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Quando Um Homem Ama Uma Mulher

Capítulo 1

Rebeca olhava pela janela, observava atentamente a chuva que caía, e um sentimento de tristeza passa por seus olhos, via o céu cinzento e o vento que insistia em fazer as árvores quase serem arrancadas do chão, era um som que a fazia se arrepiar por inteiro. Clarões riscavam o céu, fazendo com que tudo se iluminasse.

Rebeca: É muita falta de sorte, justo na hora de sair, parece que está acontecendo o segundo dilúvio! - falava para si mesma com tristeza.

Ela olhava ao redor da kitnet que morava, e só sentia tristeza por não conseguir pagar por algo melhor. A pia da cozinha tinha uma torneira que cismava em vazar dia e noite, não adiantava o que ela fizesse, não tinha solução, as paredes eram cheias de mofo e constantemente sua rinite atacava, já a porta de entrada vivia emperrando, era só virar a chave e travava tudo.

Rebeca: Bom, o negócio vai ser enfrentar a chuva mesmo, não posso me dar ao luxo de perder esse emprego.

Rebeca termina de se arrumar e sai no meio do aguaceiro que caía, corria desesperadamente até o ponto de ônibus, sua capa de chuva não estava adiantando de nada pois a chuva fazia com que molhasse até sua alma.

Depois do caos que havia enfrentado, ela chega ao imenso hotel em que trabalhava toda ensopada, teria que correr ao vestiário e colocar seu uniforme rapidamente, pois seu turno logo começaria.

Naquela manhã Rebeca não se sentia nada bem, havia passado a noite em claro pensando em como pagaria suas despesas daquele mês, seu orçamento era bem apertado, pois ajudava sua avó que morava em outra cidade, ela havia dormido pouco e como se não bastasse havia atravessado a cidade debaixo de chuva para ir trabalhar.

Rebeca era camareira no hotel mais elegante da cidade, o Palace Five, trabalhava naquele lugar havia 4 anos, era uma ótima funcionária, sempre prestativa, responsável e eficiente.

Ela termina de se arrumar e começa sua escala, limpara quarto por quarto impecavelmente, não parava um segundo.

Já no fim de seu expediente, em seu último quarto, a suíte 303 Deluxe, ela se sentia exausta, passara o dia para cima e para baixo limpando tudo e deixando impecável, nem ao menos sentara para comer direito, somente havia feito um lanche rápido e simples, sem contar que o resultado da chuva com certeza já estava aparecendo pois espirrava sem parar, estava parecendo uma rena de nariz vermelho.

Assim que ela termina seu último quarto, Rebeca olha aquela cama toda arrumada, o lençol impecavelmente esticado, e não consegue resistir, ela se senta na beirada da cama, tira seus sapatos, desfaz o coque de seus cabelos deixando-os soltos, e vai deslizando sobre a cama vagarosamente, ela sabia que era errado, mas sabia também que na ficha de serviço dizia que não teria hóspedes naquele quarto pelos próximos 2 dias.

Ela vagarosamente se aconchega na cama e em questão de minutos adormece, estava tão cansada, que a sensação de poder dormir numa cama macia e confortável compensava, era uma sensação tão boa que não havia pensado em consequência nenhuma.

Dez da noite. Rebeca se espreguiça na cama, abre os olhos lentamente, e se depara com o quarto completamente escuro, se levanta vagarosamente e vai até o interruptor de luz, assim que acende quase tem um infarto. No fundo do quarto em uma poltrona estava sentado um homem a encarando.

Homem: Vejo que acordou, estou há horas querendo saber que diabos faz em minha cama. E então? Teve bons sonhos?

Rebeca: E-eu... me desculpe senhor, eu... me perdoe, eu estava tão cansada e havia terminado meu turno, e... eu sei que é errado, mas na ficha dizia que não teria hóspedes nesse quarto, eu... me desculpe...

Homem: Então você tem o costume de dormir nos quartos assim que termina de os arrumar?

Rebeca: Não senhor, eu só não estava me sentindo muito bem, me desculpe, vou trocar os lençóis agora mesmo, eu... – fala cambaleando, sua pressão certamente estava baixa.

Homem: Algum problema? Está se sentindo bem?

Rebeca: Não é nada, eu me molhei na chuva hoje de manhã, devo estar começando a me resfriar, vou trocar os lençóis num minuto.

Ela passa a arrumar a cama numa velocidade incrível, sabia que o hóspede a estava olhando dos pés à cabeça pois sentia seus olhares quentes sobre cada centímetro de seu corpo.

Assim que ela termina de arrumar a cama, ela o procura pelo quarto para se desculpar novamente, mas não o encontra, ela estava tão absorta em seus pensamentos que nem percebe quando ele havia saído do quarto e entrado no banheiro. Quando ela se preparava para sair do quarto, ele surge à sua frente somente de cueca.

Rebeca não podia deixar de notar como ele era lindo e imponente, tinha o porte elegante, quadris estreitos, ombros largos e fortes, seu rosto parecia desenhado a dedo por alguma divindade, seu maxilar era quadrado, e seus olhos eram de um verde escuro que parecia que a engolia, sua barba estava por fazer, e seu cabelo era escuro como a noite, Rebeca sentia seu corpo estremecer diante da visão à sua frente, seu olhar para em seu peitoral, era largo e definido, então ela desce um pouco mais e para em seu volume na cueca, nesse momento seu rosto ardia de vergonha, aparentemente aquele homem percebera, pois sorria com o canto da boca.

Homem: E então, você gosta do que vê?

Rebeca: E-eu... me desculpe senhor, eu juro que não irá acontecer mais, e acredite que foi a primeira vez que eu fiz isso, eu realmente não estava me sentindo bem, e-eu...não sei o que dizer, somente te peço desculpas, eu...

Nesse momento Rebeca não vê mais nada, somente sente seu corpo caindo pesadamente no chão, sente ainda alguém a pegando nos braços e a colocando novamente na cama. Aparentemente aquela noite estava longe de acabar...

Capítulo 2

Gustavo chegara de viagem ao país e fora direto para o hotel que estava acostumado a ficar, o Palace Five, não precisava fazer reservas, estava acostumado a conseguir absolutamente tudo o que desejava, assim que chega, sobe direto para a suíte 303 Deluxe, quando entra se depara com uma mulher deitada em sua cama, pelo uniforme se tratava de uma das funcionárias do hotel, ela parecia muito jovem, talvez uns 23 anos mais ou menos, era linda, seu rosto muito delicado, seus cabelos soltos caíam sobre o travesseiro parecendo uma cascata, seu corpo era cheio de curvas, curvas essas que ele adoraria percorrer, num impulso ele se aproxima e sente seu cheiro, ela tinha um cheiro floral e adocicado ao mesmo tempo, respirava lentamente, como se estivesse num sonho bom. Ele ficara ali parado a olhando por um longo tempo, somente tentando entender porque simplesmente não a acordava e a repreendia pela sua falha.

Algo dizia que ela não fazia por mal, e Gustavo estava acostumado a confiar em sua intuição, então ele se acomoda vagarosamente numa poltrona no fundo do quarto e decide esperar até que a bela adormecida acordasse para que pudesse se explicar.

Agora, depois de ver o quanto ela estava desconcertada, só conseguia sentir pena, pois era nítido que ela não estava bem, assim que ela desmaia, ele corre para ampara-la, a pega em seus braços e a coloca na cama, ela ardia em febre.

Gustavo corre para o telefone e pede para que levassem um médico até lá, assim que desliga o telefone, ele veste um roupão, e se senta ao seu lado na cama, pega em uma de suas delicadas mãos e espera até que o médico chegasse.

Cerca de 40 minutos depois, o médico aparece ao lado do gerente do hotel.

Felipe: Com licença senhor, eu sou o gerente do hotel, me chamo Felipe, aqui está o médico que pediu, eu posso ajudar em alguma coisa? Se sente bem?

Gustavo: Entrem por favor, o médico não é para mim, uma funcionária do hotel passou mal durante o trabalho.

Médico: Vocês podem sair para eu examiná-la por favor?

Gustavo e o gerente do hotel saem do quarto e entram numa porta que dava para uma sala da suíte.

Assim que o médico termina de examiná-la, chama os dois.

Gustavo: E então? O que ela tem?

Médico: Aparentemente é uma gripe, sugiro que ela fique de repouso por no mínimo uma semana, é bom também ela tomar muito líquido, e se alimentar corretamente, vou receitar uns remédios e vitaminas.

O médico se despede e ficam Gustavo e Felipe no quarto observando Rebeca dormindo.

Felipe: Senhor, eu não queria ser indelicado, mas como foi o senhor que chamou o médico, espero que não coloque na conta do hotel, afinal essa petulante não estava mais em seu horário de serviço, aliás assim que ela se recuperar, eu exigirei saber o que ela fazia aqui além de seu horário de serviço.

Gustavo: Não se preocupe, arcarei com todos os custos dos medicamentos, e a consulta é por minha conta.

Felipe: Isso é um absurdo, ela trabalha conosco há 4 anos, nunca havia feito nada parecido, cada dia que passa esses funcionários ficam mais abusados.

Gustavo: É assim que os funcionários são tratados aqui nesse hotel? Apesar de ela estar fora de seu horário de serviço, ela passou mal, deveria receber ao menos um amparo por parte de vocês!

Felipe: Veja bem senhor, sabe como é, temos que fazer com que o nome do hotel não seja manchado, e se a moda pega os funcionários irão deitar e rolar...

Gustavo nada responde, apenas fica olhando o gerente muito seriamente o fuzilando só com o olhar, achava que os funcionários mereciam mais respeito, e se estivesse certo em seu julgamento, aquele homem não parecia ser um bom gerente. Assim que Felipe sai do quarto, Gustavo vai para um banho rápido, pois desde que chegara de viagem não havia tomado.

Ele sai do banheiro, veste somente um short e se deita na cama ao lado de Rebeca, fica um longo tempo apenas a admirando.

Por que ele estava tão curioso assim a respeito de uma desconhecida? Não sabia ao menos o seu nome. Ela ali deitada parecia tão frágil, sentia uma vontade imensa de cuidar dela e protege-la.

Gustavo acabara adormecendo, e em seus sonhos só aparecia aquela doce mulher que estava ao seu lado.

Cinco da manhã. Rebeca desperta, se sentia como se estivesse deitada nas nuvens de tão macia era a cama, e os lençóis envolviam seu corpo como se a acariciase, definitivamente ela não estava em sua velha cama. Lentamente ela vai abrindo os olhos e se recordando vagamente da noite anterior, quando se vira nota que não estava sozinha, ao seu lado estava o homem que a encontrara dormindo.

Um desespero a invade, como ela havia ido parar naquela cama? Será que ele...? Ela olha por baixo do lençol e nota que estava vestida, mas então o que ela fazia ali? Ela nota o peito dele descoberto e num impulso passa a mão, sentindo cada músculo daquela barriga definida, aquele peitoral largo e firme. Sentia seu rosto pegar fogo de tão envergonhada.

Ela então resolve se levantar e começar seu dia, afinal já estava em seu local de trabalho. Não consegue colocar o pé para fora da cama pois uma forte tontura a impede, imediatamente ela se deita soltando um profundo suspiro.

Nesse exato momento Gustavo acorda, e a olha preocupado.

Gustavo: Você está bem? Está sentindo alguma coisa?

Rebeca: O que eu estou fazendo aqui?

Gustavo: Você não se lembra? Você desmaiou ontem, chamei um médico que te examinou e sugeriu que ficasse de repouso por uma semana, como já estava tarde eu deixei que ficasse por aqui mesmo, mas não se preocupe, eu jamais faria mal a uma mulher. Antes de qualquer coisa, sou um cavalheiro. Aliás como se chama?

Rebeca: Me chamo Rebeca Nunes, me desculpe pelo transtorno, eu prometo que te pagarei cada centavo gasto comigo, eu jamais imaginei que isso fosse acontecer, eu...

Gustavo: Me chamo Gustavo, e não estou te cobrando nada, e também não se preocupe, o médico te deu atestado de uma semana, nesse tempo é bom que se cuide, aliás pedi que comprassem os remédios e vitaminas que o médico receitou, e você precisa se alimentar bem também, daqui a pouco pedirei nosso café da manhã.

Rebeca: Nosso café da manhã? Pode ir parando por aí, por que o senhor está fazendo isso? Eu sou funcionária desse lugar, invadi seu quarto, dormi em sua cama, desmaiei, te dei gastos com médico e remédios, passei a noite aqui, e ainda quer me dar café da manhã? Qualquer outro hóspede já teria exigido a minha demissão. Quem é o senhor afinal de contas?

Gustavo: Eu sou alguém que pode ajudar você, tenho plenas condições para isso, e não vejo porque não fazer.

Rebeca: Mas o senhor tem que concordar que isso não faz sentido nenhum, como já disse, qualquer outra pessoa já teria pedido a minha demissão imediatamente, aliás eu quebrei uma regra importantíssima do hotel, eu não entendo porque está me ajudando.

Gustavo: Para falar a verdade, nem eu sei porque fiz isso, mas costumo seguir minha intuição, e ela me diz que devo te ajudar.

Capítulo 3

Rebeca: Olha, eu agradeço sua ajuda, mas essa situação é constrangedora, eu preciso me levantar, já que tenho atestado de uma semana, eu vou para minha casa, sobre o dinheiro que gastou comigo, eu te pagarei cada centavo, só peço que me dê uns dias pois no momento eu estou um pouco apertada, mas eu prometo que te rembolsarei.

Gustavo: Já disse que não me deve nada, eu sou um homem rico, não me custa nada ajudar! E se quer ir para sua casa, eu faço questão de te levar.

Rebeca: Não! O senhor já fez muito, não precisa se incomodar.

Gustavo: Não pedi a sua autorização, eu a levarei para sua casa e pronto!

Gustavo se levanta e vai tomar um banho rápido, quando sai do banheiro encontra Rebeca sentada na cama ainda meio tonta, seus olhos estavam inchados e espirrava sem parar. Ele se aproxima e a ajuda a se levantar, a segurava pela cintura firmemente, ela era tão pequena e delicada que ele não precisava fazer esforço nenhum. Saem sem tomar café da manhã, já que Rebeca havia recusado.

Os dois vão andando pelo corredor causando olhares curiosos da parte dos funcionários que encontravam pelo caminho, Rebeca sabia que àquela altura já estava na boca de todo mundo.

Rebeca: Não precisa fazer isso, é sério, eu posso ir sozinha!

Gustavo não respondera nada, apenas a olhava com firmeza, como se quisesse fazer ela entender que não tinha outra alternativa. Os dois entram num luxuoso carro e seguem até a casa de Rebeca.

Gustavo: Você precisa me ensinar o caminho até sua casa.

Rebeca assente com a cabeça e vai explicando o caminho para ele. Depois de 35 minutos chegam a um prédio caindo aos pedaços, muito diferente dos lugares que certamente Gustavo estava acostumado. Eles descem do carro e Gustavo a ajuda sair e a subir as escadas.

Assim que Rebeca põe a chave na porta acontece o de sempre: a chave trava na porta, era preciso paciência, depois de muitas tentativas a porta se abre, Rebeca estava muito envergonhada de mostrar a ele onde vivia.

A kitnet era minúscula, não havia separação dos cômodos, a sala era junto com o quarto e a cozinha, somente os poucos móveis é que separavam os ambientes, na sala havia um sofá muito velho, o estofado estava todo rasgado, não havia nenhum aparelho eletrônico, nem tv, nem aparelho de rádio, computador, absolutamente nada. Na cozinha tinha apenas uma mini geladeira e uma mesinha de plástico com apenas uma cadeira, ele notara a torneira vazando sem parar, a cama era de solteiro e uma das pernas da cama estava amparada por um tijolo pois havia quebrado, ela parecia muito desconfortável, sem contar o cheiro de mofo que tinha o lugar, ele percorria os olhos pelo minúsculo apartamento, não podia deixar de notar como era tudo precário.

Rebeca: E então? Já terminou sua inspeção? Está horrorizado?

Gustavo: Não posso dizer que não fiquei surpreso pois não achei que vivesse tão mal assim. O hotel paga tão pouco que não consegue morar num lugar melhor que essa pocilga? Ou você gosta tanto de gastar dinheiro que não consegue controlar seus gastos?

Rebeca se sentia humilhada com esse comentário, nem ela gostava de morar naquele lugar, mas no momento com as despesas que tinha, era o que conseguia pagar. E quem ele pensava que era para falar daquela forma, se nem ao menos sabia nada de sua vida?!

Rebeca: Olha se já terminou de me humilhar, já pode ir, eu agradeço tudo o que fez por mim, e repito que pagarei tudo o que gastou comigo, mas se é para ficar me humilhando, peço que se retire, o senhor não sabe nada sobre mim, então não tem o direito de me julgar.

Gustavo: Peço desculpas pelas palavras, mas esse lugar não é para você.

Rebeca: No momento é o que eu consigo pagar, não gosto de morar aqui, mas não tenho outra alternativa, meu orçamento está todo comprometido. Eu não queria ser indelicada, mas eu preciso descansar um pouco, se o senhor puder me dar licença...

Gustavo: Claro, eu já vou indo, se precisar de mim, é só me ligar, deixarei meu cartão em cima da mesa, qualquer coisa me procure. E mais uma vez quero reforçar que não me deve nada, até porque morando onde você mora, dificilmente irá conseguir me pagar, então esqueça isso.

Rebeca: Não sei se fico agradecida ou me sinto ainda mais humilhada, mas mesmo assim obrigada por tudo. Não se preocupe que não precisarei de mais nada e provavelmente nossos caminhos não se cruzarão novamente. Adeus senhor Gustavo.

Rebeca o acompanha até a porta ainda se sentindo muito fraca, tudo o que ela queria era tomar um banho e se deitar, ela se despede de Gustavo, mas nota um olhar misterioso nele, como se ele estivesse fazendo planos, e que certamente a incluiriam, nessa hora ela sente um arrepio percorrer seu corpo, se sentia muito constrangida com ele, mas ao mesmo tempo queria saber mais a seu respeito.

Gustavo se despede dela na porta e vai em direção ao seu carro, não podia deixar de reparar na vizinhança do prédio, aquele lugar não oferecia segurança nenhuma, parecia que o prédio estava prestes a desabar a qualquer minuto. Ele entra no carro e faz uma ligação.

Gustavo: Alô! Sou eu, Gustavo...... Tenho um serviço para você... .......Sim..............Quero que descubra tudo o que puder sobre uma funcionária do Palace Five.........Sim, isso mesmo....... Se chama Rebeca Nunes............. Quero isso até amanhã.

Assim que Gustavo desliga o telefone, uma sombra passa por seus olhos, sabia que seus caminhos voltariam a se cruzar, e se tudo corresse como ele esperava, ela ficaria ao seu lado por um bom tempo.

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