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Razão Do Meu Tormento

Capítulo 1

Katy

Sinto beijos em todo meu rosto,

abro os olhos e vejo Sebastian me olhando com seus lindos olhos verdes, sorrindo

para mim... Como é lindo esse homem... Hoje faz 6 meses que estamos juntos... Eu

nem acredito que já faz seis meses.

Eu trabalhava no mesmo café

que trabalho hoje... sempre tive fama de ser chata e não dar moral para os

homens que davam em cima de mim... Tenho 19 anos, e só faz um ano que sai do

orfanato onde fui criada desde os meus três anos quando meus pais morreram em

um acidente de carro...  Eu não via nele

alguém com quem pudesse me relacionar... Ele era a categoria de homem que

eu jamais me relacionaria... As meninas que trabalham comigo, tem costume de

aceitar convites dos clientes para sair... mais não eu... e todos sabem disso,

por isso me chamam chata... Quando conheci Sebastian ele estava com um grupo

de amigos... sempre vem na sexta para o happy hour... bebem e se divertem,

principalmente com as meninas que aqui trabalha...

Lembro-me como se fosse hoje a

primeira vez que Sebastian me chamou para sair... Estava com os amigos, bebiam e

riam muito... assim que fui pegar os pedidos ele me convidou para sair... porem

como sempre recusei, e isso foi motivo de chacota entre os amigos, eles riam e

diziam que ele perdera o jeito com as mulheres... Mais no final do

expediente depois que todos já foram, lá estava ele do outro lado da rua,

me esperando terminar o expediente... Pediu-me para levar em casa, mais recusei,

disse que ira de ônibus mais ele não aceitou minha recusa e disse que seguiria

o ônibus e só iria para casa depois que eu estivesse segura em casa...

Assim aceitei a carona e começamos a nos conhecer, e desse dia em diante nunca

mais nos desgrudamos...

Sebastian: em que esta pensando

dorminhoca?

Katy: no dia que nos conhecemos, parece

que foi ontem e já faz seis meses...

Sebastian: verdade... como passa rápido

né… preciso levantar minha linda… tenho uma reunião cedo na empresa

hoje...fica dormindo mais um pouquinho você pode...

Katy: penso que vou mesmo... estou

com um sono sem explicação hoje...

Ele me da mais um beijinho e

levanta, vai para o banheiro fazer sua higiene e tomar um banho... se troca no

closed, e vem todo lindo de terno e gravata me da um beijo que quase derrete

meu corpo e sai para trabalhar...

Assim que ele sai eu levanto pego

meu celular e ligo para a farmácia… não posso mais adiar isso... Faz 15 dias

que estou com enjoo e minha menstruação está atrasada vários dias... a princípio não acreditei que fosse nada porque fui sempre  desregulada, mais ontem após sentir

o cheiro de café na cafeteria vomitei de novo… minha amiga Ana que já sabia estar passando mal a dias sugeriu que poderia ser gravidez... e isso nem me

passava pela cabeça... era virgem quando comecei a sair com Sebastian... levou

um mês para irmos pra cama, ele foi super fofo e esperou até eu estar pronta... me levou  tomar injeção para não engravidar, por isso não suspeitava...

Pedi 5 testes diferentes para não

ficar com dúvidas... faço minha higiene e tomo um banho rápido... o entregador

chega... pego os testes, tomo coragem e faço os 5... sento e espero sem coragem

de olhar o resultado... fecho os olhos e rezo para ser o que tiver que ser...

pego o primeiro e aparecem 2 risquinhos rosa, o segundo também, assim como o terceiro

e todos os outros... é isso vou ser mãe... Meu Deus eu não estou preparada para

isso agora... oque vou fazer, eu só tenho 19 anos, não tenho faculdade e

trabalho de garçonete em um café...

E Sebastian será que vai me apoiar...

ou vai ficar com raiva... nunca falamos sobre filhos e nem compromisso a longo

prazo... eu amo ele e sei que ele me ama também... mais filho agora...

Tento me acalmar e respiro fundo,

meu celular toca, é a Ana...

Katy: Alo, Ana...

Ana: oi lindinha tudo bem com você?

Katy: mais ou menos, ainda bem

que você ligou… Fiz o teste amiga... deu positivo e agora não sei oque

fazer... (começo a chorar)

Ana: calma amiga, respira... fica

calma, vai dar tudo certo, estou aqui para te ajudar, você sabe que sempre pode

contar comigo... e você tem o Sebastian também ele te ama e vai adorar...

Katy: será amiga... estou muito

confusa...

Ana: fica tranquila... vai dar

tudo certo... Eu sei que não é boa hora agora mais preciso pedir um favor pra você...

sera que não podemos trocar de turno hoje... se você puder entrar as 10 e sair

as 8... eu faço seu horário e fico até as 22 horas pra você... tenho um assunto

urgente pra resolver agora cedo...

Katy: claro amiga... posso sim,

vai ser até bom pra me distrair um pouco e pensar em como vou contar pra o

Sebastian...

Ana: obrigada amiga, fica tranquila, amorzinho vai dar tudo certo... almoçamos juntas e conversamos pode ser?

Katy: pode sim... obrigada por

tudo... até mais, bjs...

Ana: Bjs amiga...

Capítulo 2

Katy

Fui trabalhar no horário da Ana, o movimento estava alto e

isso foi ótimo para mim, pois não tive tempo de pensar em como contar sobre o

bebê para Sebastian... Não avisei ele que fui em horário diferente... nunca

ligo ou mando mensagens para ele quando ele esta trabalhando... Sei la nunca me

senti a vontade para  fazer isso... ele

me liga ou manda mensagem quando precisa me avisar de algum jantar ou se vai se

atrasar mais eu nunca o faço, nunca fui à empresa dele também, ele nunca me

convidou para conhecer e eu também não iria sem ser convidada... Agora parando

para pensar, não temos esse tipo de relacionamento e isso me desanima um pouco...

Como nunca percebi sermos assim? Percebi que venho me contentando com

pouco... talvez por nunca ter estado em um relacionamento não percebi como estávamos

caminhando... Nunca conheci seus pais... só seus melhores amigos porque nos conhecemos

no mesmo dia que conheci ele... e vou a jantares de caridade ou de negócios mais

sempre me apresenta como Katerine e não como sua namorada... E agora isso

ficou  martelando na minha cabeça,

acredito que isso não seja normal em um relacionamento.

Eu e Ana saímos às 14 horas, temos que comer rápido, pois hoje o movimento está alto... Falo com ela sobre o que estive pensando...

ela também concorda que isso não está certo ainda mais se vou ser a mãe do filho

dele... Assim que conseguir contar sobre nosso bebe, vou falar também sobre o

tipo de relacionamento que estamos tendo., pois não quero que nosso filho cresça acreditando que os pais não se amam ou não se respeitam...

Voltamos a trabalhar, as 20 horas termino meu expediente, vou

passar em uma delicatesse comprar um vinho e uma tabua de frios que Sebastian

ama para comemorar... Hoje os amigos estão lá para a noite de pôquer, vai dar

tempo de chegar tomar um banho para relaxar e assim que eles forem embora

poderemos conversar... Volto a ficar nervosa e com medo da reação dele, mais

tento pensar positivo enquanto entro na delicatesse...

Assim que faço minhas comprinhas pego um táxi, hoje não

estou com vontade de esperar ônibus para casa... Outra coisa que vou precisar

mudar com a gravidez será sobre meu trabalho, economizo desde que

comecei a passar as noites no apartamento de Sebastian... assim posso usar esse

dinheiro para investir no meu sonho... faço desenhos de vestidos incríveis e costuro

eles a mão, fazia isso no orfanato e depois que fui morar com Ana eu mesmo que fazia

minhas roupas que usava... só não fazia mais por não ter condições de comprar

os tecidos e por não ter uma máquina de costura... mais agora com o que

economizei em 5 meses morando com Sebastian posso começar...

Consigo um táxi, e outra coisa que me vem a cabeça é que

mesmo Sebastian sendo muito mais muito rico, nunca falou nada sobre eu

trabalhar como garçonete, não que seja um trabalho digno, é e muito, pois é ele

que tem me sustentado desde que sai do orfanato, mais ele nunca pediu para eu

parar de trabalhar ou me ofereceu uma vaga na sua empresa… não que eu pararia

ou acetaria, pois, gosto da minha independência, mais ainda sim, isso na minha

cabeça agora acaba soando estranho...

Capítulo 3

Katy

Chego em casa as 20:40, Sebastian mora em um apartamento

“triplex” na cobertura de um prédio de luxo em Nova Iorque, onde fica a sede da

sua empresa de tecnologia, ele é um dos homens mais ricos e bem-sucedido do

momento, assim como seus melhores amigos, Henrico, Dimitre e Max, eles estudaram

juntos em Harvard e são amigos desde então...

Deixo o vinho e a tabua de frios na cozinha no primeiro

andar, tiro o sapato, pois meus pés estão doendo muito... da cozinha escuto as

rizadas e as vozes no segundo andar onde fica a sala de jogos... no terceiro

andas ficam os quartos... subo dá um alo para eles antes de subir para o quarto

e tomar meu  banho relaxante…

Quando estou prestes a bater na porta e entrar escuto a voz

de Dimitre...

Dimitre — E agora Seb que você ganhou a aposta oque vai

fazer com a garçonete? Já pegou a chave do seu Iate, pode até rebatizar ele

kkkkkk

Max — É verdade Seb oque vai fazer agora vai chutar a pobre

moça já que você conseguiu o que queria, mostrar que pode pegar qualquer uma e

manter apaixonadinha por 6 meses, apresentar ela na sociedade como se fosse uma

de nós...

Rico — Eu penso que essa brincadeira foi longe de mais... você

poderia ter saído com ela até levar para cama e depois dispensado, não precisa

ficar com ela esse tempo todo Seb, e agora o que vai ser dela... e outra você nem

precisava de um Iate novo... você tem o seu ótimo por sinal... não

gosto dessas brincadeiras que envolve a vida de outras pessoas…

Sebastian — Calma gente kkkkkk, eu não vou dispensar ela

ainda, não terminei com ela ainda... nunca ninguém mexeu comigo na cama igual

ela... só vou dispensar quando enjoar... e ainda não aconteceu kkkkkk

Max — Será que meu amigo está apaixonado? Kkkkk

Dimitre — Daqui a pouco ele pede a garçonete em casamento

kkkkkkkkk

Sebastian — Não vou pedir ninguém em casamento não...

primeiro porque não pretendo me casar tão cedo... segundo quando eu casar, terá

que ser com alguém da minha classe, preciso de uma esposa que saiba andar na sociedade

que vivo, que saiba receber meus convidados nos jantares de negócio, e outra

quero filhos e não posso ter filhos com qualquer uma... principalmente uma

mulher tão simplória e sem estudos... que tipo de criança cresceria...

Rico — Esnobe kkkkkkkkk

Meus ouvidos estão zumbindo, escuto de longe eles rindo do

que Rico fala… quando dou por mim, estou sentada no chão encostada na porta...

lagrimas escorrem pelo meu rosto, coloco as mãos na boca para não fazer barulho,

não quero que me escutem... Com muito esforço levanto e subo as escadas para o

nosso quarto... estou em desespero não consigo parar de chorar e tremer...

nunca senti uma dor tão grande dentro de mim... parece que meu coração está

sendo rasgado... como pude ser tão idiota... esse tempo todo estava na minha

cara... a maneira que ele me apresentava aos outros... não se importar de eu

trabalhar como garçonete... eu estava servido de piada para eles... meu Deus o

que eu fiz para merecer essa humilhação da parte deles...

Procuro uma mochila no closed, tento fazer as coisas no máximo de silêncio possível, coloco de qualquer jeito na mochila, somente as

roupas que trouxe quando vim para cá... não quero nada dele... nem os vestidos

de grife, nem as bolsas e joias, muito menos os sapatos caros... juntos as

minhas coisinhas e meus documentos... tento me acalmar e desço as escadas bem

devagar e sem fazer barulho... eles ainda estão na sala de jogos rindo e

falando alto... fecho meus ouvidos, pois não quero escutar mais nada que venha

da boca deles... acredito que estejam bebendo a horas, mais isso não muda as coisas

que falaram... 6 meses... 6 meses sendo uma idiota... uma piada para eles…

Consigo sair do apartamento, já na calçada paro um táxi e

entro... quando sento no carro volto a respirar, nem percebi estar

segurando minha respiração... e agora? Para onde eu vou? Não posso ficar mais

nessa cidade, eu não vou conseguir... preciso fugir, não quero nunca mais ter

que olhar para cara do Sebastian... como posso amar tanto um homem que eu não

conhecia... Senhor isso não pode ser amor... isso tem que passar... está doendo

tanto... O motorista do táxi fica me olhando e esperando eu dizer-lhe para

onde ir... limpo as lagrimas com vergonha e peço para me levar ao aeroporto...

tenho minhas economias, vou  comprar uma

passagem  para qualquer lugar depois vejo o

que fazer com a minha vida e a do meu bebê... Meu Deus! Tem o bebê ainda... por

um momento  esqueci  carregar uma vida...

Meu celular apita, avisando que chegou uma mensagem... olho

a hora é 21:30, não se passou nem uma hora desde que cheguei e ouvi tudo o que

falaram... mais para mim, parece que foram horas... estou exausta, meu corpo

pesado... A mensagem é do Sebastian querendo saber se saio as 11 hoje e oque

vou querer jantar... ele não percebeu que estive lá ainda, pois deixei as

coisas que trouxe na cozinha... Desligo o celular... Em noite de pôquer eles

sempre jogam até a meia-noite  por aí,

depois que eu chego e tomo banho eles vão embora... Isso é bom porque dá tempo

de pegar meu voo seja para onde for e sumir…

Chego no aeroporto e vejo para onde é o primeiro voo que sai

para dentro dos Estados Unidos, não posso ir para fora, pois não tenho

passaporte... O primeiro voo que sai em 20 minutos vai para Dalas... vai ter que

ser esse mesmo... chegando lá vejo para onde vou... Compro a

passagem faço o check-in e quando percebo já estou no avião decolando...

Choro o voo todo... tudo isso está sendo de mais para mim...

nunca passei  por uma decepção tão grande

assim... Quando perdi meus pais eu tinha só 3 anos, cresci no orfanato e não

tenho lembranças dos meus pais e do acidente que levou eles... depois que fiz

18 anos e sai do orfanato fui morar com a Ana que também tinha 18 e saiu junto

comigo... Alugamos um apartamento pequenininho e bem simples porque era o que conseguíamos

pagar com o salário de garçonete... não consegui entrar para uma faculdade, pois oque ganhava só dava para comer e pagar o aluguel... mais sempre tive sonhos,

sempre quis mais... porem a vida não tinha sido fácil para mim e as portas

nunca se abrem para alguém que veio de um orfanato e não tem raízes...

Chegamos a Dalas e eu não ainda não pensei no que fazer

ou para onde ir... a Cidade é muito grande assim como Nova Iorque, e não quero

ficar em uma cidade assim... a experiência em uma cidade assim não foi boa e

não quero criar meu filho aqui... mais preciso economizar... então pego um táxi

e peço que me leve a rodoviária, chegando lá vejo uma cidadezinha pequena aqui

mesmo no Texas para recomeçar e onde ele não possa me encontrar... apesar que

ele já ganhou a aposta dele, acredito que não venha atrás de mim...

Chego na rodoviária, procuro no guichê o nome das cidades,

vejo quando sai o primeiro ônibus e para onde vai... Dreamsville, ligo o celular

rapidinho e pesquiso quantos habitantes tem... 3.435, é essa mesma... vamos

tentar recomeçar ali e seja o que Deus quiser... Compro minha passagem com a

Identidade assim como fiz no aeroporto e não com a carteira de motorista... Não

quero deixar pistas para trás para o caso de alguém tentar me encontrar... Eu não sei o motivo de minha identidade feita no orfanato só ter o

sobrenome de solteira da minha mãe... Na identidade me chamo Katerine Taylor e

na carteira de motorista meu nome está com o sobre nome do meu pai assim como

no registro de nascimento, Katerine Jordan... Assim embarco no ônibus a caminho

da minha nova vida...

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