Castle
- Meu amor tudo isso vai passar, eu sei que Deus está cuidando de tudo. – por que eu também não fiquei igual ela, eu não entendo! Eu gostaria tanto de estar em seu lugar, ela não mereceu isso, mas infelizmente não foi nada premeditado.
- Saia daqui por favor. – disse uma médica correndo com Becketing em cima de uma maca toda ensanguentada.
- Eu preciso ficar com ela, por favor! - disse correndo atrás dos enfermeiros que estavam levando Becketing para uma sala.
- Eu vou ter que chamar os seguranças, caso você não obedeça, nos deixe fazer o nosso trabalho em paz. – chegando em frente uma porta branca escrito cirurgia, eles fecharam a porta em minha cara.
Cai no chão chorando, há que dor insuportável em meu peito, eu tenho que está com ela nesse momento, ela não pode ficar sozinha.
- Senhor por favor, a salve. Tu sabes mais que eu que ela é um amor de pessoa, jamais fez mal a alguém. Salva ela senhor. – O pai de Becketing viu eu ajoelhado no chão com ás mãos para o céu, e o mesmo me olhou com lágrimas nos olhos a ponto de desabar de tanta tristeza.
- Eu sinto muito! – ele desabou no chão chorando.
- A culpa não foi sua, eu só queria... que ela – ele não conseguiu concluir suas palavras.
- Ela vai ficar bem, eu sei tenho fé em Deus. – disse tentando se consolar. E também deixar meu coração em paz.
...
6 meses depois ...
- Amor eu fui arrumar seu quarto, e encontrei um livro, você dizia que amava muito, então decidir ler ele pra você, já que está impossibilitada. A amor seus pais estão tão aflitos, mas eu sei que você vai sair dessa, você me ensinou ter fé em Deus mesmo que tudo estivesse dando errado, mesmo que eu achasse que ás coisas fossem impossíveis. Você é minha luz, um anjo que Deus colocou em minha vida, jamais irei desistir de você. – Após beijá-la em seu rosto, comecei contar a história.
Maio, dia 24/08/2006
— Beck, venha logo você vai se atrasar, até para isso você é uma imprestável. — disse meu pai esbravejando.
— Calma, papai já estou saindo. Desculpe-me! — falei com meus olhos marejados e sentindo medo de levar outra surra.
— Sei que nunca você terá jeito, quando chegarmos da igreja irei ter uma conversa bem séria com você. — disse ele gritando da sala.
Não consigo fazer nada certo!
Sair do banheiro, meu pai está encostado na parede da sala, olhando para a porta com a expressão muito séria e com o cenho franzido. Sua roupa, como sempre social preta e seus sapatos bem engraxados. Como sempre, ele com sua Bíblia de baixo do braço, me esperando para irmos para a igreja.
Cheguei perto dele e disse.
— Papai pronto já estou arrumada. — Ele olhou-me e veio em passos lentos até a mim, puxou-me pelo braço com muita força. No mesmo instante sentir uma tristeza muito profunda em meu peito. Nunca tive a oportunidade de receber carinho de ninguém, a não ser de meu Jesus que agradeço muito por ainda estar junto a mim e que me zela mesmo sem eu merecer.
— Vamos logo, antes que eu comece a te espancar aqui mesmo. — disse ele saindo pela porta.
Sair o mais rápido possível, virei-me e vi ele fechando a porta de nossa casa e vindo até a mim, como sempre com uma expressão sombria.
Como pode ele mudar tanto quando está na igreja, até parece que se transforma em outra pessoa. Não consigo entender, ele só gosta de me ver sofrer, não tem amor por mim? O que será de mim!
- Menina olha para frente, está com a cabeça a aonde?
Estava tão perdida em meus pensamentos, que não vi um carro vindo em minha direção em alta velocidade. Quando me dei conta estava do outro lado da rua. Mas não me machuquei grave, só arranhões leves, mas meu joelho ficou muito ralado e saia muito sangue, Era só o que me faltava! Se eu morresse não iria fazer nenhuma falta mesmo.
- Menina você está bem? - Perguntou uma mulher alta, de roupa social, e bem bonita. Junto a ela estava um menino lindo, um pouco mais alto que eu, deve ser um pouco mais velho. Não consegui me concentrar no que ela estava me perguntando, porque não conseguia parar de olhar nos olhos azuis brilhantes do menino a minha frente.
- Ela está bem! Ela é uma menina muito desastrada, e não presta atenção em nada. Desculpe moça. - disse meu pai, agora ao meu lado.
Nem quando eu quase sou a tirada em alta velocidade por um carro, meu pai se preocupa comigo! Ainda me chama de desastrada! Como pode? Sei como pode, ele é um homem que só pensa nele, ou nem pensa, vive de aparência, só quer agradar pessoas insignificantes.
- Você quer ir no hospital? Seu joelho está muito machucado! - Disse ela com doçura em sua voz.
- Não moça, obrigada! – Disse meu pai respondendo indelicadamente.
- Então já vou indo, melhoras menina, e vê se presta atenção quando você anda na rua. – e saiu acenando.
Levantei-me do chão, e vi a mulher e o menino partindo.
- Você só me dá problema Becketing, desde o dia que você nasceu só trouxe desgraça, por isso que ninguém gosta de você. – Eu não merecia ouvir aquelas palavras, eu só sou uma menina, será que ele não pensa?
Queria eu que ele estivesse mentindo em suas palavras, mas infelizmente não está! Sempre trouxe dor e desgraça desde meu nascimento. Mas não é por que eu quero, é que! Às lágrimas começaram a molhar meu rosto, e a dor de ser uma pessoa sem serventia alguma toma conta de mim.
Becketing
Porquê tudo isso Jesus? Não sei o que faço para ser uma pessoa melhor. Não, sei como agradar meu pai, porque o senhor me fez existir? Só para me ver sofrer!
Chegamos na igreja, todos já estavam orando, fui no banheiros rapidamente limpei meu machucado no joelho, e fui fazer minhas orações.
- Senhor Jesus, sei que não sou merecedora de seu divino amor. Mas peço perdão de todas as coisas maus que eu faço. Peço principalmente que o senhor mude meu pai, que ele seja um homem mais amoroso, que cuide de mim com amor. E peço também que o senhor cuide de minha mãe que está aí, diga a ela que a amo muito, e que não quis ocasionar sua morte. A dor em meu peito é forte, não há um dia que viva em paz. Ninguém gosta de mim, mal me dão oportunidade. Sempre amei louvar a ti, falar da palavra. Mas ninguém me dá oportunidade. As pessoas me ignoram, fingem que não existo. Mas eu sei que o senhor tá me ouvindo e sei que um dia, irá mudar minha história. Se caso um dia me afastar de ti, não desista de mim. Amém e obrigada por tudo Te amo Senhor Jesus.
- Becketing, o que foi isso no seu joelho filha? - perguntou a pastora.
- me machuquei - disse com a cabeça baixa.
- Está aconteceu alguma coisa? Você sabe que pode contar comigo para o que for né? Sempre que te vejo sempre está triste, você é uma menina jovem tem que estar alegre, conversar com pessoas se distrair.
- Estou bem pastora obrigada por perguntar. - disse com um sorriso meia boca.
- Pastora, a paz. Que palavra maravilhosa em. - falou meu pai.
- A senhor Bruno, foi mesmo, Deus é na sua vida, você é um grande homem, tem um coração grande. Tem que falar mais da palavra de Deus. - falou a pastora.
Nossa, que mentira mais deslavada que já ouvir. Um coração grande. Só se for só para igreja né, porque em casa é um carrasco.
- Há pastora ainda estou um pouco travado, mas Deus é fiel vou estudar um pouco mais. Porque conhecimento ainda mais na área espiritual nunca e demais. – ouvindo ele conversar com outras pessoas, nem parece ser o homem que ele é dentro de casa.
- Sim, irmão verdade. – disse a pastora acenando para os outros irmãos que estavam indo embora.
- Já vamos indo. Fica na paz de Deus. – meu pai apertou a mão da pastora e saiu, cumprimentando ás pessoas dando a paz para todos e fomos andando para casa. Após 15 minutos chegamos.
- Becketing venha aqui. - disse meu pai totalmente mudado de fisionomia.
- Sim papai! - disse com a cabeça baixa.
- Eu disse que iríamos conversar quando chegássemos em casa lembra? - disse ele tirando o cinto de sua calça.
A não surra não! Eu já sei que vou apanhar feio.
- Papai tenha Piedade de mim, meus joelhos já estão doendo não me bata. - disse já em prantos de lágrimas.
- Eu disse para você falar alguma coisa? Só por que você me respondeu irá apanhar mais. - disse ele já vindo em cima de mim.
Ele deu uma cintada bem no meu joelho machucado, eu no mesmo instante gritei de dor. Ele continuou a me bater com a cinta em todas as partes do meu corpo. Nesse instante a dor é tanta que as cintadas, nem fazem grande diferença.
Vi o sangue escorrer pelo meu corpo, aquilo me deu náuseas, o cheiro forte de ferro subindo em minhas narinas.
- Ainda não terminei com você. Você vai me pagar por tudo que me faz passar a dor de perder sua mãe. Desde o princípio eu disse para ela te abortar, mas ela era tão teimosa, e eu amava fazer todos os seus gostos. Quando você nasceu, no mesmo instante ela morreu, mas antes ela disse para mim não te dá para ninguém, para cuidar de você. Você não faz ideia o quanto me arrependi. Todas as vezes que te vejo tenho ódio de você. Por isso que hoje você vai sentir toda dor, que eu sentir quando sua mãe morreu.
Eu fiquei em posição de feto no chão, com medo do que iria acontecer. O carpete da sala que até alguns instantes era branco está manchado com meu sangue.
Sinto que dessa vez irei morrer, nunca o vi tão revoltado como ele está agora.
- Me socorre senhor Jesus, ou me leva contigo, tira essa dor de dentro de mim, eu te imploro. - disse em um sussurro.
Ele agora está em minha frente, com um porrete em sua mão.
- Papai eu te imploro, perdoe-me, não faça isso. Pelo amor de Deus - disse soluçando.
- Não, fale o nome de Deus, ele nunca vai te ouvir, você não merece nem o ar que respira. E eu não mandei você falar nada, vai pagar ainda mais por isso.
Sentir uma paulada em minhas pernas muito forte. No mesmo instante dei um grito de dor. A dor é tão imensa, que prefiro a morte do que sentir tanta dor.
E outra paulada, mas dessa vez por em minhas costelas, no mesmo instante comecei a tossir sangue. E assim foi sucessivamente, tentei gritar por socorro, mas não conseguia de nenhuma forma. Ouvir ele me xingar e falar palavras severas.
Me ajuda senhor por favor. Essa última paulada foi em minha cabeça, sentir meu corpo amolecer de vez. Ouvir ele me xingando bem distante, após isso ouvir um baque na porta muito forte e apaguei
Becketing
...
Ouço alguém me chamando bem distante.
— Becketing ... Becketing. — Conseguir reconhecer a voz, e a voz da pastora Gislene.
Abri meus olhos com muita dificuldade, a claridade estava ofuscando-me. Como um borrão vi a pastora Gislene ao meu lado.
Olhei para os lados e vi uma sala branca cheio de aparelhos.
— Onde estou? Cadê meu pai? — perguntei confusa.
— Minha linda você está no hospital, aconteceu uma fatalidade. Você caiu da escada e se machucou muito, seu pai muito preocupado te socorreu. — disse a pastora passando a mão em meu braço nu.
O flashback passou rapidamente pela minha cabeça, lembrei de tudo que tinha acontecido. Eu não cai de escada nenhuma, ele me espancou sem nenhum motivo.
— Você ficou muito ruim minha querida quase morreu. Foi um milagre você está viva.
Passei a mão sobre minha cabeça, sentir que estava toda enfaixada, as minhas costelas, e meus joelhos. Ainda sinto dores em meu corpo quando me movimento.
— Agradeço a Deus, obrigada por estar aqui. — disse realmente feliz por alguém ter ficado no hospital comigo. Meu pai nem depôs de quase me matar teve coragem de vir me ver.
Senhor isso é Justo? Ele se esconde atrás de sua palavra, mente e ainda critica-me sem eu ao menos fazer nada. Minha alegria e servir a ti de todo meu coração. Sou tão jovem papai, me ajude a ser feliz.
Tenho apenas 7 anos, cabelos pretos, longos e lisos. Estudo na parte da manhã, não tenho muitas amigas, porque ninguém gosta de mim, sou muito quieta e quase todos me chamam de cdf. As meninas da escola, vivem me zoando, e me esnobando. Os meninos nem olham para mim, lógico para todos sou uma cdf idiota. Nunca enfrentei meu pai, até porque ele é muito mais forte do que eu, e principalmente ele é meu pai devo respeito a ele, apesar de tudo. Meu pai ele trabalha como gerente em uma loja de roupas, só o vejo a noite, e como sempre ele está mal humorado.
O que eu gosto de fazer? Amo escrever e ler, principalmente inventar histórias.
Bem, como já sabem não posso sair de casa, nem ao menos falar, sinto que sou uma prisioneira. Sinto não sou! Fato
Talvez eu tenha amadurecido muito rápido, lendo meus inúmeros livros que ganho da escola. Lendo eu vou para outros mundos, e onde eu consigo manter minha mente fixada em conseguir ser uma pessoa mais feliz, e principalmente realizar todos os meus objetivos. Quero ser uma grande escritora, e principalmente escrever coisas relativas a meu Deus quero mostra o quanto ele é poderoso e o seu amor vai além de tudo e de todos.
9 anos depois ...
Bem hoje tenho 16 anos e minha vida não mudou em nada. Sem muitos amigos, sem alegria, e como sempre meu pai me espancado.
- Pai vou na praça, daqui a pouco eu voltou. - avisei ao meu pai que nem se quer virou-se para me responder.
Preciso distrair-me, cansei de ficar nessa casa, de qualquer maneira eu sempre apanho mesmo.
- Olá Beca você está bem minha filha? Você sumiu, há tempos que não te vejo. - disse uma senhora muito simpática, que sempre quando me ver me trata bem, eu a considero uma santa senhora, dona Iolanda.
- O dona Iolanda, estou estudando e fazendo curso, só chego em casa à noite. - disse pegando as sacolas que estavam em suas mãos e acompanhado ela até sua casa, que não fica muito longe da minha casa.
- Você está cada vez mais linda, é uma moça adorável. Meu neto Castle está passando um tempo em minha casa, ele adora pescar no lago, você tem que conhecer ele um rapaz adorável. - disse ela andando bem devagar, com sua bengala.
- Fico feliz que alguém tenha vindo te ver, a senhora é tão sozinha aqui. - falei adentrando dentro o portão de sua casa.
- Ele estava no Canadá, por isso que ficou alguns anos sem me visitar, agora ele vai continuar sua faculdade aqui no Brasil, ele disse que não quer me deixar mais só, que quer cuidar de mim. - disse ela pedindo que eu colocasse, as sacolas em cima de sua mesa
- Tem que cuidar mesmo, uma vó tão amável como a senhora eu iria dar todo o amor do mundo. - Aí se eu tivesse uma vó, iria dar tanto carinho, cuidá-la, amá-la, ajudá-la. Nem, para isso tive sorte.
- Filha eu sei que sua vida não é fácil, mas o que precisar pode contar comigo, eu tenho um carisma tão grande por você. - cheguei perto de dona Iolanda, e lhe dei um grande abraço. Não consegui segurar às lágrimas, ninguém me tratou com tanto amor como dona Iolanda. Ela é um verdadeiro anjo.
- A senhora é um anjo, e a considero muito, o que eu puder também fazer por ti, não irei hesitar.
- Vó onde estava lhe procurei por toda a casa. - disse uma rapaz alto loiro e com os cabelos cor de mel.
- Estava comprando algumas coisas no mercado aqui perto.
- Há porque não me chamou para ajudá-la. - disse ele.
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