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Prazer, Eu Sou Seu Carma

Capitulo 1 – Ataque ao Instituto

Aviso!!!! Gore! Não leia se for sensível

Boa leitura 💙💖💛

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Estava um verdadeiro caos, Marina estava deitada em um sono pacífico, Richard ficou perplexo ao ver que ele mesmo estava sem roupas com exceção das suas luvas negras.

Ele se vestiu rapidamente evitando as náuseas que o atingiram.

A garota dormia como se nada pudesse machuca-la, ao mesmo tempo que não parecia carregar todos os pecados dos crimes que cometeu.

Ela possuía os mesmos lábios repugnantes daquela mulher, com o arco do cupido bem acentuado.

Richard concentrou uma camada de energia na ponta de seus dedos afiando uma faca invisível.

Seria apenas um movimento e ela estaria morta...

Se ela morresse seria um caminho sem volta, Richard sabia disso, mas ele não teria outra chance como essa.

Ela abusou dele dessa vez, o drogando, e poderia muito bem fazer de novo, se ele não fizesse nada agora então teria que criar outra oportunidade.

Não poderia mata-la sem que seu irmão soubesse, e seu irmão... ele sempre sabia, ele sabia de tudo.

Elaborar um plano estava fora de questão, seu irmão via através de todas as suas ações, um passo em falso e seu irmão descobriria.

E se ele descobrisse...

Richard estremeceu um pouco ao pensar no que Narlan — seu segundo irmão — faria se soubesse que ele planejava matar alguém, mas ainda posicionou a faca no pescoço da garota.

Apenas um movimento.

Estava na ponta de seus dedos, tão fácil, tão simples.

Sua pele macia seria cortada e a garota desprezível a sua frente nunca mais abriria os olhos.

No entanto ele não costumava ser impulsivo, o único impulsivo que ele conhecia não tinha acabado bem... nunca acabava bem, se não, Kolin não estaria preso.

Os ouvidos de Richard zumbiram e uma sirene soou em alto e bom som, ao invés de diminuir se tornou cada vez mais alto e estridente.

De repente umas voz robótica soou:

— Atenção todos, isso não é uma simulação, repetindo, isso não é uma simulação, a nossa instituição foi invadida, bestas estão por todas as partes em grandes quantidades, permaneçam calmos e sigam o protocolo de segurança, vão para os quartos mais próximos e selem os portões.

Richard se afastou abruptamente da garota, e correu para os corredores que estavam cercados por todos os cantos.

Ele não se importava com sua própria segurança se seu irmão não estivesse seguro, ele tinha que encontrar Rarlee.

Mas assim que saiu... ele viu que o lugar estava um verdadeiro caos, havia gritos por todas as partes, e sangue espalhado pelos pilares acinzentados.

Ele tampou a respiração e evitou os corpos mortos no chão, tentando ultrapassar o máximo de bestas possíveis.

Apesar de serem chamados de bestas, essas coisas possuíam a forma de um humano, a diferença é eram olhos negros que escorriam um líquido da mesma cor.

Suas bocas também eram maiores e seus dentes eram pontiagudos o suficiente para dilacerar qualquer carne que tivesse o mínimo contato.

Eles eram bem mais altos e magros em comparação a um ser humano normal, além de da sua sede insaciável por carne humana estavam nus e não tinham partes íntimas alguma.

Richard evitou olhar naqueles olhos negros e ergueu uma barreira ao seu redor, ele não tinha vocação para lutar e também não perderia seu tempo com isso.

Ele havia ignorado algumas pessoas que imploraram por ajuda no caminho

Não.

Ele não é completamente insensível, ele simplesmente odeia todas e cada uma dessas pessoas.

Suas mortes seriam esplendidamente bem vindas com um belo sorriso portanto que seu irmão não estivesse olhando.

Bestas batiam de forma continua em sua barreira desesperados para se saciar com a sua carne e beber do seu sangue.

Mas Richard desviou os olhos fingindo não os ver, e aumentou os passos ao ver a quantidade de sangue nas paredes.

Uma mão agarrou a sua perna repentinamente e ele quase lhe deu um chute no rosto, mas quando olhou, notou que não era uma besta e sim uma pessoa que tinha seu peito sendo devorado por três bestas.

Essa pessoa...

"Há, mas que piada, ele quer a minha ajuda? Só pode ser brincadeira."

Richard reconheceu essa pessoa, esse homem era um amigo próximo de Marina — a garota com quem ele havia acordado — no passado esse amigo e Marina haviam espancado Kolin juntos.

Havia um grupo inteiro com eles, um grupo de jovens espancando uma criança de seis anos.

Só de pensar no que fizeram com ele, ele sentiu náuseas...

Kolin...

Ele se perguntou por um momento se Kolin, aquela pessoa que dizia o odiar tanto havia sobrevivido, mas logo afastou esse pensamento.

Pensar em Kolin... nunca acabava bem.

— Por favor, me ajude, por favor. — A pessoa gritava em agonia.

"Ajudar você...?"

Richard apenas o observou por um momento até que os gritos da pessoa se tornaram incessantes.

As bestas por fim arrancaram seu coração do peito lhe dando uma enorme mordida e derramando os fluidos sob o chão.

Suas línguas viscosas brigando pelo sangue que escorria do órgão ainda batendo.

Seus corpos esqueléticos e quase desprovidos de massa se chocavam entre si, suas extremidades negras se tornando úmidas com o vermelho vivo.

Richard sentiu seu estômago se revirar e se afastou da mão daquela pessoa, a partir dali um medo surgiu na sua mente, se um daqueles inúmeros corpos no chão era o seu irmão, ou de Kolin...

não.

Kolin não importava agora, ele não pensaria nele.

Com um pouco de hesitação ele continuou indo até o escritório de Rarlee mas dessa vez conferindo se os corpos no caminho não possuíam nenhuma das características do seu irmão.

Quando faltava apenas dois corredores mais alguém agarrou novamente o seu pé.

Inúmeras pessoas agarraram seu pé no caminho e ele havia ignorado, mas dessa vez por algum motivo ele decidiu olhar...

A pessoa em seus pés tinha a perna sendo devorada por uma besta, seu olhar estava repleto agonia mas ele ainda tentava demonstrar calma.

— Richard, o que você está fazendo aqui? Vá para um lugar seguro, rápido, o que o seu irmão pensaria se...

Carten parou de falar abruptamente, a besta lambendo e mordendo com mais vontade sua panturrilha.

Richard finalmente o reconheceu, esse homem havia lhe dado aulas depois que sua mãe morreu, ele foi uma das primeiras pessoas que não o tratou bem por interesse.

Apesar de seus ensinamentos terem sido breves e eles não terem passado tanto tempo assim juntos...

Seu irmão era próximo de Carten, eles ficavam juntos as vezes, Richard não sabia se havia algo a mais, mas como o homem era próximo de seu irmão ele o investigou.

Depois de pesquisar seu passado ele deixou que Carten continuasse próximo de Rarlee e até passou a simpatizar um pouco com ele, embora sempre achasse que as atitudes do outro fossem tolas e ingênuas.

Isso só confirmava seus pensamentos, apesar de ter sua perna devorada o homem ainda não se preocupava consigo mesmo.

Richard olhou por um longo tempo até que finalmente tomou uma decisão.

Ele rompeu a própria barreira e lançou um ataque defensivo aos monstros a sua volta.

Não era o seu forte, mas funcionou um pouco.

— Não, pare, o que você está fazendo, se romper a barreira, não vai conseguir fazer outra em até duas horas. — Carten o repreendeu ofegante.

O efeito defensivo não duraria muito, então ele lançou uma adaga energizada no monstro que devorava a perna de Carten, sentindo grande parte da sua energia ser sugada.

Ele ignorou o que Carten disse e o agarrou, o levando para o quarto mais próximo, após o jogar abruptamente lá dentro e trancar a porta com força ignorando os protestos do outro Richard voltou para o seu caminho.

"Isso provavelmente vai bastar para Rarlee não se sentir sozinho." Ele pensou.

Com isso Richard voltou a correr chegando finalmente no escritório do seu irmão, ele havia lançado ataques pequenos para desviar das bestas no seu caminho, mas quando finalmente chegou ao corredor engoliu em seco.

A cena a sua frente era bizarra.

A porta do escritório do seu irmão estava trancada firmemente mas havia mais de vinte bestas amontoadas na sua porta.

Ou eles brigavam por um cadáver muito saboroso ou havia algum farol que os atraia para a sala do seu irmão.

Um acima do outro, desesperadamente eles arranhavam a porta com as suas enormes garras negras feitas do osso das próprias mãos.

– Rarlee...– Ele disse baixo.

Assim que foi avistado cinco monstros correram desesperadamente em sua direção, suas garras afiadas esticadas para o estilhaçar e suas bocas abertas demais repletas de sangue.

Richard se esquivou e o atingiu com outra adaga de energia, o monstro caiu no chão enquanto se contorcia, mas os outros quatro ainda o seguiam, eles soltavam sons agudos e estridentes toda vez que os dentes afiados demais batiam na própria boca.

Por um momento ele pensou se deveria elaborar um plano, então uma ideia surgiu em sua mente.

Ele perfurou mais fundo a adaga no crânio da besta e a ergueu no ar a usando de escudo vivo.

As bestas perfuraram as entranhas de sua mesma espécie e Richard aproveitou a oportunidade lançar a besta por entre suas pernas, dando uma rasteira na maioria deles.

Assim que atingiram o chão, Richard endureceu a energia no chão e os prendeu ali.

Por sorte havia atingido todos mas Richard ainda teria que andar entre eles para chegar a sala e suas forças já estavam esgotadas demais para isso.

Sem mais escolha enquanto sentia sua ansiedade aumentar, Richard pensou em um plano arriscado.

Mas ele precisava tentar...

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Espero que tenham gostado, esse foi o primeiro capítulo ❤️🧡💛💚💙💜🌈

Richard é um personagem sofrido com bloqueio emocional então não odeiem mt ele... ou odeiem, ele não liga msm.

mas eu ligo 😭😭😭

O par romântico principal é o Richard e o Kolin 🥰 não shippem errado meu povo.

Capitulo 2 – Meu irmão Rarlee

Aviso!!! Gore e insinuação de suicídio, não leia se for sensível 🔴🔴🔴

Boa leitura ❤️🧡💛💚💙💜🌈

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Ele andou por entre os pequenos blocos de sua energia suspensos no ar. 

Era como pedras em uma lagoa, porém mais instáveis, poderiam se romper a qualquer momento, era como andar em uma corda bamba.

A primeira havia ido bem.

A segunda.

A terceira, quarta...

Porém quando chegou na quinta os fios de energia se romperam e Richard escorregou caindo em um dois monstros.

 Um enfiou as garras em sua perna enquanto o outro mordeu o seu braço.

Ele conteve um grito de dor e se livrou da besta se levantando rapidamente, após mais alguns passos ele chegou a porta, mas seu corpo estava coberto de feridas que não paravam de sangrar, suas roupas já encharcadas pelo líquido vermelho.

Sua pele já começava a soar frio mas Richard se concentrou na porta trancada, as bestas prensadas ao chão não durariam muito, então ele tinha que abrir rapidamente. 

Felizmente nos casos de emergência essas salas se abriam fácil se Richard liberasse um pouco de seu sangue nela.

Ele encostou sua luva ensanguentada na porta e após alguns momentos ela se abriu pesadamente em um baque, Richard entrou e a porta se fechou quase automaticamente mas ele não teve tempo para notar isso pois a cena em sua frente era um caos. 

Se do lado de fora tinha sangue então a cena a sua frente era quase um lago repleto por todo o líquido vermelho.

Um corpo estava pendurado com uma corda ao teto, a formas como seu pescoço continuava pingando aquelas gotas escarlates deixou e era evidente que com apenas um toque seu pescoço se partiria e se separaria do corpo. 

Não havia sobrado nenhum um pedaço de tecido branco do seu jaleco intacto, estava completamente ensopado pelos tons vermelhos e pretos.

Richard respirou fundo sentindo o cheiro de sangue e se aproximou do cadáver pendurado, seus cabelos loiros tampavam o rosto do cadáver, um rasgo deformado marcava metade do seu rosto. 

Havia alguns pedaços de sua roupa rasgados aparentemente por uma lâmina.

Ele evitou as poças de sangue no chão, mas não pode evitar pressionar dois dedos sobre o pulso gelado sem nem mesmo notar que ele próprio estava tremendo.

Quase uma hora havia se passado, Richard não conseguiu se mover por um longo tempo, sua mente estava uma mistura de informações e teorias que se distorciam entre si. 

Era tanto sangue.

"Ele se matou...? Rarlee se matou?"

Quanto mais pensava menos fazia sentido o seu irmão ter se matado, apesar de haver uma cadeira no chão, que indicava que ele havia subido nela e se matado.

Rarlee não é o tipo de pessoa que se mataria, e as marcas de cortes da faca comprovam isso.

Apenas um silêncio incômodo o atingiu, o chão estava repleto de pegadas tingidas em vermelho. 

Ele inspirou fundo, ignorou suas mãos tremendo e se agachou no chão para medir as pegadas. 

Após concluir que as pegadas no chão eram apenas de uma pessoa, Richard decidiu procurar outras pistas.

As unhas ensanguentadas de Rarlee estavam sujas e gastas, ele havia lutado até o último segundo por sua vida, tentando desesperadamente se agarrar ao seu último suspiro. 

Após o revistar Richard encontrou uma pequena chave e um isqueiro prata, ele guardou as poucas coisas a contra gosto no próprio bolso.

Fora todo o sangue e o corpo havia uma mesa e um armário de ferro trancado. 

Richard tentou abrir obviamente com a chave mas o armário não abriu, após pensar um pouco ele foi até o cadáver de Rarlee e puxou um grampo do seu cabelo.

— É só um empréstimo... — Ele disse se voltando novamente ao armário.

Ele pressionou o grampo dentro algumas vezes e exatamente noventa segundos depois o armário emitiu um som de “clic” e se abriu.

Surpreendentemente estava vazio com exceção de um livro pequeno com capa azul, esse era o mesmo modelo de livro onde Rarlee fazia suas anotações sobre seus pacientes.

Ele nunca deixava ninguém tocar, inclusive ele, dizia que era informação confidencial.

Richard vai até a porta fortemente fechada e se senta contra ela observando o corpo a sua frente. 

Seu irmão, a única pessoa que o tratou verdadeiramente bem, sem mentir para ele, estava morto, seus olhos nunca mais vão se abrir.

Não há sinal algum de que sua morte foi feita por bestas irracionais, pelo contrário.

Parece que foi muito bem planejado.

Um ataque repentino que levou a vida de seu irmão, o corpo já estava gelado então ele já havia sido morto a algum tempo, considerando que o ataque começou a uma hora e ele levou vinte minutos para chegar até ali, não teria como o seu corpo ter esfriado em tão pouco tempo, naturalmente ele deve ter morrido antes do ataque.

Mas o que realmente confundiu Richard foi o fato de haver tantos monstros tentando entrar em uma sala com apenas um cadáver. 

Esses seres comem carne humana mas ainda se atraem mais por vivos, então deve haver algo mais por trás.

Richard volta seu olhar para o chão ensanguentado e se lembra da última vez que viu Rarlee.

Seu irmão estava muito animado com algo e anotava freneticamente em seu caderninho, os cabelos loiros uma bagunça pelo seu desleixo, mas ainda tinha um sorriso radiante em seu rosto.

— O que tem de tão bom? — Richard havia perguntado desanimado.

— Você não sabe criança? É óbvio.

Richard estava sem paciência para fazer adivinhações então ficou em silêncio.

— Ah, tão sem graça, qual o problema de brincar um pouco, como você insiste tanto eu vou te contar — ele largou abruptamente a caneta e se inclinou sobre Richard —, o aniversário de uma certa pessoa está chegando.

— De quem seria?

Rarlee beliscou o queixo do seu irmão mais novo.

— De quem mais seria? claro que é o seu, você faz a mínima noção de que eu esperei um ano inteiro para o seu aniversário de dezessete anos? demorou tanto que eu pensei que ia me decompor.

— Um aniversário é apenas um aniversário, o que há com isso?

Apesar de dizer isso, um leve calor se espalhou no peito de Richard ao ouvir suas palavras.

— Não é qualquer aniversário, é o seu aniversário, vamos fazer uma festa enorme, até Narlan vai ficar com inveja, aquele conquistador barato, vou te dar um presente, quer adivinhar o que vai ser?

Richard havia suspirado sentindo o cansaço lhe consumir.

— Se quiser eu te conto, você quer saber? — Ele perguntou de novo com um enorme sorriso.

Em resposta ele apenas balançou a cabeça negativamente.

— Eu não ia te contar mesmo — ele se afasta irritado e volta ao seu caderninho —, tão estraga prazeres, com quem você aprendeu isso, foi com Narlan, eu tenho certeza, não me diga que também está pensando em trair a sua namorada? Como pode ser que ele não te ensine nada que valha a pena? Pensei que por ser meu gêmeo, meu bom senso também havia passado para ele.

Richard o olhou sem expressão, Rarlee gostava e aprovava seu namoro com Melanie, apenas por isso ele ainda não terminou com ela, mas seu relacionamento estava praticamente acabado, era a gota d’água.

— Eu não sei.

Rarlee o olhou surpreso, seu irmão era sempre tão obediente, o que havia acontecido?

— Vocês brigaram?

Richard fingiu não saber sobre o que estavam falando.

— Eu e Narlan?

Rarlee revirou os olhos impaciente.

— Quem se importa com aquele paquerador, é claro que estou falando da sua namorada.

— Ela é um pouco intensa demais, eu não sei se consigo lidar com isso.

— E com intensa você quer dizer? — Seus olhos castanhos lhe encararam com curiosidade.

Com intensa, Richard queria dizer intensa, fissurada, dramática, obcecada e louca, uma completa desequilibrada que queria controlar cada um dos seus passos.

Mas ele nunca diria isso a Rarlee, ao menos não com essas palavras.

— Só... é demais para mim.

— Ela é linda, divertida, carismática e te ama, se vocês não brigaram então talvez você tenha outra pessoa em mente? — Os olhos dele brilharam um pouco.

— Só quero ficar sozinho. — Richard revelou.

Era sempre a mesma coisa, ele estava cansado de repetir sempre a mesma coisa e ainda assim não ser ouvido. 

Richard odiava tudo relacionado a compromisso, casamento e coisas como construir uma família feliz, simplesmente não combinava com ele.

Se imaginar casado com uma mulher o fazia se sentir estranho como se fosse algo falso que ele estava construindo apenas para agradar alguém.

— Mas você já vai fazer dezessete anos, não pensa em se casar? Você é jovem, precisa se casar com alguém que te apoie, te instrua nas suas dificuldades e que te dê filhos.

O mero pensamento dessa idealização com Melanie causou arrepios em seu couro cabeludo.

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Espero que tenham gostado, muitos mistérios vem por aí 🔥💋❤️🏳️‍🌈😏

Como imagino o Richard:

Capitulo 3 – Morte ao mentiroso

Boa leitura babys, espero que gostem 💜💙💖

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– Você tem vinte e seis e eu não falo nada sobre você não estar casado ainda. – Ele disse após soltar um suspiro cansado.

– Não estamos falando de mim, sabe, um dia eu não estarei mais aqui, quem vai cuidar de você?

– Isso é problema meu.

Richard pressionou as têmporas, sua cabeça estava lhe matando pela última dose do remédio.

As doses haviam aumentado ultimamente e um dos requisitos era não passar estresse mas ali estava ele.

– Você é meu irmão, sempre vai ser meu problema, sabe que eu quero o melhor para você, custe o que custar, e logo você vai ter que assumir o meu lugar, você acha mesmo que Narlan vai querer assumir, ele só pensa em qual vai ser a próxima mulher que vai dormir, estou dizendo isso para seu próprio bem.

– Já é suficiente. – Ele disse sentindo sua dor de cabeça piorar.

– Richard Nildern, não fuja do assunto, isso é algo sério, se você não mostrar a sua autoridade eles vão chegar como sanguessugas em você e não vai ter nada que eu possa fazer, só quero o seu bem.

– Não, não, não, eu realmente não me importo Rarlee.

– Tem que se importar, seja se casar ou qualquer outro meio de consolidar sua posição, é importante você mostrar que não é fraco, já te deixei fazer o que quiser durante um bom tempo, agora é hora de crescer.

– Sou grande para cuidar de mim mesmo.

– Não, você não é, você não faz ideia do que esses abutres são capazes de fazer com você se der uma brecha, se casar poderia fazer isso facilmente e você nem precisa ter uma relação conjugal, apenas o papel pode te–

– Eu disse que é o suficiente – Richard o interrompeu –, eu não preciso de você, ou da droga dos seus conselhos, só não se intrometa na minha vida, ela pertence a mim, você já viveu a sua, então se concentre nela.

Rarlee o olhou ferido, ele perdia o controle as vezes com sermões e sabia que devia se desculpar mas não pode ao ver a expressão de Richard.

– Eu não vou estar aqui para sempre então pensei que devia– Ele tentou falar.

– Seja vivo ou morto, eu não me importo, faça o que quiser da sua vida, eu vou fazer o mesmo com a minha, não interfira.

– Você é meu irmão, eu só queria—

– Eu não sou sua propriedade, não aja como se eu fosse.

Eles ficaram em silêncio por um logo tempo até que Richard disse:

– Estou cansado todos vocês.

– Eu...– Rarlee abriu a boca várias mas logo a fechou.

– Estou cansado você.

– Richard... – Ele agarrou o seu braço. – Me desculpe.

– Fique longe de mim. – Richard se esquivou rapidamente – Estou realmente muito cansado de você então...

Ele respirou profundamente.

– Eu sei que eu errei dessa vez, a culpa é toda minha então–

Richard parou por um momento fitando o caderno azul na sua mão e voltou a erguer o olhar acizentado para os seus olhos castanhos.

– Não foi só dessa vez, você sempre fala demais, é intrometido demais, quero você fora da minha vida, não aguento mais sequer olhar para você, te olhar me enoja, é repugnante demais.

– Não fale assim comigo.

– Me faria um enorme favor se... – Ele deu uma risada amarga – Apenas desapareça em alguma vala profunda onde eu não possa te encontrar, mas faça isso silenciosamente, acho que é o mínimo que pode fazer.

Ele sabia que estava falando demais mas era como se não pudesse controlar a própria boca.

– Não diga algo assim, você vai se arrepender disso depois.

– Não, eu não vou, minha vida seria bem melhor sem você controlando cada um dos meus passos, me dizendo o que fazer, mas quer saber de uma coisa Rarlee... eu não sou seu fantoche.

Seus nervos estavam a flor da pele, ele estava tão tenso e se sentindo tão fora de si que não conseguiu levantar o rosto para ver qual expressão seu irmão estava fazendo.

Ele havia saído abruptamente da sala, e desmaiou logo depois pelas dores.

Quando acordou queria ver Rarlee, mas seu orgulho não lhe permitiu, mesmo agora Richard acha que não teria sido capaz de encarar ele naquele dia, mesmo se soubesse da sua morte, ele odiava essa parte de si mesmo, mas seu orgulho ainda era mais forte.

Ele observou agora o corpo sem vida a sua frente, milhares de lembranças se passaram pela sua mente e ele sussurrou:

– Eu quero... agora eu quero adivinhar qual vai ser o meu presente.

Horas se passaram, ele havia desistido de revistar o lugar e olhar para o corpo a sua frente como se ele fosse de algum modo milagroso ganhar vida.

Ele olhou para as próprias luvas e notou que não havia trocado elas o dia inteiro, então ele as tirou, colocou no bolso e usou o par reserva.

– Mentiroso. – Ele encarou fixamente o cadaver – Você disse que eu era o seu problema... mas você ficaria feliz não é? em saber que tinha razão.

Sem suportar mais olhar para o corpo sem vida de Rarlee, Richard engoliu seu comprimido de emergência a seco sentindo sua garganta coçar e adormeceu.

Após dormir alguns dias com o sedativo no mesmo cômodo que o seu irmão morto ele finalmente ouviu uma voz estridente em seus ouvidos.

– Atenção a todos, podem sair, os procedimentos foram finalizados e as bestas foram suprimidas com sucesso, repetindo, podem sair, os procedimentos foram finalizados e as bestas foram suprimidas com sucesso. Dirijam-se ao salão para contagem.

Richard sentiu sua cabeça zumbir, ele sentiu seu poder retornando aos poucos e se levantou, depois de poupar um último olhar ao seu irmão miserável, Richard mordeu seu dedo e inseriu um pouco do seu sangue fresco na porta que abriu automaticamente.

O corredor ainda estava imundo de sangue mas não haviam corpos, nem Bestas nem humanos.

Um cheiro forte de metal e pólvora parava no ar, Richard foi até o salão, as pessoas já formavam filas para a contagem.

Alguns choravam em desespero rasgando as próprias roupas e deitando no chão, enquanto outros fitavam o vazio.

Richard ignorou isso e foi para a fila, ele não viu Narlan entre as pessoas então quando finalmente chegou ao homem com uma enorme capa branca que cobria seu corpo inteiro que só deixava seus olhos a mostra, ele perguntou:

– Onde está Narlan?

O homem o olhou rapidamente e voltou a olhar a sua lista.

– Qual é o seu nome?

Richard quase revirou os olhos, ele normalmente era muito gentil com essas pessoas irritantes, tudo pelo seu irmão, mas ele não estava de humor para interpretar o papel de garoto bonzinho.

– Não é óbvio?

O homem voltou a olhar para ele e após alguns momentos seu rosto perdeu a cor.

Seria impossível ele não reconhece-lo, Richard era o único entre eles com aquelas características físicas, herdadas da sua falecida mãe.

– Mil perdões, eu não imaginava, depois dessa crise é essencial sabermos o nome de todos, para saber quem está vivo ou ferido, e ter um controle geral da situação.

Richard o olhou com frieza.

– Não vai perguntar se eu estou ferido?

– Desculpe, você está ferido?

"uma mordida e alguns arranhões profundos contam?"

– Não.

O homem o olhou encabulado e cochichou algo a uma mulher ao seu lado, ela deu um olhar sutil a Richard e sussurrou algo de volta.

– Perdão jovem, o senhor Narlan Nildern está fora desde a semana passada e ainda não voltou, ele não esteve aqui durante o ataque, talvez deva procurar o senhor Rarlee Nildern, ele com certeza deve chegar logo. – O homem disse com convicção.

Richard ficou em silêncio.

Muitas coisas se passaram pela sua cabeça mas ele não disse nada.

Narlan não estava no instituto durante o ataque?

Então onde ele estava enquanto Rarlee era assassinado...

Ele não pode deixar de sentir rancor mas durou pouco, no momento não havia muito o que fazer, ele não tinha a autoridade de nenhum dos seus irmãos e não podia fazer nada sem a permissão deles.

Após anotar algo na prancheta, a doutora Felton assumiu o lugar do homem, Richard sentiu seu estômago embrulhar então desviou o olhar dela.

– Pobre criança, você deve estar apreensivo certo, tenho certeza de que tudo vai ficar bem, feche os olhos que tudo vai passar rápido. – Ela disse levantando a manga dele.

Richard prendeu a respiração e usou sua energia para cobrir temporariamente as marcas demoníacas em seu corpo.

– Sei que você odeia agulhas mas vai passar rápido, se você fingir que não dói, então não vai doer.

Ela limpou seu ombro com álcool e pegou a injeção verificando a dosagem algumas vezes.

Richard normalmente era bom em controlar sua energia, mas logo sentiu a marca em seu abdômen se abrir seguindo até a linha do seu pescoço.

Ele fechou os olhos com força para não chegar até seu braço, até que sentiu uma dor familiar e amarga do líquido entrando no seu músculo rígido.

Assim que ela retirou a agulha Richard cobriu rapidamente seu braço com sua manga, nem dando tempo da doutora Felton colocar o curativo.

Ela o olhou confusa mas ele se afastou agarrando o próprio braço, finalmente podendo sentir sua energia circular de modo estável novamente.

— Está tudo bem? — A senhora Felton perguntou. — Eu ainda não te dei seus comprimidos semanais.

Richard sentiu uma fina camada de suor se apossar da sua testa, se ele olhasse mais uma vez para ela talvez vomitasse ali mesmo.

– O que está acontecendo? Por que está demorando tanto? – algumas pessoas começaram a murmurar em conjunto.

– Deixe eu checar o seu pulso. – A senhora Felton disse em tom amável.

A tontura dele piorava a cada segundo alí.

Ela aproximou suas longas mãos com aquela luva transparente, os dedos enrugados quase o tocando, quando estava a centímetros de distância alguém afastou a sua mão.

Era uma garota de feições delicadas e um olhar enojado, Melanie.

Ela entrou na frente dele e encarou a mulher que insistia em tocar seu namorado.

— Ele está bem, pode enviar os comprimidos para a minha ala que eu entrego.

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Espero que tenham gostado ❤️🧡💛💚💙💜🏳️‍🌈

Como imagino a Melanie:

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