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Skies: Orange&Blue (Vol 2)

Skies On The Spaces – Capítulo 1

Ano de 2120, Universo 4

"Pronto. Preparar em três, dois, um.... Decolando" 

   Decolamos da Terra. Emocionante isso, tudo é rápido demais, estamos indo para o espaço...

  Faz vinte dias, quatorze horas e vinte minutos que partimos da Terra. Estou com saudades de casa. Parece loucura quando paro para pensar que essa é a minha primeira missão no espaço. Sinceramente, eu nunca imaginei viver algo assim. É maravilhoso.

— Ei, Thomas, como sempre no mundo da lua, né?

— Como se a gente fosse pra lua, né, Jeffrey? — Desperto dos meus pensamentos com a voz animada deles.

— Ah, sim.

— Vocês estão bem? – Pergunta o comandante

— Sim, comandante — Disse Laura, uma outra tripulante da nave.

      Estou sentado próximo a janela. O lado de fora está coberto pela escuridão do espaço. Me desligo de novo, como se toda aquela escuridão lá fora fosse invadir o meu ser também. A galera animada conversando, e lá se vai a Laura de novo falando do nosso uniforme tecnológico. É, o grande traje, que se adapta a qualquer ambiente de qualquer planeta, inteligência artificial, tem sistema de clima, caso esteja frio ou calor, tem como ajustar o traje de acordo com eles. Essas baboseiras que já me encheram o saco só de ouvir todos os dias.

— Sim, comandante, tudo tranquilo — Confirmou Paul.

— Eu tô bem, comandante — digo um pouco tímido. 

Todos ali eram experientes, eu era o único novato naquela nave. O porte dela era médio, tinha quartos na parte superior e estoque de comida e água no fundos. Viemos bem preparados.

— Estou maravilhado, comandante — Disse Jeffrey.

    De todos, eu sou bem mais na minha. Não gosto de falar muito, exatamente por isso, faço perguntas demais.

— Estranho, o radar não detectou o Planeta Alvo — comentou o Comandante, com certo ar de preocupação.

— Que planeta alvo? – Perguntei, porém ninguém respondeu, estavam todos tensos querendo entender o que está acontecendo. Planeta Alvo? O que isso quer dizer? Ninguém me disse que iríamos para algum planeta específico, mas, explorar um novo sistema solar identificado pela empresa que trabalho. O que eles sabem que eu não sei?

— Deve estar perto. Jeffrey, liga o mapa holográfico — instruiu o Comandante Hartley e o garoto correu para obedecer o nosso líder.

Fiquei em alerta. Hartley ficou em silêncio depois disso, preocupado. 

Eu havia embarcado nessa viagem para escrever relatórios de pesquisas no planeta onde iríamos, pesquisar coisas sobre o ambiente e a vida do Planeta. Teria que me arriscar fazendo coisas até absurdas, mas que eu gostava. 

Os meus pensamentos são interrompidos por alarmes tocando, de repente, a nave começa a girar como se tivéssemos sido atingidos. Somos jogados de um lado para o outro dentro da nave. Mais uma batida forte e… escuridão.

...

....

...

Meus olhos não queriam abrir no início, e o meu corpo não respondia aos meus comandos. Chamei os meus colegas uma, duas, três vezes, mas nada aconteceu, eles não responderam. Precisei de alguns minutos até recobrar a consciência. 

Sinto o cheiro de fumaça mas não vejo nada, está escuro, no entanto, consigo sentir um vento batendo forte no meu rosto. Ao abrir os olhos, me deparo com um céu roxo azulado e um planeta vermelho enorme no céu, como se fosse uma lua. 

Me levanto com dificuldade e só então vejo que a nave está quebrada. Caminho para fora dela e sinto que afundei um pouco, olho para baixo e vejo areia na sola da minha bota Dou mais um passo e minhas pernas amolecem, caio de fraqueza ao sentir tanta dor no corpo, provavelmente por causa do impacto da queda da nave... 

 Comandante não detectou nada de estranho vindo em direção a nossa nave. Que estranho. 

Depois de descansar um pouco, me levanto e ignoro todas as dores para procurar pelo rádio de comunicação a central.

— Ei, alguém na escuta? Câmbio! Sou Thomas, da tripulação do Comandante Hartley. Sofremos um acidente. Alguém na escuta? Câmbio.

Ninguém responde. 

  Olho em volta e vejo muitas rochas ao redor e areia vermelha com texturas escuras com pigmentos brancos.. Retorno à nave para procurar o pessoal e então o meu coração parece parar por alguns segundos, o fôlego foge dos meus pulmões ao vê-los desacordado. Ao me aproximar mais o uniforme não consegue identificar vida em nenhum deles. Isso não pode está acontecendo! Eles estão mortos e eu estou completamente sozinho, isolado em lugar desconhecido.

Skies On The Spaces – Capítulo 2

Dois dias depois

   Os enterrei na terra vermelha desse planeta. Fiquei horas parado em frente a um túmulo improvisado de cada um em respeito a memória deles. Não caiu a minha ficha que estou completamente sozinho. Encarar tudo isso agora é um baita de um pesadelo. Preciso de um jeito para arrumar a nave, de pelo menos arrumar o rádio e entrar em contato com os meus superiores, achar o sinal já ajudaria. A nave está destruída, será que esse planeta poderá ter recursos suficientes? Eu duvido muito que tenha. Terei que explorar esse lugar. Eu pego coisas necessárias, como kit de primeiros socorros, e uma arma que a própria empresa nos proporcionou. E saio da nave, a fim de explorar, e começo com pé direito, bem longe de onde estou agora, vejo uma grande montanha, e é por lá que irei seguir.

    Ao andar poucos quilômetros, confesso que esse lugar é belo, é vivo e cheio de cores flutuantes, algumas estruturas de rochas são interessantes, aparentam ser uma figura, me parece ser um anjo, o que indica que esse planeta teve ou tem vida por aqui. O céu roxo azulado mostrando um outro grande planeta é o espetáculo, e ao mesmo tempo assustador. As rochas vermelhas carmesim davam um ar muito Star Wars, nossa, citei um baita clássico do cinema agora.

    E eu continuo caminhando e uma das estruturas das pedras, grandes, me chamou atenção, nas pedras há um símbolo, aproximando mais, são uns dois, um é do Infinitos, e o outro três desenhos triangulares. O desenho do infinito ? Outro triangulares? Me sinto intrigado, eu ajusto o uniforme para tirar as fotos dessa pedra e desses símbolos. De repente o uniforme muda conforme o clima, pois está ficando frio agora. Não me sinto exausto, os meus pés doem, meu braço esquerdo todo arranhado, não estou cem por cento. Mas estou chegando perto da montanha, ajusto o meu uniforme para aumentar o grau da visão. Bingo. Vejo uma caverna . Afinal, é o único caminho interessante o suficiente para seguir. Essa caverna se encontrava lá em baixo, me encontro no monte tanto alto, pois é, preciso descer. O que eu tinha a perder? Preciso entrar lá dentro.  Prossigo em direção a ela, por enquanto, não vi nada de anormal, no sentido de ver aliens mesmo... Droga. Queria que eles estivessem aqui.

     O som do vento. Uma sensação absoluta de solidão. É estranho, mas familiar, sempre fui um cara sozinho, pois é, não quero falar sobre isso. Finalmente cheguei na caverna. Encaro ela. Minha mão soa bastante, pego uma pistola e a lanterna. Entro devagar. Cauteloso adentro a caverna.

Ping

...Ping...

^^^Ping^^^

   Que som é esse? Água nesse planeta? Prossigo em direção ao som. Achei. Que coisa mais linda. É um líquido cristalino, azul com branco, a coisa mais... Mais bela que já vi na vida. Uso o acessório do uniforme para identificar se é venenoso ou não. Ele faz um reconhecimento.

    "Líquido cristalino natural do planeta, tem propriedades semelhantes à da água da Terra, contém dióxido de carbono dissolvido e químicas desconhecidas …."

    Tá certo, vou guardar esse líquido em um frasco. Não vou arriscar tomando isso, apesar de ser bem tentador. Quando voltar para a nave, farei a minha pesquisa com mais calma. Continuando a minha exploração, fico observando as rochas da caverna. Engraçado, me lembro dos dias como arqueólogo na Terra. Fiz muitas pesquisas no Egito, lugares da Europa, vi muitos tipos de rochas, areias, presenciei muitas coisas até mesmo estranhas na Terra, e era bem compreensível, deve ser por isso que me escolherem para ser um simples e iniciante astronauta. Agacho apontando a lanterna numa pedra para analisar um desenho, estranho, tem um símbolo do... infinito? Curioso, de novo esse símbolo, o que isso de fato quer dizer hein? Se for pensar no modo nerd, eu diria que se trata de viagem do tempo, mas isso é surreal demais para ser verdade, olho em volta da caverna vejo umas listas verdes, há pontos esverdeados. Prossigo mais um pouco, curioso aonde isso vai me levar. E de repente, uma luz azul no fundo da caverna.

    Desligo a lanterna e caminho até ela. Devagar. Quando chego na luz. Vejo uma espécie de templo, com uma fonte daquela água que tinha visto minutos atrás. Esse lugar é grande e tem desenhos bem estranhos nas paredes. Em volta da fonte tem quatro pequenas pilastras, subo pequenas escadas e olho para dentro da fonte. Que coisa maravilhosa. Eu me perdi em tanta beleza desse lugar, essa caverna me presenteou me trazendo aqui. E eu mal notei que no canto desse templo, tem uma descida, é bem feito por assim dizer. Como esta escuro, eu ligo a lanterna. E ando até essa descida e sigo a exploração. No caminho, noto muitos desenhos triangulares, anjos, criaturas bizarras. Pela característica, me pareceu ser a entrada ou a saída desse templo, e continuo descendo. Até que... Encontro outra saída, lá na frente. É a luz do dia, desligo a lanterna. Quando saio, bem lá em baixo, vejo uma grande floresta. Olho para o lado, vi uma grande descida rumo à floresta. Ainda bem que não vou precisar escalar. Mas é bizarra a estrutura desse Planeta, dessa montanha. Esse mata toda fica muito abaixo de tudo que caminhei, não faz sentido. Tanto que a caverna onde esta é muito grande, muito mesmo. Olho aquilo, e sigo o meu caminho.

Skies On The Spaces – Capítulo 3

    Descer até essa floresta foi um tanto cansativo. Mas valeu a pena, me sinto encantado com tudo que vejo, principalmente as flores, as cores das árvores, a terra, há uma pedra enorme no meio de uma das árvores, e uma outra pedra ao fundo servindo como plataforma, e eu desço para prosseguir o caminho. Se há vida aqui, com certeza também deve ter algum tipo de animal, mesmo que ainda não tenha visto nenhum. É fantástico. Acho que já está na hora de voltar pra nave. Mas que droga, o que vou fazer? Sou apenas um arqueólogo, por mais que eu tente, como consertarei uma nave caramba? Preciso de pelo menos um sinal para o rádio, um sinal, e com certeza terei ajuda dos superiores.

    Fico pensando se vou fazer um descobrimento interessante por aqui, minha empresa O.H.E ( Organização Hiper Espaço) descobriu dois planetas com vida. Foi um evento marcante para a Terra. Já estamos no século XXII, capacidade temos de sobra para desvendar alguma tecnologia nesse planeta, porém, a água já temos, podemos talvez fazer alguma coisa com ela.

     Ainda andando sobre esse belo lugar desconhecido, nessa floresta estranha, me agacho para examinar uma linda flor, ao meu ver é uma. Pego uma delas e guardo na minha mochila, poderá ser importante n minha pesquisa. Antes de explorar mais essa estranha linda floresta, algo me chama atenção. Uma árvore, brilhante, linda, bem grande. Me aproximo. Dou três passos receosos. Meu uniforme me alerta.

"Cuidado, o objeto não identificado pode ser fatal"

    Assim, direto, ok então.  Até que vi um desenho que tem nela, aquele mesmo que vi na caverna mas diferente. Tem dois traços formando dois triângulos. Peço para.... Preciso parar de falar "meu uniforme" e dar um apelido para ela né, mas peço que o uniforme tire uma foto. É um desenho estranho, mas continuo a jornada mesmo assim. Me sinto cansado. Nossa, no meio da floresta, vejo vários daqueles símbolos nas árvores, símbolos triangulares. Umas eram vermelhas, azuis, roxas, verdes. Aquela espécie de água que vi na caverna percorria um caminho. Sigo a água e os desenhos nas árvores.... A noite me recompensa com três luas. Não são tão grandes, mas médias. Ligo a lanterna e sigo os desenhos. Até que termina. A água misteriosa sumiu... E o que vejo é mais difícil de descrever ainda. Uma grande estrutura logo abaixo do monte. Corro para chegar mais perto do local. É enorme, e no meio de tudo aquilo o símbolo. Aqueles três triângulos. Bem no centro do templo. Bem igual aquela que tinha visto na caverna. Se existia vida, eles eram bem fiéis a uma entidade que serviam. Em volta tem uma espécie de madeira ou material natural do planeta. Quem deve ter feito tudo isso?

      Pior de tudo que não tive treinamento militar suficiente para caso aconteça alguma coisa, aprendi a dar uns tiros sim a alvo, mas nada tão incrível. Ando lentamente ate o meio do símbolo com a minha lanterna e fico encarando aquela coisa ali na minha frente. Cacete. Estou uma hora e meia andando, será que estou ficando louco e vendo coisas? Sete horas e já vi coisas absurdas nesse lugar.... Que barulho foi esse?.... Aaaaaahhhh.... Merda.... Droga.... Alguém.... Me.... Bateu... ???

    Uma figura estranha se aproxima de mim, parecia ser.... Humano... Apenas vejo os seus pés...Não está claro para mim... Aquilo dói muito... Merda...

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