Isabela Pereira
a mocinha da história é uma mulher forte e corajosa e batalhadora ela cuida de seu pai alcoólatra desde que sua mãe morreu desempregada há dois meses fica radiante quando encontra um novo emprego na mansão Albuquerque.
Arthur Albuquerque é um homem muito difícil de lidar se esconde na sua mansão há três anos é considerado um homem cruel.
calma Isabela a gente vai encontrar o seu pai - diz Joana tentando me alcamar meu pai é alcoólatra e ele sempre some e depois aparece. desde que minha mãe morreu quando eu tinha 15 anos devido ao câncer de mama papai se entregou a bebida para esquecer a dor de ter perdido o grande amor da sua vida. eu tive que trabalhar ainda na adolescência o dinheiro que ele ganhava como garçom era gasto quase todo na bebida. eu tento fazer ele largar esse vício maldito mas não adianta ele para uma semana e volta a beber não aguento mais tenho tanto medo que ele tenha algum problema de saúde por causa da bebida. eu me sinto tão inútil vendo ele se destruí e não conseguir fazer nada para ajudar o homen que me ensinou a andar de bicicleta que me contava histórias que me fazia rir quando eu tava triste. e agora eu não posso ajudar... mamãe deve estar decepcionada comigo lá do céu
- e se aconteceu alguma com ele? eu nunca vou me perdoar Joana é minha responsabilidade cuidar dele - faz dois dias que ele sumiu e eu não tenho notícias dele então eu e minha vizinha e grande amiga Joana resolvemos procurar ele em lugares que ele costuma ficar. eu nunca vou me acostumar com esses sumiços dele sempre que ele sumia tinha medo dele não voltar mais
- não pense no pior minha querida seu pai tá bem Deus é muito bom confie nele.
- você tá certa Joana eu tenho que ser otimista meu pai tá bem e nós vamos encontrar ele. - falo tentando acreditar que estar tudo bem
- é assim que se fala menina. agora vamos de novo naquele bar que ele sempre vai. - diz e eu concordo e vamos ao bar que fica na esquina chegando lá encontramos meu pai discutindo com o dono do Bar
- papai! - digo empolgada e corro pra abraça- ló
- Bela minha filha... - é assim que ele me chama de Bela mamãe também me chamava assim
- onde o senhor estava meu pai? faz dois dias que eu não durmo direito pesando que podia ter acontecido alguma coisa com o senhor. - digo quase chorando o abraçando com toda a força que tenho.
- filha será que você pode dar o dinheiro que eu tô devendo para o seu Tadeu. - me afasto dele e o olho indignada
- eu não tenho dinheiro pai e mesmo se tivesse não iria te dar. eu tô desempregada há dois meses o aluguel tá atrasado se não fosse pela Joana a gente não ia ter nada pra comer porque o seu salário é só pra beber
- pare de drama minha filha...
- eu não tô fazendo drama pai o senhor tem que largar a droga desse vício se não vamos acabar morando em baixo da ponte.
- se não tem dinheiro para me pagar aqui você não bebe mais - diz Tadeu irritado com o meu pai.
- vamos pra casa pai.
- eu... vou depois
-AGORA. - grito impaciente e ele abaixa a cabeça
chegamos em nossa casa e meu pai se jogou no sofá provavelmente de ressaca
- eu vou pra casa se precisar de qualquer coisa é só chamar. - diz Joana indo em direção a porta
- obrigada por tudo não sei o que seria da gente se não fosse por você.
- não precisa agradecer eu faço de coração...
- eu sei você tem um coração muito generoso. - digo me despedindo com um abraço carinhoso. quando fecho a porta olho meu pai dormindo no sofá. ele não vai trabalhar há três dias e eu tenho medo que ele seja demitido eu liguei pro restaurante onde ele trabalha e menti dizendo que ele tava doente. tenho certeza que em breve ele será demitido.
pego um lençol e o crubo e vou tomar um banho fico quase uma hora no chuveiro chorando e pedindo pra Deus me ajudar nesse momento difícil quando minha morreu eu culpei deus por te levado ela e quando meu pai começou a beber eu fiquei ainda mais revoltada com o criador. mais Joana me fez ver que Deus não foi culpado pela morte da minha mãe.
eu tive que trabalhar na adolescência para ajudar a pagar as contas trabalhava como babá dos filhos dos meus vizinhos como garçonete nunca tive um namorado e nem aproveitei minha adolescência como muitos dos meus colegas de escola. hoje com 22 anos não tenho amigas não saio pra ir pra baladas. a única coisa que faço é trabalhar e cuidar de meu pai.
eu trabalhava como faxineira em uma casa perto onde eu moro só que a família que me contratou se mudou pra são Paulo e desde então eu fiquei sem emprego. meu sonho é era cursar pedagogia eu amo crianças e séria incrível ensinar elas. só que tendo um pai alcoólatra para cuidar esse sonho é impossível.
visto uma roupa confortável e pego um livro na minha estante que fica no meu quarto e começo a ler para fugir um pouco da minha realidade. mamãe amava ler foi ela que me ensinou a ter gosto pela literatura. dona Raquel era como um raio de sol ela não gostava de ver ninguém triste sua alegria de viver era contagiante.
quando descobriu o câncer ela ficou destroçada foi horrível vê aquela alegria que ela tinha ir embora mamãe virou uma mulher triste e me doía vê ela daquele jeito e não pôder fazer nada para ajudar a mulher que me deu a vida.
sou interrompida de meus pensamentos com o som da campainha deixo o livro em cima da cama e vou ver quem é quando abro a porta me deparo com Gael com um buquê de rosas nas mãos e com um sorriso ganleatedor nos lábios.
- oque você quer? - pergunto com mal humor Gael é meu vizinho desde que ele se mudou no começo do ano passado e desde então tenta me conquistar. ele é machista grosseiro eu nunca me envolveria com um homem como ele.
- me dê uma chance eu prometo que... - não deixo ele terminar e bato a porta em sua cara não queria ser rude mas eu tô muito cansada para aguentar as investidas de Gael.
já faz duas horas que eu tô procurando emprego e nada quero chorar mas preciso ser forte o proprietário da casa onde moro me deu só um mês pra pagar o aluguel atrasado ele foi muito gentil em esperar se fosse outra pessoa já tinha colocado eu e meu pai na rua.
- calma você precisa ser otimista vai dar tudo certo você vai achar um bom emprego - digo para eu mesma tentando controlar a minha ansiedade.
papai voltou ao trabalho e não bebe há quatro dias eu não fico tranquila porque sei que ele vai voltar a beber.
- mãezinha se você tá me ouvindo aí do céu por favor me ajuda. - digo olhando para o céu esperando um milagre acontecer.
- moça você pode me ajudar com as sacolas? - paro de olhar para o céu e olho na direção da voz uma mulher com cabelos grisalhos e com um sorriso no rosto estar ao meu lado com um monte de sacolas de supermercado.
- claro que eu posso ajudar senhora. - falo e pego quase todas as sacolas.
- obrigada. - diz e eu a sigo até um carro preto super chique. um homem que provavelmente é o motorista me ajuda a colocar as sacolas no porta malas.
- muito obrigada você é muito gentil. eu gostaria de retribuir têm algo que eu possa fazer por você querida?
- se a senhora pudesse me arrumar um emprego - digo e na mesma hora me arrependo ela vai achar que eu só ajudei por interesse...
- esquece oque disse - falo e vou andando
- espera menina eu posso e vou te dar um emprego - diz e eu paro na mesma hora
- a senhora têm certeza não precisa me ajudar só porque eu te ajudei com as sacolas.
- eu quero te ajudar e dá pra ver que você precisa urgentemente de um emprego.
- preciso mesmo o aluguel tá atrasado e meu pai gasta quase todo o dinheiro na bebida. - digo quase chorando eu não queria parecer desesperada mas eu tô desesperada!
- coitadinha... eu trabalho em uma mansão enorme e serviço não falta pra fazer quando você pode começar?
- amanhã mesmo - digo sorrindo eu não acredito que eu consegui um emprego parece um sonho.
- só tem uma condição você vai ter que morar lá na mansão.
- morar eu tenho meu pai e... - não posso desperdiçar essa oportunidade vou falar com a Joana pra ela ficar de olho no meu pai.
- eu aceito.
- ótimo me diga seu endereço para o motorista te buscar amanhã. - digo meu endereço e ela anota no celular.
- até amanhã querida vá com Deus. - diz entrando no carro
- a senhora também obrigada.- observo o carro se afastando do meu campo de visão e dou pulinhos de alegrias e começo a dançar igual uma maluca.
- OBRIGADA MAMÃE. - digo e olho pro céu e no mesmo instante sinto um vento em meu rosto. olho em volta e as pessoas me olham estranho certamente acham que eu sou uma doida que fugiu do hospício. não dou atenção e começo a pular de novo
- Eu TENHO UM EMPREGO! EU TENHO UM EMPREGO. - canto enquanto pulo.
- acho melhor eu parar se não vão querer me internar. - digo e pego minha garrafa de água na minha bolsa e tomo um gole.
chego em casa e vou logo preparando o almoço só pra mim papai vai almoçar no trabalho. como em silêncio e depois lavo o prato que eu sujei escovo os dentes. e ligo a tv. como não tá passando nada de bom pego o Álbum de família e começo a olhar fotos da minha família.
- mamãe tava linda de noiva. - digo olhando fotos do casamento de meus pais foi um casamento simples no cartório mas mamãe tava deslumbrante com o vestido que ela mesma fez, mamãe era uma ótima costureira e tudo que eu sei sobre costura eu aprendi com ela. um dia eu espero encontra um amor como o dos meus pais puro e sincero.
- eu lembro desse dia - falo ao olhar uma foto que eu meu pai e mamãe estamos em um piquenique em uma praça foi tão divertido pena que fomos atacados por formigas.
- esse foi o meu último aniversário com ela. - digo com lágrimas nós olhos ao ver uma foto que mamãe e eu estamos no quarto de um hospital ela tava usando o lenço rosa que eu dei tava sorrindo mas seus olhos estavam tristes.
- eu prometo mamãe que vou fazer o papai largar a bebida as coisas vão mudar eu vou começar a trabalhar amanhã e quando pagar as dívidas vou procurar uma clínica para o papai. - digo olhando para sua foto.
escuto o som da campainha e deixo o Álbum no sofá e vou abrir a porta.
- você de novo. - digo ao ver Gael com uma caixa de bombons nas mãos e com aquele sorriso convencido de sempre.
- me dê uma chance Isabela eu juro que vou te fazer muito feliz.
- quantas vezes eu tenho que dizer que não?
- se você se casar comigo não vai precisar trabalhar eu vou cuidar de você e de seu pai deixa de ser teimosa e me aceite logo.
- eu não vou deixar de trabalhar por homem nenhum você é machista preconceituoso e quer mandar até nas minhas roupas.
- eu sei oque é melhor pra você e mulher minha não vai andar por aí com a barriga de fora.
- eu não sou e nunca vou ser sua mulher ouviu?
- tem muitas mulheres atrás de mim mas eu sou quero você belinha deixa de ser cabeça dura e se case comigo e vamos fazer filhos bonitos como eu.
- a minha resposta é e sempre será não. agora se me der licença eu tenho mais oque fazer. - digo e não deixo ele terminar e fecho a porta.
que cara chato! até parece que eu vou me casar com um homem como ele machista autoritário. já tô até imaginando a nossa vida eu cuidando da casa das crianças e ele se divertindo com outras mulheres.
se um dia eu me casar vai ser com um bom homem que eu ame e que me respeite.
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