mãe:

Mensagem on

Minha rainha- Filha, quando sair do colégio vem direto pra casa, precisamos conversar urgente!

- Tá bom mãe, assim que eu sair, peço pro Suho me deixar em casa, te amo!

Mensagem off

Assim que acabei de responder der a mensagens da minha mãe, guardei o celular na mochila e abaixei a minha cabeça sobre a mesa, do nada o barulho acabou, o silêncio se instalou na sala e como sou curiosa, levantei a cabeça pra ver o que estava acontecendo.

Não era nada de mais, era só a inspertora Jim parada na porta esperando que todos ficassem quietos, se ela estava na sala, com certeza era pra nós informar de algo, ou nos avisar de algum acontecimento.

Assim que ela entrou cumprimentou a turma e foi direto ao assunto:

Inspetora Jim- então turma, a professora Lidsay de inglês não vai poder da aula pra vocês hoje, vocês estão liberados.

Todos ficaram sem entender nada, pois a professora Lindsay nunca faltou uma aula se quer, sempre foi pontual, então algo tinha acontecido.

Todos os alunos estavam curiosos e então um dos alunos decidiu perguntar.

Aluno- inspetora, oque realmente aconteceu com a professora de inglês?

- A professora Lindsay pegou uma forte gripe e vai ficar sem vir durante alguns dias então não se preocupem, ela vai ficar bem, agora já pedem ir pra casa!

Assim que ela nos liberou, os alunos correram e disparada pelos corredores indo em direção ao portão do colégio, já eu, tive que esperar 45 minutos até a aula do Suho acabar e mesmo que eu quisesse sair, não poderia, a escola é de elite e totalmente sercada por seguranças de elite, pra mim parece mais uma prisão, isso sim!

Sempre tive que sair acompanhada do Suho para os lugares, o que é estranho e estressante, por mais que ele seja o meu melhor amigo, ele sempre foi de poucas palavras, quase não ria, era um tédio que só!

Mais eu gostava dele, sinceramente não sei como aconteceu isso, mais eu simplesmente não consigo mais vê-lo como amigo, mais sim como homem.

[...]

Depois de um longo tempo de espera, vi Suho saindo da sala e vindo e direção a mim, pois sua mão em meus ombros me olhou nos olhos e falou.

Suho - vamos pra casa baixinha? - disse bagunçando os meus cabelos.

Logo em seguida concordei, nunca vi ele assim antes, ele tava tão perto, meu coração só faltava explodir, senti as minhas bochechas queimarem, foi aí que me dei conta te de que estava ficando corada!

Suho tava com uma expressão mais leve, menos fria, era estranho de mais pra mim, ele sempre foi tão fechado, mais enfim,

ele tava sorrindo de lado, não me contive e perguntei.

- Suho, aconteceu algum evento feliz, pra que você ficasse tão alegre assim?

Suho - sim e sem dúvidas, não é a melhor notícia, mais é muito boa!

- Ah sim, deve ser.

Já que ele tava tão feliz, oque basicamente é um evento raro, já que ele foi criado pra ser frio, vou ficar contente junto a ele.

[...]

Assim que chegamos, saí da Evoque preta e fui correndo para o elevador, eu estava curiosa pra ver o que minha mãe queria conversar comigo.

Mais quando eu apertei o botão do elevador, vi uma mão impedindo que a porte se fechasse, olhei e vi que era o Suho, não entendi muito bem porque porque iria subir, ele só vai na minha casa aos finais de semana.

- Suho, oque você está fazendo, você vai subir? - o olho sem entender nada.

Suho - vou sim, a notícia boa está na sua casa! - diz com um sorriso de lado.

- Ah!

Voltei a olhar pra frente e apertei o botão para o 10° andar, assim que as portas se fecharam, ficou um completo silêncio no elevador, era constrangedor aquilo tudo.

Chegamos no meu andar, Suho saiu primeiro me deixando para trás, não entendi a pressa dele e continuei andando, assim que virei o corredor, tinha seguranças para todo lado, a porta do apartamento de meus pais estava aberta, eu fique estática por alguns segundos, depois segui em frente e entrei.

Hyun Suk - Olá minha pequena Clara! - diz com os braços abertos se aproximando, para lhe dar um abraço.

- Ah, tio Hyun Suk, que surpresa em vê-lo, achei que tinha se esquecido de mim! - faço um biquinho.

Hyun Suk - jamais me esqueceria de você, minha menina.

Depois de todos se cumprimentarem, sentamos todos no sofá na sala de estar, vi que a minha mãe estava tensa e meu pai estava tentando confortá-la.

Olhei pra Suho e vi que ele estava com aquele sorrisinho frio de lado, eu realmente tô confusa, então o meu pai quebra aquela tensão que estava no ar.

Jim Ho - então, vamos direto ao assunto.

- pai o que está acontecendo? - pergunto curiosa.

Jim Ho- Filha você vai se casar com o Suho.

- Oque! Pai você ficou doido, o Suho é meu melhor amigo, sem contar que vai ser estranho, por que vocês querem juntar nossas famílias?

Hyun Suk - fica tranquila minha pequena Clara, você vai ser bem tratada por nossa família, você foi prometida a Suho quando ainda eram crianças.

Suho- Fica tranquila baixinha, sou frio, mais prometo te dar o melhor casamento. - diz cruzando as pernas.

Eu não sabia como reagir, não saia nada, vai ser tão estranho viver com ele e com a família dele na mesma casa, só fui na casa dele algumas vezes, meu pai mesmo me proibia de ir.

Deveria ser por causa disso, ele queria que eu me preservarsse até o casamento, ele sabia que se eu me entregasse antes, eles me discartariam, que ridículo!

Saí correndo da sala, me tranquei no meu quarto e comerei a chorar, chorar e muito, era por isso que eu não podia chegar perto de outros meninos, não podia fazer amizades com qualquer menina, só podia sair acompanhada de Suho.

Fiquei um bom tempo chorando, não podia acreditar no que estava acontecendo, eu estava noiva do meu melhor amigo, era pra mim me sentir bem, mais porque eu estou tão triste?

Me virei de barriga pra cima e fiquei pensando, olhando fixamente para o teto, onde tinha muitas estrelas florescentes que eu usei pra decorá- lo, de repente escuto uma batida na porta e logo escuto a voz de Suho me chamando.

Suho - Clara abre a porta, vamos conversar por favor? - diz em um tom frio, como se não tivesse paciência.

- Não Suho, eu não quero conversar, não agora, por favor respeite o meu espaço!

Suho - Ok, tá legal, quando você quiser conversar comigo, estarei aqui na sala te esperando, não vou sair daqui enquanto você não falar comigo! -disse gritando.

Não sei por que o Suho está tão alterado, ele deveria se opor a esse casamento sem noção, eu sei que gosto dele, mais ele não pensa em mim como uma mulher, eu tenho certeza disso, do jeito que ele é, ele vai controlar tudo oque faço, até os meus movimentos.

Ele é ótimo como amigo, como marido já não sei, a única coisa que sei é que eu não quero ficar com um homem "pedra de gelo".

Tenho certeza que esse casamento vai estragar a nossa amizade esse relacionamento vai ser um inferno na terra, não sei por que ele está tão nervoso, ele mesmo disse que era uma notícia boa, será que é porque ele já vai herdar os negócios da família, assim tão jovem, o pai dele só pode está ficando doido só se for isso mesmo.

Nem ele herdou os negócios da família Jiang tão jovem, mais apesar da pouca idade, Suho é bem mais maduro que seu pai.

Parei de pensar e limpei meu rosto, abri a porta do meu quarto e fui em direção a sala, não tinha mais seguranças, nem meus pais e nem o tio Hyun Suk estavam lá, apenas o Suho.

Suho - Até que enfim a margarida parou com o show e saiu pra tomar um ar. - fala debochando.

- Suho, como você pode concordar com o casamento, isso é loucura, eu sei que querem juntar as nossas famílias, mais porque você não impediu? Porque tenho que me casar com você, invés de ser com o seu irmão?

Suho - Sabe porque não pode ser o meu irmão? Por que ele é um burro, mesmo sendo meu irmão mais velho, ele é um inútil! - diz me olhando com aquele olhar frio.

- Suho, isso vai estragar a nossa amizade, não é recíproco, você só me ver como sua melhor amiga, como uma menina que você sempre protegeu! - choro sem parar.

Suho - Eu sempre soube que você tinha sentimentos por mim, por isso aceitei me casar com você, eu posso te dar tudo minha baixinha, mais não tente amolecer meu coração, isso é missão impossível. - se aproxima sorrindo friamente.

- Já que você não gosta de mim, eu não me casarei com você, seu nojento, você só quer brincar comigo, igual você faz com as garotas da boate imunda que seu pai tem!

Me levantei depois de ter gritado a primeira vez com o Suho, mais assim que chego até a porta, sou impedida pelo mesmo que me imprensa na parede e põe uma de suas mãos no meu pescoço, apertando forte.

Suho - Você vai se casar comigo querendo ou não, já está decidido minha baixinha.

Ele dar um beijo em minha bochecha e depois vira as costas, antes de sair, ele olha para trás dar um sorriso dessa vez mais aberto.

Suho - eu não queria tratá-la assim, mais se continuar com a sua teimosia, eu vou fazer pior com você, então, não me teste Clara!

Depois do aviso, ele saiu do apartamento de meus pais, eu entrei no quarto e novamente comecei a chorar até pegar no sono.

[...]

Acordo no outro dia com o meu despertador fazendo aquele bip chato, são 06:00 da manhã, olho em volta e vejo os meus pais me observando, minha mãe estava com um olhar tão triste, meu pai não sabia a onde enfiar a cara.

Levanto e vou direto pro o banheiro fazer as minhas higienes, ponho o uniforme do colégio e vou pegar minha mochila, assim que ia sair pela porta, minha mãe me chama.

Jin Herin - Filha a partir de hoje, você não vai mais para o colégio, põe suas coisas no lugar e vamos conversar. - ela disse com os olhos cheios d'água.

- Tá bom mãe, só não fica triste ok?

Jin Herin - Filha você vai se casar daqui a uma semana, já deixei algumas coisas suas arrumadas para levar, daqui a pouco sua estilista vai chegar pra tirar suas medidas pra fazer o vestido de noiva.

- Tudo bem mãe, eu vou fazer tudo oque vocês estão pedindo, mais na primeira oportunidade que eu tiver, vou fugir pra bem longe do Suho!

Jin Herin - Clara para de planejar algo que é impossível, aquela mansão é uma fortaleza vigiada, não pense mais nessas coisas, um dia Suho vai se apaixonar por você e quando isso acontecer, tudo vai ficar bem.

- Não mãe! Nada vai ficar bem, antes daquele doente sair daqui ele me ameaçou, ele só me quer como um um troféu, afinal hoje em dia, mulheres virgem é considerado um fenômeno raro!

Meu pai não dizia nada, só ficava prestando atenção na nossa conversa, eu sei que ele não queria essa vida pra mim, eu sei que ele queria que eu me casasse com um homem direito.

Depois da conversa, entrei no meu quarto e passei o dia todo trancada lá dentro, era tão tedioso, mais a tenção na casa era tanta, que resolvi ficar por aqui mesmo, já que eu não podia sair de casa.

Alguns minuto se passou, fiquei mexendo no meu celular, até que vi uma mensagem que Suho tinha acabado de me enviar.

Mensagem on

Meu best- Boa tarde minha baixinha, desce aqui embaixo, quero conversar com você tranquilamente.

- Vai pro inferno Suho, depois de ter me tratado daquele jeito, eu não quero te ver!

Meu best- Você provocou o meu outro lado Clara, se eu não te por no eixo desde já, vou ser visto como babaca perante a máfia e toda sociedade.

- Vai você e a merda do seu império pro inferno!

Meu best- Já vi que você não quer conversar, beleza! Também não vou te obrigar, nos vemos no dia do casamento.

Mensagem off

Sei que ele tá cuspindo fogo uma hora dessas, ele odeia ser tratado dessa forma, ninguém nunca se quer gritou com ele, só que comigo é diferente, me por no eixo, tá bom!

Tá sendo tudo tão rápido, tão confuso, eu sinto que a minha cabeça vai explodir a qualquer momento, minha vida virou de cabeça para baixo de um dia para o outro e sinto que isso é só o começo.