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Novos Recomeços

Personagens

Narradora...

Quatro garotas que tiveram uma adolescência traumática, fazendo com que se fechassem para todos que estavam ao seu redor, mas acabaram se conhecendo no último ano do ensino médio, tornando-se melhores amigas, acharam amor em algo em comum que fizeram com que elas superassem um pouco dos seus traumas. Tornaram-se mais que amigas ,se tornaram irmãs e com um mesmo objetivo, ir embora do seu país de origem e embarcar num país estrangeiro, Nova York, para começar uma nova vida. Durante o ano do ensino médio e do ano seguinte, estudaram muito para conseguirem uma bolsa na faculdade que desejavam, trabalharam muito para conseguirem juntar dinheiro suficiente para irem embora e alugar um apartamento.

No final daquele ano, finalmente conseguiram embarcar em busca dos seus sonhos. No início não foi fácil, elas passaram por maus bocados, trabalharam de faxineira, babá, cozinheira, etc . A bolsa de estudos não foi problema, por serem muito inteligentes, tiveram problemas apenas em comprar livros e os materiais, mas em dois anos conseguiram se estabilizar.

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Micaela

Olá meu nome é Micaela, tenho 21 anos, moro em Nova York com as minhas amigas. Estudo advocacia numa das melhores faculdades daqui, atualmente trabalho de babá. No início não foi fácil para nenhuma de nós, no entanto, agora até que está dando para levar. Eu estava, cuidando de uma bebêzinha linda chamada Isis, mas ela e a sua mãe vão embora do país, agora tenho que arrumar outro emprego. A dona Marisa indicou-me para uns conhecidos dela, que precisam de babá, mas confesso que estou com um pouco de medo, pois são crianças que estão, entrando na adolescência, sei muito bem que essa fase é bem complicada, além de tudo são um casal de gêmeos. Mas eu preciso do emprego, vou fazer de tudo para ocorrer tudo bem. Algo também sobre a minha pessoa, é que depois do trauma que passei na minha adolescência, quando fico irritada, costumo quebrar o que estiver na minha frente. As minhas amigas não sabem o que aconteceu, não tive coragem de contar, mas sei que em algum momento a verdade virá a tona. Tenho três irmãos mais velhos que eu, Marcos, Mateus e Marcely, eles moram no Brasil com os meus pais. Sinto muita falta da minha família, mas preciso realizar os meus sonhos, e infelizmente lá eu não conseguiria seguir em frente.

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Gabrielly

Olá, me chamo Gabrielly, tenho 21 anos, sou brasileira e atualmente moro em Nova York. Faço faculdade de engenharia e trabalho de recepcionista, em um dos mais conceituados restaurantes daqui. Moro com as minhas amigas, na verdade, irmãs, pois é assim que as considero, depois do trauma que passei, elas ajudaram-me a passar por tudo, ocasionalmente ainda tenho ataques de pânico e pesadelos, mas tenho fé que um dia tudo vai passar. Deixei os meus pais no Brasil, sinto muita falta da minha mãe, mas sempre nos falamos por telefone, já meu pai não falo com ele a algum tempo, pois ele não gosta de mim e eu nem sei o motivo.

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Clara

Meu nome é Clara, tenho 21 anos, moro atualmente em Nova York, curso arquitetura em umas das melhores faculdades. Durante o dia trabalho de garçonete num café perto de casa, moro com minhas amigas. Após os acontecimentos ruins da minha infância, que geraram traumas, posso dizer que os superei. Sempre sofri calada, e só consegui me abrir com minhas amigas, que hoje são minhas irmãs, pude superar aquilo que tanto me incomodava. Meus pais e minha irmã mais nova ficaram no Brasil, sempre falo com eles, tenho muitas saudades, quando podem eles me mandam dinheiro, para me ajudar aqui. Mas creio que em breve poderei retribuir-lhes, tudo que fazem por mim. Hoje eu sou uma pessoa muito animada, adoro sair, dançar e beber, claro que moderadamente.

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Ayla

Oi... meu nome é Ayla, daqui dois meses faço 21 anos, moro em Nova York com as minhas melhores amigas, estou a cursar administração. Atualmente estou trabalhando na limpeza do restaurante onde a Gabrielly é recepcionista, mas estou à procura de outro emprego que não seja tão cansativo, porque a noite ainda tenho que ir para a faculdade. Depois de tudo que passei na adolescência, as decepções que me causaram grandes traumas, hoje estão superados, em partes, porque sei que em algum momento terei que enfrentá-los de frente, mas enquanto isso não acontece, quero tocar a minha vida e ser feliz. Sou uma pessoa muito animada, eu e a Clara adoramos uma balada nos finais de semana, mesmo que a Micaela e a Gabrielly não gostem muito, nós sempre arrastamos elas para se distraírem um pouco. Os meus pais moram no Brasil, com meus irmãos Rafael e Ana Júlia, eles são mais novos que eu. Eu os amo muito, cuidei deles desde que eram bebês, o meu pai sempre fez de tudo por nós, sei que por eu ir embora, pensa que não foi o suficiente, mas o meu sonho é estabilizar-me, trazê-los para morar comigo e retribuir tudo o que meu pai fez por nós.

Algo que nós ajudou muito a superar os nossos traumas, foi achar algo que nos ajudasse a descarregar os nossos sentimentos, e foi nosso amor pela dança, que nos ajudou. Adoramos dançar é o nosso hobby.

.......Mas será que a vida delas vai mudar para melhorar? Será que elas terão um recomeço agora? Ou será que o passado tornará a perturbar?...

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Diogo

Meu nome é Diogo Connor, tenho 30 anos, sou CEO de uma das empresas de advocacia da família Connor, minha família tem outras empresas, no meio das telecomunicações e essa com certeza não é a minha área. Amo minha profissão sou um excelente advogado e por isso meu pai me colocou no comando. Atualmente moro em Boston com meu irmão mais novo Matheo, vim morar aqui depois de ser abandonado por minha noiva no altar, na época eu tinha 25 anos, depois disso nunca mais me envolvi sentimentalmente com ninguém. Tenho dois irmãos, Raul o mais velho e Matheo o mais novo, ele é meu vice na empresa, já Raul é o CEO nas empresas de telecomunicações, ele e sua esposa elevaram as empresas com seus potenciais, e hoje em dia são muito conhecidos.

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Matheo

O meu nome é Matheo, tenho 28 anos, sou advogado e vice nas empresas de advocacia da família, moro em Boston com o meu irmão. Após ver todo o sofrimento do dele por uma mulher que ele amava tanto, resolvi que nunca vou passar por isso, eu levo uma vida de muita curtição, não levo a mesma mulher pra cama duas vezes, pois a maioria são interesseiras.

Meus pais sempre nos ensinaram a respeitar as mulheres, e a condição financeiras de qualquer um, afirmando que ninguém é melhor do que ninguém, pois ainda existem pessoas de caráter. Bom, eu até respeito isso, mas depois de tudo que presenciei meu irmão sofrer, prefiro não me envolver com pessoas abaixo da nossa situação financeira. Estamos nos preparando para voltar para Nova York, pois sentimos falta da nossa família. Temos um grande amigo lá também o Rodolfo.

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Rodolfo

Sou Rodolfo tenho 29 anos, e sou policial, moro em Nova York, resolvi ser policial depois de ver o meu pai ser morto por uma bala perdida, durante um tiroteio em nosso bairro. Éramos de família humilde, mas eu trabalhei muito desde a adolescência para dar uma vida digna para minha mãe e minha irmã Marina, e hoje temos uma vida financeira estabilizada, minha irmã é formada em direito e trabalha na empresa dos Connors, os meu irmãos. Nos tornamos amigos na adolescência, eles sempre me ajudaram, foi a amizade deles que me ajudou a seguir em frente, porque meu pai era meu herói. Depois que eles foram embora, conheci o delegado Guilherme, aqui no departamento de polícia, que também se tornou um grande amigo.

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Guilherme

Meu nome é Guilherme, tenho 30 anos, moro em Nova York, sou delegado e formado em direito, amo minha profissão e luto a cada dia contra a corrupção. Tenho dois filhos, Lorenzo e Kate, eles são gêmeos e são meus bens mais preciosos, eles tem 4 anos, a mãe deles nos abandonou depois que eles nasceram. Ela nunca gostou de crianças, e descobri isso da pior forma. Conheci o Rodolfo aqui no departamento de polícia, nos tornamos grandes amigos, ele é um policial honesto e somos parceiros aqui dentro, pois tem muitos policiais corruptos aqui dentro.Depois de prender um grande traficante, tenho sofrido ameaças. E já contratei vários seguranças para cuidar da minha família.

Micaela

Micaela

Acordei hoje com o despertador tocando as 5 h da manhã, hoje é segunda-feira e vou conhecer o meu novo emprego. Levanto-me, faço as minhas higienes pessoais, troco-me e sigo para a cozinha, hoje é o meu dia de preparar o café da manhã.

Aqui em casa nós dividimos as tarefas.

Após preparar o café as meninas foram chegando na cozinha. Enquanto tomávamos o café conversávamos.

Ayla/Clara/Gabrielly:Bom dia! - dizem elas se sentando à mesa.

Micaela: Bom dia meninas!

Gabrielly: E então amiga, preparada para o primeiro dia de trabalho?

Micaela: Preparada não, mas motivada sim kkkk.

Elas riem.

Após terminarmos o café e lavar as louças, cada uma seguiu para seus respetivos afazeres.

Micaela seguiu de táxi até o seu novo trabalho, ela ficou de boca aberta com o tamanho da mansão. Chegando na casa, a governanta a levou até o escritório para aguardar os seus novos chefes. Depois de alguns minutos, eles chegaram a cumprimentaram e se sentaram de frente para ela. Ela notou que a mulher não parava de olha-lá de cima a baixo, à deixando bem constrangida.

Raul 38 anos, Esmeralda 35 anos, um casal que se dá superbem, se amam muito, são humildes e ótimos patrões, tem como filhos os gêmeos Enzo e Sophia de 11 anos. Trabalham muito na empresa de telecomunicações dos Connor e quase não tem tempo para seus filhos, mas quando podem sempre estão por perto, tentando se aproximar, mas seus filhos a cada dia se afastam mais deles, coisa que não conseguem compreender.

Raul: Bom dia! Senhorita... Micaela é isso? — pergunta olhando o currículo, em suas mãos.

Micaela: Sim, senhor!

Esmeralda: Desculpe senhorita, mas não acredita ser muito nova, para trabalhar de babá?- pergunta analisando a beleza de Micaela, pois tinha muito ciúmes do seu marido.

Micaela: Bom senhora..., com todo respeito, acredito que para trabalhar, não tem uma idade adequada, pois trabalhei sempre, desde muito nova, como podem ver no meu currículo. Nunca tive problemas nos meus anteriores trabalhos, pois sou uma pessoa honesta e de caráter. Podem confiar que os seus filhos estarão em boas mãos, pois sei muito bem o meu lugar, e como trabalho! — diz ela docemente, percebendo que a mulher estava com ciúmes.

Depois de sua resposta, o casal se entre olharam. Esmeralda fez um sinal de aprovação para seu marido, que compreendeu imediatamente.

Raul: Senhorita Micaela! Os nossos filhos sempre foram crianças dóceis, mas de uns dois anos para cá, tem se comportado de forma estranha, se fecharam e ficam só trancados nos seus quartos, descem apenas para as refeições. Quase não falam conosco.- diz ele em tom triste

Esmeralda: Sabemos ser nossa culpa, pois sempre estamos trabalhando. Mas é porque queremos dar o melhor para eles, e acredito que um dia entenderam.

💭Como se dinheiro pudesse substituir amor, carinho e atenção.- pensou Micaela. 💭

Esmeralda:Bom quase não para babás aqui, pois todas querem cuidar do meu marido e não das crianças. Acredito que isso também, meio que influenciou mais no fechamento deles, para com outras pessoas.

Micaela: Bom senhora, pode ficar tranquila, pois estou aqui para cumprir o meu trabalho! Realmente preciso do emprego, vou cuidar dos seus filhos como se fossem meus..., o que estiver ao meu alcance para ajudar vocês, a se aproximarem podem contar comigo!

Raul: Bom senhorita Micaela, o seu salário será de ×××××× , pois cuidará de duas crianças, trabalho dobrado kkkk, como moramos longe o nosso motorista, a buscará e a levará diariamente. O seu horário de trabalho, será das 07:00 às 14:00 hrs. O trabalho será de segunda a sábado.

Esmeralda: Está tudo bem para a senhorita?

Micaela: Está perfeito! — disse ela feliz da vida, pois o salário que iam pagar era o triplo do que normalmente ganhará, nos seus empregos anteriores. Bem e qual é a rotina deles?

Esmeralda: Eles acordam, geralmente as onze, se arrumam e entram a 13:00 hrs no colégio. Na segunda, quarta e sexta-feira Enzo faz aula de música às 08:00hrs e no mesmo lugar, Sophia faz aula de balé!

Micaela: Entendo, mas eles não fazem nem um tipo de atividades físicas, ou coisas de crianças da idade deles, nos dias que ficam em casa?

Raul: Como falamos inicialmente, quando estão em casa ficam só nós quartos!

Após conversarem foram até a sala de jantar apresentar Micaela às crianças.

Esmeralda: Crianças essa é a Micaela a nova babá! Micaela esses são Enzo e Sophia...

Enzo: Mas uma babá para o papai!- disse o Enzo com ironia.

Raul: Por favor crianças! — disse o homem em tom áspero.

Algum tempo depois Raul e Esmeralda, foram para a empresa. Micaela tentou aproximar-se das crianças, mas eles estavam bem resistentes em relação a ela. Ela percebeu que não seria nada fácil. Ela cumpriu com a rotina deles, no final do seu expediente foi para casa, cansada e preocupada 😟.

Se arrumou para ir à faculdade, ao voltarem da faculdade. Sentaram-se no sofá, para conversar um pouco com Gabrielly, que assistia televisão.

Gabrielly: E, aí maninha? Como foi o primeiro dia de trabalho?- perguntou ela tirando o seu sapato, pois acabara de chegar do restaurante.

Micaela sentou se com elas, e explicou toda a situação para suas amigas.

Clara: Mica precisa ganhar a confiança deles, para que eles também confiem em você!

Ayla: A Clara tem toda a razão... São pré-adolescentes, e pelo, o que falou são revoltados com os pais!

Micaela: Sim! Meu medo é de não conseguir!

Gabrielly: Duvido muito, amiga! Afinal, estamos falando com Micaela Evans! -disse divertida, as fazendo rir.

Conversaram durante algumas horas depois foram dormir.

A semana passou bem rápido..., nesse período, Micaela conseguiu aproximar-se um pouco das crianças. Os dias que eles não tiveram atividades, ela praticamente os obrigou a entrar na piscina, porque quando Micaela quer, ela consegue ser bem mandona😅.

Finalmente chegou sábado... Hoje ela tinha planos, de levar as crianças para se divertir. Primeiro ela vai levar eles no parque de diversão e depois num piquenique.

Ela levantou-se, arrumou-se e foi para o trabalho.

Ao chegar, acordou as crianças, que não queriam, mas ela os obrigou a se levantar. Após o café seguiram para o parque, quando chegaram Enzo e Sophia, não acreditaram. Ficaram superfelizes e sem perceber abraçaram ela. Os três passaram a manhã toda brincando, e divertindo-se nos brinquedos. Quase na hora do almoço sentaram-se na grama, no central Park. As crianças estavam eufóricas e não paravam de comentar sobre o parque de diversão.

Micaela: Fico feliz ,que tenham gostado! Mas e então crianças, me falem um pouco sobre vocês!

Sophia: Julgo que não tem muito o que falar, a nossa vida é o que viu..., somos praticamente órfãos, os nossos pais não dão a mínima para nós! - diz a menina com tom bem triste.

Enzo: Eles pensam que nós só precisamos de dinheiro, e que isso compra a falta que eles nos faz! - completa o menino olhando para o nada.

Micaela: Vocês já tentaram conversar com eles, sobre o que sentem?

Sophia: Nunca nem tentamos, porque quase nem vemos eles! E acredito que não adiantaria nada.

Micaela: Sei que não é fácil, mas deviam tentar conversar com eles, dizer o que sentem a respeito disso tudo! As vezes, nós adultos, não percebemos certas coisas!

Enzo: Acho melhor não Mica, eles vão acabar brigando com a gente!

Micaela: Vamos fazer um trato. Se falarem para eles o que estão sentindo, prometo que não vou deixar eles brigarem! E compro sorvete de chocolate no fim do piquenique!

Eles se entre olharam, riram e acabaram a concordar. No caminho de casa voltaram a comer o sorvete, conversando e rindo. O motorista sempre olhava pelo retrovisor e sorria também, pois fazia muito tempo que não via essas crianças sorrindo.

Ao chegarem em casa, os seus pais estavam na sala conversando.

As crianças chegaram rindo e brincando, vendo os seus pais no sofá, ficaram quietos, olharam para Micaela que fez sinal de concordância com a cabeça e sorriu. Entenderam muito bem o que ela queria.

Raul: Pelo jeito divertiram-se bastante hoje não é?- perguntou o seu pai tentando puxar assunto.

Enzo/Sophia: Sim!! -responderam

Micaela: Senhores, as crianças gostariam de conversar com vocês. E eu vou me retirar, com licença. — disse já saindo da sala, mas foi interrompida.

Enzo: Por favor Mica, não vai!

Sophia correu até ela, e a abraçou na cintura.

Sophia: Fica aqui com agente Mica, por favor! -implorou.

Micaela: Está bem. -disse sem graça, correspondendo ao abraço da menina.

Ao verem tal cena, na qual presenciaram, Raul e Esmeralda, sentiram o seu coração quebrar, pois, eles deviam ser a pessoa na qual os seus filhos deviam confiar.

As crianças começaram a falar para seus pais tudo o que sentiam, a falta que eles faziam, que não se importavam com dinheiro, mas sim que queriam o amor deles. A cada palavra, os seus pais derramaram-se em lágrimas, agacharam diante deles, os abraçaram e prometeram que nunca mais isso iria acontecer. Todos se derramaram em lágrimas naquele momento, principalmente Micaela.

Após daquela dura conversa, as crianças despediram-se felizes de Micaela, subiram para os seus quartos para tomar um banho, pois iriam sair para passear com os seus pais. Estavam transbordando felicidade.

Micaela ficou na sala com Raul e Esmeralda.

Esmeralda: Não tenho palavras para lhe agradecer Micaela, nunca poderei retribuir. Se não fosse por você, nunca saberia o que os meus filhos sentiam. — diz ela chorando e abraçando Micaela.

Micaela: Que isso senhora, não tem nada que me agradecer.- disse ela correspondendo ao abraço, meio se jeito.

Esmeralda: Por favor me chame só de Esmeralda.

Raul: Me chame Raul também Micaela, pois o que fez por nós hoje, e por nossos filhos, seremos eternamente gratos. — disse a abraçar sua esposa de lado.

Micaela: Ok...- disse a sorrir timidamente. — Bom senho... quer dizer, Esmeralda e Raul acredito que essa é a minha deixa, preciso ir para casa. Tenham um ótimo final de semana.

Despediram-se e Micaela voltou para casa muito feliz.

A noite, ela e as suas amigas, foram a um barzinho para beber e relaxar, Micaela não gosta de bebidas, então ela sempre fica no suco e no refrigerante, pois pensa que para se divertir não precisa de bebida alcoólica.

Ayla/Guilherme

Ayla

Hoje é domingo, acordei mais cedo para correr um pouco no parque. Ontem saímos para beber, estou com um pouco de ressaca, mas vou ficar bem. Faço as minhas higienes e saio para correr.

Quando passo por um parquinho infantil, escuto choro de criança, olho para todos os lados e não vejo ninguém, nenhum adulto. Fico com um pouco de medo, mas vou aproximando-me, quando chego perto do brinquedo playground de plástico, vejo duas crianças chorando escondidas.

Aproximo-me delas com cuidado para não assusta-las mais ainda. Quando elas me veem ficam apavoradas.

Menino: não massuca nois não poi favor.- disse o menino abraçado com a menina.

Ayla: Calma, eu não vou machucar vocês. Mas onde estão os seus pais? Não podem ficar aqui sozinhos.- disse agachando-me para ficar do tamanho deles.

Menina: Não sabe, babá correu... dos homem mal... e deixou nois aqui.- disse, chorando entre soluços.

Ayla ficou horrorizada, de como uma pessoa deixaria duas crianças sozinhas, e pelo visto tinham passado a noite ali.

Ayla: Olha só, eu me chamo Ayla e prometo que não vou machucar vocês. — disse ela docemente. -O que acham de virem com a tia Ayla, para acharmos os seus pais?

Menino: Pomete que não vai machucar eu, e minha imã? -perguntou ele, um pouco mais calmo.

Ayla: Claro que eu prometo! Agora venham aqui. -disse a estender a mão para eles.

Aproximaram-se dela bem devagar, pegaram em sua mão. Naquele momento, ela sentiu algo tão forte com aquelas crianças, veio uma emoção inexplicável que invadiu o seu coração, seus olhos encheram-se de lágrimas e abraçou aquelas crianças. Sentiu uma necessidade muito grande em protege- las. As crianças, sentiram um conforto com ela também e retribuíram aquele abraço. Com um pouco de dificuldade, sentou- se num banco com as crianças no colo, que em poucos minutos acabaram adormecendo. Pegou o seu celular e ligou para o apartamento delas.

ligação onn...

📱 Alô Clara falando...

📱Clara sou eu a Ayla, estou precisando de ajuda!

📱Aconteceu algo? — perguntou preocupada.

📱 Bom, eu estava correndo aqui no parque, e meio que eu achei duas crianças sozinhas chorando...

📱 Está maluca? Vai saber quem são essas crianças, vai que pensam que sequestrou elas?

📱 Eu sei! Por isso liguei, eu vou levar elas para a esquadra de polícia, preciso de uma advogada né, ou quase advogada kkkk. Por favor, fala para a Micaela que estou esperando ela aqui.

📱Está bem! Até daqui a pouco!

ligação off...

Meia hora depois, Micaela e Clara chegaram correndo na praça, onde Ayla estava com as crianças que ainda dormiam.

Micaela: Meu pai, são praticamente bebês e gêmeos...

Ayla contou-lhes como se sucedeu as coisas, e o que as crianças disseram.

Clara: Espero que você não se meta em encrenca amiga!

Ayla: Nossa desse jeito você ajuda-me muito! -disse brava.

Micaela: Calma... Não vai ter problema nenhum, o parque tem câmeras para todos os lados.

Clara: Mas até ela provar isso, vai estar atrás das grandes, esperando o julgamento...kkkk -disse ela rindo.

Ayla: kakaka engraçadinha... Amiga igual você não precisa de inimigo. -disse em tom divertido.

Elas acabaram rindo, nesse momento as crianças acordaram assustadas e grudaram na Ayla.

Micaela: É bom levar eles logo, os pais devem estar os procurando!

As crianças não queriam desgrudar de Ayla, Micaela e Clara tentaram agradar-lhes, mas elas não quiseram se soltar de Ayla.

Clara: É bom a gente pegar um táxi, não vai aguentar carregar eles até a delegacia.

Concordaram e seguiram para o departamento de polícia, que ficava uns 40 minutos dali. Ocaminho todo, as crianças ficaram com os rostinhos enterrados no pescoço dela.

Chegando no departamento, todos os olhares recaíram sobre elas, pois, eram mulheres muito lindas.

Se aproximaram de uma mesa de uma polícial que as olhou com arrogância, mas quando viu de quem era as crianças, tentou tira-las do colo de Ayla. E as crianças começaram a chorar.

...****************...

Um dia antes do ocorrido...

Guilherme

Hoje tive que acordar mais cedo, pois tenho que ir trabalhar, fazer plantão no departamento de polícia. Não gosto de trabalhar aos sábados e domingos, pois são os dias que passo com os meus filhos. Mas o meu colega sofreu um atentado ontem, e hoje preciso ficar no lugar dele. Tive que chamar a babá para cuidar deles. Não vou muito com a cara dessa babá, ela fica se insinuando quando me vê. Mas o importante, é ela cuidar dos meus pequenos.

Antes de sair, passei no quarto deles, dei-lhes um beijo e fui trabalhar. Quando cheguei no departamento, tinham várias ocorrências. Eu e Rodolfo, começamos o trabalho.

A tardezinha, recebi uma mensagem anônima do número desconhecido, que está sempre me ameaçando.

📲:"Espero que esteja feliz, pois a sua felicidade durará pouco, hoje as suas joias

preciosas, serão minhas!!!!!!"

Ao terminar de ler, sentiu um aperto no seu coração e deu um soco na mesa. Começou a ligar para seus seguranças, mas ninguém atendia. Seu desespero foi aumentando. E gritou por Rodolfo. Que veio depressa até a sua sala.

Rodolfo: O que aconteceu cara?- perguntou a entrando, assustado na sala dele.

Guilherme mostrou- lhe a mensagem anônima. Juntos montaram uma equipe para irem para sua casa.

Estavam saindo, quando a babá dos seus filhos, chegou correndo chorando. Nesse momento ele temia pelo pior, perdeu totalmente o chão.

Guilherme: CADÊ OS MEUS FILHOS?! -gritou segurando com força nos braços da babá, que o olhava assustada e chorando.

Rodolfo: Calma cara! Solta ela, vamos lá para dentro, ela vai explicar tudo! -disse ele, puxando Guilherme que estava fora de si.

Entraram na sala e sentaram-se, menos Guilherme que com lágrimas nos olhos, k andava de um lado para o outro.

Rodolfo: Por favor, senhorita..., relate o que aconteceu. -disse Rodolfo com tom de preocupação.

...💭Tomara que não aconteça nada com as crianças, se não o meu amigo não vai suportar. -pensou Rodolfo muito preocupado com as crianças, e com o seu amigo.💭...

Babá: Levei as crianças para passear no central park para fazer um piquenique, deixei as crianças brincando e os seguranças ficaram...perto de nós...quando de repente escutamos tiros, fiquei apavorada e saí correndo, dois seguranças estavam caídos no chão e… — foi, dizendo quando foi interrompida por Guilherme, que a pegou com toda força pelos braços.

Guilherme: Deixou os meus filhos sozinhos?!

Quando ouvi aquela vadia, dizendo que deixou os meus filhos sozinhos, o meu sangue ferveu de uma tal forma, que eu quase fiz uma besteira.

Guilherme: SAI DA MINHA FRENTE AGORA!!! -gritei com ela, que saiu correndo da sala.

Ficando apenas eu, Rodolfo e Brenda.

Brenda é uma policial, que trabalha comigo, somos amigos de infância e confio muito nela.

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Brenda

O meu nome é Brenda, tenho 30 anos, sou amiga do Guilherme, mas queria ser mais que isso, ele nunca olhou-me como mulher. Quando ele casou-se, fui embora, mesmo sabendo que a mulher dele era uma golpista, eu afastei-me, pois, sabia que ele a amava muito. Quando fiquei sabendo que a mulher dele havia ido embora, fiquei muito feliz e voltei disposta a tudo, para ficar com ele. Vou fazer de tudo para ter ele só para mim.

...****************...

Brenda: Se acalme Gui, ficar assim vai te atrapalhar a pensar no que fazer! -disse ela segurando a mão dele.

Rodolfo: Ela tem razão cara, precisamos começar as buscas. Vamos separar as equipes.

Guilherme: Vocês têm razão, vamos lá!

Saíram com as equipes de buscas, procurando por todos os lados, acharam apenas o ursinho preferido de Kate. Quando Guilherme viu aquele ursinho desmoronou, caiu ajoelhado chorando, e deu um grito de dor. Brenda o abraçou, mas com um semblante de felicidade. Rodolfo também estava atordoado e segurando-se para não chorar.

Passaram a noite toda, atrás das crianças, voltaram ao amanhecer, sem notícias nenhuma, ficaram na sala de Guilherme. Ele estava arrasado e Rodolfo também. Não imaginavam, que quando as crianças brincavam, afastaram-se muito da babá, que não percebeu por estar de gracinhas com os seguranças. Quando as crianças ouviram os tiros, viram homens encapuzados correndo na direção deles, entraram no mato que havia ali, esconderam-se de medo. Quando estava quase anoitecendo, começaram a andar e acharam um parquinho e ali acabaram adormecendo.

Guilherme e Rodolfo, estavam na sala deles, quando ouviram uma discussão de mulheres. Em determinado momento, escutaram choro de crianças. O coração de Guilherme encheu-se de esperanças ao ouvir aquele choro, pois conhecia muito bem. Saiu apressadamente de sua sala.

Quando viu os seus filhos agarrados numa moça, os seus olhos encheram de lágrimas e foi até eles.

Guilherme: Lorenzo, Kate! -disse em voz alta.

Quando as crianças ouviram ele chamar, olharam para ele e disseram:

Gêmeos: Papai. — disseram felizes.

...****************...

Ayla

Estava com as crianças no colo e aquela mulher tentava tira-las do meu colo, eles estavam com muito medo e chorando.

Ayla: Solta eles agora!! Não vê que está os assustando?!

Percebendo que ela ia acabar machucando as crianças, Clara entrou na frente dela.

Clara: Eu sei bem que é policial, mas não vê que está assustando as crianças...

Nesse momento, um homem, um homem não, um Deus grego vem na nossa direção, com lágrimas pelas suas faces. Mesmo com olheiras, continuava lindo.

Chamou as crianças por seus nomes..., juro os meus braços estavam doendo, nem os sentia mais por estar a tanto tempo com as crianças nos meus braços, porém naquele momento, simplesmente não senti as minhas pernas, senti um arrepio pelo meu corpo, que nunca havia sentido na minha vida.

As crianças o reconheceram, ele veio até nós e os pegou do meu colo. Foi uma cena tão emocionante, que todos que estavam ali, emocionaram-se muito, menos a tal da policial que tentou pegar as crianças de mim.

Brenda 💭Quando vi aqueles pirralhos do Guilherme, fiquei com muita raiva, mas veio a ideia de fingir que eu os encontrei..., assim ele se sentiria grato a mim. Contudo, aqueles pirralhos não quiseram vir comigo e ainda fizeram o maior show.. Que raiva! -pensou Brenda.💭

E agora o que será que vai acontecer?

Continua...

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