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O Ômega do Rei

Capítulo 1

-----AVISO----

Esta história é BL (yaoi), se você não gosta deste gênero, abstenha-se de ler e de fazer comentários ruins se você quer ofender. Este mundo será baseado no omegaverse, muitos de vocês devem saber do que se trata e aqueles que não sabem, abaixo deixarei uma breve explicação. Agora sim, aproveite a leitura e espero que gostem. 💕

Livia Fiore, um lindo e jovem ômega, foi obrigado a se casar com o rei do país de Mystic, subindo ao trono como rainha e esposa oficial do rei Luka Leone. Ele era jovem e um rei justo, mas entre seu harém, quem tinha o controle era a primeira concubina, considerada a mulher amada pelo rei, tanto que nem mesmo Livia, sendo a rainha, podia dizer nada a ele ou imediatamente o rei a repreendia, pois a primeira concubina ia primeiro com ele e fazia ele acreditar que Livia era a vilã. No entanto, aos poucos, o rei e Livia foram se aproximando até que ambos pareceram se amar mutuamente. Quando completaram 2 anos de casados, foi anunciado que Livia finalmente estava grávida de seu primeiro filho. O rei estava feliz, porque, sendo o primeiro e se fosse menino, seria o herdeiro. Mas essa felicidade foi ofuscada quando Livia foi envenenado e, no processo, perdeu o bebê. O rei imediatamente ordenou que as portas do palácio fossem fechadas para investigar quem havia matado seu filho. Foi assim que o veneno foi encontrado no quarto de Livia, concluindo que ele matou seu filho em seu ventre. Por isso, ele foi deposto de sua coroa e trancado na torre mais alta e solitária do palácio. Não importava o quanto ele afirmasse ser inocente, ninguém acreditou nele, nem mesmo o rei, que nunca mais foi vê-lo. Cansado disso, Livia se deixou morrer, não bebia nem comia, até que finalmente perdeu a vida. Mais tarde, descobriu-se que a autora de tudo isso foi a ciumenta primeira concubina, que não queria que o rei tivesse mais afeição por Livia. Quando isso foi descoberto, o rei seguiu sua vida, mas com arrependimento por não ter acreditado em Livia. Foi tempo depois que o protagonista dessa história BL chegou, um jovem bom, amável e corajoso, que conseguiu curar o coração do rei, com quem finalmente foi feliz, depois de enfrentar alguns obstáculos.

Essa era a novela que Ryan tinha lido entre todas as que sua irmã tinha, e agora tudo o que ele se lembrava era que estava a caminho do trabalho quando o ônibus em que estava colidiu. Ele via pessoas feridas gritando, fogo por todos os lados e o som das ambulâncias, mas de repente tudo ficou preto, ele só viu um jovem de cabelos longos e verdes, parado no meio da escuridão com uma túnica branca. Ele sorriu para Ryan e desapareceu.

Agora Ryan abre os olhos, olhando ao redor, e isso definitivamente não era um hospital. Ele se levantou sem fazer barulho e caminhou ao redor de todo o quarto. A cama era enorme, com dossel, móveis rústicos e elegantes, inclusive um espelho enorme na parede. E espera aí, quem era aquela pessoa refletida? Um jovem de longos cabelos verdes como grama e olhos claros, pele branca e brilhante, que se movia e ele imitava seus movimentos. Ele se aproxima e percebe que é um espelho. Ele toca o rosto e faz expressões de confusão. Um momento.

- Este sou eu? Mas o que diab...

Uma forte dor de cabeça o atinge, memórias de sua vida anterior surgem, assim como do corpo que agora possui, até que ele cai de joelhos, segurando a cabeça pela dor e finalmente compreendendo. Agora ele é Livia Fiore, um ômega e a esposa do rei Luka, destinado a morrer. Mas isso não é o pior, o pior é que ele é um garoto casado com outro garoto, pois agora está em um BL, nem mesmo sabe como em sua vida passada se atreveu a ler algo assim, embora tudo tenha sido porque sua irmã insistiu.

- Droga! Por que isso está acontecendo comigo?

Ainda de joelhos no chão, com as mãos na cabeça porque a dor não foi embora completamente, de repente duas criadas entram no quarto. Ao vê-lo lá, ficam preocupadas e se aproximam rapidamente para segurá-lo pelos braços e ajudá-lo a se levantar.

- alteza não deve se levantar\, a queda foi um pouco dura e bateu a cabeça.

- alteza? Eu? Isso...

Era difícil para ela assimilar o que estava acontecendo, mas de repente ela se lembrou, sim, tinha caído das escadas, mas não foi um acidente, Rita, a primeira concubina, foi quem a empurrou.

- já puniram quem me empurrou?

- do que está falando\, alteza? Você teve um acidente...

- não foi um acidente... aquela cadelinha chamada Rita me empurrou.

As duas garotas se olham assustadas, uma delas se senta e segura a mão de Livia.

- não diga isso\, alteza\, se fizer isso\, Sua Majestade ficará zangada com você...

- sim\, sabe que essa mulher...

- a essa mulher eu vou matar\, antes que ela me mate.

Sim, ela fará isso, é a única forma de sobreviver, depois disso, ela sairá daquele palácio, mesmo que tenha que fugir, ela o fará.

----explicação básica do omegaverse----

Los Alfa

São aqueles que estão no topo dos três gêneros. O alfa, seja homem ou mulher, tem a capacidade de fecundar um ômega masculino ou feminino, pois possuem órgãos sexuais masculinos, internos (no caso das alfas mulheres) ou externos nos alfas masculinos, ou seja, o normal para eles).

Outra característica dos alfas é que eles possuem uma espécie de nó ou protuberância na base de seus membros, que se inflama dentro do ômega assim que o alfa chega ao clímax. Isso faz com que o alfa e o ômega fiquem amarrados por um tempo, pois é impossível retirar o membro nesse estado até que a inflamação diminua. Isso lhes proporciona uma vantagem biológica na hora de fecundar o ômega.

Los Omega

Tanto homens quanto mulheres possuem aparelhos reprodutivos femininos (útero e ovários) e são perfeitamente capazes de conceber, desde que sejam fecundados por um alfa e raramente por um beta. É aqui que entra o MPREG (gravidez masculina) porque eles são altamente férteis.

Capítulo 2

No mundo da novela, os magos eram respeitados, por isso quem se tornasse rei deveria possuir um grande poder mágico, o rei não se casou com Lívia porque gostava dela ou porque foi obrigado, mas sim porque Lívia era descendente dos grandes magos do templo, em suas veias corria sangue com grandes poderes mágicos e mesmo que Lívia não utilizasse a magia, o rei a tomou como esposa porque uma criança nascida de ambos seria uma criança com grande poder mágico, então era conveniente que Lívia fosse a rainha, dessa forma, os filhos que viessem a ter seriam oficialmente príncipes e princesas.

- É claro que o rei não sentiu dor em perder seu filho\, sentiu dor em perder uma grande ferramenta mágica e como o veneno deixou Lívia estéril\, também perdeu a galinha dos ovos de ouro.

Lívia estava sentada na cama, com os braços cruzados, precisava encontrar uma maneira de se libertar desse casamento. E se bebesse algo para ficar estéril? Isso poderia ajudar a ser despojada do trono. Não, é arriscado, pois poderiam acusá-la de enganar o rei e fingir que pode ter seus filhos.

- Que estupidez!

Logo, ouviu vozes na porta, ouviu as criadas dizendo "majestade". Isso significa que o rei veio vê-lo? Que incômodo, deitou-se desarrumando todo o cabelo, para parecer abatida, vai ver esse estúpido rei. Quando as portas se abriram, o rei entrou, era um homem loiro de olhos cor de rubi, sem dúvida era um homem bastante atraente.

Ao lado dele estava uma mulher, era bonita, disso não havia dúvidas, mas imediatamente Lívia soube de quem se tratava, bem, se fosse se livrar dela, começaria agora, assim que fixou seu olhar em Rita, se levantou abraçando seu lençol e se apoiando na cabeceira mostrando medo em seu olhar.

- N-não\, não...socorro...é ela...

Imediatamente o rei estranhou vê-lo assim e percebeu que Lívia não parava de olhar para Rita, esta permaneceu séria, mas deu um passo à frente fazendo uma reverência a Lívia, ela estava certa de que o cabelo verde não diria nada, mas, para sua surpresa, o rapaz pulou da cama e correu atrás de suas duas criadas que já haviam entrado.

- Socorram-me\, ela vai me matar!

- O que está acontecendo?

O rei elevou a voz, pois percebeu a atitude de Lívia e como ela fugia de Rita.

- A rainha ainda deve estar em choque pelo que aconteceu. Alteza\, precisa se deitar e descansar.

Rita sorriu, mas Lívia apenas se escondeu ainda mais atrás de suas criadas.

- Majestade\, o que fiz para a rainha agir assim contra mim? Não é justo.

- Lívia\, o que está acontecendo? Pare de agir assim\, levei meu tempo para vir e você...

- Não me aproximarei de sua majestade\, não farei isso\, mas não me machuque...sua majestade é toda sua.

Lívia continuava agindo como se o rei não estivesse ali, apenas agia como se ainda estivesse em estado de choque devido à queda.

- Perdoe a rainha\, majestade\, ainda não se sente bem de tudo.

Ambas as criadas se curvaram, então Lívia fingiu que já tinha visto sua majestade e mostrou ainda mais medo.

- Não\, eu não pedi para você vir...me perdoe\, mas não me machuque.

Lívia se ajoelhou diante de Rita, agarrando seu vestido, o que fez Rita ficar nervosa.

- Não me machuque\, o vinho\, eu não o chamei...é todo seu\, mas deixe-me viver\, não me empurre...

Lívia continuou nervosa e chorando, enquanto o rei olhava para Rita procurando uma explicação.

- O que significa isso\, Rita?

- Ha-ha...a rainha deve se sentir mal ainda\, devemos deixá-la. Alteza\, volte para descansar.

Rita segura suas mãos e Lívia grita puxando com força suas mãos para arranhar as unhas de Rita, com isso ela se arrasta no chão.

- Acredite\, por favor\, eu não a chamei\, o vinho...não me machuque...

Lívia continuou chorando mostrando suas mãos arranhadas, Rita pôde ver como o rei ficou irritado.

- Eu não fiz nada\, majestade\, a rainha se afastou de repente que eu...

- Espero que seja apenas seu estado\, sabe o que aconteceria se a machucasse.

- Juro que não fiz nada\, majestade...

- Fora! Preciso que a rainha se acalme.

- Claro\, majestade.

Rita virou-se para Livia com raiva, mas conseguiu ver um leve sorriso nos lábios de Livia. Quando ela saiu, as criadas ajudaram Livia a se deitar novamente.

- Majestade\, perdoe Sua Alteza\, ela ainda está um pouco alterada.

- As duas\, saiam.

Ambas as meninas saíram do quarto, enquanto o rei sentava-se na beira da cama segurando a mão de Livia, onde tinha os arranhões, mas o rapaz afastou a mão repentinamente.

- Não\, não! Não se aproxime... ela vai me matar...

- Quem vai te matar?

- Não posso dizer... se eu disser\, você não vai acreditar... nunca acredita em mim...

- Por que não acreditaria? Você é minha esposa.

O rei passou a mão na bochecha de Livia e arrumou a mecha de cabelo atrás da orelha dela. Livia percebeu que o olhar do rei era gentil, não, deve ser apenas um engano, então olhou para o outro lado.

- Sou apenas uma ferramenta para Sua Majestade...

O rei ficou surpreso com as palavras de Livia. Apesar de terem apenas três meses de casamento, o jovem ômega sempre foi calado e tímido, era a primeira vez que o ouvia dizer algo assim.

- Você não é uma ferramenta\, é por isso que eu...

- Não... é melhor que vá... não quero morrer.

Livia agarrou o lençol e se cobriu completamente com ele, esperando que o rei fosse embora. Passaram alguns segundos e o rei optou por se retirar, mas disse às criadas que voltaria outro dia, quando ela estivesse melhor. Ambas as criadas entraram para ver como estava e Livia se descobriu rindo.

- Viram a cara da vadia? Acho que ela perdeu um ponto...

- Alteza! Não deveria ter feito isso... a senhora Rita... ela vai ficar zangada... você sabe que ela...

- Que ela tem o favor do rei\, eu sei\, mas é algo que se pode perder.

Livia estava sentada com as costas apoiadas na cabeceira e enrolando uma mecha de cabelo com o dedo enquanto sorria maliciosamente.

- Meninas\, tragam água\, quero tomar banho e sair para o jardim.

Ambas as meninas estranharam, mas logo fizeram o que a rainha pediu.

Capítulo 3

Após um banho longo e revigorante, Livian saiu para caminhar pelo jardim, acompanhado das duas donzelas, Lina e Flora; felizmente sua memória lhe indicou por onde seguir, evitando adentrar a residência do rei, que é o palácio do sol, cada lugar tem seu próprio nome, tal como o dele que é o palácio lua, enquanto o destinado às concubinas é o palácio flor.

- Ah! E o rei é a abelha!

Ele riu sozinho, embora... que flores venenosas, o verdadeiro Livian sofreu muito pelo desprezo daquelas mulheres e rapazes ômegas, um sorriso malicioso se formou em seus lábios.

- Lina\, Flora\, vamos\, visitaremos as concubinas.

- O que? Mas alteza...

- shh\, sou a rainha\, tenho o direito de impor ordem no harém.

As concubinas, tanto moças quanto rapazes ômega, estavam desfrutando de um encontro, com doces, chá, música e tratamentos de spa, quando ouvem o guarda anunciar a chegada da rainha, a primeira a se sobressaltar é Rita.

- Nossa\, que bela vida levam as concubinas\, abrir as pernas para o rei parece funcionar muito bem.

Todas reagem incomodadas com o comentário, Rita se aproxima de Livia, evidenciando ser mais alta, mas isso não a beneficia diante dele.

- Parece que você não teve o bastante\, vagabundinha.

Rita fala em quase um murmúrio, mas Livia sorri.

- Acho que quem não teve o bastante é você\, prostituta.

- Como ousa me desrespeitar? Esqueceu que sou a amante favorita do rei?

- E você esqueceu que sou a rainha\, a esposa. Daaaah!

Livia exibe a mão com o anel que a identifica como a rainha e legítima esposa do rei.

- Uma amante\, não passa de uma amante\, ainda que seja a favorita\, a esposa ainda sou eu. Portanto\, você me deve respeito.

Os presentes murmuram preocupados, pois a rainha está agindo de modo estranho e pior, está provocando a amante favorita do rei.

- Ser rainha não te dá autoridade sobre mim\, quem tem o favor do rei é quem ganha e você\, não tem nada.

- Ah\, é assim? Bom\, isso pode ser resolvido\, vamos ver quanto tempo dura o afeto do rei por você\, cadela!

Assim que disse isso, Rita levantou a mão e deu um tapa na bochecha de Livia, que caiu no chão e mordeu o próprio lábio até sangrar.

- O que está acontecendo aqui?

Rita se assusta ao ouvir a voz, pois era a do rei. Rita faz uma reverência.

- Perdoe-me\, majestade... a rainha veio...

- Vim apenas para lhe dizer que nunca mais me aproximarei de sua majestade\, mas me deixe em paz...

O rei viu o sangue escorrendo pelo canto da boca do cabelo verde.

- Que? Não é verdade\, majestade\, todas podem confirmar que a rainha veio provocar.

As outras concubinas apoiam a versão de Rita, então o rei olha para Livia com severidade.

- Livia\, você não deveria causar dis...

- Eu sabia\, não importa o que aconteça\, sua majestade não vai acreditar em mim... sempre assume que sou o culpado.

Seus olhos já se enchiam de lágrimas enquanto segurava a bochecha com a mão, as donzelas ajudam-na a se levantar.

- Eu acreditaria\, mas todas apoiam a versão da Rita...

- Então assume que é verdade apenas por isso... entendo\, majestade\, minha palavra não vale nada diante das suas amantes.

Livia derrama lágrimas e vira-se para sair correndo, seguido pelas donzelas, enquanto o rei olha para Rita com certo desagrado.

- A rainha continua sendo a rainha\, se você levantar a mão para ela novamente\, cem chibatadas te aguardam.

- Não vai acontecer novamente\, majestade... apenas fiquei tão irritado que perdi a medida...

- A rainha estará esperando suas desculpas.

Dito isso, ele caminhou em direção à saída, não ficando mais no local após o incidente, melhor buscar Livia e ouvir sua versão, pois ele parecia muito aflito. Livia chegou à parte mais profunda do jardim de seu palácio e ali, sobre a grama, rolou, segurando o estômago enquanto ria, pode ver no rosto do rei que, por causa de sua atuação, ele estava em dúvida sobre o que Rita dissera, se continuar assim, poderá colocar aquela mulher em má situação, se não conseguir levá-la à forca, ao menos fará com que seja expulsa do palácio.

- Alteza\, não deveria ter feito isso.

- Você sabe que sua alteza a favorece.

- Eu sei\, se ele gosta tanto dela\, deveria ter se casado com ela e a transformado em sua rainha\, talvez assim eu pudesse escolher um alpha melhor\, um que não precisasse compartilhar com concubinas.

- Não fale assim\, se o rei ouvir\, ficará furioso.

- Não me importo\, que ele saiba como me sinto\, estou totalmente abandonado e só acredita em suas concubinas\, só valho pelo meu sangue\, sou apenas um objeto para seu uso egoísta...

As duas donzelas se olham, tristes por saber que o garoto, que mal tem 17 anos, está predestinado a ser apenas um objeto para gerar os herdeiros do rei. Livia apenas sentou-se na grama e levou a mão ao peito, sentindo uma leve pontada, deve ser parte dos sentimentos do verdadeiro Livia, que ainda permanecem nele, deveria ter sido muito infeliz por se ver destinado a viver num lugar onde não era amado.

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