Vicenzo
Estava eu no meu escritório com as pernas para cima da mesa quando minha mãe, Francesca entra apressada.
- Vicenzo meu filho.... seu pai e seu tio, eles... desapareceram!! / ela fala com lágrimas nos olhos e me abraça
- como assim mãe?
- não sei meu filho. Simplesmente a missão deu errado e eles desapareceram naquela cidade maldita. Os rastreadores que seu tio insistiu que usassem ficaram sem sinal e já faz quase 24h que ninguém tem resposta!
A cidade maldita que minha mãe falou é Cosa Nostra, eles foram até lá devido a uma ameaça. A qual eu avisei que era uma armadilha e que eles não deviam ir. Mas eles são velhos e teimosos, não me ouviram.
Do nada minha tia Gabrielle entra porta a dentro toda atrapalhada e furiosa.
- vamos explodir aquela cidade maldita! Aqueles dois teimosos, eu falei para não irem! / minha tia grita
- eu também avisei tia!
- você devia te-los impedido! / ela diz
- como se algum daqueles dois cabeças duras me ouvisse! / falo ficando irritadø
- agora precisamos agir o mais rápido possível! / tia Gabrielle diz
- não podemos sabe... precisam buscar Martina! Ela é a chefe, com eles fora! / minha mãe fala firme
- Já mandei um jatinho nosso ir buscá-la, no máximo em uma hora ela vai estar aqui!
Ótimo, minha prima querida... tão louca quanto meu tio Anthony. Quando ela fez quinze anos precisaram mandar ela para um colégio interno. A personalidade dela era igual a do pai, irritada, paranóica e cruel. O tio Anthony ficou preocupado e mandou que ela ficasse lá, porém agora ela já saiu do colégio e continuou morando em Napoles... por que? Eu não sei! Talvez queria ficar longe de tudo e todos.
Faço algumas ligações e mando várias mensagens aos nossos homens. Muitas vezes acompanhei meu pai e meu tio em missões, mas nunca comandei nenhuma. Embora eu tenha sido treinado para isso.
Mais ou menos duas horas depois que recebi a notícia, novamente o escritório é invadido, dessa vez por Martina.
- aqueles filhos da putä!!! vamos desmembrar e arrancar cada pedaço do corpo deles e depois comer! / Martina diz furiosa... e completamente diferente do que eu me lembrava.
Está mais bonita que eu lembrava... mas logo depois que ela entra uma outra pessoa entra junto. Uma menina loira de olhos Claro, quieta, mas não me engana, claramente perigosa. Percebi uma arma na sua cintura, mesmo com a blusa por cima.
Martina tagarela com a tia Gabrielle e com minha mãe e eu fico encarando aquela mulher loira com olhos de gato, que me olha de volta, seria e mortal. Mesmo não tendo mais que 1,60m de altura.
Será que era namorada da Martina? Isso explicaria porque ela nunca voltou para casa depois do colégio.
Me aproximo da mulher e digo:
- quem é você? / falo baixo e com as mãos no bolso
- quem é você, pergunto eu! / ela fala com desdém
- sou a porrä do chefe agora! / digo firmemente
- mas não é mesmo! Martina que é! / ela diz
Martina se aproxima e fala:
- vejo que se conheceram! Priminho querido, essa é a Nina Esposito. Do cartel Esposito lá de Napoles.
Imediatamente coloco a mão na minha arma, que estava ao lado na minha cintura.
- que merda é essa Martina? Tá malucä? / falo furioso pois eles são nossos rivais
- relaxa aí macho alfa, agora somos aliados, embora... pelo visto meu pai não te contou e nem seu pai! Por que será? / ela diz me provocando
Pois eu tenho uma rixa antiga com um dos membros desse cartel.
- não interessa se agora somos aliados, como ousa trazer essa aí para nossa cidade, nossa vida? / falo ainda com a mão em minha arma
As duas se olham e Martina coloca o braço em volta dos ombros dela. Será que minha suspeita tava certa? As duas realmente são namoradas?
Se essa Nina não fosse do cartel dos Espositos, eu até que comia ela fácil...
Amigas esse é o Nosso Vicenzo Fontana.
Nina
Eu e Martina estávamos bem deitadas conversando na casa dela, quando ela recebeu a notícia para voltar para sua cidade, pois seu pai Anthony e seu tio Marco haviam desaparecido.
Fizemos as malas rapidamente e fomos no jato particular da família dela.
Assim que chegamos Martina entrou correndo e furiosa naquele escritório.
Do nada percebi aquele cara maluco, porém bonito me olhando.
Babacä, se estivéssemos no escritório do meu pai eu tinha dado um tiro na cara dele a hora que o idiota tocou na sua arma. Quem ele pensa que é!?
....
- não interessa se agora somos aliados, como ousa trazer essa aí para nossa cidade, nossa vida? / ele fala ainda com a mão em sua arma.
Martina coloca o braço em volta do meu ombro e sorri.
- somos muito próximas! E eu confio minha vida a ela se precisar.
Ele faz um som estranho com a boca e diz:
- a me poupe que você é dessas Martina? Dorme com o inimigo e se apaixona? isso é muito clichê! esperava mais de você.
Martina me solta e da um soco no queixo dele.
- olha aqui seu babacä mimado, me respeita. Nós duas somos amigas apenas e se estivéssemos dormindo juntas isso não seria pauta para assunto! Agora me mostra logo o plano que tem para irmos resgatar eles!
Eu apenas dou uma risada baixa da cara dele. Vicenzo continua me olhando até que cruza seus braços e fala:
- não vou contar nada a você até que essa Esposito saia daqui!
- bom Vicenzo Fontana, acho que vai ter que engolir suas palavras quando souber que o homens do MEU PAI Estevan Esposito, o chefe do cartel de Napoles vai ajudar com apoio aéreo, coisa que vocês não tem, além de uns poucos helicópteros.
Os olhos dele mudam levemente, provavelmente não tinha se tocado que eu sou a filha do Estevan Esposito. Mas agora ele sabe e precisa se render e falar logo o plano.
Vicenzo respira fundo e uma mulher que imagino ser sua mãe diz com cautela.
- precisamos de apoio aéreo Vicenzo, sabe que nossos helicópteros foram todos com eles e provavelmente estão no fundo de algum mar ou destroçados em algum morro. Temos pouco apoio aqui para isso, precisamos de toda ajuda que podermos, Cosa Nostra é extremamente perigosa, nada parecido com qualquer coisa que você já tenha enfrentado querido.
A mulher diz tocando as costas dele e Vicenzo parece se acalmar um pouco.
- tá vamos logo com isso então/ ele diz
Vamos até uma mesa, logo chegam mais homens que olham para mim e Martina de forma nojenta. Vicenzo explica tudo. Realmente é arriscado, mas deve dar certo.
- alguma dúvida? / Vicenzo pergunta
Todos dizem que não e eu fico quieta.
- e você Esposito, entendeu? / ele pergunta sério
- sim, não sou nenhuma tola! vou avisar meu pai sobre para ajudarmos.
Os homens estranhos que tinham chegado, logo saíram. Martina fica no celular e as duas senhoras saem preocupadas.
Eu fico ali e sirvo um café para mim, numa mesa que tem num canto.
Sinto o chato se aproximando de mim.
- só café? não quer algo mais forte não? / ele pergunta de forma casual e se serve de uísque
- não bebo quando estamos em serviço! / falo séria
- eu estou sempre em serviço e sempre bebendo
- isso explica porque é tão estressadinho!
- olha Nina Esposito, no nosso meio ser estressado é muito bom as vezes e necessário também!
- discordo, a calma sempre vence. Tudo que é pensado com calma tem mais chances de dar certo!
- hum... interessante seu ponto de vista, mas discordo totalmente.
Ficamos nos encarando até que Martina vem até nós.
- senhor... vocês vão ficar sempre em pé de guerra? não podem tentar ser amigos não?
Eu tomo meu café e não digo nada.
- eu até poderia ser amigo dela, mas uma Esposito? ah não... vocês não são confiáveis!
- olha aqui seu babaca o que houve entre você e meu primo, não tem relação com o cartel Esposito!
- tem sim, quando ele é um de vocês!
- Vicenzo priminho... ainda sente saudade da Bella? aceita que perdeu!
Vicenzo muda sua feição e sai pisando firme da sala.
CAPÍTULO ATUALIZADO COM AS FOTOS
A loira é a Nina Esposito
⬇️⬇️⬇️
A morena é a Martina Fontana
Vicenzo
Saio do MEU escritório putø da cara. Quem elas pensam que são?
A Martina chega aqui, ainda trazendo companhia.... e uma companhia bem irritante por sinal, aliás ela também é...
Deus... me de paciência ou vou matar as duas!
E saudade da Bella? Ha ha! Nunca que vou sentir saudade, não consigo é acreditar que ela me trocou! Mas eu nunca teria saudade dela!
Se quis aquele idiota do Esposito que se ferre!
Vou para minha casa e assim que chego, recebo uma ligação.
- alô?
...
- alô? / falo de novo
Mas não ouço nenhuma resposta, tudo mudo. Exceto um som de fundo.
Então começo a prestar atenção, parece som de mato, ouço alguns bichos...
Só pode ser meu pai ou meu tio dando algum sinal.
Espero um minuto e é tudo que vão precisar para rastrear essa ligação. Desligo e corro pro meu escritório novamente.
Chego lá e vou até a sala do nosso racker e dou meu telefone. Ele mexe em um monte de coisa e acessa vários lugares que tenho certeza que é ilegal. Depois de uns 15 minutos ele diz:
- essa é a localização! Se for eles, estão neste lugar!
- tem certeza? / pergunto
- absoluta! / ele diz
Saio dali da sala dele e vou para minha, quando entro para minha surpresa as duas ainda estão ali.
- putä que pariu! ainda tão aqui na minha sala cassetē?
- que boca suja desse seu primo Martina! / Nina diz
- ele sempre foi assim mesmo Nina, desde criança! / Minha prima diz
Eu apenas reviro meus olhos e não falo nada. Vou até meu banheiro onde tem umas roupas. Tiro meu terno, coloco uma roupa toda preta, coturno e um colete.
Já avisei nossos homens para estarem a postos esperando, pois já vamos sair!
Saio do banheiro e as duas ainda estão ali.
- senhor... / falo baixo
- já vamos sair? / Martina pergunta
- sim, mas vocês não vão! / falo sério
As duas riem e não entendo
- o que foi? / pergunto
- é claro que vamos Vicenzo! Somos bem treinadas! Não pense que somos garotas indefesas, não fomos criadas assim!
- tá querem vir, venham! não vou me responsabilizar por vocês! coloquem todo o equipamento, tem na garagem. E sugiro que tirem os sapatos de salto.
Nina suspira alto, mas não diz nada.
As duas saem da minha sala e eu saio também, mas antes fecho, para me certificar que elas não entrem mais aqui sem mim!
Desço para a garagem, nossos homens estão lá esperando e mais alguns vão nos encontrar no caminho.
Eu começo a dar ordens e explicar, quando do nada elas aparecem e Martina diz:
- escutem todos! Eu mando aqui já ausência do meu pai! Depois de mim, Vicenzo da as ordens! Então estejam cientes, que qualquer erro ou traição hoje, será punido com morte! Não pensem que porque somos jovens que somos burros. Fomos criados para comandar, para matar e torturar e se preciso é o que faremos. Então exijo respeito! Entendido?
Todos que estão ali se olham e depois acenam com a cabeça.
Quando ela começou a falar, confesso que fiquei putø, eu mando aqui! Onde ela estava todo esse tempo que não veio ajudar? onde ela tava quando tivemos problemas? Agora vem dizer que manda aqui? nem pensar! Mas depois entendi que ela queria estabelecer uma hierarquia, e no nosso mundo isso é importante. Nossos homens precisam de mão firme e saber quem manda aqui!
Martina e Nina estão lindas, estão de preto também, com seus cabelos presos e armadas até os dentes. Todos na verdade estão bem armados.
Para minha surpresa, quando chegamos no aeroporto, vários jatos estão esperando e Nina disse que seu pai já mandou mais aviões e helicópteros para Cosa Nostra. Disse que quando chegarmos já vão estar esperando vários carros blindados.
Parece que meu pai e meu tio estão em alguma fazenda ou floresta. Vamos descobrir quando chegarmos.
Espero que o sinal não tenha sido uma armadilha, ou estamos ferrados. Mas se conheço bem, foi meu tio quem mandou esse sinal... de algum jeito ele sempre vai preparado para tudo.
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