NovelToon NovelToon

A Magia Da Sedução Parte 3 - O Hot Que Me Liberta!

Prólogo:

Se você não leu a primeira e segunda parte dessa trilogia/saga, sugiro que leia antes de começar essa terceira parte para entender melhor esse Romance Hot que lhe fará embarcar na magia streghe.

Às vezes buscamos o que mais queremos e nem sempre alcançamos aquilo que não nos é determinado e traçado pelo destino.

Essa é a última parte da trilogia que muito me deu felicidade em fazer. Não me canso de reforçar o quanto foi prazeroso trazer um Hot como muitas leitoras me falaram em off, um Hot chique rsrsrs, um hot que não há as palavras de forma explícita.

Nós mulheres já somos tão humilhadas e ofendidas na sociedade, que não caberia a mim falar de erotismo de uma forma vulgar. Não que todos não possam escrever dessa forma, mas não está em minha ossada e nem tão pouco na minha linha de pensamento fazer desse jeito e pensar de outra forma. É o meu pensamento. Claro que vou escrever outros que de acordo com a cultura, linguajar e que não estará envolvendo o que eu e minha família praticamos há séculos, seja metido em algo vulgar.

Não precisa demonstrar o que há entre quatro paredes num romance Hot uma forma que alguns não entendam, porque trago em riqueza de detalhes cada cena, cada movimento e com isso a forma como tudo é conduzido é entendido.

Espero que tenham gostado até aqui de tudo o que escrevi e que amem o que há por vir.

Nessa terceira e última parte, Liz está presa em um lugar ao qual está em seus últimos momentos de dar à luz ao seu filho. A qualquer momento, ela poderá tê-lo.

Na segunda parte, o último capítulo foi encerrado com seu sequestro e seu amado Dan saindo em sua procura na caçada ao seu sequestrador e paradeiro.

Muitas coisas vão acontecer, muitas pessoas que se buscavam aliados e pessoas em quem confiaram, serão o estopim para novas reviravoltas.

Mas eis que há aquela questão, será que depois de todas as barreiras e muros derrubados, finalmente Dan e Liz serão felizes e descobriram a paz finalmente entre eles?

Uma coisa é certa, para que Dan possa ter sua esposa e filho de volta como ele mesmo sempre deixou claro, quebrará sua promessa e finalmente será um Don do Capo Fiori, mas será que sua essência de sempre fora irá mudar? Isso somente no decorrer da história que vocês verão, afinal já acabei de dar um spoiler não é mesmo?

Não darei outro aqui e sim farei com que vocês leiam e se deliciem mais uma vez com essa história.

Mas, deixo claro que, “A Magia da Sedução Parte 3 – O Hot que me Liberta!”, estará cheio de cenas pra lá de picantes, cheia e envoltas de magia streghe.

Peguem sua pipoca, sua bebida e se delicie com mais uma leitura que irá te transportar para um mundo cheio de amor, malícia, erotismo, sexo e prazer.

Esta é o fim da trilogia que envolveu tanto erotismo, amor, sexo, prazer, magia, máfia italiana. Ao final, terão uma surpresa que espero que gostem e se surpreendam com o que há por vir e o que acontecerá com Dan e Liz.

Capítulo 1: Nadar e Nadar...

“Quando temos o destino traçado, não há como reverter, quem é a Chama Gêmea que nos acompanha. O fio vermelho está ligado que nem as Moiras podem e nem conseguem romper, e assim com todos os obstáculos enfrentados, que fazemos o percurso de nos encontrar, reencontrar e ficar.”

...Liz Pomeriggio Fiori...

Quando aquele homem adentrou em nosso quarto, tive a certeza de que algo havia acontecido com meu marido. Só não sabia ainda o quê. Senti a janela do quarto sendo arrombada.

Ver aqueles homens ali para me pegar, me fazia ter um certo receio. Mais tinha mais receio pelo meu filho, que acho que pelo susto, resolveu nascer hoje.

Estava sentindo dores. Dores que iam e vinham. Dores essas que estavam até suportáveis, até quando tentei me levantar ou debater para não ser dopada.

Antes do caos se alojar em minha frente, ouvi dele dizer que agora precisava fazer aquilo para me levar embora. O caos se alojou. Não consegui ver mais nada.

Nem sei quanto tempo dormi. Só sei que acordei com fortes dores. Realmente estou em trabalho de parto.

Estou em um quarto que não é o meu. O quarto tem uma grande cama ao qual estou deitada, tem uma cadeira, uma mesinha e duas portas que creio uma levar ao banheiro e outra a saída daquele quarto. Mas, o grande espelho perto da porta, uma penteadeira com alguns produtos femininos me fazem crer que foram preparados meticulosamente para mim, e para minha surpresa, estou acorrentada com uma grande corrente presa em uma parede ligada ao meu tornozelo.

O idiota acha que tenho forças para fugir. Só um louco mesmo para pensar nisso. Reúno as forças que tenho quando as dores das contrações cessam por alguns minutos e vou ao banheiro.

No banheiro, há uma banheira, um chuveiro, uma pia e um vaso. Tiro minhas roupas jogando no carro ao lado da pia. Vejo que há toalhas, escova de dente e objetos de higiene.

Entro diretamente no chuveiro e com a água morna, sinto meu corpo relaxar. Depois de alguns minutos embaixo do chuveiro, saio me enrolando na toalha. Vejo na cadeira no quarto, uma camisola de algodão e uma calcinha. Retorno para o banheiro e me visto.

Uma contração mais forte vem com tudo me fazendo gritar de dor.

- Filho, por favor. Ainda não.

Nosso elo é tão forte que ele alivia um pouco, mas não por muito tempo. Minutos depois, uma nova contração mais forte.

A porta do quarto se abre, e parece brincadeira. Quando penso no que aconteceu na casa do Pietro, esse homem aparece de novo e agora com Vitorino. Só pode ser um carma mesmo.

Respirando feito cachorrinho, em meio ao meu ofego disparo.

- O que faz aqui doutor Gilvan?

Por mais que fale com desdém, agora que sinto-me impotente. Nem da magia posso usar agora. Ele me olha surpreso e ao mesmo tempo, vejo em seu olhar um pouco de preocupação, tristeza e arrependimento. Mas não tenho como me focar nisso. A dor está dilacerante.

- Calma Liz, estou aqui para te ajudar. Vamos, deite-se. Preciso te examinar.

Assento e permito que me conduza a cama. Vejo logo atrás dele assim que me deito, Vitorino me olhando fixamente. Seus olhos estão vermelhos. Parece que estava chorando. Mas pouco me importa. Só quero ter meu filho e ir embora daqui.

Ao observar ao redor, vejo que Gilvan está um pouco apreensivo. Ele olha de relance para Vitorino que logo retoma seu olhar a mim e rangendo os dentes ele fala.

- Vitorino saia daqui. Preciso trabalhar. Ela está em trabalho de parto. Você aqui só vai atrapalhar.

Vejo fúria no olhar de Vitorino. Mas a dor está cada vez mais forte, estou me sentindo fraca. Mas consigo sentir que ele não quer sair.

- Brian, faça seu trabalho que daqui não saio.

- Ah mais você sai sim. Anda Vitorino. Vai logo pedir as empregadas, bacias de água morna e toalhas limpas.

Ele bufa e revira os olhos e agradeço que mesmo ele relutante sai. Assim que a porta se fecha, Gilvan se aproxima. Me sinto confusa. Como assim Brian? Não acredito que ele seja alguém do meu passado. Mais um.

- Liz, agora irei te examinar. Preciso tirar sua calcinha e farei o exame de toque para saber quantos centímetros vocês está de dilatação tudo bem?

Assinto. Assim que ele vai até o meio das minhas pernas para me examinar, mais uma dor vem. Dessa vez mais forte. Sinto um líquido quente molhar minha bunda. Agora sei que minha bolsa rompeu.

Vejo ele sorrindo ao tirar minha calcinha. Que merda, será que está na hora?

Vejo ele colocar as luvas de borracha e merda, sinto como se ele me rasgasse enfiando aquela mão grande dentro de mim. Será que é mesmo os dedos, a mão ou o braço para essa dor dilacerante.

- Você está já pronta Liz. Sua dilatação está na largura necessária. Assim que tiver mais uma contração, quero que faça força e empurre está bem?

Assinto. Agora mais calma, resolvo indaga-lo.

- Gilvan, porque ele te chamou de Brian?

Vejo ele engolir em seco e arregalar os olhos para mim. Ele suspira profundamente, me olha com um olhar perdido. Agora sei pela sua expressão que ele é o Brian do meu passado.

- Liz, me perdoe por tudo. Mas sim sou o Brian que você conheceu na adolescência. O Brian amigo do Pietro e Vitorino.

Não, não, não. Quando penso estar livre, sempre aparece alguém para atrapalhar e me fazer perder a pouca liberdade que estava sentindo.

Mas, ele está de cabeça baixa. Parece procurar por algo. Sei que ele não tem culpa do passado, afinal ele tentou fazer algo de bom, mas mentiu. Escondeu ser em alguém que não é. Isso não tem desculpa. Ele suspira e me olha com seus olhos marejados.

- Liz, eu estou aqui para te ajudar.

Quando ia indaga-lo a porta novamente se abre. Ele adentra abruptamente com duas empregadas que me olham com pesar com bacias com água morna e toalhas.

Gilvan acena e agradece e olha para eles e os manda novamente sair. Vitorino bufa revirando os olhos e sai batendo a porta com força.

Mais uma contração surge e faço o que Gilvan, quer dizer, Brian me pediu para fazer.

- Vamos Liz, força.

Faço força que sinto meu corpo mole. Nada do meu menino nascer. Brian, me incentiva mais uma vez a fazer força e acho que foram algumas horas tentando, até que o choro alto do meu filho preenche aquele quarto.

Um choro incontido eu solto. Felicidade por meu menino estar bem e ter nascido. Um choro de tristeza por meu amado Dan não estar aqui ao meu lado.

Nos preparamos tanto para esse momento. Nem sei quando irei estar ao seu lado novamente. Nem sei ao certo se irei ter a sorte de sair daqui.

- Liz, ele é lindo. Vou colocar em seus braços para que o amamente.

Assinto. Logo ele coloca aquele lindo pacotinho em meus braços. Ele é uma mistura magnifica de nós dois. Tem os cabelos pretos, nariz parecido com o meu, boquinha rosada e carnuda igual a nossa, bem branquinho. Coloco em meu seio e logo ele começa a sugar. Sinto um pequeno incômodo no início por ele sugar com tanta força, mas é suportável. Ele abre os olhos e ali eu vejo. Um verde como os meus quando nasci.

- Oi meu amor. Seja bem-vindo a esse mundo. Logo, estaremos com seu pai.

Acaricio seus cabelinhos e sinto alguém me olhando. Nossos olhos se encontram. Brian vê a cena e pega seu celular do bolso tirando uma foto minha com o Miguel. Arqueio minha sobrancelha desconfiada com o que ele irá fazer com aquela foto. Ele me tranquiliza.

- Liz, sei que não fui um bom amigo naquela época, não fui uma boa pessoa sendo médico fazendo coisas da qual me envergonho quando Pietro lhe sequestrou, mas por meus verdadeiros sentimentos por você irei te ajudar.

Ainda não confio nele, mas resolvo arriscar em dar um voto de confiança.

- E como pretende fazer isso e porque mudou de ideia em não fazer o mesmo que eles fizeram comigo?

- O amor precisa ser correspondido, precisa existir o compartilhamento entre os dois. E não pode ser algo obrigado. Mas eu vou te ajudar, porque quero ver você feliz e sei que só será com o Dan.

Sorrio e sinto que ainda há esperança nas pessoas e dessa vez sinto que logo irei embora daqui.

- Tudo bem. Mas porque tirou a minha foto com o Miguel?

Ele sorri e me olha com divertimento.

- Irei mandar para seu marido e a localização. Enquanto isso, não faça nenhuma besteira.

- Que besteira faria?

- Você sabe né. – Ele coça a cabeça envergonhado. Eu sei bem o que ele quer dizer com isso, mas o indago.

- Sinceramente não sei.

- Vou falar logo, antes que o Vitorino apareça.

- Estou esperando. – O olho séria, mas por dentro, sinto-me divertida.

- Aquela cena de antigamente me assombra até hoje.

- Ah, entendi. Pode deixar que não deixarei meu lado sombra me afetar. Pelo menos, não por enquanto.

Eles sorriem e a porta abre. Em passos lentos, Vitorino adentra. Ele avista Miguel em meu colo e vejo uma emoção que não esperava ver nele.

Ele se aproxima estendendo as mãos em direção ao meu filho. Olho para Brian e meu filho em um jogo de olhares sem saber o que fazer. Tenho medo de que ele faça algo ao meu filho. Brian me olha tranquilizando-me e fechando meus olhos eu respiro fundo.

Olho novamente para meu filho que dormiu em meu seio após mamar. Retiro de meu seio e entrego-o a Vitorino que logo é alertado que precisa colocar o bebê para arrotar.

- Não se preocupe meu amor, ele é nosso filho. Não farei mal algum a vocês dois.

Olho desconfiada para ele, mas mostro a ele estar concordando com suas ações.

- Bem, meu trabalho aqui acabou por hora. Peça para as empregadas trocarem os lençóis, levarem a Liz para tomar um banho e comidas leves. Ah, e bastante água e suco.

- Sim, já providenciei tudo. Obrigada por tudo.

- Nos veremos dentro de dois dias. Tenho que ver se há algo anormal e também trazer uma pediatra para avaliar o bebê.

- Ok. Eu te acompanho até a porta.

Quando vejo Vitorino caminhar com meu filho em seus braços acompanhando Brian, meu coração acelera. Não sei mais o que fazer. Entro em um desespero.

- Vitorino. Não é bom sair com Miguel daqui do quarto agora.

- Porquê não?

- Ele acabou de nascer. Liz está certa.

Respiro aliviada quando Brian fala isso para ele vendo meu desespero. Ele assente, sorri, beija a testa do meu filho e me entrega novamente. Dá um beijo em minha testa o que me faz sentir minha bílis subir de nojo, mas me contenho.

Eles saem me deixando sozinha com meu filho naquele quarto.

Após sair da mansão próxima a propriedade de Dan, Gilvan/Brian liga para ele. Ao quarto toque, ele atende om uma voz embargada mas que aparenta desespero.

\- Dan, sou eu Brian, quer dizer doutor Gilvan.

Sua respiração fica ofegante do outro lado da linha.

\- O que você quer doutor?

\- Calma, estou ligando para falar que Liz teve o Miguel.

\- Cadê minha mulher e meu filho. Onde você está?

\- Bem perto de vocês. Mas só falarei pessoalmente.

Ele se cala. Após uns segundos pensando, ele dispara.

\- Onde?

\- Sabe o antigo teatro grego, me encontre lá em meia hora.

\- O Antico Teatro di Taormina, estarei lá.

Sem receber qualquer confirmação, Dan encerra a ligação e se prepara para encontra-lo.

O tempo determinado chega e Dan recebe uma mensagem de Gilvan para que o encontre numa parte de dentro onde ficavam os atores para saírem da coxia e se apresentarem. Ele segue com Marximi e Nuno.

Gilvan está de costas olhando por uma parte das paredes quebradas para o horizonte esperando pela chegada de Dan.

Dan entra sozinho, enquanto os dois irmãos aguardam na entrada por onde ele passou. Virando-se por perceber sua presença, Gilvan está com o celular em mãos.

\- O que tem para me falar, onde eles estão?

\- Primeiro, veja esta foto.

Ele estende o celular para Dan e lhe mostra sua esposa com seu filho nos braços amamentando. Seus olhos enchem de lágrimas e ele sorri em ver que pelo menos eles estão bem. Tomado por uma fúria, ele olha para Gilvan e entre os dentes ele o indaga.

\- Está de coloio de novo com um bandido?

\- Não. Só fiz meu trabalho de obstetra e trouxe seu filho ao mundo. Mas quero ajudar a pegá-los de volta.

\- O que te faz pensar que eu concordarei ou acreditarei em você?

Gilvan sorri.

\- Pelo simples fato que eu sei onde eles estão e bem perto de vocês.

Dan arqueia a sobrancelha em questionamento.

\- Tudo bem. Mas onde eles estão?

\- Em uma mansão com Vitorino próximo a vocês.

\- Vou agora mesmo resgatar os dois.

Segurando no braço de Dan, ele o alerta que é muito perigoso.

\- Vitorino está armado até os dentes. A mansão está sob total segurança. Daqui a dois dias eu irei vê-los com a pediatra para saber como estão. Nesse tempo, você pode se preparar e resgatá-los mas para isso, você precisará da ajuda do seu pai.

Dan suspira profundamente. Ele sabe que precisará fazer algo que não queria. Mas não vê outro jeito para ter sua esposa e filho de volta. Ele concorda.

\- Tudo bem. Então daqui a dois dias resgatarei os dois.

\- Ok, te mando uma mensagem assim que estiver lá dentro.

\- Tudo bem. Agora preciso ir. Posso ver mais uma vez a foto?

\- Já mandei para você por mensagem.

\- Perfeito.

Dan sai com seus capangas indo até a mansão do seu pai onde sua mãe está de volta morando com ele.

^^^***Continua***...^^^

Capítulo 2: Jamais os abandonaria

Dan, ao adentrar na mansão em que seus pais estão morando e que ele passou grande parte da sua infância e adolescência ali é recepcionado por sua mãe com um abraço.

- Figlio. Que bom que veio. Como está a Liz?

Dan está péssimo. Sua aparência está triste e desolada. Sua mãe acha estranho ele estar daquele jeito. Seu instinto de bruxa a oitava que havia algo errado nesse história. Ele suspira e com algumas lágrimas escorrendo de seus olhos, ela tem certeza.

- Mamma, queria falar com a senhora e o pai. Ele está?

Ela assente um tanto receosa. Seu coração se aperta. Caminham juntos até o escritório em que seu pai está ouvindo uma bela música de Laura Pausini – Scatolla.

Ao ver seu filho e sua esposa vindo em sua direção, um sorriso se abre e ela caminha até eles para cumprimentar seu filho. Ao estar bem próximo a eles, ele percebe que seu filho não está bem. Ele olha sem entender para sua esposa que balança a cabeça em negativa por também não saber porque ele estar assim é o indaga após abraça-lo.

- Figlio, você está bem e minha nora?

Ele tentava se manter forte, até que no seu súbito, desabou a chorar. Seus pais se entreolham sem entender o que estava acontecendo. Eles ainda não sabiam que Liz havia sido sequestrada. Antonela lhe dá um copo d’água e ele após beber um gole, se acalma um pouco e começa a falar.

- A Liz foi sequestrada.

Em uníssono, eles falam incrédulos.

- O que?

Ele assente com seus olhos inchados e vermelhos depois de tanto estar chorando.

- Sim. Foi o Vitorino. Pai, eu preciso de ajuda.

Dante estava furioso. Sabia que Vitorino Angiani era perigoso. Bem mais do que Pietro ou qualquer outro. Ele soca a mesa com raiva. Todos ali naquele escritório se assustam com sua agressividade.

- Dan, eu sempre te ajudarei meu filho.

- Grazie Pai. Eu realmente preciso da sua ajuda e dessa vez, quero fazer algo. Dessa vez, (ele suspira), eu quero ser iniciado na Máfia e assumir o seu lugar como Don. Mas só depois de resgatar minha esposa e filho.

Dante o olha incrédulo e boquiaberto. Ele não imaginava que seu filho se uniria a máfia e nem estaria vivo para ver isso. Mas ele sempre soube que seu filho nunca quis isso, ele já havia tomado uma decisão de colocar Lucca em seu lugar assim que ele sair da clínica após o tratamento. Mas, precisa falar com seu filho a respeito disso.

- Figlio, eu te ajudo e não precisa iniciar na Máfia. O tratamento do Lucca está sendo bom para ele, ele tem tido progressos, e eu resolvi colocá-lo no meu lugar. Não se preocupe.

- Pai, por mais que o senhor me fale isso, eu sei que não falou nada com ele para não afetar seu tratamento, certo?

Ele assente.

- Sim, mas por isso não precisa assumir algo que nunca quis. Não vou obriga-lo.

Ele suspira profundamente, massageia a testa e dispara.

- Faremos assim, me início, assumo seu lugar e quando o Lucca voltar, se realmente ele estiver bem, aí eu passo o cargo para ele, o que acha?

Alisando sua barba, Dante anda de um lado a outro calmamente. Vendo o desespero do seu filho e sabendo que por conta de tanta coisa que os dois vem passando, sabe que é por isso que Dan quer fazer parte da máfia para proteger sua nora e seu neto.

Parando em frente ao seu filho, ele se senta na poltrona e o olha fixamente e assente.

- Tudo bem. Quando você retornar do resgate da sua esposa e meu neto, você se inicia na Máfia.

Antonela não se sentiu mal com aquela decisão, sabia que Dan fazia aquilo para estar mais forte para proteger aqueles que ele ama. O que interessava a ela, era saber que todos estariam bem.

Dan assente e retira o celular do bolso emocionado.

- Miguel nasceu. Não foi como queríamos, mas ele nasceu. É lindo meu bambino.

Ele estende o celular aos pais mostrando a foto dos dois juntos no cativeiro. Dante e Antonela se emocionam com a imagem dos dois.

De repente, Antonela puxa abruptamente o celular da mão do seu filho deixando-o assustado com sua reação. Dante que também estava incrédulo com aquele gesto da sua esposa, entreolha com seu filho e a indaga preocupado.

- Querida, o que foi?

Ela com uma mão em sua boca boquiaberta, sente lágrimas rolando por seu rosto, ela não acreditava no que via atrás de sua nora e neto, ela não conseguia falar, os dois estavam preocupados com sua reação, até que ela balbucia.

- Figlio, ela está ali com ela.

Dan olha para a foto mas não vê nada.

- Mamma, de quem a senhora está falando?

-Aqui meu filho. Sua nona Franchesca está aqui na foto.

Ela aponta na direção em que a vê na imagem, mas Dan pegando novamente o seu celular, acena em negação por não estar vendo nada além dos seus amores.

- Não vejo nada além da minha esposa e filho. Tem certeza mamma?

Ela assente. Dante, estende sua mão para ver de perto a imagem.

- Deixe-me tentar ver.

Dante, não tem o mesmo dom de sua esposa, mas consegue ouvir através do que ele olha o que querem se comunicar. É uma arte da necromancia streghe que é possível a comunicação mesmo não visualizada.

Ao olhar a foto, Franchesca sussurra e só Dante consegue ouvi-la.

“Cuidado ao resgatá-los. Ele vai tentar levar o pequeno, sejam rápidos”

Uma tontura ele sente. Um vento forte adentra pelas janelas e portas, as fechando em um só bater forte. Dan ampara seu pai o sentando na poltrona em sua frente. Ele pega um copo d’água e vê seu pai atônito assim como sua mãe.

- O que foi papa?

- Traga-os rápido filho. Ele pretende sumir com meu neto.

Dan respira fundo, liga imediatamente para Gilvan/Brian. No terceiro toque, ele atende.

- Dan.

- Doutor, precisamos resgatar minha família logo.

Ele suspira profundamente e Dan sente a preocupação em sua voz.

- Concordo com você. Soube de um dos seguranças, que ele pretende levar o Miguel para o exterior. Ele sabe que se afastar seu filho da Liz, ela ficará com ele até o recuperar.

- Desgraçado! – Dan vocifera.

- Então, a noite invadiremos a sua mansão.

- Tem certeza Dan?

- Claro, quanto antes melhor. Já tenho os homens que farão o resgate conosco.

Depois de uns segundos em silêncio, Gilvan assente.

- Tudo bem. Às 20h invadimos.

- Ótimo. Até lá.

A ligação é encerrada. Todos se preparam para a invasão logo mais a noite.

Ele sai da mansão indo para sua propriedade e lá avista Marco e o comunica o plano de resgate. Bá como está aflita com o sumiço da sua neta, está com Barbarella no quarto mágico fazendo suas ritualísticas de proteção para seu bisneto e neta.

Em suas visões, ela viu que havia uma proteção a mais e que tudo iria acontecer logo. Precisavam ser rápidas com as entonações e encantamento.

Com isso, as horas passam rápido, e é chegado o momento em que invadirão a mansão em que Liz e seu filho estão. Finalmente, esse pesadelo acabará.

Andreia, por mais que seu amigo Vitorino esteja errado, jamais desejou que algo acontecesse e que ele continuasse com essa obsessão descabida. Torcia para que tudo desse certo e que todos saíssem ilesos.

Leona, que ninguém com exceção da sua nona sabia não só dos sentimentos dela por Vitorino, mas que estavam se relacionando temia por seu amado. Cada vez mais que pensava em que havia sido enganada por ele para se aproximar de sua prima, mais ela tinha raiva da mesma.

- Marco. Marximi. Nuno. – Dan os chama na sala eufórico.

Logo, os três aparecem já preparados para o ataque. Ao estarem preparados para saírem, Gilvan chega na porta principal da casa grande.

- E então, vamos?

Todos assentem e saem em direção aos carros.

Dan já havia pedido aos seguranças do seu pai para cercarem toda a mansão. Alguns dos seguranças que trocaram de turno, foram substituídos por seguranças do Capo Fiori. Tudo estava a favor deles. Os carros foram abandonados perto da mansão.

A partir dali, seguiram até a propriedade andando. Entraram pelos grandes portões, mas não esperavam que mesmo com as câmeras de segurança terem sido desligadas, mas Vitorino tinha seu próprio sistema interno ligado em seu quarto.

Já imaginava que seria traído. Ao ver quem se tratava, deu um murro na mesa com seus olhos injetados em raiva.

- Brian.

Munido de duas armas, ele segue até o quarto em que Liz e o Miguel estão. Ele empurra a porta com tudo, fazendo na se assustar. Ela estava ninando seu pequeno sentada na cama.

- O que é isso Vitorino. Endoidou.

Sem pensar, ele saca suas armas e aponta uma delas em direção a porta e outra em direção a Liz e seu filho. Ela arregala seus olhos. Abraça seu filho de um jeito inspirando proteção.

- Vitorino, o que está fazendo?

- CALA A BOCA!

Ela se encolhe com seu filho em seus braços. O desespero bate em seu coração. Tudo o que ela imagina é que seu amado venha os resgatar.

- Tá tudo errado. Eu só queria que me amasse e ficasse comigo. Mas não.

Ao entrarem na mansão e renderem os seguranças e seu capanga de confiança, Dan sobe as escadas de dois em dois degraus e ouve pelo corredor a voz alterada de Vitorino. Ele se aproxima tirando sua arma da cintura.

Por mais que Dan não gostasse disso, ele aprendeu a contragosto do seu pai a atirar quando era uma criança de 10 anos.

- Você não sabe Liz como eu sempre quis estar ao seu lado, mas você fez o que, preferiu esse maledetto do seu marido.

Enquanto ele chora, ele ri freneticamente. Liz abraça ainda mais seu filho o protegendo. Ela chora.

Dan aparece na frente do quarto em que a porta está aberta apontando a arma em direção a Vitorino. Ele o olha com sarcasmo e ironia. Continua mantendo uma arma apontada para Liz e o bebê e a outra em direção a Dan.

- Ora, ora se não e o senhor salvador que está aqui.

Liz olha em direção a porta e vê seu marido. Ele a olha de relance vendo-os encolhidos na cabeceira da cama.

- Vocês estão bem amore mio?

Ela assente.

- Nós estamos bem.

- Não por muito tempo Dan. Se ela não fica comigo, não fica com você e nem ninguém.

- Vitorino, você não a ama? Porque quer fazer isso com ela.

- Amo, mais se ela não será minha, também não irá ficar com ninguém mais.

- Então me mate primeiro.

Um laser vermelho é mirado bem no centro da testa de Vitorino por um dos atiradores do seu pai. Como ele ainda estava apontando a arma para sua esposa e filho, não podia fazer nenhum movimento errado. Colocava a vida deles em risco.

Vitorino desata a rir da coragem de Dan.

- Não é uma má ideia fazer isso já que você é quem ela ficaria até o fim.

Ele assente.

- Sim, você sabe bem disso. Então mira somente em mim. ANDA!

- É muito audacioso. Gosto disso. Suas últimas palavras.

Ao mirar as duas armas na direção de Dan, ele sorri para Vitorino e o tiro é disparado. A cabeça de Vitorino abre um buraco imenso atrás e espirrando os miolos e sangue na janela atrás dele. Seu corpo desfalecido cai no chão em câmera lenta.

Ele se aproxima do seu corpo sem vida e murmura.

- Que Cérbero e Hades o recebam bem no submundo maledetto.

Um choro incontido Liz despeja descontroladamente. Dan coloca sua arma no coldre nas suas costas e segue até sua amada abraçando-os.

Ele beija a testa da sua esposa e cabecinha do seu filho e sussurra.

- Acabou amore mio. Vocês estão salvos.

Ela o olha. Ele enxuga suas lágrimas e beija seus lábios.

- Achei que esse era o fim. Não consegui ter nenhuma visão ou magia estimulada para saber na hora o que aconteceria.

Ele sorri e acaricia seus cabelos suavemente.

- Jamais os abandonaria e deixaria acontecer algo com vocês. Vocês são minha vida.

Ela sorri fraco. Marco e Brian entram no quarto ofegos. Ela os olha e sorri. Eles respiram aliviados por estarem bem.

Dan levanta-se e erguendo sua amada com seu filho nos braços, ele a conduz até fora da mansão. Ao chegarem no topo da escada, Liz olha para seu amado e estende seu filho para que ele o pegue. Seus olhos enchem de lágrimas, era tudo o que ele mais queria.

Pegando seu filho no colo, ele beija o topo da cabeça e bochecha da pequena mistura dos dois. Ele sorri e sussurra.

- Meu filho, meu bambino. Como te amo. E sou o papa.

Todos estão emocionados com a cena. Marco então, segura no braço da sua prima a conduzindo a descer a escada. Ao chegarem na saída da mansão, Dan dispensa todos os seguranças do seu pai que retornam para a mansão. Os carros que estavam próximos dali, estacionam perto deles. Antes de todos entrarem, Gilvan/Brian, encerra ali sua proteção e carma com eles.

- Bem, eu não tenho mais o que fazer aqui. Voltarei para o exterior. Minha missão acabou.

Dan sorri e o agradece. Marco aperta sua mão e Liz o abraça, fazendo seu marido revirar os olhos estando com seu filho no colo. Todos riem da sua expressão.

- Obrigada Brian. Te perdoo por tudo o que me fez no passado e vá em paz.

Ele assente.

- Obrigada Liz. Seja feliz.

- Obrigada. Você também.

Eles dão um outro abraço e Dan pigarreia impaciente.

- Bem, já que está tudo resolvido, vamos né amore mio.

Ela assente rindo e Marco que já estava no carro, não perderia a oportunidade em zoar depois o marido da sua prima que estava com ciúmes dela até numa hora dessas.

Brian entra no carro e segue rumo a sua nova vida, Dan, sua esposa e filho também seguem rumo a seus momentos de paz e tranquilidade novamente em suas vidas.

- Vamos ver quem agora virá tentar te roubar de mim.

Dan é debochado ao falar com sua amada que lhe dá um leve tapa no braço já que ele está segurando o filho deles no colo.

- Ou será que virá uma mulher hein senhor Fiori.

Logo seu riso se transforma em uma carranca. Durante o retorno eles conversam sobre como foi o parto e tudo o mais dos últimos acontecimentos.

^^^Continua...^^^

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!