...Nota da autora....
...Gostaria de começar me desculpando pelos erros na ortografia que provavelmente irão ocorrer ao longo da estória, essa é minha segunda Novel, pode ser que algo passe despercebido pela minha falta de experiência e pressa....
...O corretor do celular as vezes também não ajuda muito....
...😅😅😅...
...Fique à vontade para interagir ou até mesmo me corrigir sempre que quiser nos comentários e assim que possível, eu vou corrigir o texto também....
...A estória passa na atualidade e contém algumas empresas, cidades, lugares e personagens fictícios....
...As imagens que serão utilizadas são de pessoas públicas e eu apenas uso como referência por similaridades com os personagens que idealizei, então a aparência de cada personagem fica a critério de vocês e das suas imaginações....
...No decorrer da narrativa, é possível conter conteúdos sensíveis para alguns leitores e conteúdo sexual....
...Lembrem-se, a minha criação está muito longe da realidade, meu intuito aqui não é romantizar situações, crenças ou ações indevidas, situações como, as que ocorrem durante a estória, devem ser mantidas apenas nos contos lúdicos....
...Não existe máfia do bem, assim como, não existe um Grayson Marino....
...Recomendado para maiores de 18 anos....
...Boa Leitura......
...By : Andrieli Machado...
...Começa......
...Alexy On....
Hoje resolvi mudar de vida, tenho uma carreira incrível estabelecida em Los Angeles, mas não posso mais viver assim.
Me chamo Alexy Rizzo, tenho 25 anos e sou originalmente Italiana.
Vivi na Itália toda minha infância e juventude, com minha nonna (avó), ela faleceu quando fiz 15 anos e eu vim para casa do meu tio Rau.
Não conheci meus pais e nem tenho ideia de quem sejam, nunca foi um assunto aberto para debate.
Quando vim para Los Angeles morar com meu tio, não tinha muito o que fazer, era trabalhar para poder estudar e comer.
Rau era mecânico, trabalhava apenas para comprar suas bebidas, o coitado não conseguia nem com ele mesmo.
Fiz o que pude para me manter, entre bicos de faxina, babá, cozinheira e garçonete.
Quando fiquei totalmente sem saída, por um tempo cantei em boates, algumas vezes tive que me apresentar como dançarina em troca de comida.
Me formei em direito com honras, tudo pago do meu bolso, com meu trabalho, nessa mesma época, Rau morreu de cirrose devido a anos bebendo descontroladamente.
Logo que me formei consegui uma vaga de trabalho em uma empresa, apartir daí minha carreira só teve progresso, pois sempre segui estudando novas especializações dentro da minha área.
Agora com 25 anos, uma vida profissional e financeira bem resolvida, acho que é hora de voltar para casa.
Sou advogada criminalista e também atuo em outras áreas, aqui em Los Angeles, já sou um dos maiores nomes da profissão na atualidade, pois apesar de eu ter poucos anos de carreira, nunca perdi sequer um caso.
Mas fora minha profissão, aqui eu não tenho nada, nunca pertenci realmente a este lugar, apesar de gostar.
Tenho poucos amigos que fiz na faculdade ou colegas de trabalho, sem família ou paixão, qualquer tipo de laço com o lugar, é inexistente.
Eu amo a Itália, o cheiro, a cultura e as pessoas.
E Los Angeles para mim, foi apenas umas estádia complicada e dificultosa, todas as memórias que tenho do lugar, são repletas de terror.
Meu país é meu lar, mesmo eu não tendo uma família me esperando.
Decidi deixar tudo para trás e ouvir meu coração.
Cheguei tem duas horas na Itália, desembarquei em Turim e já estou no hotel.
Vou aproveitar um pouco a cidade e depois vou ver, para onde a vida me leva.
Felizmente tenho uma boa reserva financeira que vai garantir minha situação até eu achar a cidade que quero ficar e um bom trabalho na minha área, talvez eu até monte um escritório particular.
Agora quero aproveitar.
Descido ligar para uma colega que veio para cá logo que nôs formamos, não a vejo a anos, ela é minha melhor amiga, sempre nos entendemos muito bem e quando eu disse que estava em Turim, ela logo organizou um tour.
Fomos as vinícolas e fizemos uma visita guiada no palácio real e museu egípcio.
Minha amiga se chama Miriam.
Assim como eu, ela é adv. Criminalista e sempre fomos bem próximas desde o início do nosso curso.
Ela não é italiana, mas casou com um italiano lindíssimo, podre de rico e veio morar aqui.
Hoje o dia foi todinho nosso, aproveitei muito a noite e ela me convidou para conhecer um dos clubes que seu marido é dono.
Como nunca fui a um lugar assim por aqui, coloquei um vestidinho justo preto que dá para qualquer ocasião.
Chegamos e o lugar é lindo, por fora, um prédio rústico, por dentro, uma boate luxuosa e super moderna.
Nunca imaginei um lugar como esse em Turim, mas confesso que já estou amando.
A fila para entrar era enorme, mas passamos direto.
Fomos para o segundo andar na Área VIP.
Bebemos e dançamos, logo o marido da Miriam chega para nos fazer companhia.
Alexy - Olá Renan, bom te ver.
Renan - Como vai? já faz um tempo que não nos encontramos.
Renan - Espero que esteja gostando de Turin e do clube.
Alexy - Estou bem, obrigada por perguntar, estou simplesmente amando tudo por aqui.
Miriam - Espero que seja o suficiente para ficar aqui com a gente.
Miriam - Já está sendo amiga.
Ele é muito reservado, mas parece amar muito a Miriam, ele é super cuidadoso e carinhoso com ela, apesar de parecer um brutamontes.
Meu trabalho é ter um olhar afiado para os detalhes e na minha vida, não é diferente.
Percebo mais seguranças que o normal, Renan também é interrompido a todo momento por homens diferentes.
E minha cabeça logo começa a operar, tem algo maior rolando aqui.
Miriam - Eiiiiii, pode parar senhorita.
Miriam - Deixa a criminalista descansar.
Alexy - Fui tão óbvia?
Miriam - Na verdade eu fiz o mesmo quando vim aqui pela primeira vez.
Alexy - Então meu palpite foi certeiro.
Miriam - Digamos que principalmente nessa área VIP, temos muitos possíveis clientes.
Demoro um momento para entender o que ela está falando.
Alexy - Putä merdä mulher, porque me trouxe aqui?
Alexy - Trabalhamos para a lei, se nos pegam no meio de pessoas assim, estamos acabadas.
Miriam - Eiii, calminha moça, nunca te traria para um lugar que não é seguro, nessa parte de Turin a polícia nem entra.
Alexy - Sério isso? Era para me sentir aliviada? Pois não está funcionando, em que droga de lugar você me trouxe?
Miriam - Te trouxe para conhecer o meu mundo, você queria oportunidades e um lugar como esse é o que mais tem.
Miriam - Não seja assim, você sabe melhor que eu, para chegarmos onde estamos, temos que defender pessoas ruins, é a nossa profissão.
Alexy - Eu não defendo pessoas ruins Miriam, apenas algumas de moral duvidosa, sabe, inocente até que se prove o contrário?
Alexy - E só faço isso quando são pessoas que lutam contra homens de poder e a favor dos injustiçados, você sabe bem quais são meus ideais.
Miriam - Ta, ta sei, mas nem sempre tivemos o privilégio de escolher clientes, sei quais são seus princípios, aquele papinho de proteger quem rouba os ricos para dar aos pobres.
Miriam - É exatamente por isso que te trouxe aqui, nesse lugar há muitos que pensam como você, inclusive eu.
Miriam - Agora deu de papo chato, vamos beber e achar um bel ragazzo (menino bonito) para você.
E fui me soltando com a bebida e música.
Miriam sai por um minuto.
Percebo uma movimentação diferente, todos olhando para a mesma direção e abrindo espaço.
Estou um pouco "alegrinha" de mais, então sigo dançando de costas para movimentação, até sentir uma parede de músculos bater atrás de mim.
Voz masculina - Cuidado piccola ragazza (garotinha), pode acabar batendo em alguém dançando assim.
Passando suavemente os dedos em meu braço, subindo aos poucos.
Está perto de mais, invadindo totalmente meu espaço e ainda me tocando.
Viro furiosa e tonta, bebi de mais.
Alexy - Cuidado coglione (idiota), pode acabar perdendo a mão tocando onde não deve.
Quando termino de falar, percebo que estou olhando para o peito do homem.
O cara é alto de mais, então olho para cima e vejo seu rosto.
Mio Dio(meu Deus)
Não sei explicar se estou com medo ou tesão, talvez os dois.
Quando percebo que estou encarando a mais de um minuto, decido virar as costas e ir para o outro lado do bar.
...Grayson on....
Cheguei de viagem em Turin extremamente cansado, estou trabalhando muito esses últimos dias.
Ser Don da Máfia Italiana é uma responsabilidade enorme, não paro um segundo.
Me chamo Grayson Marino, tenho 28 anos e sou o Rei da máfia Italiana.
Vim para Turin à negócios e não pretendo ficar mais de dois ou três dias.
Estou indo para uns dos Clubes da famiglia, onde meu consigliere (conselheiro do Capo/Don) comanda.
Normalmente só vou aos clubes para encontros de negócios e hoje, não é diferente.
Chego e obviamente todos sabem quem sou, todos abrem espaço e acenam com a cabeça em respeito.
Entro na Área VIP, todos que ali param de dançar me dando espaço para atravessar, pois minha reunião é do outro lado da pista.
Quando chego no meio do lugar, vejo uma mulher dançando, ela está bem na minha frente, não parece perceber minha chegada, pois não moveu um músculo para abrir espaço e seguiu rebolando.
Um de meus homens já está indo em sua direção para a fazer sair, eu o paro com um aceno de mão.
Vou assustar a garotinha, vai ser no mínimo divertido.
Grayson - Cuidado piccola ragazza, pode acabar batendo em alguém dançando assim.
Caralhö que perfume, decido passar suavemente os dedos em seu braço, é a pele mais lisa e macia que já senti.
Com meus dedos vou subindo aos poucos.
Quero chegar eu seu pescoço e inalar seu cheiro, mas não tenho tempo, ela vira em uma velocidade incrível e diz.
Mulher - Cuidado coglione (idiota), pode acabar perdendo a mão tocando onde não deve.
Fico estático...
... só estendo a mão em negação para outro de meus homens que já ia sacando a arma.
Eu entendi bem?
Ela ainda não viu meu rosto, está olhando para sua reta, que é, meu peito.
Quando ela olhar para mim, vai perceber a merdä que fez, se ajoelhar chorando e pedindo minha clemência.
E ela me olha, assim como eu a olho.
Ela é linda, conheço esse rosto de algum lugar, mas não faço idéia de onde.
Dio, que mulher é essa.
E ficamos assim nos olhando, quando ela quebra o contato visual, vira as costas e sai.
Estou mais petrificado que antes, todos estão olhando como se não acreditassem em tamanha ousadia, na verdade nem eu acredito.
Cazzo, vou matar essa piranha.
...Grayson on....
Não é como se eu quisesse realmente matar uma bela mulher por simplesmente virar a costas para mim, mas ela me chamou de idiota e na frente de todos.
Como Don, não posso aceitar esse tipo de ofensa, ser desrespeitado em uma das minhas casas, nunca aconteceu e nem pretendo deixar que aconteça.
Mattia - Posso cuidar disso, mas não foi uma ofensa tão grande, você tocou na garota sem pedir.
Grayson - E eu preciso pedir?
Mattia - Você é o capo, não precisa pedir nada para ninguém, mas ela não está errada em te chamar assim.
Grayson - De graças aos céus que eu estou de bom humor, qualquer outra pessoa estaria morta por concordar com ela, você praticamente está me chamando de idiota também.
Mattia - Não chamei, ela chamou, eu só disse que ela não está errada, afinal, o corpo é dela e você tocou sem pedir, agora, se você quiser a minha opinião sobre ela ter te chamado de idiota, posso dar, mas adianto, talvez você não goste da resposta.
Rosno baixo, Mattia ri.
Mattia - Como eu disse, se quiser, posso lidar com ela.
Mattia é meu Sottocapo (Subchefe) e também meu melhor amigo.
Grayson - Eu cuido disso mais tarde.
Mattia concorda com a cabeça e seguimos em frente.
Observo o lugar, sento na parte privativa onde será nosso encontro, logo nos servem bebidas, Mattia acende um baseado, enquanto eu bebo um bom whisky.
Renan vem até nós assim que percebe que chegamos, ele é meu consigliere (conselheiro) e também um ótimo amigo, assim como Mattia, os dois são como irmãos para mim, não há alguém que eu confie mais do que eles, na verdade, confio mais neles do que no meu próprio irmão.
Renan abre um amplo sorriso quando nos vê, ele está a algum tempo por aqui, não costumo vir muito em Turim e agora, Renan está praticamente morando aqui, então não nos vemos faz alguns meses.
O território não costumava ser nosso e sim de outra máfia, conseguimos o domínio da cidade com muita luta e Renan tem expandido os nossos negócios por todo o lugar, mas nem sempre o consigliere consegue fazer tudo sozinho.
Tanto o governo daqui quando a polícia, eram bem pagos pela outra família que dominava o território, em troca eles cooperaram, entregando muitos irmãos, mas em Cosa Nostra não funciona assim, cooperar com o governo ou a polícia é pena de morte, nós pagamos bem e muito bem, para termos eles nas nossas mãos, mas não nos misturamos ou cooperamos em nada.
Renan - Meus irmãos, como é bom ver vocês.
Mattia é o primeiro a levantar abraçando e beijando o rosto de Renan, faço o mesmo.
Mattia - Você faz falta na Sicília irmão.
Renan - Os negócios vão bem, logo estarei em casa.
Renan senta conosco.
Renan - Antes que nossos convidados cheguem, Mattia eu preciso de um bom caporegime (Capitão) para preparar e deixar a frente de Turim, não tenho tido problemas, dominamos a cidade muito bem, o que restou da outra família se retirou, mas ainda sim, pode haver alguma revolta no futuro, então preciso de alguém forte.
Mattia - Bom, me parece que o melhor para o trabalho, é o nosso caçula.
Grayson - Você acha que meu irmão está pronto?
Mattia - Ele é fiel a família, foi um bom soldado e tem sido um ótimo caporegime e membro do conselho, o garoto tem sede de poder e é arrogante na medida certa, Turim é uma cidade que recebe muitos turistas e vai nos dar muitos lucros, precisa de uma cabeça jovial e sagaz, acho um bom lugar para ele dominar e residir, sem contar que ele tem bons homens.
Renan - Como conselheiro também indico ele, Andrea está mais que pronto e também precisa achar uma maior ocupação, Turim estaria em boas mãos com ele.
Mattia - Temos Lorenzo também, mas não acho que ele vá gostar de sair de onde está, para pegar uma cidade nova.
Renan - Concordo, Andrea é jovem e quer mostrar serviço, Lorenzo é mais acomodado, não acho que ele vá querer fazer metade das mudanças necessárias que Andrea com certeza vai querer fazer.
Grayson - Sua posição como conselheiro?
Renan - Andrea é nossa maior aposta, posso ficar um tempo e ensinar tudo o que ele precisa saber.
Grayson - Então é isso, Mattia avise, prepare Andrea e melhor ainda, conte a mamãe.
Mattia arregala os olhos em pavor.
Mattia - Avisar a nossa mãe não é minha obrigação, estou fora dessa, Renan é com você, afinal você é o conselheiro da família.
Acabo rindo, Renan faz em negativo com a cabeça quase engasgando com sua bebida.
Renan - Como conselheiro, creio que o melhor é alguém da família contar.
Grayson - Os dois são da família.
Grayson - Vocês dois tem que me proteger, dar sua vidas por mim, eu sou o capô, mas ainda sim, posso ser morto, principalmente pelas mãos da minha mãe.
Os dois riem.
Grayson - Essa é com vocês.
Renan - Vamos tirar o caçula da tia, não tem como sair vivo dessa.
Mattia - Pedra, papel e tesoura.
Olho para a cena me divertindo, somos líderes da máfia italiana e e ainda sim, os dois parecem crianças.
Renan - Justo.
Os dois de inclinam pra frente e disputam.
Renan faz papel, Mattia pedra.
Mattia - Cazzo (Caralhö)
Renan ri.
Grayson - Boa sorte.
Renan chama um de seus homens, Joran caminha até ele.
Renan - Onde está Miriam?
Joran - Bebendo com a outra senhorita.
Renan - E então?
Joran - Comportadas, a senhorita nem tanto, ela dança e flertar, mas ainda sim, comportadas.
Renan - Ótimo, me chame se precisar.
Joran sai.
Mattia - Estou curioso, quem seria a senhorita?
Renan - Amiga de faculdade da Miriam.
Mattia - Interessante, é bonita?
Renan - Muito, uma das mais belas italianas, mas é zona proibida, Mirian me fez prometer que eu não deixaria ninguém da família por as mãos nela.
Mattia - Posso saber o motivo?
Renan - Ela é um das melhores advogadas criminalistas de Los Angeles e veio de lá, para residir novamente na Itália, ela aparenta ter convicções próximas com a nossa realidade.
Grayson - Miriam está tentando recrutar ela?
Renan - Ela ainda não sabe o que somos, mas sim, estamos tentando recrutar ela, ela nunca perdeu uma causa, Mirian diz que ela é um tubarão nos tribunais e também sagaz na vida.
Mattia - Parece um ótimo achado.
Renan - É sim.
Grayson - Nesse caso, deixe os homens cientes de que não devem se aproximar, isso vale para você também Mattia.
Mattia - Que desanimador.
Nossos convidados chegam, é o chefe da polícia da cidade e o chefe da corregedoria.
Os dois parecem apavorados.
O chefe da polícia fala primeiro.
Homem - Senhores, sou Leonardo e esse é Ricardo.
Ricardo cumprimenta.
Renan - Sentem.
Duas meninas vem e servem bebidas.
Grayson - Vou ser direto, vocês sabem que Cosa Nostra agora comanda Turim, não gosto de problemas ou interferência nos meus negócios e quando isso acontece, costumo ser bem enfático em expressar meu descontentamento.
Grayson - Meu irmão chegará em alguns dias, Renan vai fazer as apresentações, ele fará a frente da cidade, não quero a polícia perturbando meus negócios e não quero a corregedoria pressionando ou investigando os policiais.
Grayson - Além disso, quero cobertura, dentro de ambos setores, gosto de ser avisado quando tenho problemas.
Grayson - Ao contrario da outra família, não faço parceria, eu pago pelos serviços e pronto.
Grayson - Tenho 6 polícias e um delegado que quero dentro do sistema, assim como duas pessoas para por na corregedoria, são meus homens e não de vocês.
Leonardo - Não será tão fácil colocar todo esse pessoal para dentro.
Grayson - Já está acontecendo, isso não foi um problema.
Os dois ficam surpresos.
Ricardo - O que ganhamos com o apoio? A outra família nos ajudava, nos dava nomes, delatava as outras famílias e também alguns dos seus, quando precisávamos.
Leonardo - Eu preciso prestar serviço, somos cobrados por isso, nem todos são corruptos, preciso prender alguém de vez em quando.
Renan - Não será problema, isso se organiza, consigo gente para você prender, fazer uma ficha e soltar sem provas suficientes, tenho até alguns mais fichados, temos bons advogados, isso não será difícil, desde que não envolva nosso nome ou o nome da família.
Renan - Quando mais tempo o sistema pensar que a outra família está operando, melhor.
Grayson - Mas a cidade precisa saber quem manda aqui.
Tiro um papel do bolso da calça.
Grayson - Isso é o que pagamos mensalmente por seus serviços.
Os dois abrem o papel e arregalam os olhos.
É uma lista bem detalhada de quanto ambos vão receber e também cada um, que nos apoiar.
Grayson - Creio que com isso não teremos problemas.
Leonardo - Com toda certeza não.
Ricardo - Só posso concordar.
Grayson - Bom, minha parte eu fiz, o resto é entre vocês, discutam os detalhes.
Leonardo - Sei que vocês são famosos pelas grandes retaliações e não aceitam serem traídos, por favor, não façam de Turim uma zona de guerra.
Grayson - Isso não será um problema, se fizer bem seu trabalho.
Leonardo - Claro.
Grayson - Tenho coisas a resolver.
Me levanto e saio deixando os quatro para trás.
Um dos meus homens vem até mim, Ian.
Grayson - Onde está a loira?
Ian - Senhor ela está no bar bebendo, mas a vi com a.......
Antes que ele conseguisse terminar uma garota vem até mim e me abraça, Giulia.
Giulia - Amor que saudade.
Grayson - Agora não.
Ela faz um biquinho manhoso.
Giulia - Eu sinto tanto sua falta, faz tanto tempo Don, me deixe te fazer feliz, só quero ajudar.
Grayson - Já estou feliz, não quero e nem preciso de ajuda.
Tento soltar ela de mim com cuidado, mas ela se força contra meu corpo.
Giulia - Por favor amor, prometo valer a pena.
Grayson - Não quero, não hoje, quem sabe outro dia.
Ela beija meu pescoço e depois mordisca minha orelha.
Olho para ela já sem paciência, é o suficiente para que ela me solte.
Giulia - Desculpa.
Giulia - Outro dia então?
Grayson - Talvez.
Faço carinho na sua bochecha tentando me sentir menos cretino.
E saio, com Ian atrás de mim.
Ian - Senhor como disse antes, ela está no bar e não estava sozinha, tinha ....
Grayson - Não importa.
Ian - Mas senhor ela....
Deixo Ian para trás assim que a vejo, ela está conversando com um homem.
Que bela ragazza (Garota) , talvez um susto baste ou quem sabe, posso fazer com que ela se submeta, peça desculpas de um jeito bem peculiar, me parece um tipo prazeroso de tortura, não deixaria de ser um castigo pela insolência.
...Alexy on....
Saio caminhando rapidamente para encontrar a Miriam, o idiota me deixou toda arrepiada.
Miriam - Eu estava te procurando, eu tive que ir ver algumas coisas no bar, vai ter uma reunião importante na área privativa e as meninas aqui são bonitas, mas não muito experientes.
Alexy - Tudo bem eu estava dançando, acredita que um cara passou as mãos em mim?
Miriam - Como assim, quem foi o desgraçado?
Alexy - Eu não tenho ideia, eu tava dançando e ele pressionou o corpo contra o meu, ele passou os dedos em mim de uma forma que me deixou dormente.
Miriam - Então você gostou?
Ela me olha confusa.
Alexy - Não sei ao certo, mas eu chamei ele de idiota e cai fora, mas tenho que confessar, ele é uma tentação.
Miriam - Pra você elogiar, deve ser mesmo, só toma cuidado, a maioria dos homens aqui, não são muito confiáveis.
Alexy - Se algum desses homens não tão confiáveis se aproximar, você me avisa, por favor, tô fugindo de encrenca.
Miriam - Claro.
Nós duas bebemos mais um pouco.
Miriam - Vai, me conta tudo, já fazia um tempo que não nos víamos, como tem sido sua vida?
Alexy - Você sabe, nos negócios eu ia muito bem até agora, mas é isso, eu não estava muito feliz, nunca fui de muitos amigos e não tenho mais família.
Alexy - Eu estava vivendo para trabalhar, Rau morreu e deixou algumas dividas, tive que vender tudo, por sorte a venda da casa dele e do carro, cobriram as despesas.
Alexy - Tive que vender a casa da minha avó também, uma propriedade grande e bem valorizada aqui na Itália.
Mirian - Você precisa de dinheiro? Se precisar eu posso...
Alexy - Não precisa, obrigada, eu estou bem, as vendas pagaram tudo o que eu precisava e também sobrou um bom valor para me manter por um tempo.
Miriam - Você mudou toda sua vida para vir pra cá, tem certeza que veio só por isso? Quer dizer, você tinha um trabalho incrível.
Alexy - Eu busco muitas coisas aqui na Itália, respostas são algumas delas, mas sai de lá principalmente por me sentir só, acho que eu preciso recomeçar, depois da minha nonna (Avó), do Rau e tudo o que passei, preciso recomeçar.
Não é uma mentira, mas está longe da verdade.
Miriam - Você é tão linda, não acredito que, não tenha nenhum namorado.
Alexy - Já tive e você sabe, aquele idiota é um dos motivos de eu estar bem longe de Los Angeles.
Confesso.
Miriam - Nossa, quer falar sobre isso?
Alexy - Não hoje.
Miriam - De qualquer forma, eu gostaria que você ficasse com a gente, na nossa casa, pelo menos enquanto não decide o que fazer.
Alexy - Amiga, não posso aceitar, vocês são um casal, eu vou acabar tirando toda a privacidade de vocês, prefiro ficar em um hotel e tem mais, essa semana vou viajar, as coisas que eram da minha avó estão todas em uma depósito alugado em Saluzzo, quero ver as coisas que pretendo ficar e o que vou doar, quero parar de pagar aluguel desnecessário.
Miriam - Tudo bem, quanto tempo pretende ficar lá?
Alexy - Alguns dias, só o suficiente para organizar tudo.
Miriam - Ótimo.
Miriam - Eu não pretendo seguir morando aqui por muito mais tempo, acho que é só alguns meses e voltaremos para Sicília, queria muito que você fosse com a gente, quando vê, você gosta e decide ficar, seria incrível ter você lá comigo.
Alexy - Não é uma idéia ruim, posso passar alguns dias lá e ver o que dá.
Miriam me abraça toda feliz.
Miriam - Vamos dançar.
Alexy - Vamos.
Dançamos mais, deixamos nossos corpos nos levarem no ritmo da música.
Um homem muito bonito se aproxima.
Homem - Com licença e boa noite, estão acompanhadas? Eu gostaria de pagar uma bebida para vocês.
Miriam me olha com um sorriso travesso, eu logo entendo que esse, não é um dos caras complicados, pisco pra ela.
Miriam - Eu estou acompanhada, mas minha amiga não.
Alexy - Se quiser me pagar uma bebida eu vou adorar.
Homem - Ótimo, meu nome é Josué e o seu?
Alexy - Alexy.
Josué - Lindo nome, assim como você.
Alexy - Obrigada.
Miriam - Bom, me dem licença, vou procurar o meu marido.
Mirian sai e eu vou com Josué em direção ao bar.
Josué - O que gostaria de beber?
Alexy - Spritz.
Josué - Ótima escolha.
Ele pede as bebidas.
Josué - Nunca vi você por aqui.
Alexy - Acabei de chegar em Turim.
Josué - Sério? E você é de onde?
Alexy - Cresci em Saluzzo, mas estava morando em Los Angeles, cheguei hoje.
Josué - Isso é incrível, Saluzzo é um lugar muito bonito, também gosto de Los Angeles, veio para ficar?
Alexy - Na Itália sim, em Turim eu já não sei, você vem sempre aqui?
Josué - Comecei a frequentar a pouco, não era uma zona confortável de Turim, agora mudou muito.
Alexy - E você é daqui?
Josué - Sim, sou daqui.
Alexy - Por qual motivo essa zona não era confortável?
Josué - A área tinha dono, digamos que uma família muito complicada, que deixava o lugar inabitável para pessoas de bem.
Alexy - Entendi e o que mudou?
Josué - Uma nova família, na verdade pelo que sei, eles são os donos do lugar, não conheço o responsável que ficou aqui, mas sou dono da corretora que vendeu a propriedade, tratamos diretamente com o capo.
Meu coração acelera, sei muito bem o que ele quer dizer com família e capo, ele está falando sobre as máfias, na Itália isso é comum, principalmente nessas regiões, mas o que me assusta não é saber que a zona é comandada por uma família e sim que a máfia é dona do estabelecimento, isso, isso é impossível.
A boate é do Renan, marido da Miriam.
Alexy - Eu acho que você esta enganado, a boate é de um amigo, na verdade a garota que estava aqui comigo é a mulher dele.
Ele fica surpreso.
Josué - Desculpe a sinceridade, mas você não deve conhecer seus amigos muito bem, não sei quem são os representantes do local, mas posso te afirmar que fazem parte da chefia da nova família que comanda a cidade, ouvi o don dizendo no dia da transação que o conselheiro dele, ia ficar de responsável.
Josué - Eles limparam as ruas, como eu disse, o lugar era horrível, um ponto forte de drogas, andar por aqui era pedir para ser assaltado ou coisa pior, por mais que eu não curta muito esse negócio deles, tenho que admitir que para Turim, foi ótimo, eu também lucrei muito com essa venda.
Josué - E eles sempre deixam claro de onde são, o que fazem e a que família pertencem, é só perguntar por aí.
Meu coração tropeça a batida, não poderia ser possível, poderia?
Miriam não se envolveria com esse tipo de gente, Renan parece ser uma ótima pessoa, claro que notei que o lugar é meio estranho, não duvido nada que aqui dentro tenham várias pessoas desse meio, mas agora Miriam e Renan?
Me nego em acreditar que eles façam parte disso.
Tomo um gole da minha bebida para tentar inibir a tensão e percebo que já estou mais alterada por conta do álcool que o normal.
Josué - Você está realmente surpresa não é?
Alexy - Sinceramente? Sim.
Josué - Nesse caso, posso te dar um conselho?
Alexy - Claro.
Josué - Se afaste dessas pessoas o quanto antes, por mais que a cidade esteja mais segura, eles não são pessoas confiáveis.
Isso eu posso imaginar.
Josué - Os desordeiros estão quietos por um bom motivo, não se controla pessoas viciadas e moradores de rua com carícias, essa família costuma não ter pena de quem atravessa seu caminho e se relacionar com eles, pode ser algo bem perigoso.
Respiro fundo tentando digerir todas essas palavras.
Estou prestes a responder quando sinto olhares na minha direção, olho para o lado e o grande homem idiota que me tocou mais cedo, está caminhando diretamente para cá.
Alexy - Merdä.
Josué - Algum problema?
Alexy - E-eu.. eu..
Josué passa os olhos na direção que eu estou olhando, quando ele vê o homem, levanta rapidamente.
Josué - Preciso ir, lembre do que disse e boa noite.
Ele sai sem me dar a oportunidade de responder, fico atônita.
O homem senta onde Josué estava e me encara.
Grayson - Você vem comigo.
Olho para ele demorando mais do que o necessário para processar suas palavras e caio na gargalhada.
Alexy - Você além de idiota, é maluco, não vou a lugar algum com você.
Grayson - Não sou idiota, maluco talvez e com toda certeza, muito perigoso.
Minha respiração tranca.
Grayson - Não forço mulheres a fazer nada que não queiram, mas você garota, me ofendeu duas vezes em um espaço muito curto de tempo e isso não vai ficar assim.
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