— Emma Anderson Narrando —
12/04/2022 sem dúvidas o dia mais memorável da minha vida. Dia em que meu sonho de me tornar médica foi realizado. Depois de tantos esforços dos meus pais\, finalmente consegui! Chamo-me Emma Anderson\, tenho 23 anos\, filha única de Elizabeth Anderson e Benjamin Anderson. Venho de uma família simples. Meus pais são donos de uma floricultura e com ela\, conseguiram me sustentar e pagar meus estudos. Devo tudo a eles. Se não fosse por eles\, não teria conseguido realizar meu sonho. Deitada em minha cama fico pensando em todas as dificuldades em que passamos para chegar até aqui\, todos os não que levamos\, todas piadas que soltaram falando que não conseguiríamos e hoje estou aqui agradecendo por tudo ter dado certo. **Batida na porta* *
Elizabeth: Querida, o jantar está pronto. — Disse minha mãe do outro lado da porta.
Emma: Já estou indo! — Levantei e fui para cozinha. — Boa noite, meus amores!
Elizabeth&Benjamin: Boa noite!
Benjamin: Emma, quando você irá na sua primeira entrevista?
Emma: Amanhã mesmo, papai. Amanhã pela manhã tenho uma entrevista no Hospital Colemann Ross.
Benjamin: Uau! É o melhor hospital do país, minha filha. Estou muito feliz por você.
Emma: Obrigada, papai! Vou subir para descansar um pouco. Boa noite! — Dou um beijo em cada um e vou para o meu quarto.
Fiquei olhando fotos do hospital, lendo sobre ele e nem percebi quando acabei dormindo.
No outro dia...
Acordei com o despertador tocando. Levantei, fui ao banheiro, fiz minha higiene e voltei para o quarto. Fiquei alguns minutos procurando o que usar e optei por uma calça flare em linho verde menta, uma blusa soltinha branca e um salto escarpin branco. Fui até a cozinha e por sorte minha mãe já havia deixado o meu café da manhã pronto antes de ir para floricultura. Comi rapidamente, peguei minha bolsa e chamei um táxi.
Chegando lá, fui até a recepcionista que me informou a sala de onde seria feita a entrevista e que já estavam ao meu aguardo. Encontrei a sala, e respirei fundo antes de abri-la. Ao abrir, me deparo com Sr. Colemann, Sr. Ross e suas devidas secretárias. Fiquei assustada, não esperava ser entrevistada pelos donos do hospital. Tentei ficar o mais calma possível, entrei na sala e sentei na cadeira mais próxima a mim. Então, uma moça que estava ao lado do Sr. Ross começou a falar.
Elis: Olá, senhorita Anderson! Chamo-me Elis, sou secretária do Sr. Ross. Pronta para começar a entrevista? — Assenti um pouco nervosa.
Sr. Colemann: Então, já trabalhou na área?
Emma: Não! Minha formatura foi a dois dias atrás. — Ele permaneceu calado, desta vez, foi hora do Sr. Ross falar. Sr. Ross: Uau! Formou há dois dias e já conseguiu uma entrevista aqui? Realmente, seu currículo é melhor que eu imaginava.
Emma: Fui monitora na faculdade e participei de muitos cursos, acredito que foi essencial para esta oportunidade. Tenho muito conhecimento, pretendo servir muito em prol da população. — Sr. Ross sorria, me sentia um pouco mais aliviada, mas quando olho para o Sr. Colemann, o nervosismo veio todo a tona. O homem não esboçava uma reação.
Sr. Colemann: Então, pretende se especializar em algo ou pretende ficar somente em clínica?
Emma: Pediatria. Penso em me especializar em pediatria daqui a um tempo. Agora quero clinicar para poder ajudar meus pais em questões financeiras, e após isso, juntar dinheiro para especialização. — Os dois concordaram com a cabeça.
Sr. Colemann: Por qual motivo você escolheu nosso hospital para se candidatar a vaga? — Perguntou Sr. Colemann e eu já não estava mais conseguindo respirar direito de tão aflita. Cada palavra que saia da boca daquele homem me deixava muito ansiosa.
Emma: Porque vocês são os melhores, e eu quero muito poder dividir meus conhecimentos com os colegas e aprender também.
Sr. Colemann: Ok! Alguém quer perguntar mais algo?
Sr. Ross: Eu! Senhorita Anderson, você é solteira? — Arregalei os olhos, corei de imediato. Não sabia o que dizer, realmente não esperava tal pergunta naquele momento. Todos olhavam para mim, as secretárias sem entender nada, Sr. Ross com um sorriso de canto e Sr. Colemann olhando-me atentamente.
Emma: É...É... Sou... Sou solteira sim! — Disse gaguejando, ficando mais vermelha ainda.
Sr. Colemann: Bom! Tendo como base a última pergunta, acredito que ninguém tenha mais perguntas importantes a fazer. — Sr. Colemann levantou da cadeira e eu fiquei definitivamente sem fôlego. Que homem é esse? — Senhorita Anderson, entraremos em contato com você após conversarmos sobre sua entrevista. — Ele disse e saiu, sua secretária saiu correndo atrás dele.
Emma: Então, já vou indo! Muito obrigada desde já! — Disse para os dois que restou na sala e saí.
Sr. Ross: Nos veremos em breve, senhorita. — Disse acenando.
Pedi um táxi e fui para casa.
Cheguei em casa, fiz meu almoço e fui para o meu quarto ler um livro. Fiquei lendo até meu celular começar a tocar, era Leah, minha melhor amiga da faculdade.
Emma: Alô?
Leah: Amiga, terá uma inauguração de uma boate hoje, precisamos ir!
Emma: Qual horário?
Leah: 22H00.
Emma: Passa aqui?
Leah: Passo sim! Esteja pronta. Beijos!
Voltei a ler, quando vi já era noite. Meus pais tinham acabado de chegar da floricultura, estavam na sala assistindo. Decidi fazer a janta. Jantamos juntos e subi para começar a me arrumar. Vesti um vestido, calcei uma sandália de salto alto, fiz minha maquiagem e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo bem alto. Assim que finalizei, Leah mandou uma mensagem dizendo que já estava chegando. Peguei minha bolsa, e desci para espera-lá. Pouco tempo depois ela chegou.
Leah: Amiga, você está muito linda!
Emma: Obrigada! Você também está. Para qual boate nós vamos?
Leah: Uma que inaugurará hoje no centro. O nome é 'P.R Divertium'.
Chegamos na boate, ficamos de fora admirando a boate. Era simplesmente perfeita e enorme. Aguardamos na fila, mostramos nossas identidades para os seguranças e entramos. A boate por dentro era mais perfeita ainda, tudo muito luxuoso e tudo de um ótimo gosto. Fomos buscar bebidas e depois fomos para a pista dançar juntas. Dançamos umas 3 músicas juntas até chegar um rapaz e pedir para dançar com a Leah. Deixei eles dois dançando e fui pegar mais bebida.
Xxx: Olá, você está sozinha?
Emma: Oi! Estou com uma amiga.
Xxx: Ah sim! Chamo-me Bruce, qual seu nome?
Emma: Meu nome é Emma.
Bruce: Emma, me acompanha nessa dança? — Assenti, ele pegou minha mão e fomos juntos para pista de dança.
Ficamos dançando, bebendo um pouco além do que deveríamos. O clima foi esquentando mais, ele me beijou e passamos um bom tempo dançando e curtindo juntos até nossa bebida acabar. Voltamos para o bar e sentamos um pouco.
Bruce: Então, Emma, o que faz da vida?
Emma: Ainda nada, me formei há alguns dias e ainda estou aguardando a resposta de uma entrevida de emprego, e você?
Bruce: Sou diretor financeiro de uma rede de hospitais. Você formou-se em quê?
Emma: Que coincidência! Formei em medicina. Em qual hospital você trabalha? — Antes que ele pudesse responder, Leah chegou perto de nós.
Leah: Emma, eu quero ir embora! — Ela estava quase chorando.
Emma: O que houve?
Leah: O idiota do Dylan está aqui. Vamos embora, por favor!
Emma: Bruce, foi um prazer conhecer você. Nos vemos por aí. — Dei um beijo rápido nele, saí com Leah me puxando e acabei não entendendo o que Bruce havia dito.
Ficamos do lado de fora esperando um táxi, que logo apareceu e fomos para casa depois.
Quatro dias depois...
Acordei com uma ligação de um número desconhecido.
Emma: Alô?
Xxx: Bom dia! Gostaria de falar com Srta. Emma Anderson.
Emma: Sou eu mesma.
Xxx: Olá, Srta. Anderson. Sou do Hospital Colemann Ross, gostaria de dizer que você foi aprovada e conseguiu o emprego. Poderia começar amanhã?
Emma: Claro!
Xxx: Perfeito! Peço só que hoje a tarde você venha aqui no hospital entregar seus documentos.
Emma: Pode deixar, estarei aí! Obrigada!
Xxx: Disponha. Boa tarde!
Liguei para meus pais e Leah, todos ficaram muito animados com a notícia. Marcamos de jantarmos juntos esta noite para comemorar. Preparei o meu almoço e separei os documentos para entregar no hospital. Quando terminei de separar tudo fui me arrumar para ir ao hospital. Pedi um táxi e fui para o hospital.
Chegando lá fui até a recepcionista que me informou para onde deveria ir. Fui para o elevador e segui até o último andar para entregar os meus documentos. Quando o elevador abriu, vi as duas secretárias que estavam no dia da entrevista, todas duas em suas respectivas mesas, ao lado de duas portas enormes nos dois cantos da parede.
Elis me viu e sorriu, já a secretária do Sr. Colemann, a qual não sei o nome, me olhou com um olhar de nojo. Sorri para ela também e fui até elas.
Emma: Olá, boa tarde! Com qual das duas posso deixar os documentos?
Elis: Pode deixar comigo. — Entreguei meus documentos para ela e fiquei assinando uns papéis do contrato que a mesma havia me entregado. Ouvi o barulho do elevador abrindo, olhei e lá vinha o Deus grego, desnorteei por alguns segundos até ouvir uma voz extremamente irritante.
Xxx- Oiiii, chefinho! Já deixei tudo prontinho na sua sala. Precisa de algo meu? — Que descarada! A secretária dele deu em cima dele na maior cara dura.
Sr. Colemann: Boa tarde, senhoras! Madeline, avisarei se precisar de algo. — Falou com a maior cara de paisagem para ela. É bonitinha... Suponho que o amor aí não é recíproco. — Seja bem-vinda, Srta. Anderson.
Emma: Obrigada, Sr. Colemann. — Ele assentiu e foi para a sala dele, que era na porta ao lado da mesa da tal Madeline.
Madeline logo levantou e foi em direção a sala, eu não havia reparado, mas fiquei boquiaberta quando vi a forma que ela estava. O uniforme das duas (Elis e Madeline) eram iguais, mas parecia que Madeline tinha cortado pelo menos 4 dedos da saia e a blusa com os botões de cima abertos, dando uma clara visão de seus seios. Ela não olhou nem de lado e entrou na sala do Sr. Colemann.
— Tyler Colemann narrando —
Sou Tyler Colemann, tenho 29 anos, filho de Carole Colemann e Adam Colemann (proprietários do melhor restaurante da cidade). Sou médico, especializado em pediatria e um dos donos da rede de hospitais Colemann Ross. O outro dono é o meu melhor amigo Peter Ross. Somos amigos desde criança, fizemos nossa faculdade de medicina inteira juntos, menos nossas especializações, ele optou por oncologia. Depois de alguns anos de formados, decidimos montar nosso próprio hospital, portas se abriram e hoje temos uma rede de hospitais bastante renomada em todo o país. Atualmente estou solteiro, mas já fui noivo de uma bela mulher chamada Dorothy. Vivíamos muito bem, tínhamos planos para uma vida inteira e estávamos conseguindo realizar nossos sonhos, mas infelizmente, Dorothy faleceu depois de uma complicação em uma gestação. Ela estava com apenas 4 meses, então, o bebê também não resistiu. Já se passaram 5 anos, mas eu ainda não consigo esquecer por 1 só segundo toda aquela cena dela morrendo em meus braços. Desde então, vou atrás de mulheres apenas para me satisfazer quando preciso, nunca fico mais de uma vez com uma mulher, a única exceção é Madeline que algumas vezes ainda consegue me vencer no cansaço. Fui interrompido em meus pensamentos com Madeline entrando no escritório.
Madeline: Chefinho, vim saber se estava precisando de algo. — Falou vindo para bem perto.
Tyler: Madeline, eu falei que avisaria caso precisasse de algo.
Madeline: Mas chefinho, e se eu tiver precisando de algo? — Passou a mão em meu m€mbro e rapidamente tirei a mão dela.
Tyler: Hoje não, Madeline. Pode voltar para sua mesa. Como disse antes, avisarei caso precise de algo.
Madeline: Tudo bem. — Falou e saiu com a maior cara de decepção.
Abri meu notebook, e ao lado dele tinha um porta retrato do amor da minha vida. Eu e Dorothy em uma viagem que fizemos juntos para Paris, na hora em que ela me contou que teríamos um filho. Fiquei viajando nas lembranças até ser interrompido mais uma vez.
Tyler: Pode entrar.
Peter: Tyler, você viu aquela máquina la fora? Tyler, aquela mulher é simplesmente perfeita.
Tyler: Quem?
Peter: Emma. Ela está lá fora assinando os papéis, já começa a trabalhar amanhã.
Tyler: Ah! Eu vi ela sim.
Peter: Vai me dizer que não achou ela uma gostosa?
Tyler: Ela é sim muito bonita. Mas deixa eu te perguntar uma coisa, você não era caidinho pela Elis? O que aconteceu para naquele dia você perguntar a Emma se ela era solteira ainda mais na frente de Elis.
Peter: Para você. Eu vi o jeito que você olhou para ela quando ela entrou na sala.
Tyler: Você já está criando. Você sabe muito bem que não olho diferente para mulheres há muito tempo.
Peter: Um dia o amor pode bater na sua porta de novo.
Tyler: Sem chance. O que você veio fazer? Veio dar uma de cupido ou realmente veio falar algo importante?
Peter: Vim chamá-lo para jantar no restaurante dos seus pais hoje. Tia Carole ligou-me hoje e me intimou a te levar lá hoje. Você precisa ver mais eles. Ty, você nem sequer atende os telefonemas dela.
Tyler: Deve ser porque ela só me liga para marcar saídas com as filhas das amigas dela. — Peter gargalhou.
Peter: Hoje seu encontro será comigo, o magnífico Sr. Ross. — Disse ele rindo.
Tyler: Idiota. Avisa a ela que chegamos lá às 20H00.
Peter: Fechado! — Saiu da sala.
Passei o resto do dia trabalhando, resolvendo bronca e dando fora na Madeline. Hoje ela estava insuportável. Madeline é uma mulher muito bonita e atraente, mas não consigo olhar para ela com outros olhos, ela não passa de uma interesseira. Já era noite, perto das 20H00 quando acabei de resolver os problemas. Peter apareceu na porta.
Peter: Vamos?
Tyler: Acabei de terminar aqui. Já estou descendo.
Peter: Espero você na garagem. Quero ver com meus próprios olhos que você está indo jantar lá.
Ele desceu e pouco tempo depois fui para garagem. Entramos em nossos carros e seguimos até o restaurante dos meus pais. Estacionei o carro, e entrei no restaurante. Assim que entrei, vi uma pessoa muito familiar perto de nós, mas não lembrava de onde conhecia, ela estava de lado, então não dava para ver 100% seu rosto. Peter seguiu meu olhar e soltou uma risadinha debochada.
Peter: Realmente, a mulher é uma máquina. Você está quase babando pela Emma. — Ele disse alto o suficiente para a mesma virar em nossa direção, não só ela, mas todos que estavam na mesa com ela. Ela acenou para nós e acenamos de volta.
Tyler: Eu vou matar você. — Falei entredentes apenas para ele ouvir, mas ele literalmente só riu da minha cara que com certeza deveria estar vermelha de vergonha.
Xxx: Não acredito no que estou vendo!
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