_Hoje definitivamente é meu dia! - Exclamou Gabriela Rezende ao se olhar no espelho. Estava vestida com um lindo vestido vermelho bem acinturado e com saia rodada acima dos joelhos, que valorizava sua cintura e destacava suas pernas bem torneadas graças aos inúmeros passeios de bike que fazia.

Ela se sentia um mulherão e gostou disso, normalmente vestia um jeans confortável e camiseta, então mudar a rotina foi muito bom!

Romântica por natureza, apreciava as coisas simples da vida, para ela não havia nada mais belo que as miudezas do dia-a-dia, por isso valorizava cada minuto. Dona de um grande otimismo, sempre acreditava que tudo daria certo, mesmo se as circunstâncias dissessem o contrário.

Seu namorado Eduardo a chamara para ir à confraternização de fim de ano da empresa em que ele trabalhava, uma grande concessionária de motos, mas ela disse que não sabia se iria, e na verdade ele não demonstrou surpresa: ela sempre era muito tímida e não ligava muito pra eventos sociais.

_Ele vai amar sua surpresa! Está linda, minha filha! – Disse sua mãe, Carmen, já a abraçando; elas tinham passado o dia comprando aquele vestido, acessórios e se arrumando no salão de beleza. Sua mãe aproveitou uma folguinha no trabalho e se cuidou também, afinal amava ficar bonita para o marido; eram casados há 25 anos, mas se amavam como no primeiro dia. Era isso que Gabriela sonhava para si: um amor pra vida inteira!

Seus pais trabalhavam para a poderosa família Leclerc: seu pai, Estevão, era o responsável pela segurança e sua mãe a governanta de todas as residências dos Leclerc. Gabriela crescera numa casa confortável que ficava nos fundos da imensa propriedade dos patrões, ao lado de um lindo pomar. Graças a isso, teve acesso a muitas oportunidades. Bilíngue, conhecia todas as regras de etiqueta pois sua mãe fizera questão de cuidar de sua educação e dividia seu tempo entre seu trabalho, a criação de Gabriela e os filhos dos Leclerc.

Era amiga da filha caçula dos patrões, Louise Leclerc e como tinham a mesma idade, se deram bem desde sempre, mesmo vivendo em realidades bem diferentes.

Gabriela teve seus planos de ir embora e fazer faculdade de medicina completamente mudados por causa de uma triste notícia: seu pai sofrera um derrame e ficara entre a vida e a morte. Diante disso, não pensou duas vezes: abriu mão de seu sonho para cuidar dele, jamais deixaria sua mãe sozinha nesse momento.

Seus pais eram como o sol e a lua: seu pai sempre calado e calmo, já sua mãe era radiante e comunicativa, animava todos ao redor. Era uma união que só pode ter sida feita por Deus, pois mesmo sendo tão diferentes, viviam muito bem!

_Juízo, heim?! – Resmungou seu pai, ao olhá-la de alto a baixo, parecia estar mentalmente aumentando o tamanho de seu vestido...

_Claro, papai! Tomei meio litro hoje! – Ela pisca pra ele e lhe dá um beijo na bochecha!

_ E vê se chega cedo, vou ficar acordado te esperando!

_ Tá bom, mas espera sentado! - Diz isso já correndo pra porta, com medo de que ele se arrependa de tê-la deixado ir.

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Queridas Leitoras,

Começa aqui a incrível jornada de amor de Gabriela Rezende e Henry Leclerc. Henry é o amor de infância de Gabriela, que luta com todas as suas forças para conquistá-lo.

Um sentimento tão forte e puro que nem mesmo o tempo e as adversidades da vida são capazes de apagar.

Espero que gostem.

Uma ótima leitura😘

Eduardo era um homem de 28 anos, negro, alto e muito lindo, chamava atenção onde ia. Fazia o tipo ostentação: amava baladas e noitadas, o verdadeiro oposto de Gabriela.

Se conheceram através de amigos em comum e desde o dia que foram apresentados, ele se empenhou em conquistá-la. Seis meses depois de começarem a namorar, Gabriela se encontrava num impasse, pois embora ele fosse alguém muito importante pra ela, sabia que não o amava.

Era o melhor vendedor da empresa, mas sonhava em crescer ainda mais no trabalho, então fazia uso de todo seu charme para arrasar nas vendas e se destacar. Formado em administração , sempre estava um passo à frente de seus concorrentes e não perdia oportunidade de fazer um bom negócio.

De fato, as pessoas olhavam pra eles e não entendiam porque estavam juntos, afinal eram muito diferentes, mas quando estavam sozinhos se davam muito bem: amavam atividades ao ar livre e gostavam do humor um do outro.

Porém, quando saíam, ela sempre ficava aborrecida, embora tentasse não deixar transparecer. Era chato ver que quando as mulheres se ofereciam pra ele, ele nunca cortava, ao contrário, meio que flertava com elas na sua frente.

_Você tem que entender que ela é uma cliente em potencial. - Dizia ele.

_E que potencial, heim?! Ela quase se jogou em seu colo! - Retrucava.

_Você precisa deixar de ser criança, flerte não é nada demais. Não ficaria tão insegura se nosso namoro fosse pra valer.

_Mas Edu, a nossa história é pra valer, não fala assim. - E como sempre, ele a fazia se sentir culpada e infantil.

Ela pensou muitas vezes em terminar, gostaria de estar com alguém que não a fizesse se sentir insegura, mas ele foi uma grande companhia durante a recuperação de seu pai, que graças a Deus se encontrava muito melhor e já tinha voltado a trabalhar.

Agora ela estava se preparando pra dar uma guinada em sua vida e correr atrás dos projetos esquecidos hà dois anos, quando escolheu ficar e cuidar do homem da sua vida: seu pai.

Gabriela pega um táxi e vai para a festa que seria numa ilha, um lugar lindo e exclusivo. Nessa noite ela queria muito agradar seu namorado, ele a algum tempo estava chateado com ela, pois sempre insistia em ter mais intimidade, mas como sempre sonhou esperar até o casamento, dava um jeito de se esquivar e não passava de beijos e abraços.

_Você já tem 20 anos, vai esperar até quando? - Ele sempre reclamava. _Acha que tenho sangue de barata?

Doía ver que ele não entendia sua vontade, mas ela sempre sonhou com algo especial e não abriria mão disso.

_Lindo, se eu esperar até 100 anos ainda vai me querer? – Pergunta, tentando parecer engraçada e aliviar a tensão.

_Não sei porque perco meu tempo, estou de saco cheio disso, não sou mais criança e você também não. –Dito isso, foi embora sem ao menos se despedir, com os olhos cheios de raiva.

Gabriela balança a cabeça para espantar as lembranças desagradáveis, já tinham se desentendido antes, mas nada parecido com o que aconteceu na noite passada.

Mesmo enviando várias mensagens pra ele durante o dia, não obteve nenhuma resposta, mas ela sabiaque quando ele a visse tão produzida assim iria amar, pois sempre pedia que ela se arrumasse mais, que tivesse um visual mais montado.

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Queridas Leitoras,

Não esqueçam de comentar e curtir para ajudar no engajamento dessa obra.

Um grande 😘

CAPÍTULO 3: DECEPÇÃO

Ela chega a festa e a visão do local a deixa admirada: a pequena ponte que dava acesso à ilha estava decorada com inúmeras luzes, tudo muito lindo!

As pessoas aproveitavam pra fazer stories e muitas selfies pra bombarem em suas redes sociais. “Vou tirar muitas fotos aqui com meu gato!”- pensou.

Ao chegar ao salão principal da festa, ficou maravilhada com a luxuosa decoração. De fato, os Leclerc sabiam dar uma festa. Sim, eles eram os donos da concessionária, ou melhor de uma enorme rede de concessionárias, donos da ilha e de metade da cidade.

Sempre ouvira falar como as festas da empresa eram incríveis, porém seus pais, muito rígidos, nunca a deixaram ir, somente hoje vendo a preocupação que ela estava com o namorado é que permitiram, mas não sem antes fazerem um monte de recomendações.

"Vamos dançar a noite toda!" Hoje era um dia especial e ela pretendia extravasar.

A banda tocava uma música agitada, a pista de dança estava cheia e ela vê sua amiga Louise em altos papos com um cara super bonito. Tão típico dela, cuja meta de vida era sempre pegar o gatinho mais bonito da balada. Ela estava arrasando com um vestido de paetês preto todo colado no corpo que valoriza sua pele clara e cabelo loiro.

Mesmo sem querer atrapalhar a azaração da amiga, se aproxima e diz:

_Olha a surpresa, resolvi aparecer! Nossa, você está uma diva!

Contente, Louise dá uma volta para se exibir.

_Oi Gabi, minha linda, por que não disse que vinha? Poderíamos ter chegado juntas. Amei o look, está uma gata! Conhece o Lucas?

_André! - A corrige o rapaz, visivelmente constrangido._ Meu nome é André.

_Isso mesmo que eu disse: André! - Louise sorri, enquanto agarra o braço do seu ficante.

_Oi, muito prazer, Gabriela Rezende.

Após se cumprimentarem com 2 beijos no rosto, Louise a arrasta para a pista de dança, fazendo o pobre rapaz babar por ela, que destila sensualidade e beleza.

_Tadinho, esse vai comer na palma da sua mão! –Diz pra amiga, que se sente super envaidecida.

_Acho melhor ele não se apegar, mês que vem volto pra faculdade- diz Louise.

_ Você viu o Edu?

_Ainda não, estou muito ocupada, curtindo o boy!

As duas riem e após dançarem por algumas músicas, Gabriela decidiu ir procurar por Eduardo, pois ela queria que ele visse o quanto está bonita. Só de imaginar, sentiu um frio na barriga.

Ela vai andando de ambiente em ambiente, mas nada de encontrá-lo. Ao ver conhecidos, pergunta por ele, mas todos se esquivam e dizem tê-lo visto mais cedo, mas não sabem onde ele está. Às vezes parece que estão com um sorriso de deboche, mas deve ser só impressão...

Ela liga inúmeras vezes para ele que não atende.

_Onde você está, lindo?

Deve ser o barulho que não o está deixando ouvir o celular tocar, pensou.

Quando já estava desistindo, decide ir na parte de trás do salão de festa, afinal não havia mais lugares pra procurá-lo; embora isso não houvesse sentido, por que ele estaria naquele lugar escuro e deserto?

Não podia ser, isso só podia ser um engano... A cena que viu ali a deixou estarrecida: o seu namorado estava agarrado a uma ruiva no escuro!