(Aviso: Historia revisada por completo.)
— Epílogo.
Em 2021 quando um grande acidente aconteceu, chocou muitos, pois, as pessoas que estavam dentro daquele carro capotado eram: Miguel Magnus e Helena Magnus, donos da maior Universidade de Superpoderes.
Por sorte, suas filhas deixadas herdaram a Universidade e começaram a administrar, porém decidiram abrir vagas para diretores fazerem esse trabalho, já que são novas de mais para esse trabalho.
Elizabeth Magnus e Cassandra Magnus, as irmãs por parte de pai, são famosas dentro da Universidade por serem opostas, porém, se entenderem muito bem.
Elizabeth, a mais nova, contém o elemento de Terra, já sua irmã, Cassandra, adquiriu o elemento de Fogo.
Quando crianças, as jovens viviam em um grande conflito familiar, pois, Elizabeth é fruto de uma traição de Miguel, logo, meia-irmã de Cassandra, mas mesmo assim não deixavam as brigas empatarem sua amizade uma com a outra.
Cassandra sempre tomou a frente em questão de defender e cuidar de sua irmã caçula, Elizabeth, por sua vez, sempre tentou sair da sombra que sua irmã causava, mas nunca foi ingrata.
Cassandra, por ser mais velha, cuida da Universidade e controla bem todos os setores, mesmo sendo perversa e as vezes (sempre) fugindo das aulas.
Elizabeth, sendo meses mais nova que sua irmã, se aventura pelo lado Obscuro dos elementos, escondendo essa sua face de todos.
Elizabeth não era bem tratada pelo pai, pois ele não esperava que uma traição fosse trazer a tona uma nova criança, que era bem diferente dele, já que ela tem cabelos ruivos e é do elemento de terra, e ele, de fogo.
A jovem nunca deixou-se abalar tanto, mas também não quer dizer que não odiou o jeito que era tratada pelos novos pais.
Miguel Magnus preferiu cuidar mais de Cassandra, pois ela é legítima de seu sangue, mas já sua madrasta, Helena Magnus, cuidava de ambas, mas com um certo nojo de Elizabeth, pelo fato de ter vindo de outra.
Elizabeth e Cassandra nunca se afastaram, tiveram suas diferenças, mas se amam como ninguém, Cassandra sabe que Elizabeth foi excluída, por isso cuida dela com muito amor e dor.
— [...]
Elizabeth está saindo do pátio após um dia de aula cansativo, finalmente indo para o campus, onde todos os alunos ficam quando saem da aula, ou quando querem ver o céu e descansar, o que ela em específico mais faz.
— Finalmente voltei para o presente… — disse exausta se sentando embaixo de uma árvore próxima e fechando os olhos.
Ela respirou fundo, sentindo todo o ar limpo e ouvindo o som das folhas das árvores batendo uma nas outras.
Ainda com os olhos fechados, ela ouviu batidas de água, não muito longe de onde estava, então abriu os olhos e procurou saber de onde vinha, vendo que há uma menina de cabelo escuro e grande, de pele clara treinando com a água, embaixo da árvore perto do lago.
Elizabeth ficou indiferente a ela, então apenas ignorou e fico deitada no chão, porém, ainda depois de alguns minutos abriu meus olhos e viu que já eram doze horas, a próxima aula.
A aula seria de reencarnação, onde os alunos voltariam ao passado e enfrentariam seus maiores medos e dificuldades para conseguir a "Marca".
Elizabeth nunca se deu bem nessas aulas, e ela sabe bem o motivo, por isso ainda estuda coisas Obscuras, pois está esperando o momento certo de retirar seu monstro de dentro de si.
A garota se levantou e foi em direção ao Pátio Principal, onde as aulas que juntam alunos de várias séries vão para uma aula especial, que hoje será Aula Compartilhada.
Chegando no Pátio Principal, Elizabeth vê que está rodeado de professores e outro alunos, inclusive a Madame Brulett, a diretora geral.
Leonor, a garota que Elizabeth havia visto treinando com a água do lado, também chega no Pátio, logo suspirando sem interesse e indo se "esconder" no canto, porém, logo sendo interrompida por uma professora.
— Senhorita, Zaichir? — chamou a atenção.
— Sim, Professora? — falou do seu jeito, vago e sem interesse.
— Aula. Levante-se. — disse de forma autoritária.
Alguns alunos riem de Leonor ao fundo, mas outra professora usa a magia de silêncio enquanto a professora chama a atenção de Leonor.
— chata… — Leonor sussurrou para ela mesma.
A garota se levantou e foi a sua posição adequada.
— Eu ouço tudo, Leonor. Melhore. — já irritada, Lurdes, a professora, volta também a sua postura normal.
Os alunos ficam em completo silêncio e então outra de cargo acima começa a falar, a Madame Brulett, diretora geral.
— Na Aula Compartilhada de hoje, iniciarei com retrocesso espiritual. — sorriu animada e vai para os outros professores que estão atrás dela, pegando potes de poção, distribuindo entre todos os alunos. — Lembrando que hoje será a última Aula Compartilhada para quem fez dezoito anos.
Os outros bebem a poção, mas Elizabeth olha para o pote e nega.
— Não me diga que será aquilo de novo… — disse angustiada sabendo da sua fraqueza ao voltar no passado.
— Beba… será a última vez! — aconselhou Lurdes.
Elizabeth tem dezessete anos, então aceitou e bebeu, esperando as palavras-chave da maior.
Leonor, por sua vez, bebe a poção sem se preocupar, e resmunga quando percebe o gosto amargo.
— urg.. — efetuou uma cara de nojo.
Lurdes começou com as palavras-chave.
— Voltem ao passado e matem que lhes matou! — o Pátio por ser grande ecoou a voz da mentora, fazendo arrepiar os alunos e os demais.
Após realizar a magia, todos que beberam a poção foram levados a sua noite ou dia de morte.
— [...]
Voltando a noite de lua cheia, Elizabeth consegue sentir o calor e o odor do fogo queimando a sua pele.
Ao abrir seus olhos, ela vê tudo: eles, os humanos, esses que a queimaram e que lhe disseram ser uma Bruxa.
— VOCÊS IRAM QUEIMAR NO INFERNO! — gritou agoniada e furiosa, sentindo seus movimentos estão completamente bloqueados pelas cordas que lhe amarram.
Apesar de suas mãos estarem amarradas com as cordas grossas, não lhe impedem de conseguir criar uma parte grossa de terra sobre seu corpo para não se queimar.
Mesmo fraca e com queimaduras graves nas pernas, ela consigue fazer o que é necessário, não tão bem realizado, mas necessário.
Ao verem que Elizabeth, a "bruxa" que eles amarraram numa estaca, estava fazendo um feitiço sem usar as mãos, os gritos comecaram a se alastrar.
A "bruxa" que eles tinham ali, era mais do que imaginavam, não as possíveis bruxas que haviam queimado antes.
Tentando ainda criar uma barreira que lhe cobrisse por inteira, em poucos segundos Elizabeth vê uma flecha atravessando seu peito, fazendo-a se quebrar em pedacos.
Isso não é o real, mas não a impede de sentir a dor sufocante que é ter uma flecha em seu peito, atravessando seu corpo, rasgando sua pele.
— Se eu estivesse ainda naquele tempo, tudo teria acabado por aqui e eles teriam vencido, mas não… eu voltei, e não perderei. — ela disse para ela mesma, de voz baixa.
Elizabeth começa a sentir o calor das chamas, que vão aumentando de pouco a pouco, ainda queimando sua pele, mas de repente o fogo apaga e ela cria uma barreira em seus pés para conseguir se sustentar em pé, se soltando das amarras.
Os gritos eufóricos de todos é um escândalo, todos começam a jogar pedras, de variados tamanhos, que não conseguem acertar o alvo.
— VOCÊS VÃO QUEIMAR NO MEU INFERNO! — Elizabeth berrou, disse com todas as suas forças, retirando toda a sua ira criando um tornado de pedras em seu redor. — Magnus é o meu sobrenome. — ela direcionou os tornados ao meio da multidão, matando todos ali mesmo.
O local era um penhasco, após a queimarem iriam lhe jogar de lá, porém dessa vez Elizabeth conseguiu vencer a sua noite de sangue, conseguindo a sua Marca.
— Acordem! — a voz da Madame clareou a mente de Elizabeth, fazendo-a voltar à realidade.
“Isso parece hipnose.” Ela pensou após acordar por poucos segundos e de repente suas pernas ficarem fracas e ela cair no chão.
Elizabeth Magnus cai no chão atordoada, enquanto os alunos ainda estão voltando a realidade.
Seu corpo está petrificado, até que de repente alguns espasmos começam a aparecer, seu corpo se treme por inteiro, até que uma professora se aproxima e diz a Magia de Controle sobre seu corpo.
— Voltará ao normal e a pessoa de antes retornará!
– Irmãs Magnus.
Cassandra não consegue pensar em algo melhor para se definir, além de fogo e dor, ela adora se aventurar em lugares diferentes, se inturmar em uma briga e causar uma queimadura nas pessoas para deixar sua marca.
Aos auges dos seus dezessete anos, ela se sente segura com seus poderes nas mãos, o calor do seu corpo em contato com as chamas lhe faz bem, lhe liberta.
Cassandra tem um temperamento alto, assim como seu elemento, poucas vezes ela evita confusão, mas mesmo assim é uma boa pessoa.
– [...]
Ainda no mesmo dia, antes de Elizabeth ter sua Aula Compartilhada, Cassandra entra pelo portão da Universidade e corre rapidamente para dentro, indo diretamente até um de seus enormes corredores, subindo as escadas e ficando por lá.
— Vamos ver a aula de hoje...— disse ela se sentando no corredor que dá visão para o Pátio, onde estava começando a aula.
Após os alunos e professores se ajuntarem no Pátio, Cassandra foca em sua irmã e sorri.
As Magnus são muito atenciosas uma nas outras, ver o sorriso no rosto de uma é satisfatório para outra.
A aula foi se passando até que chegou ao fim, Elizabeth de repente cai ao chão enquanto os outros ainda estão acordando do feitiço, Cassandra vendo tudo aquilo desceu as escadas rapidamente e se juntou a irmã, ajudando aa professoras a levarem Elizabeth à enfermeira da Universidade.
Elizabeth, ainda desacordada por motivos desconhecidos, começou a mexer as pontas dos dedos e resmungar.
— hnm... — resmungou virando o rosto.
— Elizabeth? Você tá bem? — Cassandra disse rapidamente após ver que a irmã acordou.
— Oi? — a garota disse de olhos fechados, pouco a pouco abrindo. — Kathryn?
— Não, Elizabeth, sou eu, Cassandra. — ela pegou na mão da irmã.
— Cassandra... — ela sorriu e piscou algumas vezes, se acostumando acostumando com a luz do cômodo. — o que aconteceu?
— Você de repente caiu na Aula Compartilhada e a gente te trouxe pra cá. Você se sente bem? — perguntou preocupada.
— Sim... eu acho. — deu um sorriso desajeitado.
— Bom, eu preciso arrumar algumas coisas, você pode sair quando se sentir melhor, tá bom? — deu um beijo na testa da irmã.
— Tudo bem. Obrigada Cass. — ela agradeceu e esperou sua irmã sair.
"Será que dessa vez estou livre?"
Elizabeth pensou exausta e pôs a mão na testa, sentindo-se bem, logo respirando fundo e se sentando na cama, sentindo a temperatura gelada do chão nos seus pés.
– [...]
Sem querer ir para o quarto, Elizabeth chega na biblioteca e pede um livro à bibliotecária:
— Me passe o livro de Terra e o Fogo, por favor? — disse para a bibliotecária que vive dormindo por causa da poção do sono que Elizabeth lhe deu.
Após pegar o livro, ela o abriu e foi lendo antes de chegar na mesa, lendo ele por um bom período de tempo.
Mesmo após ler muito, Elizabeth ainda se sente confusa sobre seus poderes, ela não se acha o suficiente por ser de Terra, e também pelos traumas de infância, que seus pais lhe causaram.
Elizabeth se compara muito com sua irmã, por ela ser corajosa e forte, e principalmente pelo Fogo, o poder que Elizabeth mais inveja.
Olhando para o nada, a garota avista pernas entrando na biblioteca.
— hum? — resmungou.
Focando na pessoa, ela percebe ser uma menina, que nunca esteve na Universidade, e que olha todas as estantes com livros como se fossem uma coisa de outro mundo, começando a andar entre as fileiras.
Elizabeth se levanta rindo e vai na direção da garota, abandonando seu livro.
— Olá? — ela disse para a garota, que se vira em sua direção assustada.
— Ah! Olá, prazer me chamo Angel Sampaio, sou nova aqui! — sorriu animada. — Tudo bem? — ela deu um sorriso largo e bonito.
— Sim, e com você? — Elizabeth retribuiu a simpatia.
Analisando-a, a garota percebe que não há nada na mãos de Angel.
— Você veio ler?
— Acredito ser por isso que vim até aqui, talvez eu devesse pegar algo… — olhou para os livros confusa do que pegar. — Me recomenda algo relacionado as lendas?
— Claro! — disse gentil e pensou no primeiro livro que veio à mente. — O que acha de “A lenda do século passado”? — Elizabeth a levou para a próxima fileira de livros e o pegou, entregando para a novata. — Quem sabe você me vê dentro desse livro? — a Magnus riu fraco.
— Obrigada, mas, como assim? — perguntou confusa.
— A muitos anos atrás, eu fui uma Bruxa, quem sabe eu esteja aí? — explicou.
— Ah... — ficou surpresa. — entendi...
— Você quer ler agora, ou aproveitar para conhecer seu quarto e o resto? — se referiu ao resto da Universidade.
— Se não for um incômodo me levar até lá, ficaria grata — sorriu.
— Venha. — Elizabeth saiu na frente.
Elas saem da biblioteca e começam a conversar pelos corredores.
— Você tem quantos anos? — a Magnus perguntou.
— Dezesseis, faço dezessete daqui a algumas luas, e você?
— Dezessete, já tenho a minha marca. — disse em ar de superioridade, mas sendo gentil.
— Como foi? Sabe, pra conseguir sua marca? — perguntou atenciosa.
— Foi um ritual… — ela riu irônica enquanto a mais nova a olha confusa. — Não se preocupe, estou brincando, mas tive que passar por todas as minhas gerações anteriores e conseguir pegar minha reencarnação mais marcante, foi legal… — olhou melancólica para o lado. — Gostaria de saber realmente como consegui a minha marca?
— Bom, se possível sim. — sorriu.
— Eu era uma Bruxa, e na aula compartilhada tive que ver aquela noite de novo — levantou a cabeça enquanto ainda anda. — Sinceramente, gostaria de ter os poderes do fogo, mas as reencarnações não ficaram do meu lado. — riu de suas palavras.
— Que legal! E o que mais?
— Fui queimada viva pelos humanos, tentei me soltar de primeira, mas… eu estava muito queimada, eu queria viver, mas não pude.
— Ah... Sinto muito, mas acho que fiquei traumatizada! — riu simpática. — Obrigada por compartilhar suas memórias comigo. — elas sorriem uma para a outra.
— Você ta preparada pra sua reencarnação? — pergunto.
— Sim e não, tenho medo, mas acredito que conseguirei.— sorriu confiante.
— Essa é a minha marca. — Elizabeth levantou a manga de sua blusa no lado direito e mostrou uma lua com símbolos em espiral. — Ela significa a minha noite, a minha noite de dor na Lua Cheia.
— Uau! — ela olha com os olhos brilhando, deveras é bem bonita.
— [...]
Contudo, todo esse tempo onde Elizabeth apresentou a escola a Angel, elas se despedem e a Magnus foi para quarto tomar uma ducha.
Ao chegar no quarto, Elizabeth vai direto ao banheiro, sem se preocupar onde sua irmã está.
Depois de alguns minutos, Elizabeth termina seu banho e escuta uma voz:
— Ruivinha, não pode se esconder de mim… — Cassandra cantarolou pelo quarto, procurando a irmã. — Porque não faz que nem nos velhos tempos, hum? — ela efetuou uma pequena chama em suas mãos. — Elizabeth? Cade você… — disse maligna.
Elizabeth, no banheiro escutando tudo, penteado seu cabelo e rindo, abre a porta e olha para a irmã.
O cheiro da fumaça se estende pelo quarto
— Cuidado para não queimar o quarto, Cassandra. — se escorou na parede e sorriu irônica.
— Até parece que não gosta desse cheiro.
Cassandra gosta de provocar qualquer um com suas falas e jeitos de agir com o fogo.
— Hum? Não, eu não gosto. — disse sarcástica.
Cassandra sorri e chega perto de Elizabeth, assoprando a pequena chama, deixando a fumaça subir.
— O que faz trancafiada neste quarto patético? — olhou a irmã de cima a baixo sorrindo impuramente.
— Não seja assim Cassandra, você já foi melhor! — ela riu de suas caras e bocas. — Eu apenas estava lavando o cabelo, não vê? — aponto-lhe para ele que está molhado.
— Olha só! Aprendeu voltar a se cuidar, essa é a minha Elizabeth! Cansou de ler esses livros bobos? — sentou-se na sua cama.
— Às vezes é bom cuidar do cabelo, ele não é liso como seu! — brincou. — E respondendo sua pergunta, eu apenas estudo muito, Cassandra. — falou alto e com ênfase quando anunciou seu nome.
— Estudar é chato quando se pode praticar! — disse criando novamente chamas em suas mãos.
— E você? O que fazia, antes de vir? — a mais nova perguntou.
— Treinando meu incêndio, mas tem algo de errado… — disse com um tom falso de melancolia.
— Cassandra, se eu pudesse ler pensamentos, adoraria saber o que passa na sua cabeça! — riu e terminou de arrumar o cabelo.
— Se soubesse não estaria aqui.
— Ei! Eu te odeio, mas não é pra tanto! — riu nervosa. — Só ia botar fogo nessa sua roupa ridícula! — disse sincera. — Nenhuma fofoca sobre as garotas novas?
— Tem a Leonor, ela é seca e ainda enfrentou a professora… Coragem! — riu lembrando das atitudes e pensa nos outros. — A Angel, ela é legal, e eu acho que só conheci esses. Sabe que depois que a diretora-geral entrou, a gente não pode mais ver os documentos.
— Sim, infelizmente, mas como a Leonor foi na aula?
— Impressionantemente bem, eu acho. Não sei nada sobre ela, apenas que é da Água, um ponto fraco para você! — ela piscou para a irmã. — Aliás, não quer treinar comigo? Estou sedenta de calor hoje, principalmente nesse frio…
Cassandra sorri animada e se levanta da cama nos pulos, ela adora ouvir isso.
— Vamos descer? Quero ver suas habilidades. — disse Cassandra.
Elizabeth riu e se levantou, dirigindo-se até a porta, abrindo-a e esperando a irmã passar.
Assim que Cassandra passa, as duas seguem juntas até o Campo de Treinamento, onde os alunos ficam quando tem aulas específicas de lutas.
Chegando lá, as duas se posicionam como sempre, uma em frente à outra e dizem o de sempre:
— Pronta? — Cassandra diz e esquenta as mãos. — Machucar ou pegar leve com a realeza?
Elizabeth riu.
— A realeza quer ser machucada, não tenho meus bonecos agora. — se referiu aos soldados.
– Roubo.
O Campo de Treinamento é aberto e cheio de flores, juntos de alguns bonecos de ferro, para fogo e entre outras coisas que não servem a Elizabeth e a Cassandra, mas sim aos outros alunos.
— Sabia que estou procurando o livro? — Elizabeth diz enquanto começou a sugar a terra para as suas mãos.
— Qual motivo de pensar sempre nisso? E, porque está procurando o tesouro? — Cassandra, por sua vez, continua soltando falhadas faíscas pela mão por não conseguir se concentrar muito bem.
— Quero poder, Cassandra, evoluir! — continuou a puxar terra. — Você é forte, não precisa estudar, né? — provocou.
As duas começam a se afastar uma da outra, fazendo com que, agora, para se comunicarem, usem apenas suas habilidades.
Elas ainda continuam uma de frente com a outra.
— Ficando trancafiada naquele quarto? Mamãe sempre te criou do jeito errado! — as suas chamas começam a aparecer. — Papai ensinou-me a ser forte, e não fraca como você Liz. — Elizabeth sentiu o tom de voz de Cassandra mudar.
Cassandra, mesmo respeitando sua irmã, gosta de causar provocações, e não se importando sempre se caso fale algo tóxico.
— Cassandra, “mamãe e papai” nunca nem me amaram, e eu que não quero lutar com a natureza, ela é o que me dá força, eu só preciso de alguém, e esse “alguém” é você! — deu um sorriso de convencida e arrumou a sua postura, puxando a terra pelos meus pés, onde ela percorre o seu corpo, lhe consumindo.
— Isso é a atualidade Elizabeth! O mundo não é mais dos espertos e sim dos que sabem lutar.
— Eu não preciso de frases bonitas, eu SEI o que devo fazer! — reclamou.
Criando pedaços de pedra com a terra que acumulou, Elizabeth as deixa flutuando, concentrando-as abaixo de seu joelho, apenas para defesa.
— É verdade, sabe que tem que lutar, não é? Você é a força maior! — debochou e criou um círculo de fogo em sua volta. — Pode começar você dessa vez. Não queria se esquentar? — sorriu maliciosa, fazendo com que as chamas dobrassem de tamanho.
— Isso é música para meus ouvidos. — disse Elizabeth, sorrindo de canto de boca.
As pedras pequenas que estavam em volta das pernas de Elizabeth, dobram de tamanho, criando barreira de pedras grossas e fortes em seu redor.
— Hoje será sua noite de banho, Cass.
De repente, a garota arremessa metade das pedras em sua irmã, ela quer descontar a raiva que sente, porém a única que se disponibiliza para isso, é sua irmã.
Cassandra recebe pedradas, mas boa parte delas são desfeitas com o fogo, então ela criou esferas pequenas e arremessou em sua irmã, que bloqueou boa parte com um escudo de terra.
O Campo de Treinamento começa a ficar escuro, a noite está chegando e o clima começa a esquentar, o calor das chamas de Cassandra esquentam bem o local.
As partículas de terra sobem, fazendo com que tudo seja coberto por poeira.
Cassandra chega perto da irmã e começa a quebrar com dificuldade a barreira de Elizabeth, fazendo um pequeno buraco pela barreira e sorrateiramente ela joga o calor, acertando o colo de Elizabeth.
Elizabeth gemeu de dor e sua barreira se desfez.
— Já começou a treinar os feitiços da Madame Brulett? — disse Cassandra, ofegante e afastando-se.
— O quê? — a garota ficou com dificuldade para ouvir, pois, o ataque a feriu.
Elizabeth também se afasta, porém, jogando pedras pontudas e finas, um ataque surpresa, pedras envenenadas.
As mesmas se mostram com a perda de velocidade, e Cassandra se protege com o braço, realizando nele pequenos arranhões.
— Madame Brulett apareceu no nosso dormitório ontem passando alguns feitiços para os nossos Elementos. — disse Cassandra.
— Não seja patética! A Madame Brulett está nos ensinando coisas que já sabemos fazer! — a mais nova se preparou para fazer a sua pose.
Elizabeth colocou uma de suas mãos no chão e um pé para trás, procurando equilíbrio e ar, o que ainda parece faltar.
A fumaça e a poeira não ajudam muito no seu caso, a sua respiração ofegante piora quando o oxigênio parece queimar com as habilidades da sua irmã.
Elizabeth, aproveitando o seu momento de vulnerabilidade, ela sabe do ataque que a sua irmã irá fazer, então absorveu terra para fazer a sua Camada Protetora.
Cassandra, como disse antes, aproveitou o “sinal” correu até a sua irmã, puxando-a para trás colocando a mão quente no seu colo novamente, parece que a intenção era realmente de perfurá-la.
Porém, em instantes, Elizabeth se desfaz e ataca Cassandra pelas costas, as pequenas partículas de terra se juntam, criando assim, uma forca no pescoço de Cassandra, que por alguns segundos já se foi o suficiente para lhe retirar o fôlego.
Beth percebe que o braço, em que a outra Magnus defendeu o seu ataque antes, está a ficar envenenado, como esperado, criando bolhas e feridas.
Cassandra percebe e começou a gritar de dor, dando a chance de sua irmã ataca-la sem dó.
Com as pedras e a terra acumulada, Elizabeth prende Cassandra e a cura com a terra, porém ainda a prendendo.
— Obrigada, mas não precisa ter dó! — reclamou Cassandra.
Elizabeth olha para seus próprios machucados e diz:
— Pelo menos penso em você! — usou a cura de terra nos seus ferimentos próprios.
Cassandra não hesita e cede.
– [...]
Elas ficam ali por um tempo, descansando e conversando sobre inúmeras coisas, fazia tempo que elas não tinham essa conversa e descanso juntas, por mais que fosse brigando ou conversando normalmente.
Elizabeth sentiu falta da irmã, mas o cargo dela é muito maior que o seu no Colégio, causando assim uma distância mínima, mas que para Elizabeth é o bastante para se sentir sozinha.
Beth sabe que não irá conseguir usufruir do patrimônio deixado pelo pai, então ela faz descaso disso.
— [...]
As duas se levantam e vão diretamente para seu quarto, já no amanhecer.
— Entrou mais alguém com Elemento de Terra, ou ouvi errado? — disse Cassandra.
— Pelo que andam espalhando é ele, e é bonito, se é de seu interesse — respondeu cansada.
Ela sorriu boba e caminharam para dentro do Colégio, chegando na parte do corredor.
— Aliás, sua vida amorosa vai como, depois do último fiasco? — disse de forma irônica, se referindo ao ex de Elizabeth.
— Calma Cassandra, eu não me envolvo em relacionamento nenhum depois que enterrei o coitado vivo. — rio alto — Aliás… bons momentos!
Elizabeth abre a porta do quarto, já indo numa estante onde deveria ter um livro específico, mas ela percebe que ele não esta mais no lugar que havia deixado.
— Quem entrou aqui? — disse preocupada.
— Eu não sei, o que aconteceu? — Cassandra perguntou.
— Meu livro não está aqui! — reclamou ficando ofegante.
Cassandra correu para o banheiro, achando que alguém poderia estar lá, mas não há ninguém, ela olha pra Beth em um jeito de: “Ninguém está aqui.”
A garota começa a se desesperar.
— Meus estudos… — omitiu.
Suas mãos soam frio e coisa vêm em sua mente.
"Roubaram o livro!?"
"Agora ela vai voltar mais forte!"
"Kathryn não pode voltar!"
— Não tem ninguém aqui, Elizabeth, como estão os seus outros livros? — Cassandra abraçou sua irma, tentando lhe acalmar. — Relaxa, ninguém fez mal.
“Relaxa, ninguém fez mal”
Isso percorre a mente da garota.
— Ainda não fez, não é? — ela aceita o abraço e retribui.
Ela se afasta e pega rapidamente roupas roupas para um banho.
— O que tinha nos livros? — perguntou Cassandra.
— Eu não direi, mas uma destruição acontecerá se eu não encontrar. — disse baixo o suficiente para sussurrar.
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