Na densidade da floresta, uma bela ômega vive sozinha em uma cabana. Esta é a sua prova final, ela deve sobreviver por um ano inteiro para provar sua força e linhagem.

Sasi tem 18 anos e esta é a sua prova de maioridade. Ela deve aprender a se sustentar por si mesma, com seus próprios meios. Ela deve caçar sozinha e viver sozinha por um ano inteiro.

Aquela manhã, Sasi saiu para caçar como sempre fazia. Havia muitas presas na floresta. Sasi é uma excelente caçadora e sua loba Regan é linda, mas ela só a leva para caçar quando está bem no meio da densa floresta.

Durante todo o dia, Sasi caçou, e com o que não podia comer, guardava em seu estômago. Estava se aproximando o inverno e ela precisava ter comida guardada nos dias de nevascas intensas, pois não poderia sair para caçar.

Ela entrou diretamente no seu pequeno abrigo e deixou ali o seu espólio do dia. Ela já havia salgado várias das suas presas e logo elas congelariam com a neve.

Enquanto a bela ômega estava ocupada com suas tarefas, um par de olhos frios como aço a observava nas profundezas das sombras da espessa floresta.

Sasi entrou na cabana satisfeita com sua impecável caça e decidiu descansar. Ela já havia providenciado água adequada, feito um filtro caseiro e sua pequena estufa a lenha era perfeita, tendo acumulado muita madeira em cinco meses para atender a todas as suas necessidades.

Mais tarde, quando ela estava confortável com a lareira acesa e sua comida recém-preparada, Sasi ouviu alguns barulhos no galpão que a deixaram irritada. Rea ficou nervosa em sua cabeça, ansiosa e expectante.

Sasi saiu para ver o que estava acontecendo, já que um tempo atrás um grande urso vinha rondando seu galpão, mas quando chegou lá não viu nada suspeito e foi para a cabana. Quando estava entrando, sentiu o cheiro delicioso de madeiras exóticas, masculino, mas sensual e ficou paralisada.

Quando olhou para dentro, viu um homem alto e forte. Era evidente que ele era um Alfa e não um Alfa qualquer. Sua presença era imponente e seu temperamento rigoroso.

Sasi viu que estava machucado e parecia ter sangrado muito. Estava pálido e seus lábios estavam rachados devido à secura.

- Quem é você? - a doce voz de Sasi soou na cabana aconchegante. O homem a olhou fixamente\, franzindo o cenho e cambaleando de vez em quando.

- Omega\, limpe meu ferimento\, é uma bala de prata - o homem ordenou de forma tirânica. Era bonito\, com um físico musculoso e sua altura de 1\,95 o fazia parecer um deus na Terra.

Sasi ficou corada ao ouvir sua voz, que era agradavelmente grossa e baixa, como o rosnado de uma fera selvagem.

- Você me ouviu\, Omega? - o homem a olhou mais irritado. Ele era um Alfa imponente e arrogante.

Sasi recuperou-se do seu atordoamento e fechou rapidamente a porta, foi buscar um kit de primeiros socorros e alguns instrumentos cirúrgicos básicos.

O homem tirou a camisa para que ela pudesse curá-lo enquanto mostrava sua excelente musculatura, ombros largos e peitoral amplo e tonificado, uma cintura estreita com abdômen definido deixando Sasi mais nervosa, suas bochechas ficaram ainda mais coradas enquanto o homem a olhava de forma complicada.

Para ele, o cheiro daquela pequena ômega era delicioso, ele estava certo de que era sua Compagnon, mas ainda não queria falar sobre isso. Ele era um Alfa de Alfas, como uma ômega insignificante poderia ser sua Compagnon? Deve haver algum engano.

Sasi limpou habilidosamente e retirou a bala rapidamente. A ferida estava alojada em seu abdômen, mas parece que não atingiu nenhum órgão vital, então o trabalho dela não foi muito difícil. Enquanto ela fazia seu trabalho, o homem de cerca de 27 anos sutilmente cheirou seu lindo cabelo. Todo o seu aroma era inebriante, mas ele manteve o controle. Ainda não sabia o que fazer com aquela situação.

"Qual é o seu nome, omega?" Ele falou sem emoção.

"Sasi", ela respondeu, tentando manter a compostura. Ele a deixa nervosa, especialmente quando a trata assim. Ela tem certeza que ele sabe que ela é a sua companheira, mas parece que ele a rejeita.

"Qual é o seu nome, Alfa?" Ela perguntou timidamente.

O homem a olhou complicado. Ainda não queria dizer nada sobre si. Se decidir rejeitá-la, é melhor que ela não saiba onde encontrar para implorar por ele. Para aquele Alfa, as omegas são tão inferiores que preferem ser amantes a serem Lunas. Mas ele não quer se arriscar. Quer se curar e se afastar rapidamente dela.

"Chame-me apenas de Alfa. Você não precisa saber meu nome", ele se levantou desajeitadamente, fazendo com que Sasi caísse no chão de bumbum.

O homem viu a pequena e rústica cama que ela havia feito com troncos e galhos, e então notou as peles que ela tinha. Ele jogou algumas peles no chão e ordenou sem hesitação.

Tu dormirás aí, eu na cama, me dê de comer _ Sasi apertou os dentes, era claro que aquele Alfa era um maldito preconceituoso com as ômegas, mas era melhor que ele se cure rápido e vá embora, se um idiota assim é o seu destino, ela prefere ficar sozinha.

Sasi foi até o fogão, havia cozinhado não fazia muito tempo e a comida ainda estava quente, ela serviu um prato para ele e outro para ela, não era muito, mas dava para ambos.

O Alfa olhou para o prato da sua anfitriã e sentiu que ela tinha mais comida do que ele, então decidiu repreendê-la.

Sou seu superior, por que me dá menos comida? _ Ele a olhou com a testa franzida enquanto Sasi olhava perplexa para os pratos, não via de que lado tinha servido mais comida, mas aquele Alfa estava sendo um grande idiota.

- Alfa\, acho que estão iguais e alé...

_ Sasi não pôde terminar suas palavras quando um grunhido de ameaça ressoou como um trovão na cabana.

- Você está me chamando de mentiroso? Você é apenas uma Omega insignificante e ousa me contradizer?

_ O homem estava irritado, Sasi se assustou, como poderia ser aquele lobo o seu companheiro, irracional e sem fundamentos?

Sasi respirou fundo, não pode chamar a atenção, deve manter um perfil baixo para que ninguém perceba, ele estará melhor dentro de alguns dias e irá embora, vê claramente que ele não a considera digna de ser a sua parceira, trata-a mal e insulta-a, então quer que ela vá embora.

Alfa, desculpe, não vai acontecer de novo _ Sasi serviu uma parte do seu prato na do homem para que ele parasse de incomodar.

O Alfa sorriu satisfeito e comeu como se não tivesse provado comida em dias, enquanto Sasi havia perdido a vontade de comer. Ela não entendia como aquele lobo sujo e mimado poderia ser seu companheiro (além disso, ele é tão velho), pensava Sasi enquanto o observava devorar a comida.

O Alfa em questão tinha 27 anos e era 9 anos mais velho que Sasi, mas para ela era uma eternidade.

O homem se levantou e foi dormir, Sasi o olhou com uma interrogação na cabeça, colocou as peles perto da lareira e dormiu até o dia seguinte.

No dia seguinte, Sasi acordou cedo como sempre e viu o homem ainda dormindo, ele parecia tão bonito quando não abria a boca que Sasi ficaria feliz se tivesse um companheiro mudo.

Resignada por não ter chimarrão, Sasi foi preparar o café da manhã e, enquanto servia a comida em sua pequena mesa, o homem acordou pelo cheiro.

Ao ver que seu convidado não desejado havia acordado, Sasi rolou os olhos ao vê-lo chegar à mesa sem saudar e sem ter boas maneiras. Ela se serviu com o que sempre come e deu um pouco mais para ele, para que não se ofenda como na noite anterior.

O homem viu que o prato dele era superior ao da Omega e se sentiu satisfeito, enquanto Sasi zombava em seu interior (que idiota), pensou Sasi sem olhá-lo, mas lembrou que quer tirá-lo de sua cabana o mais rápido possível, então procurou o assunto da sua ferida.

>>>>>>≥>> Alfa\, vou trocar o curativo da sua ferida mais tarde\, quero ver se já está curando _ o homem olhou para ela para responder\, mas ficou petrificado quando a viu diretamente nos olhos\, essa Omega não era apenas bonita e sensual\, mas seus olhos eram impressionantes e místicos\, fazendo seu coração bater rápido.

Sasi viu que o homem irritante tinha ficado congelado ao ver seus olhos e sabia que ele não tinha percebido isso na noite anterior e, por outro lado, o forte Alfa se repreendia por não ter notado nada, quando a viu pela primeira vez, estava escuro e não viu o quanto ela era incrivelmente exótica.

>>>>>>>>>>> "Alfa?" - Sasi olhou para ele intrigada\, já que o homem não saía do seu estupor. Então\, ela levantou o braço e agitou sua mão na frente dos olhos dele várias vezes até que ele se recobrou e saiu do transe.

>>>>>>>>> "Entendi." - O Alfa estava impressionado\, mas tentou controlar-se\, embora seu lobo Zeus estivesse mais do que feliz. Ele podia sentir a presença de Regan\, a loba de Sasi\, e estava mais do que encantado.

Sasi assentiu enquanto continuava a comer distraída, mas notou que o Alfa a olhava intensamente, o que a deixou um pouco nervosa.

Naquele dia, Sasi passou o tempo cozinhando e atendendo ao seu convidado indesejado, que era uma máquina de exigir coisas o tempo todo, mas além disso de maneira grosseira e mal-educada.

Sasi queria expulsá-lo, mas não queria que ele notasse sua forma incomum de agir, então apenas abaixou a cabeça e obedeceu, esperando que ele saísse rapidamente fugindo da infelicidade de ter uma Omega como companheira.

>>>>>>>>>> "Omega\, estou com sede\, traga água." - Sasi apertou os dentes com força\, aquele idiota estava exasperando-a\, mas quando voltou para seu montinho de peles onde foi confinada para dormir\, ela notou algo que não esperava.

Em 15 dias chegaria o seu cio, mas parecia estar chegando mais cedo. Ela ouviu que, ao encontrar o seu companheiro, o cio poderia ocorrer mais cedo. É uma necessidade fisiológica para fazer com que o companheiro marque o mais rápido possível sua parceira, e Sasi está sentindo que, ao cheirar seus aromas durante esse tempo, seu relógio biológico foi ativado.

A bela Ômega tentou se acalmar ao ver as pequenas gotas de sangue em sua roupa íntima. Ela tinha apenas alguns dias para tirar aquele lobo sujo de sua cabana.

Sasi estava nervosa, se não tirasse aquele Alfa de sua cabana o mais rápido possível, poderia ter sérios problemas.

No dia seguinte, Sasi dormiu um pouco mais tarde do que o normal, mas seu convidado indesejado havia acordado e ficou constrangido ao vê-la dormindo. Ela era uma tentação em sua vida como nenhuma outra, ele não a queria por ser inferior, mas não conseguia deixar de se sentir extasiado por sua presença e atenção. Ele estaria feliz se fosse atendido por ela todos os dias de sua vida, mas quando percebeu o que estava pensando, se recriminou por essa ideia estúpida. Ele precisava ir embora o mais rápido possível e esquecer que havia encontrado sua companheira.

Sasi se esticou como um coelho sonolento, fazendo com que o Alfa lambesse os lábios só de vê-la.

Sasi percebeu sua presença e se levantou rapidamente. Ela ficou corada pela olhar quente do homem, se compôs um pouco e decidiu falar sobre o que a afligia.