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O Tempo Que Perdemos

O começo de tudo

DOIS MENINOS DE 7 ANOS BRINCANDO NA SALA DE ESTAR

Carlos: solta os meus brinquedos. Diz irritado batendo nos brinquedos que estava nas mãos de Miguel.

Miguel: mas eu quero blincar.

Carlos: mas esses  brinquedos são meus e eu não vou te emprestar. Diz o menino recolhendo os brinquedos.

Mãe de Carlos: que isso Carlos! Miguel e seu amigo. Está na hora do lanche e depois que vocês comerem vai emprestar seus brinquedos ao Miguel.

Carlos: mas mãe...

Mãe Carlos: nada de mas. Agora venham crianças o lanche já na mesa. Disse a mãe

Miguel: vamos Carlos. Diz Miguel correndo para a mesa.

Carlos: me espere! Diz com raiva soltando os brinquedos com força no chão

ANOS DEPOIS NO  PÁTIO DE UMA ESCOLA JÁ ADOLESCENTES

Miguel: olha Carlos aquela gata está de olho em você. Olha...

Carlos: será? Pra mim,  ela está olhando é para você.

Miguel: deixa de bobeira e vai lá falar com ela.

Carlos: ah não, eu já gosto de outra pessoa.

Miguel: quem? Eu conheço, fala logo! Diz impaciente e curioso.

Carlos: Você não conhece ela. É uma amiga da minha irmã. Ela é linda. Muito linda, o nome dela é Valéria.

Miguel: E vocês estão namorando?

Carlos: ainda não. Ela diz que me vê somente como um amigo.

Miguel: ah que chato, esquece ela então e não deixe passar uma gatinha como aquela.

Miguel empurra o amigo na  direção da garota. Carlos fica sem jeito.

Carlos: oi... Fala tímido

Garota: o que você quer? Pergunta sem educação a garota.

Carlos: você estava me olhando então eu...

Garota: quem disse que eu estava olhando para você? Olhava para seu amigo.  Me dê licença. Diz saindo e o deixando sozinho. Carlos fica chateado e volta para junto do amigo.

Miguel: e aí como foi? Vai rolar um encontro depois da aula? Perguntou animado.

Carlos: não, ela estava olhando para você e não para mim. Me deu o maior fora.

Miguel: nossa me desculpa amigo, jurava que ela estava olhando para você.

A garota chama Miguel.

Miguel: vou ver o que ela quer. Nos vemos na sala.

Miguel vai falar com a garota e Carlos ficou com raiva do amigo achando que ele ia ficar com a garota, mas Miguel não aceitou ficar com ela, pensando no que havia acontecido com Carlos.

FORMATURA FACULDADE

Carlos e Miguel  que fizeram o mesmo curso, engenharia civil. Miguel havia escolhido o curso primeiro e Carlos com inveja seguiu seus passos. No dia da formatura Estavam eufóricos com mais uma etapa vencida, principalmente Miguel que tinha vários planos para o futuro.

Chamaram Carlos, em seguida Miguel para receberem os diplomas. Enquanto curtiam o baile de formatura, Miguel chamou o amigo para conversar.

Miguel: Carlos quero te fazer uma proposta.

Carlos: faça. Falou impaciente, queria mais era curtir e beber todas.

Miguel: eu tenho um dinheiro guardado que meu pai me deixou quando ele faleceu e  estou pensando em abrir uma empresa.

Carlos: Miguel se sua proposta for fazermos uma  sociedade, a resposta é não. Não tenho nenhum centavo para fazer um investimento desses.

Miguel:  justamente é sobre uma  sociedade que eu quero conversar.

Carlos: eu já falei que não tenho dinheiro agora...

Miguel:  espera um pouco, ouça minha proposta, depois você decide. Insistiu Miguel.

Calos: Então fale o que você esta pensando. Falou bebendo um drink.

Miguel: eu entro com o dinheiro e juntos podemos tocar  a empresa. Tenho medo de investir sozinho e errar. Nos  sempre fizemos os melhores projetos na faculdade, você sempre tem  ideias e soluções brilhantes, sempre foi muito inteligente e eu confio em você.

Carlos: Acho que você está exagerando nos elogios.

Miguel: Não estou, já imaginou nossos nomes estampados nos jornais e revista como os empresários do ano: Miguel Freitas e Carlos Noronha.

Carlos: não sei. Você não pode me dar sociedade assim de mão beijada. Ele queira se livrar de Miguel mas ele não desistiu.

Miguel: se você esta preocupado com isso,  podemos chegar a um acordo. Com os lucros da empresa você me paga o que vou investir agora. O que você acha?

Carlos: nós ainda não abrimos a empresa e você já esta falando em lucros? Carlos achava Miguel inocente, tinha certeza que iam falhar.

Miguel: tem que ter pensamento positivo desde já. Responde, aceita ser meu sócio?  Carlos cedeu ao pedido de Miguel.

Carlos: Aceito, mas agora me deixa curtir a festa, ok? Os dois de abraçaram.

Miguel: Pode curtir a vontade sócio. Falou Miguel feliz.

A sociedade entre amigos e a volta de alguém especial

FORMAÇÃO DA EMPRESA

Passada a formatura começam a trabalhar para construírem  a empresa idealizada por Miguel.

Decidiram alugar sala, onde será a cede e o escritório, cuidaram dos tramites legais, a contratação dos primeiros funcionários.

Miguel: e tudo tão trabalhoso, mais vai valer a pena.

Carlos: espero. Falou Carlos com desconfiança.

Miguel: vamos nos tornar uma das maiores construtoras do país, pode guardar minha palavras.

Carlos pensa: idiota sonhador. Não sei porque aceitei trabalhar com você. Você sempre se mete no meu caminho.

Carlos  sentia inveja da determinação e coragem do amigo.

Seis meses depois estava sendo inaugurada a construtora Alvorada  que em pouco tempo já havia se consolidado no mercado e possuía cede própria, tornando-se uma das mais importantes do seguimento.

NA RUA, MIGUEL ESBARRA EM VALÉRIA

Miguel costumava ir na banca de revista que ficava próxima a construtora compra o jornal do dia e sair lendo distraído. Naquele dia ele acabou esbarrando em Valéria que trazia alguns livros e materiais de trabalho.

Miguel: mil desculpas. Diz olhando para ela e ficando encantado com sua beleza.

Valéria: não foi nada. Diz recolhendo suas coisas e olhando para Miguel que a deixou envergonhada com aquele olhar penetrante.

Miguel: deixe-me te ajudar. Nossa quanto material de desenho.

Valeria: é que trabalho com arte, são meus materiais de trabalho, sou artista plástica.

Miguel: que interessante.

Valeria: obrigada. Diz ela saindo rapidamente para fugir daqueles olhos que mexeram com ela.

Miguel: espera... Diz tentando falar com ela que já havia se afastado, não escutando seu chamado. _ não perguntei o seu nome. Nossa, que mulher linda. Diz notando que um lápis  havia ficado caído  no chão. Ele o pega e guarda como se fosse um tesouro.

CARLOS REENCONTRA VALÉRIA, POR QUEM É INTERESSADO DESDE ADOLESCENTE.

Valéria chega a construtora alvorada e se dirige a recepcionista.

Valéria: por gentileza, eu tenho uma hora marcada com Carlos Noronha.

Recepcionista: pode subir ele já esta aguardando a senhorita.

Valéria chega a sala de Carlos que estava aberta.

Valeria: posso entrar? Diz abrindo a porta e sorrindo.

Carlos: Claro, estava te esperando. Há  quanto tempo Valéria não te vejo, fiquei muito feliz com sua ligação. Diz cumprimentando-a com um beijo na face. _Sente-se. Diz com o olhar radiante por ver uma antiga paixão.

Valéria: Verdade, tem muito tempo que não nos vemos, acredito que tem mais de 5 anos desde que fui estudar no exterior.

Carlos: lembro como se fosse hoje todas às vezes quando ia lá em casa para estudar com minha irmã. Vocês eram tão amigas.

Valéria: sim, mesmo perdendo o contato quando ela que foi morar nos EUA, ainda  a considero uma amiga.

Carlos: Sei que já tem algum tempo que voltou para o  país, porque demorou tanto para entrar em contato?  Estava esperando sua visita.

Valéria: Perdão amigo, foi o corre corre do dia, os projetos que tinha em relação a minha carreira. Não sobrou muito tempo, mas prometo lhe compensar agora que as coisas estão mais tranquilas.

Carlos: ao menos para os amigos tem que sobrar, estou magoado. Falou brincando.

Valéria: ah não fique, olha estou aqui. Diz sorrindo

Carlos: e a que devo a honra da sua visita. Saudades?

Valéria: Eu vim fazer um convite e claro estava com saudades.

Carlos: um convite? Então faça. Falou curioso

Valéria: Então, fiquei sabendo que a construtora faz o patrocínio de uma galeria de arte aqui no centro.

Carlos: meu sócio e eu sempre buscamos incentivar a cultura, por isso fazemos esse tipo de patrocínio.

Valéria: E isso é ótimo, falta muito incentivo na área de cultura no nosso país e eu como artista plástica fiquei encantada com a atitude da empresa.

Carlos: você então resolveu seguir seu talento. Lembro dos seus quadros quando ainda era adolescente, já demonstrava grande aptidão.

Valéria: obrigada Carlos fico lisonjeada. Voltando ao convite, nessa galeria vai estrear minha primeira exposição. Como a empresa colabora com a galeria gostaria de convida-los para a minha a estreia da exposição. Gostaria de contar com a presença de todos, do seu sócio e com a sua presença em especial.

Carlos: estou encantado com o convite. E claro pode contar comigo.

Valéria: que bom, vou ficar feliz com a sua presença. Leva seu sócio e quem mais quiser ir.

Carlos: huum, meu sócio não garanto, acho que ele não gosta muito de arte.

Valéria: que pena. Mas então se tiver mais pessoas que queira convidar todos serão bem vindos.

Carlos: o que é isso na sua mão? Perguntou notando que ela estava com alguns lápis na mão.

Valéria: ah são lápis que uso nos meus trabalhos. Vindo para cá, acabei trombando com uma pessoa e minhas coisas se espalharam pelo chão, e acabei ficando com esses lápis na mão, vou guarda-los antes de perder mais um, nesse esbarrão acabei  perdendo o meu lápis preferido.

Carlos: Me fala a marca que te compro uma caixa.

Valéria: Exagerado, não se preocupe. Agora já vou, não quero tomar mais o seu tempo.

Carlos: Pra você eu sempre tenho tempo.

Valéria: obrigada pela gentileza. Mas agora eu realmente tenho que ir. Tchau. Diz se despedindo. Antes de sair Carlos a chama.

Carlos: Valéria...

Valéria: sim.

Carlos: também gostaria de te fazer um convite.

Valéria: então faça.

Carlos: a gente podia marcar um jantar, para colocar a conversa em dia, contar as novidades.

Valéria: até que não é uma má ideia.

Carlos: então aceita.

Valéria: claro, e só marcar a data.

Carlos: pode ser hoje?

Valéria: hoje não posso, tenho uma reunião para acertar os últimos detalhes da minha exposição. Amanhã pode ser?

Carlos: claro, mas me passa o seu número para que eu posso entrar em contato com você. Valéria passou o numero para Carlos e saiu. Ele estava radiante com sua volta.

O que pode dar errado em um jantar entre amigos?

JANTAR CARLOS E VALERIA

O dia seguinte passou lentamente para Carlos, ele queira ver Valéria, já  que já alimentava sentimentos que sempre teve por ela.

Carlos: dessa vez vai dar tudo certo, não vamos ser apenas amigos, ela está tão linda e será minha. Falou enquanto observava ela se aproximar da mesa onde ele a aguardava.

Valéria: boa noite. Ele se levantou para recebe-la.

Carlos: boa noite, você esta linda. Falou com um sorriso.

Valéria: obrigada.

Carlos: mentira, você não esta bonita, você sempre foi linda.

Valéria: para Carlos,  assim você me deixa sem graça.

Carlos: mas é verdade, você sabe que eu sempre te achei linda..

Valéria: não diga nada, não apressemos as coisas. Falou ela para conter um pouco os atos de Carlos.

Carlos: está bem, seja como você quiser.

Valéria: agora vamos pedir? Estou morrendo de fome.

Carlos: Vamos, esse restaurante ótimo. Garanto que vai gostar.

Miguel trabalhou até tarde e seus pensamentos eram cortados pela lembrança daquela mulher com quem havia trombado.

Miguel: parece loucura pensar nela dessa forma. Diz pegando o lápis que ela deixou para trás. Olhou as horas.

Miguel: perdi a hora. Preciso comer algo.  Diz pegando o paletó e saindo do escritório e indo em direção ao restaurante que Carlos frequentar, gostava do ambiente e da comida. Na entrada do restaurante, Miguel viu Carlos cumprimentando Valéria e logo a reconheceu, e se dirigiu em direção a eles. Carlos tentou disfarçar a raiva que sentiu ao ver o amigo.

Miguel: que coincidência encontra-la aqui.

Valéria: pois é. Falou ficando corada

Miguel: artista plástica, estou certo?

Valéria: tem boa memória pelo visto.

Miguel: tenho sim. Miguel se virou para Carlos_ Não me apresenta sua namorada Carlos. Disse.

Valéria: vocês se conhecem? Perguntou surpresa.

Miguel: sim somos sócios.

Carlos: Miguel esta é a Valéria, Valéria este é o meu sócio e melhor amigo Miguel.

Valéria: muito prazer Miguel. Falou estendendo a mão para cumprimenta-lo.

Miguel: o prazer é meu, conhecer uma mulher tão linda, com todo respeito digo isto meu amigo. Parabéns pela namorada.

Valéria: não somos namorados, somos apenas amigos. Carlos ficou chateado ao ouvir o que Valéria disse.

Miguel sorriu para Valéria. Carlos quase não se conteve.

Miguel: antes que meu esqueça. Acho que isso lhe pertence. Diz mostrando o lápis.

Valéria: nossa meu lápis, você guardou. Ela sorria para ele.

Miguel: claro... Diz eles se olhando nos olhos. _ pareceu que era algo importante.

Valéria: é o meu lápis preferido. Mas já que você guardou, eu quero que fique com você.

Miguel: sério? Miguel se sentiu feliz.

Valeria: sim faço questão. Carlos tenta cortar a conversa.

Carlos: o que faz aqui Miguel.

Miguel: Trabalhei até tarde e agora preciso jantar.

Valéria: Carlos, convide o Miguel para sentar-se conosco.

Carlos: claro. Diz tentando conter a irritação

Miguel: não quero atrapalhar.

Valéria: que isso, você não atrapalha em nada.

Miguel: já que você insiste. Miguel sentou-se ao lado de Carlos ficando de frente para Valéria.

Carlos estava furioso, tentava disfarçar mas estava quase perdendo o controle.

Carlos: Com licença, eu vi um conhecido, vou cumprimenta-lo e já volto. Mentiu.  Carlos não consegui conter a raiva e precisou sair da mesa. Foi ao banheiro onde esmurrou a parede com raiva.

Carlos: por que ele tinha que aparecer?  Ele sempre  quer o que é meu, ele se acha o bom, mas Valéria não deixarei você tirar de mim. Ela não. Ele tentava se acalmar. Um tempo depois consegue voltar para mesa. Valeria e Miguel conversavam de forma animada.

Valéria: Carlos, acabei de convidar o Miguel para minha exposição e ele vai também.

Carlos: que bom, não sabia que gostava de arte Miguel.

Miguel: gosto, e claro não poderia recusar o convite especial que ela nos fez.

Valéria: que bom... Vai ser ótimo tê-los comigo.

Carlos: vamos pedir. Falou com a voz um pouco alterada

Miguel. Vamos.

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