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Presa No Passado

Capítulo 1

Olá!! Bem vindos à mais uma aventura, uma história de romance, porém bem diferente das histórias que nós costumamos a ler.

Nessa história a protagonista feminina não acredita que o amor existe, ao contrário do protagonista masculino que acha o amor uma coisa extraordinária que consegue curar e mudar as pessoas.

Espero que vocês gostem, curtem e comentem 😊

Com carinho, a autora...

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Muitas as vezes tememos dos lobos que rodeiam nossos filhos, lobos soltos por aí com uma única razão, caçar uma criança indefesa.

Muitas vezes queremos proteger nossos filhos dos desconhecidos, que acreditamos, ser uma ameaça e grande perigo.

Esquecendo-se que esses lobos, na maioria das vezes, são os parentes mais próximos aos nossos filhos, uma pessoa que pode dividir a mesma casa com a criança, ou numa casa próxima, na mesma rua, no mesmo bairro ou no bairro vizinho.

Lobos que fingem ser cordeiros, mas na realidade estão esperando o momento certo para nos atacar enquanto menos esperamos.

Isso o que aconteceu com a Aurora Carson, uma mulher linda e atraente, de 25 anos, loira de olhos azuis como o céu, cabelos cumpridos na altura da sua cintura, altura média 1,68. Corpo esculpido com curvas bem marcadas.

Aurora é a típica mulher libriana, perfeccionista, adora moda, apaixonada por roupas, bolsas, sapatos e joias e, ama se cuidar, sempre elegante e muito bem vestida.

Cabelos perfeitamente ondulados com a chapinha, maquiagem leve e saltos, nada de extravagante sempre na medida certa.

Estudou designer de joias fora do país e foi estagiária de vários designers famosos, graças ao seu falecido esposo que sempre foi gentil e atencioso com ela.

E com a sua ajuda Aurora conseguiu montar sua própria empresa de design de joias.

Batalhou duro até chegar onde ela está hoje, uma empresária famosa, conhecida nacionalmente e em breve será conhecida mundialmente.

Porque a Aurora está prestes à assinar um contrato com uma empresa francesa de moda feminina, ela será a designer responsável das joias para a nova coleção de outono, inverno.

Aurora flash back on:

Sentada no seu escritório Aurora recebeu a ligação que mais temia, Dr. Roberto Peterson o médico do seu marido avisando que ela precisa ir urgentemente para o hospital.

Ela saiu às pressas, quando chegou lá, ele a recebeu com um semblante triste. Aurora estava visivelmente apavorada, chorando porque a hora de despedida do seu protetor já chegou, ela perguntou se podia vê-lo.

— Ele está esperando por você. — Dr. Peterson disse.

Com seu corpo tremendo e seus olhos cheios de lágrimas Aurora abriu a porta do quarto onde estava seu amado esposo deitado e ligado a vários aparelhos.

Ela respirou fundo para se acalmar, aproximou da cama, ao vê-la, seu esposo Dr. Alfredo Carson abriu um sorriso cansado e disse ofegante:

— Querida! Que bom que você veio.

— Por favor não fala nada, o senhor precisa descansar. — Aurora chorando disse com sua voz frenetica.

— Me escuta, meu bem, chegou a minha hora, queria muito poder passar mais tempo com você...

Aurora se sentou na cadeira ao lado da cama segurando a mão fraca do marido, disse soluçando:

— Por favor não fala isso, eu ainda preciso do senhor, não vou conseguir sozinha.

Alfredo olhou pra ela e, com seu sorriso doce disse orgulhosamente:

— Você é minha heroína. Tenho certeza que vai conseguir. Promete que vai se cuidar e vai ser forte. Promete que vai superar tudo o mal que aconteceu com você e vai se casar e ter filhos lindos como você. — Alfredo disse apertando a mão da Aurora, olhando nos seus olhos com um sorriso carinhoso.

Essa foi a última conversa entre Aurora e o seu marido, ao prometer que ela vai tentar ser forte, o quadro de saúde dele piorou e acabou falecendo

Aurora flash back off:

— Senhora! Senhora Carson! — Aurora voltou a realidade assustada com os gritos da sua secretária Amanda.

Ela respirou fundo, limpou a garganta e disse com uma voz firme e calma:

— Amanda! Posso saber por que está gritando?!

— Me desculpe senhora! Fiquei assustada ao vê-la desse jeito. A senhora está bem?! Aconteceu alguma coisa?!

— Estou bem sim, estava pensando no novo projeto é só isso. O que você queria?!

Aurora sempre demonstrou ser a mulher durona que não se abala e não se abre com ninguém, a única pessoa que tinha visto ela chorando era o seu marido.

— Então hoje é sexta-feira e, já são 18:15, queria saber se eu posso sair ou a senhora precisa de mais algo?! — Amanda disse educadamente com seu sorriso meigo.

— Ah! Pode sim. Boa noite e bom final de semana.

— A senhora não quer se juntar a nós?! Eu e os outros funcionários vamos nos reunir para beber e se divertir essa noite, eles pediram-me para chama-la, se…

— Agradeço pelo convite, vocês sabem que não gosto desses lugares. Aproveitem vocês. — Aurora a interrompeu com um sorriso.

Ao se despedir da secretária, Aurora voltou com seus pensamentos para o Alfredo.

— Como eu sinto a sua falta e o seu apoio, esse meu primeiro aniversário sem você, estou com medo, até hoje não consegui superar a sua partida. Como eu preciso de você aqui comigo!

Ela pegou a foto do marido, que estava na mesa do escritório

— Não durmo a uma semana, os meus pesadelos com aquele maldito voltaram e dessa vez bem pior, recebi mensagens dele e não sei o que fazer. — disse olhando para a foto, como se ela estivesse conversando com ele.

Já eram 20:00 horas da noite quando a Aurora saiu da empresa, estava muito escuro no caminho até o estacionamento, as luzes estavam apagadas, seu coração estava saindo pela boca, olhando pra todos os lados com medo de alguém aparecesse em sua frente.

Com passos apressados ela andou em direção ao seu carro, porém antes de chegar ao mesmo, Aurora ouviu passos atrás dela e, a luz fraca de uma lanterna posicionada nas suas costas, lhe deixou tremendo e lágrimas brotaram em seus olhos.

— É ele! É ele de novo. Meu Deus não permita que ele faça aquilo novamente, por favor meu Deus! — Aurora pensou desesperadamente.

— Senhora Carson! Senhora Carson! Sou eu David, o segurança, por favor não tenha medo.

Ao ouvir a voz do homem, Aurora podia respirar fundo, parou de andar, limpou suas lágrimas com as mãos, virou em a direção a voz dele e perguntou:

— Senhor David! O senhor me matou de susto, pensei que tinha um ladrão. Por que as luzes estão apagadas?!

— Teve uma falha na energia, mas não se preocupe os rapazes estão trabalhando para consertar logo. Tenha uma ótima noite senhora.

Aurora agradeçeu David, entrou no carro e saiu dirigindo sem rumo, seu corpo ainda estava tremendo. Estacionou o carro para se recompor,

— Foi um susto enorme. Espero que isso nunca se repita de novo. — disse pra si mesma.

Olhando ao seu redor, Aurora viu no outro lado da rua um restaurante bar, então ela tomou coragem e decidiu entrar pela primeira vez, precisava tentar algo novo, precisava superar esse medo que está dominando a sua vida ultimamente.

O restaurante era no piso térreo, tinha algumas pessoas jantando, o bar fica no segundo andar, e pra lá Aurora subiu as escadas com seu coração acelerado.

O lugar era chique e muito bem decorado, luzes piscando, música muito alta e pessoas, muitas pessoas, alguns dançando e outros conversando.

Ela se aproximou ao bartender e pediu uns shots, foi a primeira opção que veio a sua mente, não sabia o que eram ou de que são feitos, mas uma vez ouviu a Amanda conversando com uma menina na empresa, que são uma delícia e lhe ajudam a se soltar.

Capítulo 2

Depois de alguns shots, Aurora começou a sentir calor, ela tirou o blazer ruxo que estava usando e ficou apenas com o vestido estilo lápis, preto tomara que caia, na altura dos joelhos, e amarrou seu cabelo em coque frouxo para diminuir a temperatura do seu corpo.

No outro lado do bar, tinha um par de olhos negros como uma noite escura, observando Aurora.

O dono desses olhos intimidadores perguntou para seu amigo que estava sentado ao lado dele, quem era aquela mulher.

— Ela é a Aurora Carson, a empresária famosa que está o assunto de todos os sites e revistas de moda no momento. — Gustavo seu melhor amigo o respondeu.

— Ah! Então essa é a famosa Aurora que o meu avô não para de falar dela. Bro! Você não imagina o quanto odeio essa mulher. — Enzo disse e tomou tudo o conteúdo do seu copo em apenas um gole.

Lorenzo Espinoza com seus 29 anos é considerado um dos advogados mais bem conhecidos no país.

Um moreno claro, cabelos curtos e olhos pretos, nariz pontudo, queixo quadrado com uma barba estilo por fazer. Corpo musculoso com 1,85 de altura. Ele é o típico leonino que gosta de se cuidar e ser o centro das atenções.

Enzo é um filho único de um filho único também, após a sua aposentadoria o seu pai Carlos Espinoza, está aproveitando a vida viajando com a sua amada esposa, Elisa a mãe do Enzo.

São casados a mais de 30 anos, mas como ele passou todos esses anos trabalhando horas e horas longe da esposa, atualmente não quer saber mais nada sobre o trabalho ou a advocacia.

A família Espinoza conhecida por manter as tradições e a lealdade a família, sempre unidos e fazem de tudo para manter o ligado da família.

A tradição na família Espinoza é casar ao completar os 25 anos para os homens e aos 20 anos para as mulheres.

Enzo está a procura da sua futura noiva, porém ainda não a encontrou, então ele aproveita a vida de solteiro em baladas, boates e todos os lugares de festa, bebida e mulheres.

É por isso que o seu avô paterno, Lorenzo Espinoza fica seguindo seu neto de um lugar para outro infernizando a sua vida e comparando ele com a Aurora Carson.

Enzo observava Aurora com tanto ódio e desprezo, pensando nas palavras do seu avô, então ele disse com desdém:

— Cadê vovô pra ver a sua amada empresária de sucesso bebendo feito uma louca?!

— Vou levar aquela mulher para minha cama. — disse para Gustavo com um sorriso malicioso.

— Bro! Pode esquecer, ela nunca foi vista com homem nenhum, houve boatos que ela gosta de mulheres por isso ela esconde os seus relacionamentos. — Gustavo exclamou.

— Vamos descobrir! Aproveite a noite com alguma gostosa e não me espere. Tenho muito trabalho para essa noite.

Tomou mais um copo em um gole e foi em direção da Aurora que continuava bebendo, seu rosto estava vermelho e seus olhos brilhavam de tristeza.

— Cuidado princesa o lugar está cheio de lobos que adoram aproveitar uma situação como a sua, linda, ‘sexy’ e bêbada. — ele disse segurando a mão dela para impedi-la de beber mais.

Um choque tomou o corpo da Aurora ao sentir a mão dele.

— Não toque em mim! — ela disse com voz alterada, puxando a sua mão do dele.

Abriu sua bolsa e deixou dinheiro debaixo do seu copo, pegou seu blazer e saiu cambaleando em direção da escada.

Enzo foi atrás dela, segurou a sua mão e disse:

— Calma nervosinha ou você vai acabar esbarrando em alguém.

— Eu já disse para não tocar em mim. Não estou bêbada e consigo me virar sozinha. — ao terminar a sua frase Aurora tropeçou e quase alcançou o chão.

Irritado Enzo carregou ela nas suas costas e desceu as escadas saindo do restaurante com os gritos e socos da Aurora nas suas costas.

Ao chegar na calçada em frente do restaurante, ele colocou-a em pé, e ela continuou gritando:

— Você é burro ou o que?! Quantas vezes devo repetir para não tocar em mim. Não sou um saco de batata para me carregar desse jeito. Seu grosso, mal-educado.

Essa é a primeira vez que um homem encosta na Aurora depois de tantos anos, pra dizer a verdade depois de exatos 10 anos, um homem carrega ela no seu colo.

Aurora estava tremendo, sentiu náusea com uma dor forte no seu estômago, e acabou vomitando tudo, sujando suas roupas e as do Enzo que ficou furioso.

— Eca! Que nojo! Eu mereço! Eu mereço! Por que fui me meter com isso meu Deus?! — ele exclamou.

Tirou seu casaco e colocou nos ombros da Aurora que estava tremendo de frio, em seguida puxou-lhe pelo braço para dentro do seu lamborguini cinza e deu partida.

— Digite seu endereço no GPS do carro. — Enzo disse com tom de voz grosso.

Quando não teve resposta dela, ele disse em tom mais alto, porém a Aurora estava desmaiada no banco do passageiro ao seu lado, quando ele viu, revirou os seus olhos de raiva.

— Era isso que me faltava uma bêbada no meu bebe (se referindo ao seu carro). — Enzo resmungou e dirigiu até o hotel do Gustavo.

Gustavo é o melhor amigo do Enzo, tem 29 anos, eles se conhecem desde a primeira série, cresceram juntos e nunca se separaram ao ponto das suas famílias viraram amigos também.

Ele é primogênito da sua família, tem mais três irmãs, Natália, Cristina e Laura. Todas elas são casadas e moram em cidades diferentes.

Enzo chegou no hotel carregando Aurora no colo, subiu para o suite principal, foi direto para o banheiro.

— Sabe que hoje é o meu aniversário?! — Aurora disse com palavras enroladas — Meu maldito aniversário.

— Ah! É! Feliz aniversário então!

— Feliz! Nunca serei feliz, prefiro morrer a continuar vivendo com essas lembranças. Não toque em mim. — ela manifestou-se, mas como estava muito bêbada não conseguiu se manter em pé.

— Pare de ficar repetindo não toque em mim, não touque em mim, não vou comer você, não só o tipo que aproveita de mulheres indefesas. Agora diga-mim que lembranças são essas? — Enzo disse enquanto a ajudava a tirar a roupa e entrar no box, mas ela permaneceu calada chorando em silêncio.

Ele sentiu-se a pena dela, por mais que ela tentasse aparecer forte e durona, nesse momento ela parecia muito frágil e indefesa, tentando timidamente cobrir o seu corpo nu dos olhos dele.

— Vem! Vamos tomar um banho, você precisa dormir. — ele disse com semblante triste.

Enzo lavou o cabelo da Aurora, ensaboou o seu corpo branco como a neve, que mostrava todas as veias de tão transparente que é.

Ao terminar acomodou ela na cama em seguida tomou banho, foi para cama e dormiu ao lado da Aurora.

Enzo acordou resmungando com o toque constante do seu celular, era o Gustavo avisando que o avô do Enzo já está subindo no elevador para o quarto.

— Pode deixar Bro. Obrigado por me avisar.

Enzo desligou o celular e com um sorriso malicioso olhou para Aurora e sussurrou

— Que começam os jogos!

Foi assim quando passou na cabeça do Enzo a ideia que vai mudar a vida dele e da Aurora para sempre.

Capítulo 3

Aurora acordou no dia seguinte tendo o mesmo pesadelo, a voz horripilante do homem que a violentou a 10 anos atrás, segurando seus braços pra cima da sua cabeça e susurrando no seu ouvido:

— Vou te penetrar de um jeito que te deixará presa a mim, você nunca será de outro homem, para sempre será minha.

Com os seus olhos ainda fechados ela choramingava e parecia estar se sufocando. Sentado na poltrona do lado da janela, Enzo ficou preocupado com ela, então se aproximou da cama e tentou acorda-la.

Aurora abriu seus olhos e começou gritar e se debater:

— Fica longe de mim! Não me toque! Fica longe de mim!

Enzo a abraçou forte para tentar acalmá-la

— Calma! Respira fundo! Estava sonhando. Ninguém pode lhe machucar aqui. É só um sonho.

Após se acalmar, Aurora percebeu estar completamente nua com o lençol cobrindo pouca parte do seu corpo, nos braços de um homem estranho usando apenas um roupão de banho, então o afastou e tentou se cobrir.

— Quem é você?! — ela perguntou constrangida.

Ainda sentado na cama de frente pra ela e com um sorriso malicioso Enzo respondeu:

— Não se lembra de mim coisa linda?!

— N... nós não?! — ela gaguejou.

— É sério isso?! Não se lembra de nada! A noite foi incrível e muito selvagem.— disse mordendo seu lábio inferior. — Me pediu para ajudar-te a esquecer ele como um presente do seu aniversário..... Mencionou o seu marido Alfredo também?! Onde ele está? Vocês são divorciados?

Envergonhada e constrangida Aurora se encolheu na cama abraçando seus joelhos, apoiou sua cabeça nos mesmos e respondeu sem olhar para ele:

— Ele faleceu ano passado.

— Sinto muito!

— Obrigada! Será que pode sair, preciso me trocar.

— Então não está interessada em saber a parte mais legal da história! — Enzo disse ironicamente.

Aurora arregalou seus olhos, não é possível que um pouco de bebida ter feito aquilo com ela, o que mais teria acontecido entre eles?! Ela olhou com muito receio da sua resposta.

— Somos namorados.

Aurora já estava de ressaca com dor de cabeça e um pouquinho desnorteada, mas ouvir a palavra namorados, foi como se fosse um balde de água fria que caiu na sua cabeça.

— N namorados! — gaguejou outra vez.

— Como eu preciso casar urgentemente e a senhora tem a fama de solteirona, combinamos fingir ser namorados por seis meses. — Enzo prosseguiu.

Aurora começou a chorar de desespero e raiva de si mesma, porque não estava pronta para ter uma presença masculina em sua vida, muito menos um namorando.

Como isso aconteceu? Ela realmente não se lembra, não consegue lembrar de nada da noite passada, a última coisa que ela se lembra é a desagradável mensagem de parabéns que recebeu no seu celular.

Depois tudo fica em branco, até o nome do homem que está na sua frente ela não consegue se lembrar.

Será que ela fez aquilo por puro desespero, por não saber o que fazer ou como enfrentar aquele homem que não para de perturba-la até nos seus sonhos.

Porém, Aurora sabe que ele pode matar qualquer homem que se aproximasse dela, ele só não matou seu marido Alfredo, por saber que a relação entre os dois era de pai e filha.

Quando Aurora fugiu de casa, ela tinha apenas 15 anos, foi no dia seguinte do seu aniversário, não tinha ninguém que pudesse ajudá-la, então recorreu ao amigo do seu pai, dr. Alfredo que a acolheu e cuidou dela durante todos esses anos.

Enzo sentiu-se remorso, ela não parecia estar fingindo e isso era visível nas suas reações, o que será por atrás dessa mulher? Uma pergunta que não se calava na cabeça dele, então ele tentou acalmá-la:

— Não aconteceu nada boba.

A voz rouca do Enzo fez que a Aurora voltar a realidade, olhou pra ele sem entender nada

— Não percebeu, que tipo de casamento teve para não perceber que não toquei em você.

Aurora ficou confusa, levantou sua cabeça e disse:

— Mas estou..

Enzo imediatamente a interrompeu:

— Você vomitou na gente ontem, e como a senhorita estava completamente apagada tive que dar um banho em você, logo as nossas roupas chegam, mandei-as para lavar.

— Então aquele negócio de somos namorados também é uma mentira não é?! — Aurora disse aliviada.

— Não, nós combinamos mesmo.

— Então você precisa arranjar outra namorada porque eu tô fora. — ela disse agradecendo Deus por poder se livrar desse pesadelo.

— Sinto-lhe dizer que não dá, ontem o meu avô invadiu o quarto e pegou-nos na cama e, como ele é um fanático seu, eu não quis arruinar a sua imagem, então contei pra ele que estamos namorando. E só pra constar, ele está nos esperando no restaurante do hotel.— disse Enzo enquanto foi receber a camareira que trouxe as roupas deles, ele a agradeceu com uma boa gorjeta, voltou para o quarto e colocou as roupas na cama.

— Olha! Eu sei que nós combinamos, mas eu sinto muito não posso fingir, não sei como fingir, por isso vamos dizer que nós brigamos e separamos. Eu nem sei o seu nome como vou fingir que estou apaixonada por você?!— Aurora disse desesperada.

— Lorenzo Espinoza é o mesmo nome do meu avô, mas todos me chamam de Enzo. Por favor você Aurora, meu avô está muito doente, ele foi diagnosticado com um câncer avançado, os médicos deram a ele no máximo 6 meses de vida. Ele gosta muito de você, do seu sucesso e da sua determinação, o sonho dele era seu único neto casasse com você. Juro que não vou tocar em você, sem beijos e sem dormir no mesmo quarto até não precisar dividir a mesma casa, mas por favor Aurora, não acabe com a felicidade dele. — arrasado e triste Enzo implorou pra ela.

— Sinto muito pelo seu avô, sei o quanto isso é doloroso. — Ela respirou fundo e disse: — Está bem, só pelo seu avô, porque eu já passei por isso.

Como Aurora tinha perdido o seu protetor e defensor marido pelo câncer, ela não podia recusar o pedido do Enzo, mal sabia ela que o Enzo acabou de inventar essa história triste e o Avô Lorenzo tem uma saúde de cavalo.

— Agradeço do fundo do coração. — Enzo respondeu aliviado.

Aurora enrolou o lençol em volta do seu corpo, foi ao banheiro com as suas roupas, trancou a porta com a chave, tomou um banho, se arrumou e saiu, em seguida, Enzo fez a mesma coisa.

Após prontos, saíram do quarto rumo ao restaurante para se encontrarem com o senhor Lorenzo Espinoza.

Enquanto caminhavam no corredor Enzo segurou a mão da Aurora que rapidamente puxou a mesma de volta.

— Ficou maluco?! — disse irritada cerrando seus dentes.

— Somos namorados é o mínimo que devemos fazer para que os outros acreditam. — ele sussurrou no seu ouvido.

Na entrada do restaurante Enzo viu seu avô sentado a mesa conversando com Gustavo, um sorriso de orelha a orelha enfeitou o rosto envelhecido do patriarca Espinoza.

— É aquele senhor sentado lá. Aurora por favor, não lhe deixe perceber que você sabe da doença dele. Posso segurar a sua mão?!

— Tudo bem.

Aurora sentiu frio na espinha com o toque do Enzo na sua mão, o caminho da porta até a mesa pareceu uma eternidade, finalmente eles chegaram e ela podia soltar a mão dele.

Ao vê-los se aproximando, Lorenzo orgulhosamente ficou de pé para recebê-los, e com um sorriso largo abraçou Aurora.

— Sr. Lorenzo, é um enorme prazer conhecê-lo. — tímida, ela disse.

— Vovô Lorenzo! Me chame vovô, por favor. Você é a namorada do meu neto e já faz parte da nossa família e eu particularmente já lhe considero como a minha neta.

Aurora agradeceu a gentileza, Enzo ciumento exclamou e todos riram.

Ele terminou seu café e piscou para Gustavo, os dois foram para o escritório do Gustavo, que estava ansioso para saber da noite passada do seu amigo.

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