Olá, meu nome é Emily hoje tenho 18 anos e moro na Califórnia, Estados Unidos. Quando ainda criança, com meus 5 anos, meu pai contava histórias, ele dizia que o mundo já tinha tragédias demais e queria que eu acreditasse em fadas, princesas kkk, bem era assim que ele me tratava. Quando me lembro de meu pai, sinto meu coração doer, mas também se aquece, porque sei que fez o melhor que pode. Ele dizia:
- Emily, seu avô não tinham tempo para nos levar a escola, trabalhava muito e desde cedo comecei a trabalhar também, mas ele sempre nos ensinou a sermos honestos, trabalhadores e não temer a nada.
De todo esse trabalho restou nossa casa, carregada de lembranças, mais boas do que ruins eu acho, não tínhamos muito, mas existia amor e alegria. Acho que nunca vi meu pai chorar, tanto que achava que pais não choravam, depois " sim eles choram escondido, mais choram".
Até o dia que minha madrasta chegou, Soraia, ela queria todas as atenções pra ela, mas meu pai nem um dia sequer deixou de ler as histórias, sempre na hora de dormir.
Ela começou a exigir muito dele, e às vezes ele chegava tarde, eu já estava com muito sono, mas o esperava porque eu precisava saber a próxima pagina daquele livro.
Os livros eram muito velhos, alguns, a capa era rasgada e amarelada, ele dizia que tinha comprado em um sebo.
Na época, não sabia aonde ele achava tanto dinheiro. Certo dia ele saiu e não voltou mais, minha madrasta só chorava e dizia que ele só servia para trazer problemas.
Após 5 anos da morte de meu querido pai....
O despertador toca
Eu: Que droga, só queria dormir mais um pouquinho, afinal ainda são 06:00 da manhã! Ok Emily vamos lá, afinal você não nasceu rica.
Eu trabalho numa lanchonete durante a semana, não posso reclamar, tenho muitos amigos lá, melhor que ficar aqui e ver Soraia reclamar o dia todo, mesmo morando na garagem de casa. Todo meu dinheiro eu guardo numa conta, tenho planos de morar sozinha, e sei que um dia vou conseguir.
Bora começar o dia, coloco um jeans e uma camiseta preta, prendo meus cabelos como rabo de cavalo, e saio.
Após pegar dois ônibus, chego, vou até o vestiário e pego meu uniforme, pois o café da manhã começa a ser servido as 07:30.
Donizete é o dono, tem também o senhor Antônio ( nosso cozinheiro ), Pedro e a Camila ( que servem as mesas) e eu que sirvo no balcão.
Eu: Bom dia para todos!
Logo começam a chegar os clientes....
Eu: Caramba!? hoje o dia vai ser cheio heim!
Geralmente aos sábados é assim, até as 11:00 serviços, café, e geralmente a noite é quase vazio, às vezes aparecem uns jovens, eles ligam seus sons dos carros possantes e fazem a maior bagunça. O Don se irrita, mas eles compram muitas bebidas, por isso ele no final quanto vê a grana esquece rapidinho sua irritação.
Camila: Hei Emily, hoje eu e o Pedro vamos numa festa, vamos com a gente?
Pedro: É Emilly, vamos vai ser legal.
Eu: Aonde vai ser essa festa? Posso ir com essa roupa mesmo? Senão até ir em casa e voltar, já será tarde kkk
Camila: Para amiga, você nem precisa de muito, é linda de natureza.
Eu: Está bem, quem sabe hoje não conheço meu príncipe encantado heim! kkkk
Senhor Antônio: Menina, essas coisas não existem, só nos livros que seu pai lia para você kkkk
Eu: Tem razão, Senhor Antônio! Está na hora de sair do meu castelo e aproveitar um pouco a vida kkkk.
Então, após um dia muito corrido estou cansada já são 18:00hs. Nossa, adoraria chegar em casa tomar um bom banho e cair na cama. Mas com certeza Soraia teria alguma reclamação, ou teria que vê-la levar umas pessoas esquisitas para a casa que um dia, tudo que ela continha, era só os sons de meu pai correndo atrás de mim, e eu adorava.
Camila: Emily!! Emily!!!
Eu: Ahhh desculpa! Estava aqui sonhando acordada!
Estava ela e Pedro, me esperando.
Eu: É, eu vou tomar uma ducha rapidinho e saímos ok?
Nos fundos da lanchonete tinha um banheiro com chuveiro, água era fria, mas nesse caso iria ajudar e muito. Como assim vou numa festa com cheiro de fritura? Nem pensar.
Em poucos minutos, tomo o banho coloco minha roupa e saímos.
Pegamos um ônibus, depois de 1 hora, pegamos o metrô, e andamos uns 30 minutos
Eu: Então aonde estamos indo heim? Parece que não chega nunca.
Pedro: Fica no bairro Corulian. É um amigo meu que me chamou, disse que é top!
Eu: Oi? Gente esse não é aquele bairro cubano?
Olho com cara de espanto para Camila e Pedro, que respondem com a maior naturalidade.
Camila: Calma amiga, não é tudo que as pessoas comentam não, lá não tem só gente do mal viu, tem muita gente boa, e as festas são muito animadas.
Fala sério, primeira festa que me atrevo a ir, e vou logo para um bairro cubano cheio de mafiosos, o que eu tenho nessa cabeça? Eu precisava ter trazido um canivete, ah! Seja o que Deus quiser.
Meus amigos
Pedro
Camila
Depois de quase 2 horas, chegamos ao tal bairro, Camila e Pedro estão numa animação que só, e eu? Bem, eu estou esperando estar enganada, espero que pelo menos tenham musicas boas.
Quando entramos na rua, avistamos a tal festa, quanta gente... Parei e olhei para mim, acho pelo visto essas meninas não sentem frio, parece até que estão usando só a lingerie na parte cima.
Eu: Tem certeza que é aqui? Estou me sentindo um peixe fora d'água nesse lugar.
Pedro: É aqui mesmo!
Camila: Amiga relaxa, as pessoas aqui se vestem assim, é moda, você que está por fora kkkk
Ela fala rindo, eu heim! Prefiro ser uma fora da moda que andar assim, mesmo que tivesse um corpo como esses eu jamais usaria um shorts que mais parece uma calcinha de franja.
Quando chegamos, todos ficam me olhando, e eu tentando ser a simpática, aceno dando oi para algumas pessoas ali na porta.
Algumas das meninas me olham de cima a baixo, eu cruzo os braços e vou entrando sempre na cola dos meus amigos.
A casa era grande, todos os cômodos lotados de gente, para cada canto que eu olhava me
admirava com as coisas que via.
Eram casais se beijando, outros dando uns amassos, gente bebendo em todos os lados, tinha uns garotos fumando um negócio que parecia um vaso com várias mangueiras.
Eu: Nossa essa música é boa, nunca tinha escutado! Como se chama?
Falo eu gritando, pois o barulho era muito alto. E alguém responde quase que no meu
ouvido.
Ele era alto, tinha os olhos negros, quase careca uma barba mal feita, e o corpo bom não pude não reparar era como nas revistas que eu via na lanchonete.
- Olá, me chamo Juan essa música é cubana. E você quem é?
Juan
Eu estava .... sei lá o que passou por minha cabeça quando o vi, ééé´ah sou Emily, prazer!
Eu estendi a mão, mas ele me deu um beijo no rosto, foi no mínimo estranho isso.
Juan: Quer uma bebida gatinha?
Eu: Não, e meu nome é Emily.
Eu simplesmente não acredito que falei isso, Emily ele só queria ser educado sei lá.
Eu: Tem refrigerante?
Ele me olhou e riu, eu não entendi, em Cuba não se toma refrigerante eu pensei.
Juan: Bom, só temos cervejas e algumas bebidas por você tomar refrigerantes não deve beber.
Eu olhei pra ele e dei um sorriso meio sem graça, e olhei para os lados e não vi meus amigos.
Eu: Ehh! Aonde foram meus amigos? Não estou vendo eles
Juan: Não precisa se preocupar, comigo você está segura!
Nossa que garoto convencido, como se eu precisasse disso, eu me cuido muito bem, pensei eu, e todavia não iria confiar num total desconhecido.
Chegamos a cozinha, ele abre a geladeira e pega um copo com água e me dá. E fala como se debochasse de mim.
Juan: Infelizmente para moças como você é o que tem!
Eu: Ok! Serve, andei a horas pelo menos mato minha sede! Obrigada!
Logo aparecem umas meninas e vão para cima dele, ele segura uma em cada braço e sai, desfilando. Eu fico olhando e é impossível disfarçar minha cara.
Quem vê pensa que é o dono do pedaço, é lindo não nego, mais merece tudo isso não. Agora até lembrei das histórias que meu pai contava, daqueles reis com um harém, ele deve estar achando que é um deles.
- Hei, Emily! olho para fora da cozinha, era Camila me chamando.
Eu: Caramba vocês me abandonaram, estão loucos? Nem conheço ninguém aqui.
Pedro: A gente viu você com o Juan, achamos que não teria problema.
Eu: Ah, ele só me levou a cozinha para beber água.
Camila fala rindo: Só você mesmo para tomar água numa festa amiga! Vem vamos lá para fora dançar!
Ela pega pelo meu braço e no caminho passamos pelo Juan, tinha umas 5 garotas em cima dele, eu passo e ele me olha de cima a baixo. Saímos e tinha uma pista de dança, eu e Camila começamos a dançar. Alguns garotos se aproximam um deles puxa Camila e dá um beijo nela, e ela corresponde. O outro tenta fazer o mesmo comigo, mas eu recuso, mas ele me encara e fica ali perto e isso me incomoda. Então resolvo parar e vou para um canto, aonde tem um balcão.
Logo outro garoto se aproxima, e se apresenta.
- Olá linda, meu nome é Marcus e o seu?
Eu: Emily!
Marcus: Eu te achei a mais linda aqui sabia? O que acha de irmos lá pra dentro aqui nem dá para gente conversar.
Eu estava mesmo querendo sair dali e sentar, meus pés estavam muito doloridos, afinal desde que chegamos não tinha sentado um minuto sequer.
Eu: Ah! Vamos, eu preciso mesmo sentar!
Mas quando entramos, ele pega na minha mão e me empurra num quarto, não sei era muito pequeno e escuro. Eu me assustei e tentei sair mais ele fechou a porta e me colocou contra a parede.
Eu comecei e ficar ofegante, suava muito, quase não conseguia respirar, mas ele ignorou e só pensava e tentar me beijar.
Eu: Marcus, por favor, eu preciso sair daqui, eu tenho claustrofobia, eu não consigo respirar!
Falo quase que desfalecendo, minhas pernas estavam bambas, eu precisava de ar!
Marcus: Você não me engana, meu amigo você recusou, mas eu você vai ter que beijar.
Eu não tenho mais forças e sinto tudo apagar, mas alguém me segura.
Após alguns minutos acordo, estou num quarto, paredes pretas, me levanto assustada. E sinto uma tontura que me obriga a deitar novamente.
Quando consigo recuperar meus sentidos, levanto assustada e vejo Juan.
Eu: Mas o que aconteceu? Meu Deus, ele estava tentando me beijar a força, mas eu não sei o que aconteceu.
Falo tudo muito rápido e ofegante, mas Juan se próxima e segura nas minhas mãos.
Juan: calma, não aconteceu nada, aquele local é a dispensa, eu abri para pegar umas bebidas e vi você quase caindo, e te trouxe para cá. Fique calma, ninguém tocou em você.
Eu falo assustada e quase chorando: Sabia que não deveria ter vindo para cá, que eu tenho na cabeça em vir num local cheio de bandido?
Juan não gostou muito do que falei, pois se levantou muito irritado.
Juan: Ei, moça meça suas palavras. Com quem acha que está falando?
Eu: Me desculpa, nem todos são bandidos, mas você precisa saber quem convida para suas festas, meu querido, Aquele cara poderia me ter feito mal.
Juan: É mas você aceitou, eu vi ele pegando na sua mão. Agora quer se fazer de vítima?
Esse garoto é muito petulante mesmo né? Obvio que não ia deixar ele falar comigo assim. Cheguei bem perto dele, eu estava muito brava. Ele me encarou barrando a porta, mas quem disse que queria sair, eu ia com certeza, mas não sem antes responder à altura.
Dei uma bofetada nele, olhei bem nos seus olhos e respondi.
Eu: Quem você pensa que é para falar assim de mim? Não sou essas moças que você ficou a noite toda como se fosse o rei no seu harém não meu filho. Agora se me dá licença eu quero sair!
Ele ficou muito irritado e pegou nos meus braços, seus olhos estavam vermelhos de ódio, eu confesso que fiquei assustada, senti que exagerei, mas ele me chamou de quê afinal de contas?
Juan: Você está louca?
Eu: Você me ofendeu, eu o acompanhei sim pois achei que ele me levaria pra sentar.
Juan: Emily seu nome certo? Quantos anos você tem? É sério isso?
Eu: Ué as pessoas não sentam em festas?
Juan: De onde você saiu? Quem vai numa festa para sentar?
Eu: olha eu nunca fui a festas, essa foi a primeira ok? Eu andei muito até chegar aqui viu? Agora por favor me deixa sair, eu preciso ir embora.
Juan fica me olhando sem acredita em como pode uma moça ser tão ingênua assim.
Eu não era, sei muito bem o que é beijar alguém mesmo sem nunca ter beijado, e sei também e logo depois vem o sexo, só nunca tinha feito essas coisas, qual o problema disso gente, eu heim!
Ele abriu a porta, e com aquele olhar de espanto e me indicou a saida de forma muito
estranha.
Juan: Por favor, senhorita. Pode sair.
Eu fiquei tão encabulada e desci sem nem olhar para trás e fui atrás de Camila e Pedro, para irmos embora. Mas estavam se divertindo e não queriam ir, eu insisti algumas vezes, e logo desisti e sai dali, pois não estava mais a vontade depois do ocorrido.
Sai e a rua estava muito vazia, logo um carro encostou perto de mim, eu fiquei com tanto medo que não conseguia olhar para ver quem era. Eu só continuei andando e o carro me seguia, às vezes eu parava e ele parava e assim foi por alguns minutos. Mas logo encostou ao meu lado e eu parei, eu tremia tanto que com certeza não conseguiria correr, se é que adiantaria naquela situação.
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