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Por Causa Do Seu Amor

Presa fácil

Determinados fatos transformam a vida de uma pessoa, seja para o  bem ou par ao mal. Quando o caminho do mal cruza o caminho de uma pessoa, muitas vezes ela  parece estar sem saída, atormenta, e em profundo sofrimento. E era isso que estava acontecendo.

Ana estava atormentada com tudo que lhe estava acontecendo. Como entender, como lidar com o que acontecia. Sentia doer a alma. Tinha muito medo de que aquela triste e cruel realidade nunca acabasse. Deseja fugir e ja havia pensado se não conseguisse sair daquele lugar, seria melhor que a morte viesse logo.

Ela estava presa! Não por cometer um crime, mas pela luxuria e ganancia de outra pessoa. A perda da liberdade a consumia, sentia doer. A maldade daquele que devia cuidar dela era incompreensível.

Tinha fome e sede. Não consegui mais gritar e não obter resposta ou ajuda. Queria tomar um banho. Sentia-se suja, e estava por estar presa naquele local imundo.

passou a ultima noite em claro, os pesadelos tiravam sua vontade de dormir. Tentou se livrar das cordas que a prendiam, mas parecia inútil, estava muito fraca para lutar. O sol começava a nascer e a claridade ofuscava sua visão. Temia sua situação e apesar da fraqueza continuava a tentar se libertar das malditas cordas.

No final da tarde quando começava a escurecer, ouviu um barulho de um  carro chegando.

_ Não... de novo não! Ana começou a chorar entendendo que a chegada do seu pesadelo real estava próxima,   e mais uma vez não conseguiria evitar que a situação repugnante se repetisse.  O som dos passos em direção a porta a assustava ainda mais. Quando a porta se abriu um tremor tomou seu corpo, ela não conseguia controlar o medo que sentia.

_Você está pronta para ceder Ana? E eu pergunto em todos os sentidos que eu desejos. Diz com um sorriso maléfico no rosto. Quem chegava ali era Antônio, que entrou naquele cativeiro se aproximando  de Ana.

_Nunca vou ceder a você, nunca... Ela sempre tentava resistir.

_Ah vai sim, uma hora você vai ter que ceder, e eu tenho outras formas de conseguir o que eu quero. Diz acariciando a face de Ana.

_Não me toque... Ana sentia repulsa do toque daquele homem.

_Você amarrada assim é tão fácil... ele sorri causando arrepios de medo em Ana. _ Sabe que  vou conseguir o que eu quero. E vai ser maravilhoso pra mim.

_Não me toque. Com um impulso de raiva Ana teve forças para romper as cordas que prendiam suas mãos, empurrou Antônio que caiu e tentava fugir. Ele conseguiu levantar rapidamente a segurando. Ana deu uma mordida no braço de Antônio que a soltou por um instante por causa da dor que sentiu, tempo suficiente para ela sair pela porta.

_Vou te pegar menina e essa mordida não vai ficar barata, já sabe como vai me pagar. Ana estava fraca mas conseguia correr pela mata fugindo de Antônio.

Antônio era seu tio, seu tutor desde o falecimento dos pais há pouco mais de três ano. Ele a mantinha em cárcere privado desde que ela se revoltou contra os abusos que estava sofrendo. Ele a mantinha ali com objetivos sórdidos.

Mas Ana desejava tanto fugir das garras dele que conseguia forças para seguir em frente. Não enxergava nada na escuridão daquela noite, não sabia onde estava e para qual caminho deveria seguir. Sabia que não podia parar e arriscar ser presa novamente pelo tio. A noite estava fria e úmida pelas chuvas dos últimos dias.

_Para onde devo ir meu Deus? Por favor guia meus passos. Suplicou

Fugindo do inimigo

Pela madrugada viu luzes de lanternas na mata. Sabia que era o tio  e provavelmente os seus capangas  que estavam procurando por ela. tentava não fazer barulho e seguir na direção contraria a deles. Já amanhecia quando Ana avistou alguns pontos de luz ao longe, pareciam luzes de postes de iluminação publica, deduziu que estava próxima de sair da mata. Ficou feliz segui na direção das luzes. Estava tremula pelo frio, o corpo molhado e arranhado por correr entre a vegetação.

                                                                        ...

Não muito distante dali, Felipe acordava mais uma vez atrasado para ir a faculdade.

_Droga, maldito sono, porque tenho que ficar todo dia atrasado? Acho que não vou ir hoje, estou cansado dessa correria, vou aproveitar e dormir mais um pouco, sexta feira e tá tão boa cama nesse friozinho. Pensava ainda grudado no travesseiro. Olhou os livros sobre a mesa da cabeceira e respirou profundamente e decidiu então levantar e ir a aula.

_Vai que tem algo importante hoje. Pouco tempo depois pegava suas coisas para sair. Chegou a garagem do prédio onde morava e percebeu que havia esquecido as chaves do carro em casa.

_Hoje não é meu dia, quer saber de uma coisa, vou de ônibus. Felipe resolveu usar o transporte publico aquele dia, sabia se voltasse para buscar as chaves se renderia a vontade de ficar em casa. Já estava atrasado e o pouco de tempo a mais que ia gastar no transporte publico faria pouca diferença no final.

Já Ana finalmente chegou a uma rua e agradeceu a Deus por sair da mata. Sentia-se mal, as pernas pesadas quase não conseguia mais suportar o próprio peso, o cormo tremia pelo frio da noite e pelo esforço que ela fazia. Estava muito desidratada. Naquela hora a rua estava deserta.

_Eu não posso parar, não posso, preciso de forças, preciso seguir... ainda tentava se manter acordada apesar do esgotamento físico e mental.

Quando Felipe chegou a rua acabou trombando com Ana que caiu no chão.

_Me desculpa, você se machucou? Pergunto Felipe preocupado com o estado dela. Ana estava esgotada não conseguiu se levantar e ir além. Só conseguiu agarra as mão de Felipe.

_Por favor me ajude, preciso sair daqui... sua voz estava fraca e rouca. Ele percebeu que ela estava passando mal.

_Acalme-se, vou te ajudar, vou te levar para o hospital.

_Não, por favor não me leve ao hospital, me tira daqui... me tira daqui. Pediu desesperadamente segurando com mais força as mãos de Felipe. Ela chorava muito e ele não sabia o que fazer.

_Acalme-se, você precisa de atendimento médico, esta ferida e passando mal...

_Médico não, por favor não, me tira daqui... água, eu quero agua, estou com sede... Ana desmaiou nos braços de Felipe que ficou desesperado.

_O que eu faço... Estava muito preocupado com a situação dela. _Do que ou de quem você esta fugindo. A pegou no colo e voltou para seu apartamento.

Logo que Felipe entrou no com Ana no prédio, Antônio chegou à aquela rua, mas não os viu. Não conseguir encontrar Ana o deixou furioso.

_Droga! Resmungou fazendo uma ligação. _Quero toda essa região vigiada, tenho que encontrar minha sobrinha, se necessário contrate um helicóptero.

Felipe chegou ao seu apartamento e colocou Ana deitada no sofá. Sentiu que ela estava com febre e parecia bem alta.

_O que eu devo fazer, ela não acordou. Andava de um lado para o outro. Olhou na internet o que poderia fazer e em seguida pegou agua fria e uma toalha começando a fazer compressas frias para tentar controlar a febre.

_Você está muito maltratada e mesma assim é tão bonita. Ele a observava. _O que fizeram com você, por que está tão mal? Se você não melhorar nas próximas horas vou te levar ao hospital mesmo tendo me pedido para não levar.  Ana tinha os pulso feridos pela força que fez ao puxar a corda que a amarrava, Felipe pensava seriamente em levá-la ao medico. Pouco tempo depois percebeu que Ana começava a despertar assustada.

_Onde eu estou? onde... Desesperada e assustada olhou para os lados e viu Felipe.

_Fique calma, esta na minha casa.

_Quem é você? Diz ela tentando se levantar, sentia muito medo. _O que você quer de mim?

_Nada, não quero nada só te ajudei quando desmaiou.

_O que eu estou fazendo aqui, cadê ele? Você está com ele, vai me entregar a ele? O que ela falava parecia muito confuso para Felipe.

_Não sei do que você está falando, não vou te entregar para ninguém. Quando sai pela manhã que nos encontramos na rua, quando nos esbarramos. Quis te levar ao medico porque sei que está passando mal, mas você não quis, sei que está com medo. Quando você desmaiou e então te trouxe para cá. Não quero e não vou te fazer nenhum mal. Quer ir embora? Se quiser ir, aquela é a porta de saída. pode ir quando quiser, mas ainda acho que precisa de cuidados médicos.

_Não... médico não. Diz levantando rapidamente mas teve um tontura. Felipe tentou ampara-la, mas Ana reagiu com medo e repulsa.

_Não toque em mim...

Começando a confiar

_ Você precisa se acalmar, não vou te fazer mal. já falei o que aconteceu. Agora sente-se, vou  trazer agua para você beber, pediu agua antes de desmaiar, esta muito desidratada. Quando melhorar , pode ir tranquila, não vou te impedir. Pode acreditar em tudo que te disse ate agora, não estou mentindo.

Ana sentou-se, ainda se sentia tonta. Felipe foi ate a cozinha e trouxe agua, e lhe estendeu um copo cheio com o liquido.

_ Aqui está, tome bastante agua, vai se sentir melhor. Ana estava desconfiada das intensões dele. _ O que eu faço para você confiar no que eu digo? Felipe perguntou.

_Toma da água primeiro. Diz Ana encarando Felipe, parecia temer que a agua tivesse alguma coisa.

_Se isso ajudar, eu tomo, olha. Felipe tomou metade do copo de agua. _Melhor assim? Ela não respondeu, apenas pegou com rapidez o copo das mãos de Felipe bebendo de uma só vez o restante do liquido.

_Calma, vai acabar engasgando. Quer mais?

_Sim, eu quero. Ana tomou mais de um litro de agua e já se sentiu melhor, não tremia mais.

_Está mais tranquila? Ela fez que sim com a cabeça. _ Pra mim, parece que ainda está muito assustada. Eu me chamo Felipe, se eu puder te ajudar em algo, pode falar. Quer ligar para alguém vir te buscar ou se quiser posso te levar para algum lugar,  para sua casa.

_Não, eu não tenho pra quem ligar e ainda não sei pra onde vou... Ela demonstrou uma certa confusão.

_Como você se chama?

_Eu não posso dizer. Ana se assustou com a pergunta.

_Está bem, não vou te perguntar nada, mas se quiser falar estou pronto para te ouvir. Vou repetir mais uma vez que pode confiar em mim. Está com fome? Posso fazer algo para você comer.

_ Estou morrendo de fome.

_O que você gosta de comer?

_Qualquer coisa eu posso comer agora.

_Vamos ate a cozinha para você ver que não vou colocar nada no que você vai comer. Já tomei café e não quero comer nada por agora para te provar que não coloquei algo na comida.

Ana comeu tudo que Felipe lhe serviu. Ele estava impressionado com aquela mulher misteriosa.

_Obrigada, você salvou minha vida hoje. Apesar de desconfiada Ana estava mais calma.

_Fico contente por ter ajudado. Diz Felipe tocando a mão de Ana que recuou. _ Desculpe...

_ Eu me chamo Ana...

_Ana... bonito nome. E quer me contar do que ou de quem está fugindo?

_Realmente eu não posso, meu nome é tudo que posso te dizer agora. Falou sendo tomada novamente pelo nervosismo.

_Acalme-se, não precisa ficar assim. Não quer falar, não precisa falar. Sei que esta muito abatida, parece muito cansada, suja... se quiser tomar um banho e descansar um pouco, vai te fazer bem, estava com febre.

A principio estava relutante em aceitar a proposta de Felipe, mas sentia o medo passar ao poucos ele lhe parecia confiável.

_Eu realmente preciso de um banho, estou me sentindo suja.

_Venha comigo, vou te mostrar onde fica o banheiro e acho que tem algumas peças de roupas que  minha irmã esqueceu aqui em casa que devem te servir.

Ao entrar no banho, Ana sentiu um grande alivio. A água parecia lavar a alma da dor dos últimos tempos. Tinha tantos dias que ela não tomava banho. Sentia um pouco de paz.

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