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Ceo No Meio Da Máfia

Prólogo

“Quando o medo se torna o inimigo, a coragem é a única arma para vence-lo"

Musica alta, cheiro de bebida e cigarro, tensão e muita excitação dominavam o espaço amplo da área Vip da boate mais famosa da Sicília. Suor descia pelos corpos das mulheres e dos homens dançando na pista de dança cercada por sofás, e cobriam os daqueles que buscavam mais privacidades nos cantos sombreados do espaço. A atmosfera sem duvidas era como Julian disse, um antro de perdição do inferno.

Se não fosse pela motivação que o levava a boate, a adoraria para ser perder.

Os ternos italianos caros, os saltos altos de grifes, a luxuosidade não encobria a hostilidade do lugar, as roupas e acessórios valiam muito mais do muitas pessoas presentes, valiam mais que ele, que diferente dos estavam ali por sexo fácil, beber até esquecer o nome ou se drogar facilmente, procurava a mulher que comandava o espaço para fechar consigo um acordo que decretaria seu fim. Porque Milena recebe seus pagamentos com sangue se preciso, a capo da máfia se compara com um demônio cobrador de Lúcifer quando vai se acertar com seus devedores.

E lá estava ela, sentada em um sofá de couro escuro, rodeada por mais seguranças do que imaginava, os olhos verdes acinzentados acompanhando cada passo seu enquanto se aproximava o sorriso despretensioso nos lábios ciente que mais um tolo faria uma dívida que não deveria. Matthew sabia que ela era bonita, mas não esperava que fosse tanto, talvez por isso muitos morressem por sua causa, se encantavam por sua beleza e se esqueciam de quem realmente era.

— Matthew, quando me disseram que o Ceo mais cafajeste da França me procurava por pouco não acreditei. — Estende seu copo de vodca para o homem sentado do seu lado se pondo de pé, seu salto alto fino a deixando da mesma altura do moreno. — O que quer comigo senhor Lanblac?

De forma ousada, ou idiota Matthew a encara da cabeça aos pés gravando seus detalhes, se demorando em suas mãos com seus dedos cheios de anéis, mas livre de aliança, não sabia por que, todavia o fato lhe agradou. Os cabelos onduladas caem como cascata em suas costas, o vestido preto justo ondulam suas curvas deixando a imaginação trabalhar a vontade.

Ao voltar sua atenção para seu rosto, não esperava que o sorriso em seus lábios cheios fosse se ampliar e se tornar prepotente. Se Matthew conhece-se Milena não se surpreenderia, a morena adora usar da sua beleza para condenar os homens em outros lugares.

— Preciso achar uma pessoa.

—Quem? — A curiosidade e controlada em seu tom.

— A suposta mãe do meu filho.

Capítulo Um

“Honre sua família que ela honrará sua vida”

Princípios Savoia

Tinha uma regra na família Savoia que se aplicava a todos sem exceção, criar homens e mulheres de princípios que saiba conviver em grupo e ser justo dentro e fora da máfia. No entanto, educar um filho se equilibrando em corda banda entre dois mundos distinto exige mais do que imaginado, e cria-lo só sendo seu único pilar de sustentação e exemplo dificulta uma tarefa que não já não é fácil.

Milena se desdobrava para ser mãe e capo do irmão, todavia, ser mãe valia por mil cargos que podia ter dentro da famiglia. Enric não era e quem sabe se um dia seria alguém fácil de lidar, com apenas cinco anos a criança bagunçava o psicológico da mãe como mais ninguém conseguia fazer.

Em momento como o de agora Milena se questionava se a personalidade do filho resultava da sua, ou da do seu pai que parecia ser orgulhar de tudo que o neto fazia, e não o culpava ou punia por seus atos. Nessas reflexões se pegava pensando se não seria melhor tira-lo do seu convívio familiar e cria-lo em outro país sem a máfia tão por perto.

Entretanto, sua coragem para prosseguir com suas vontades são nulas, nem ela e nem seu filho conseguiram ser feliz longe de sua família, o que restava era tentar controlar e ensinar Enric a não seguir seus instintos explosivos que consequentemente acabam ferindo alguém, mas controlar um Savoia e uma missão próxima do impossível. Como seu colega de sala que acabou machucando o braço quando o empurrou depois de uma discussão.

— Eu não tenho culpa mamma, foi ele que começou. — Enric podia repetir essa frase inúmeras vezes, mas a expressão séria da mãe não abrandava. — Mas não adianta eu falar mesmo.

O silêncio da mãe assustava mais Enric do que seus discursos duros, ou conversas sérias sobre suas atitudes, quando se mantinha calada por muito tempo tudo que diria seria seu castigo que ninguém reverteria. Porém, o que mais machucaria Enric seria o que seguiria a seguir, seu gelo o ignorando por algumas horas, o fazendo repensar suas atitudes.

Milena fechou os olhos, respirou fundo procurando calma, gestos que doeram em seu filho por fazer sua mãe passar por isso. O garoto tentava muda seu jeito, mas quando pensava duas vezes a besteira já tinha sido feita.

— Duas semanas sem qualquer objeto eletrônico, da escola para casa e uma semana sem suas aulas de luta. — O tom duro em sua voz não deixou margem para a criança contestar, apenas balançou a cabeça em afirmação aceitando seu castigo. — Pode ir pro quarto Enric.

Pensou em reconta a história para mãe, afirmar novamente que não tinha culpa, todavia, sabia que seriam palavras jogadas ao vento. Podia repetir infinitas vezes que só empurrou o outro garoto no chão porque ele empurrou sua colega primeiro e não pediu desculpas quando mandou, que não mudaria em nada sua punição.

Contudo, no fundo sua mãe se orgulhava de ter defendido sua amiga, apenas odiava a forma como o fez. Talvez se não tivesse brigado outras tantas vezes por besteiras, ter sido expulso de escola, sua mãe deixaria passar o que fez pela manhã, e diria em voz alta o quanto estava orgulhosa as sua atitude.

Cabisbaixo Enric entrega seu celular a sua mãe, e deixa sem falar nada seu escritório indo para seu quarto retirar o uniforme e procurar alguma coisa para fazer. Porém, seu percurso mudou quando avistou do alto da escada um homem parado no meio da sala de estar conversando com uma das empregadas que logo sair provavelmente indo avisar sua mãe da visita.

Sua curiosidade igualmente como sua raiva com a possibilidade de ser mais um dos namorados da sua mãe cresce, sente vontade de descer e ir lá interroga-lo, mas o risco do seu castigo aumentar o faz desistir, por agora ao menos, porém se volta a vê-lo em sua casa dará um jeito de manda-lo embora como fez com os outros, sua mãe é só sua e de mais ninguém.

Um sorriso arteiro se abre em seus lábios, ideias e mais ideias de como afasta-lo surgem em sua mente, uma melhor que a outra. Ficaria por mais tempo observando o outro, mas o barulho de passos o fazem sair rapidamente do topo da escada e sumir pelo corredor dos quartos.

○●○●

Impaciente, palavra perfeita para descrever Milena Savoia, Matthew não usaria outra. Sua expressão fechada o fez recuar instintivamente, dois passos para trás, e quase seriam mais para fora da sua casa. Quem julgaria seu medo? A mulher em sua frente se livraria de si em um piscar de olhos.

— Pensei que recuaria. — Sua voz suave destoava da sua expressão. — Homem de coragem Matthew Leblanc, ou idiota.

Ao ouvir ser chamado de corajoso Matthew por pouco não riu, idiota e muito era o que ele era. Tudo que estava fazendo era movido pelo desespero, pela falta de opções.

Milena diferente de outros gostava de dá a chance para recuar após esclarecer seu preço, suas exigências, tudo em um prazo de vinte e quatro horas. No entanto, se aceita-las voltar atrás custava um preço alto de se pagar.

— Quando desejo algo vou até o fim. — Sua reposta firme encobriria seu receio para qualquer um, menos para Milena. — Eu aceito seus termos Milena Savoia.

Uma risada alta ecoa pela sala, parecia piada que as exigências tão absurdas de Milena seriam aceitas com facilidade.

O quanto aquele homem em sua frente desamava a vida que tinha? Se perguntou enquanto o encarava com humor.

— Então, cadê meu anel de noivado Matthew?

Capítulo Dois

Quando tolice cabe em uma única pessoa? Mais do que no universo todo tenho certeza.

— Soube que você tem uma missão, uma que virou pessoal.

O tom calmo e neutro de Dante passaria despercebido por quem o desconhece, mas para Milena que cresceu do seu lado sabia que ele escondia seus verdadeiros interesses. Ele estava enrolando ao mesmo tempo que preparando para chegar onde realmente queria. Tão típico seu que se acostumou.

Os dois eram mais semelhantes do pareciam, não só fisicamente, com seus cabelos escuros e olhos verdes, mas nos jeitos de conduzirem a vida, nas personalidades, ideias e opiniões . São as cópias fies de seu pai.

— Por que acha que virou pessoal? — Desvia sua atenção dos papeis que lia para olhar o irmão que mexia nos portas retratos que ficam no móvel ao lado da porta de entrada para seu escritório. — A famiglia receberá pelo trabalho, um valor bem considerável pela complexidade do trabalho.

— Não, você receberá. Algo que o dinheiro não paga. — Larga a foto do seu sobrinho no seu lugar para encarar Milena. — Soube que teremos um jantar de noivado.

O som estridente da risada da morena preenche a sala, era divertido e irritante o jeito que Dante adiava para chegar no ponto. Lógico que sua repentina visita tinha um motivo, Dante não viria a toa em seu escritório para uma simples conversa e um café.

Suas ações lembravam seu pai, ele odiava ser pego de surpresa de alguma forma, se pudesse preferia antes de todos saber tudo que poderia. Como o quer sua irmã planejava com tudo aquilo, qual e o seu plano, pois ela tinha um e não lhe revelou.

— Teremos...

— Hum... — Enfia as mãos no bolso. — Certo... Pensei que seu tempo de namoro secreto tinha chegado ao fim querida irmã.

O sorriso prepotente em seu rosto irritava ao ponto de Milena desejar tira-lo a força, todavia manteve a calma para não cair em seu jogo. No entanto, seu rosto inexpressivo ampliou o repuxar em seus lábios e o fez arquear uma sobrancelha deixando evidente sua provocação.

Poderia parece estranho a relação entre os dois, desconhecidos diriam que se odeiam, contudo os que os conhecem há anos já se acostumaram com seus jeitos excêntricos e sabe o quanto se amam.

Ninguém poderia dizer que não, tantas se colocaram diante da linha de fogo para salvar um ao outro. Uma vez tão arriscada, que Dante quase perdeu a vida.

— Eu gosto de surpresas. — Junta as mãos, apoiando os cotovelos sobre a mesa. — Separe seu melhor terno Dante, não quero que nada saia do lugar justo hoje no meu jantar de noivado. — O cinismo dominou suas palavras.

Dante sorriu compartilhando do mesmo sarcasmo, ansiando que a noite logo chega-se para contemplar pessoalmente a ocasião. Quem diria que estaria vivo para ver a irmã forçando alguém a casar.

— Vou mandar separar até as melhores garrafas de vinho para brindamos em comemoração. — Seus olhos verdes faíscas de sacarmos. — Mamãe ficará tão feliz em planejar seu casamento que espero que ela marque para semana que vem, amanhã se fosse possível.

— Então separe dois ternos, não vai querer usar o mesmo do jantar na cerimônia.

●○●○

Não existia um plano, não definido, mas uma ideia que surgiu no acaso do momento. Milena não tinha certeza do que fazia com o noivado falso daria certo, porém a curto prazo foi a melhor solução que conseguiu. Ter um noivo não a livrava do seu problema, mas a fazia obter tempo e uma doce vingança.

Entretanto, o recente problema se consiste em fazer seu pai e irmão a deixarem continuar o que está a fazer sem saberem de tudo, confiado apenas em si. Contudo, existia outro problema difícil de ser domado, seu filho que não entenderia nada que esta acontecendo, mas fará de tudo para acabar com seu noivado, falso ou não.

— Mãe!

— Sim? — Da dois passos para trás se afastando do espelho, girando para encara-lo.

— A senhora não me disse o motivo do jantar. — Cruza os braços, mostrando sua insatisfação com a situação.

Enric tinha mais traços da mãe do que seu pai, que não fazia questão de ter conhecido, não depois do tanto que viu sua mãe sofrer por ele. Evidentemente, apenas seu cabelo claro lembram do seu progenitor, seu sorriso, cor dos olhos e formato do rosto são heranças de sua mãe.

— Você o odiaria e daria um jeito de sabota-lo. — Se inclina arrumando seus fios encaracolados rebeldes. — Esta proibido de fazer besteira Enric Savoia.

— Não farei nada mamãe. — Sorrir inocentemente. — Ao menos que não tenha um ele.

Os íris verdes analisaram o filho minuciosamente, cada traço em seu rosto e parte do seu corpo, retornando seu foco para seus olhos. Um sorriso calma nos lábios tentando amenizar a situação.

— Terá um ele. — Fala suavemente. — Meu querido noivo e quem sabe seu futuro padrasto.

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