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Um Mafioso Em Minha Vida História Intercalada com NA MIRA DO SEU OLHAR

Dedicatória/ Prólogo

Dedicatória:

Para quem já amou incondicionalmente.

Para todas as pessoas que amaram alguém que não merecia.

E, finalmente, a cada pessoa que tenha seguido o seu coração pelo caminho menos percorrido.

Isto é para você.

Prólogo

Vinte anos atrás...

Eu posso ouvi-los

novamente.

Meus vizinhos estão brigando. O menino grita para ele parar.

Eu me ajoelho na minha janela. Fechando os olhos com força, tapo os ouvidos e canto para mim mesma.

Eu não gosto disso.

Então, nada.

Eu ouço com dificuldade, então descubro meus ouvidos.

Virando-me, e ainda permanecendo um pouco, espreito por cima da borda da janela e o vejo andando rápido pelo lado da minha casa. Ele tropeça, cai e se arrasta para fora da minha vista.

Ele está machucado.

Meu coração dispara.

Eu poderia entrar em um monte de problemas. Papai ficaria verdadeiramente louco.

Ajoelho-me longe de vista por um momento e espio rapidamente pelo batente da porta.

Eu escuto. Com dificuldade.

As peças de TV e o ouço roncar.

Esperança inflama.

Desço as escadas na ponta dos pés e fujo para a cozinha. Pego uma cadeira da mesa de jantar, subo nela para alcançar a prateleira de cima.

Eu pego o que eu preciso, deslizo a cadeira de volta e vou para a porta dos fundos.

Minha mão chega à maçaneta, agarro-a apertado, então... eu paro.

Eu poderia me arrumar um monte de problemas por isso.

Meu coração bate fora do meu peito.

Girando a maçaneta, ela range um pouco e o medo flui sobre mim. Paro, e então eu giro tão lentamente que ela leva uma eternidade para fazer a rotação.

Finalmente, eu sinto o clique da trava e empurro a porta aberta. Tirando os meus chinelos, eu os coloco entre a porta e o rodapé para que ela não feche.

Descalça e vestindo apenas minha camisola branca, eu ando cuidadosamente através do quintal, o frio da grama macia sob meus pés, seguindo o som da respiração ofegante e do choro suave.

O encontro na parte de trás da linha da nossa propriedade sob uma árvore, eu o vejo cobrir o rosto com as mãos. Seu corpo treme.

Mesmo escondido no escuro, ele não quer que ninguém veja suas lágrimas.

Ele está tentando ser forte.

Meu coração dói.

Caminhando lentamente para mais perto, eu piso em um galho. Ele quebra, e seu rosto se ajusta para olhar para mim.

Pulando como um gato assustado, ele grita: — Fique longe de mim.

Sem me aproximar mais, eu abaixo minhas coisas e sussurro: — Você está ferido.

Ele me observa com cuidado, olhando entre as coisas que eu trouxe e meu rosto, como se estivesse procurando alguma dica de isto ser uma piada.

Ele franze a testa e diz baixinho: — Eu estou sempre ferido.

Mesmo no escuro, eu vejo o ódio em seus olhos. Ele brilha como o dia.

Eu vejo seu rosto ficar mais escuro. Dou um passo à frente com os meus olhos arregalados, digo-lhe: — Você está sangrando.

Alcançando sua bochecha, ele toca a ferida com a ponta dos dedos, retiraos, em seguida, olha para o seu sangue. Ele o esfrega lentamente entre o polegar e o dedo médio. Acariciando o sangue, como se fosse desculpas.

Eu gaguejo: — Eu - eu posso ajudá-lo.

Erguendo os olhos frios para mim, ele cospe: — Ninguém pode me ajudar.

Ele não pode mandar em mim.

Colocando uma mão no meu quadril, eu olho para ele e sussurro. — Eu poderia entrar em um monte de problemas. Meu pai ficaria realmente louco. E... e vim para ajudá-lo. — de repente, com medo por mim, eu digo baixo: — Por favor, deixe-me ajudá-lo.

Eu preciso voltar para dentro antes que meu pai descubra que eu não estou na cama.

Meu rosto deve mostrar o meu medo, porque sua postura relaxa um pouco, e ele pergunta: — Por que você vai me ajudar, então?

Não tenho certeza.

Eu dou de ombros. —Você está ferido.

— Ninguém mais se importa se eu estou ferido.

Meu coração dispara.

Eu sussurro: — Eu me importo.

Ficamos ali, olhando um para o outro por muito tempo.

Finalmente, ele se aproxima de mim e pergunta: — Qual o seu nome?

— Alexa. Alexa Ballentine.

Ele assente, mas não diz nada.

— Qual o seu nome?

Ele chuta em uma pedra. — Não importa. Você vai esquecê-lo uma vez que eu for embora.

Meu estômago dói. Eu preciso saber o nome dele.

Aproximando, eu prometo: — Não, eu não vou.

Erguendo a cabeça, ele passa a mão pelo cabelo castanho bagunçado para mantê-lo fora de seu rosto. Ele me olha mais um segundo antes que ele pronuncie: — Antônio Falco.

Eu quero dizer que é um prazer conhecê-lo, mas não parece certo.

Arrastando em torno de pé em pé, eu pergunto: — Quantos anos você tem?

Ele se inclina para trás no tronco da árvore. — Oito.

Ele parece mais velho para mim.

Ele pergunta: — Quantos anos você tem?

— Seis. — pausa. — Eu vou ter sete em breve. — eu minto.

Sua testa franze. — Você parece mais velha.

Uau. Eu apenas pensei a mesma coisa sobre ele.

Sem pensar, eu deixo escapar: — Por que seu pai te machuca?

Seu maxilar enrijece e ele explica: — Ele é meu padrasto.

Ouvindo um ruído na casa, eu me viro e meus olhos se arregalam de terror. Voltando-me para Antônio, eu sussurro: — Por favor, deixe-me ajudá-lo.

Baixando os olhos, ele murmura: — Tudo bem.

Alívio e alegria espiralam por meu corpo.

Ele dá um passo à frente para a luz da lua e eu suspiro. O topo da sua bochecha está aberto.

Eu engulo em seco, tentando não passar mal.

Levando um pouco de algodão e antisséptico, advirto: — Esta coisa fedorenta arde.

Mas quando eu toco em seu ferimento, ele nem sequer pestaneja. Seus olhos nunca deixando os meus.

Pegando um band-aid, eu o abro e coloco no topo de sua bochecha. Ele não adianta muito. A ferida é muito grande. Mas ele ainda murmura: — Obrigado.

Outro barulho na casa me faz tremer. Olhando nos seus olhos castanhos, eu sussurro urgente. — Eu preciso ir. Vejo você em outra hora, Antônio.

Ele olha para o chão. — Não. Você não vai.

E eu não vi.

Nenhuma vez mais.

1

Lexi

Sydney, Austrália 2014

A batida na porta

não vai parar.

Enterro-me mais profundamente no colchão, puxo as cobertas mais apertadas em torno de mim e suspiro de maneira sonhadora.

Knock, knock, knock...

— Alexa, levanta sua bunda daí! Você se esqueceu que dia é hoje? — isso soa como Drew.

Meus olhos se abrem e eu suspiro.

—Merda. — eu salto da cama como se eu tivesse sido expulsa. — Merda!

Correndo pelo corredor até a porta da frente, eu destranco e abro a porta. E Drew com um olhar irritado está lá. Ele da uma olhada para o meu corpo e sua boca escancara.

Franzindo a testa, olho para baixo e grito: — Merda!

Eu não gosto de dormir em nada volumoso. Um top de alcinhas finas e calcinha são a minha combinação de dormir de costume. Correndo de volta para o meu quarto, eu ouço a risada de Drew e eu grito: — Pode rir, Drew! Você vai ter o seu.

Drew é um colega de trabalho em uma causa, e eu esqueci - porra, eu esqueci - que precisamos estar no tribunal esta manhã.

Eu me mudei dos EUA para a Austrália quando tinha dezoito anos. Minha mãe adotiva cuidou de mim desde que eu tinha dezesseis anos, e quando sua saúde começou a declinar, ela queria se mudar para estar mais perto de sua família. Sendo nascida na Austrália, que é onde ela estava indo, pensei que eu ia perder a minha mãe.

Só que não foi isso que aconteceu.

Após dias estando deprimida sobre sua partida iminente, ela declarou: — Você precisa arrumar suas coisas em caixas para que eu possa enviá-las na nossa frente. Você só deve ficar com uma mala cheia de roupas. Eu vou me certificar de que não enviem tudo muito cedo, pois eu ainda quero encontrar nossas coisas quando chegarmos lá.

Levantei minha cabeça abruptamente.

O que dizer agora?

O rosto de mamãe caiu com minha expressão estupefata. — Você não quer vir comigo?

Piscando alguns momentos, deixei escapar um grito animado e saltei sobre ela. — Sim! Sim! Eu quero mamãe!

Terminando assim a nossa pequena falta de comunicação.

Tirando a roupa, eu espalho desodorante pelo meu corpo por uns bons trinta segundos antes de jogar a lata de lado e vasculhar por algo decente para vestir. Eu me contento com uma camisa branca de manga comprida por dentro de calças pretas e adiciono um cinto preto.

Definitivamente chic para o tribunal.

Deslizando sobre um par de saltos baixos, eu tiro o sono dos meus olhos, solto meu cabelo do rabo de cavalo o chacoalho e me olho no espelho.

Nada mal. Poderia ser muito pior.

Apertando os lábios, eu aceno com a cabeça em afirmação.

Vai ter que ser. Eu não tenho tempo agora.

Saindo do meu quarto, Drew se vira para mim e da uma segunda olhada. Seus olhos azuis se arregalam. — Você fez... — ele aponta para todo o meu corpo. —... tudo isso em menos cinco minutos?

Correndo para pegar a minha bolsa na cozinha, eu digo: — Uh-hum.

Ele balança a cabeça, murmurando: — Eu tenho que ter uma conversa séria com a minha namorada. Sério, afinal de contas. Quem precisa de duas horas para se preparar para ir ao cinema?

Isso é muito tempo.

Finalmente localizei minha bolsa e arquivos, eu ando de volta para ele. — Não comece algo que vai sair pela culatra. Ela só leva tanto tempo porque ela quer ficar bonita para você.

2

Caminhando para a porta da frente, ele zomba: — Eu a prefiro sem toda essa merda por todo o rosto.

Parando no meu caminho, coloco a mão no meu quadril e inclino a cabeça. — Você já disse isso a ela?

Lábios de Drew franzem indignados.

Assim como eu pensei. Não. Ele não disse.

Levantando as sobrancelhas e apontando o dedo para ele, eu o instruo. — Você precisa dizer isso a ela.

Nós saímos do meu apartamento e nos dirigimos ao seu carro. No caminho para o tribunal, ele pergunta: — Você sabe o que você precisa dizer?

Balançando a cabeça, digo-lhe: — É bem direto. Dentro e fora. Tahlia cuida melhor de si mesma do que seus pais fazem. E, além disso, ela tem dezessete anos. Se ela quer se emancipar, eu acho que ela tem uma grande chance. Nós não estamos falando de treze anos de idade aqui. Estamos falando de dezessete anos de idade, que saiu de casa aos quinze, conseguiu um emprego e encontrou um lugar para ficar. Por. Conta. Própria. Ela é responsável, e... — voltando-me para Drew, eu adiciono com um sorriso: — Ela é uma boa garota. Tão doce e encantadora. Eu acho que ela tem o que é preciso para ficar fora do sistema.

Drew se volta para a estrada, sorrindo: — Eu acho que este está no papo.

Um largo sorriso de merda se espalha pelo meu rosto. — Eu sei.

Estou empolgada.

Assim que nós saímos do tribunal, eu perco a minha cara de póquer, corro para Tahlia, e sussurro quase gritando: — Parabéns, querida!

Ela ri baixinho e aceita o meu abraço. Eu a abraço forte, sorrindo o tempo todo.

Eu amo meu trabalho.

Ela murmura em minha camisa. — Obrigada. Realmente. Muito obrigada.

Recuando, eu coloco seu cabelo atrás de sua orelha e admito: — Foi um prazer.

Liberando-a completamente, eu a informo sobre o plano. — Então, o que acontece agora, é que você é livre para fazer o que quiser. Isso não é um convite para que você viva na noite e desperdice sua vida, ouviu?

Tahlia revira os olhos. — Sim, mãe.

Eu rio. Eu amo como o sotaque australiano é atenuado.

Sorrindo, eu coloco a minha mão em seu antebraço e aperto. — Você sabe que você pode me ligar a qualquer momento. Mesmo que não seja importante. — dando de ombros, eu digo a ela: — Pode ser algo bobo, como conselhos sobre um menino, ou mesmo o detergente para roupas a ser usado para um determinado tipo de mancha. — ela ri de mim e meu sorriso amolece. — Qualquer coisa, querida. Você não está em meus livros mais, mas você vai ser sempre um dos meus filhos.

O sorriso diminui em seu rosto, seus olhos brilham. Ela sussurra: — Obrigada, senhorita Ballentine.

Balançando minha cabeça, pronuncio completamente séria: — Oh, não. Você é uma adulta agora. Você pode começar a me chamar de Lexi.

Ela enxuga seus olhos para parar a lágrima antes que caia. — Obrigada, Lexi.

Me afasto em direção ao carro de Drew, e digo: — Você é sempre bemvinda.

Drew espera pacientemente no banco do motorista brincando em seu telefone. Ao me aproximar do carro, eu sinto ele me olhando.

Arrepios percorrem todo o meu corpo. A raiz dos meus cabelos está eriçada.

Parando como uma idiota, eu tento manter a calma. Eu abro minha bolsa e faço com que pareça que eu estou procurando por algo importante.

Meu coração dispara.

Onde ele está?

Eu tento olhar em volta discretamente. Meu olhar deriva em frente a um dos muitos cafés ali. Meus olhos passeiam, procurando o capuz preto familiar. E assim quando eu estou a ponto de desistir, eu o vejo.

Ele me olha por debaixo do capuz de sua jaqueta, reclinado em uma cadeira do café.

Eu sei que eu deveria denunciar isso.

Ele está em todos os lugares. E eu quero dizer em todos os lugares. Quase parece que ele sabe onde eu vou estar antes que eu saiba.

Sua cabeça se eleva e seus olhos observam os meus.

Ele nunca me abordou. Ele nunca fez um movimento para me saudar.

Ele apenas... está. Nunca me incomodando.

Na verdade, vê-lo desperta alguma coisa em mim.

Ele está alojado no meu subconsciente. A estrela dos meus sonhos. O que é ridículo. Eu sei.

Seus olhos são ferozes. Cheios de fogo. Eu não sei o que fazer com isto.

Drew grita. — Pronta para ir, Lex?

E eu balanço a cabeça, percebendo que eu estive aqui de pé por cerca de cinco minutos apenas olhando para um homem estranho do outro lado da rua.

Com o rosto queimando, eu respondo: — Sim. Vamos voltar para o escritório.

Meus olhos se voltam para ele.

Só mais uma olhadinha.

Mas ele se foi. Como sempre.

Perseguida por um fantasma.

Eu mentalmente zombo.

Imaginação.

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