— Amor, eu estou tentando fazer tudo por você, por favor, me entenda.
— Fazer de tudo por mim? Você não faz nada para me agradar!
— Amor, eu tenho estado cansada, e agora isso... Por favor, vamos conversar.
— Cansada? Você está sempre cansada, Elisa! A gente não transa faz um mês.
— Amor, por favor, me desculpe. Amanhã vou procurar um emprego e vou começar a ser uma esposa melhor, eu prometo!
— Esposa melhor?! Você não cansa de mentir? Já me diz isso há uma semana!
...
Bom, essa foi uma pequena parte da briga com o meu marido e uma pequena parte do dia em que a minha vida mudou completamente...
...
Acordo às 4h30 da manhã e meu marido ainda está dormindo. Logo me levanto, pois preciso estar no trabalho às 6h30 e odeio atrasos. Sabe, ultimamente eu não tenho tido tempo para fazer sexo com meu marido. Estou muito ocupada no trabalho, e mesmo assim faço as coisas em casa, mas ele não entende.
Pensando nessas coisas, fui para o meu banho e, logo que saí, coloquei uma saia reta com uma blusa social branca e, para completar, um blazer e um salto de ponta fina de 10 centímetros.
Depois de 35 minutos me maquiando, passando perfume, colocando a roupa etc., fui preparar o café. Eu sempre deixo o café pronto para meu marido quando ele acorda. Porém, enquanto preparava o café, meu chefe me ligou.
— Elisa, venha para a empresa agora.
— Chefe? Bom dia! Aconteceu alguma coisa?
— Apareceu uma reunião de emergência. Parece que alguém estava roubando dinheiro da empresa. O dono quer dar uma palavra.
— Meu Deus! Claro, já estou indo.
Peguei minha bolsa e, sem ter feito o café, saí correndo para o carro.
(Meu carro é um Porsche 718 Cayman.)
Cheguei ao trabalho alguns minutos depois, e meu chefe já foi me chamando para a reunião.
— Oi, chefe, cheguei o mais rápido que pude.
— Tudo bem. Vamos correndo para a sala de reuniões. O dono está muito irritado.
— Mas roubaram muito dinheiro, senhor? Já tem alguma ideia de quem foi?
— Foi mais ou menos 30 mil reais, mas o resto das informações eu não poderei passar.
Fizemos o restante do caminho em silêncio e, quando chegamos à sala, eu estava um pouco cansada por termos andado rápido. Antes de entrar, dou bom dia e percebo que todos estão me encarando (como se já tivessem falado algumas coisas). Fico quieta e me sento.
— Bom dia. Imagino que já saibam por que estão aqui, então deixarei o dono falar com vocês.
— Bom dia. Vou ser direto. Vocês sabem que um de nossos funcionários roubou 30 mil reais da empresa. Temos uma ideia de quem seja, mas quero ouvir de vocês. Então, me digam quem foi, e resolveremos o resto.
— Chefe, eu desconfio da Elisa. Ela anda muito estranha ultimamente e não tem feito o trabalho direito.
— Eu? Mas eu não fiz isso! Por que faria? E outra, se eu fizer o meu trabalho de qualquer jeito, vou ser demitida!
— Eu concordo, senhor. A Elisa está muito estranha ultimamente.
— Senhor, sou suspeito de falar, mas a Elisa tem saído mais tarde e está meio diferente.
— Eu não fiz nada!
— Elisa, se acalme. Já percebemos que todos estão de acordo.
(Nessa hora, todos disseram que sim.)
— Senhor, eu não fiz nada!
— Senhora Elisa, se acalme.
— Como me acalmar? Estão todos me culpando sem eu ter feito nada!
— Senhora Elisa!
— Eu não fiz nada!
— Já estávamos conversando sobre a senhora antes, então, por favor, colabore.
— Eu não vou embora!
— Saia da minha sala de reuniões agora! Você está demitida, pois com essas atitudes já deixa claro quem foi.
— Isso não é justo! Eu não fiz porra nenhuma!
— Seguranças!
— Sim, senhor!
— Tirem a Elisa daqui.
— Eu não fiz nada! O chefe sabe! Senhor, me ajuda!
— Elisa, me desculpa, mas todos perceberam que você tem estado estranha.
— Senhora Elisa, você terá que pagar todo o dinheiro roubado. Agora tirem-na da minha sala.
Os seguranças me colocaram para fora e me acompanharam até o RH. Eu só conseguia pensar no porquê de estarem dizendo que fui eu. Realmente, eu estava estranha, mas estou cheia de problemas em casa e meu marido não me ajuda...
Depois que peguei minhas coisas, fui para casa pensando em como seria quando eu chegasse e o inferno que seria quando meu marido descobrisse.
Chegando em casa, não consegui fazer nada. Percebi que meu marido tinha sujado tudo (ah, por que não fiz o café? Seria mais fácil). Não tive ânimo para limpar. Fui tomar um banho de banheira com espumas e pétalas de rosa.
Depois de um tempo, enquanto tomava banho, ouvi uma voz.
— MAS QUE PORRA É ESSA?!
Pronto, pensei. Ele tinha que não ter trabalhado hoje...
Saí do banheiro com meu roupão e fui para a cozinha, onde estava meu marido.
— Oi, amor...
— QUE CARALHO É ESSE, ELISA?
— Vida, eu posso explicar...
— EXPLICAR O QUÊ? POR QUE VOCÊ NÃO ARRUMOU NADA? E OUTRA: POR QUE ESTÁ EM CASA A ESSA HORA?
— Eu fui demitida, amor.
— DEMITIDA?!
— Sim. Acharam que eu estava roubando e me demitiram.
— NEM PARA SE DEFENDER VOCÊ SERVE? COMO VOU SUSTENTAR TUDO SOZINHO?
— Amor, me perdoa. Não foi culpa minha, eu tentei...
— VOCÊ PODIA PELO MENOS ARRUMAR A CASA, POIS AGORA É UMA VAGABUNDA!
— Amor, eu estou tentando fazer tudo por você, por favor, me entenda.
— Fazer de tudo por mim? Você não faz nada para me agradar!
— Amor, eu tenho estado cansada, e agora isso... Por favor, vamos conversar.
— Cansada? Você está sempre cansada, Elisa! A gente não transa faz um mês!
— Amor, por favor, me desculpe. Amanhã vou procurar um emprego e vou começar a ser uma esposa melhor, eu prometo!
— Esposa melhor?! Você não cansa de mentir? Já me diz isso há uma semana!
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, senti uma força brutal no meu rosto e, em seguida, uma ardência insuportável.
— ISSO É PARA VOCÊ APRENDER!
_Comecei a chorar com as palavras e a atitude dele._
— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?
— CALA A BOCA! — disse ele, puxando meu cabelo.
Com um tom mais baixo, mas ainda ameaçador, ele continuou:
— Já que você não vai fazer as coisas por bem, vai ser por mal.
Foi então que percebi que não estava mais com meu roupão. E, quando olhei para ele, vi que ele já não estava mais com a calça.
— Amor, eu não quero fazer isso agora!
— CALA A BOCA! — ele gritou, me dando mais um tapa. — Eu quero, e agora vai ser do meu jeito.
— Amor, por favor, não faz isso!
Antes mesmo de eu conseguir reagir, senti seu pênis forçando entrada em mim. Ele estava bruto, mais que o normal.
— Amor, por favor, tá machucando!
Ele me puxou pelo cabelo com violência.
— Elisa, eu farei o que eu bem entender com você.
— Amor, você tá indo muito rápido!
— Fique quieta! — ele gritou, me batendo com ainda mais força.
Meu Deus, por que isso estava acontecendo? Eu sei que ele é meu marido, mas eu não queria. Ele estava me machucando.
— Vou gozar — ele murmurou.
Nem um minuto depois, ele gozou dentro de mim. Eu estava mal, dolorida e ainda em choque com o que havia acabado de acontecer.
Logo depois, ele me jogou no sofá e foi para o banheiro sem nem olhar para mim.
_Não dá. Eu não vou ficar aqui nem mais um dia._
Enquanto ele tomava banho, peguei algumas roupas e o dinheiro que eu mantinha escondido. Assim que terminei de arrumar minha mala e uma bolsa, escondi-as. Não fazia questão das bolsas caras, então deixei tudo para trás. Depois, fui para a cozinha preparar o jantar.
— Oi, você já fez o jantar? — ele perguntou ao sair do banho.
— Sim, espero que goste.
— Eu duvido muito.
— Desculpe se não for do teu agrado. Venha, sente-se para comer.
Com um pouco de medo, observei ele colocar a primeira garfada na boca. Meu rosto e corpo ainda estavam marcados, e a dor na cabeça não passava.
— QUE MERDA DE COMIDA!
— Amor, como assim? Eu sempre faço isso...
— Hoje não está bom!
Ele me deu outro tapa no rosto.
— Amor, por favor...
— Cala a boca!
Ele me bateu mais uma vez.
— Da próxima vez, faça uma comida decente. Agora vou dormir, perdi o apetite.
Vi ele sair, e tudo que eu consegui fazer foi chorar. Eu estava exausta, com o corpo inteiro doendo.
Mais tarde, quando ele pegou no sono, peguei minhas coisas e saí correndo, sem deixar bilhete ou qualquer aviso. Deixei tudo para trás, inclusive o carro. Chamei um táxi e fui para um hotel longe de casa.
— Olá, boa noite.
— Boa noite. Gostaria de um quarto.
— Senhora, sinto muito, mas estamos sem quartos disponíveis.
— Moça, por favor... Eu não tenho onde ficar esta noite.
— Desculpe, senhora, mas não posso ajudá-la.
Saí de lá chorando e sentei em um banco quase em frente ao hotel.
_Como isso foi acontecer? Por que comigo? Sempre fiz de tudo, sempre fui boa... Como minha vida virou de cabeça para baixo do nada?_
Enquanto pensava no que fazer, comecei a me sentir fraca. Não tinha comido direito e passei por coisas demais em um único dia. Quando estava prestes a desmaiar, senti alguém me segurar. Ao olhar para o lado, vi um homem alto, com cerca de 1,87m. Seus olhos eram azuis como uma piscina, ameaçadores. Ele tinha um corpo forte, musculoso na medida certa, e seus cabelos eram pretos como a noite.
— A senhora está bem?
Quase desmaiando, consegui responder:
— Não... Meu marido...
— Seu marido, senhora? O que ele fez com você?
— Ele... Ele me bateu.
— A senhora pode me dizer o seu nome?
— Elisa...
Nesse momento, tudo ficou escuro. A última coisa que lembro é de ter desmaiado.
Quando acordei [...]
**Visão número dois**
— Essa noite foi incrível.
— Não dei permissão para falar.
— ...
— Pode se retirar do meu quarto.
— Sim, senhor.
Essas mulheres acham que quero algo sério, mas nenhuma delas realmente me interessa de verdade. Quero uma mulher diferente, uma que não seja igual a essas putas. _penso._
Enquanto eu refletia, tomei uma ducha para começar o dia. Como herdei a máfia do meu pai, tenho que começar cedo.
Após o banho, coloquei um terno preto. Completei o visual com uma gravata vinho e um sapato social preto de sola vermelha. Depois de me arrumar, fui tomar café. Minhas empregadas fazem exatamente o que gosto todas as manhãs: café expresso com pão de queijo. Sim, é um café simples, mas muito saboroso.
Depois de comer, peguei meu carro — um Bugatti La Voiture Noire — e fui para o escritório.
— Bom dia, senhor.
— Bom dia.
— Vamos? Já estão todos te aguardando.
— Ótimo, odeio atrasos.
Caminhei em direção à sala de reuniões e, ao me aproximar, escutei gritos:
— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO!
— EU FIZ PORQUE FOI PRECISO!
— SEM A PERMISSÃO DO CHEFE?
— EU NÃO TÔ NEM AÍ PARA ELE!
— VOCÊ TÁ ENTENDENDO QUE ESTAMOS FUDIDOS?
— FODA-SE, EU NÃO ME IMPORTO COM ESSE CARALHO!
Imediatamente, abri a porta e entrei na sala.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?
— CHEFE!
— SENHOR!
— ANDA, ME EXPLIQUEM!
— Senhor, esse imbecil matou um segurança da máfia rival e agora querem falar com o senhor.
— SENHOR, EU POSSO EXPLICAR!
— CALA A BOCA!
Chamei dois seguranças e mandei que levassem o idiota para uma das salas secretas.
— Pronto, a primeira parte já foi resolvida.
— Senhor, perdoe-me. Se eu soubesse, teria impedido.
— Quieto. Explique o que aconteceu durante a reunião.
— Sim, senhor.
Tivemos a reunião e ele me explicou por que aquele imbecil agiu daquele jeito. Falamos sobre dinheiro, empresas e tudo o que envolvia minha máfia. Quando todos os funcionários saíram, exceto Charles — meu assistente e uma das poucas pessoas em quem confio —, abordamos um assunto que me incomoda.
— Senhor, agora que falamos dos assuntos principais e todos já se foram, me diga: o senhor já encontrou sua noiva?
— Ainda não, Charles.
— O senhor precisa encontrar alguém.
— Eu sei, mas não quero qualquer uma.
— Entendo, senhor, mas espero que encontre logo.
— Eu também.
Depois que terminamos os últimos assuntos, fui para a sala onde meus seguranças tinham deixado o homem.
— Senhor!
— Oi, Patrick.
— Senhor, por favor, me perdoa!
— CALA A BOCA.
— VOCÊ ESTÁ SATISFEITO? AGORA TENHO QUE IR ATÉ A MÁFIA RIVAL RESOLVER O PROBLEMA QUE VOCÊ CRIOU.
— FOI PRECISO!
— EU NÃO DEIXEI VOCÊ FALAR! NÃO SE ARREPENDE?
— NÃO. Eu não me arrependo de porra nenhuma.
— PUTA QUE PARIU! VOCÊ SÓ FAZ E DIZ MERDA!
— SE PENSA ASSIM, ME MATA LOGO.
— É isso que você quer? Ok, então. _Puxei minha arma._ Vou fazer como deseja.
— NÃO! ESP...
Antes que ele pudesse terminar, atirei em seu peito.
— Seguranças, deem um jeito no corpo.
Saí dali e fui jantar no meu restaurante cinco estrelas favorito. Como sempre, uma mulher se aproximou.
— Oi, senhor. No que posso ajudar?
— Boa noite. Quero lagosta grelhada e vinho branco Moscato Giallo Santa Augusta.
— Só isso, senhor...?
— Sim, isso é tudo por enquanto.
— Ah, mas e se...
— Não, não quero você.
— O senhor não pode falar assim!
— Fique quieta. Você é apenas uma atendente. Sirva logo o que pedi.
— Ok.
Ela saiu furiosa.
Depois de quarenta minutos, minha comida chegou. Após comer, decidi caminhar para colocar a cabeça no lugar.
— Senhor?
— Sim, Charles.
— Deseja que um carro o acompanhe?
— Sim, por favor.
— Sim, senhor.
Enquanto caminhava, passei por um hotel e vi uma mulher sentada na calçada. Fiquei encantado com ela. Ela era morena, com cabelos cacheados e olhos cor de avelã. Sua cintura era fina, e suas coxas e quadris pareciam grandes e largos. Devia ter cerca de 1,60 m de altura.
Percebi que ela não estava bem. Quando me aproximei, ela desmaiou, e eu a segurei.
— A senhora está bem?
Quase desmaiada, ela respondeu:
— Não... meu marido...
— Seu marido? O que ele fez com você?
— Ele... ele me bateu.
— Pode me dizer seu nome?
— Elisa...
Ela não conseguiu dizer mais nada e apagou em meus braços. Chamei meus seguranças e a levei até o carro. Coloquei-a no banco e seguimos para minha casa.
[...] Me lembro de ter desmaiado, e quando acordei...
Quando acordei, estava em um ambiente diferente. Era um quarto grande, todo preto com detalhes dourados (bem bonito, por sinal).
— Onde eu tô? Como vim parar aqui? O que aconteceu?
Levantei da cama e fui em direção à porta. Estava aberta (graças a Deus). Fui caminhando pela casa e, MEU DEUS, que casa!
Passando por um espelho, me deparei com o fato de que não estava com minha roupa, mas sim com uma camisola muito linda, por sinal. Porém, não era minha.
— MAS QUE CARALHO! QUEM ME TROCOU?
Ouvi passos e fiquei com medo de me verem ali. Não sabia se podia confiar, mas, olhando melhor, vi que era uma mulher com uniforme de empregada.
— Bom dia, senhora.
— Bom dia...?
— O chefe está-lhe esperando para o café.
— Chefe? Que chefe?
— O homem que a salvou ontem à noite.
— Homem?
*Pensando bem, eu me lembro de um homem ontem à noite.*
— Sim, senhora. Vamos?
— Vamos...
Fiquei um pouco preocupada, mas mesmo assim segui aquela mulher. E, quando voltei à realidade...
PORRA, que sala de jantar incrível! Aquela sala era branca em mármore com detalhes pretos.
— Bom dia — uma voz masculina falou, mas como eu estava a admirar a sala, não prestei atenção em quem era.
— Ah! bom dia!
— Venha, sente-se, tome um café.
— Tá... tá bom.
Me sentei com aquele homem, que ainda era um mistério para mim.
— Ah, obrigada.
— Pelo quê?
— Por me ajudar.
— Não há de quê, você parecia estar precisando.
— Eu estava... Posso fazer uma pergunta?
— Sobre suas roupas? Fique tranquila, foi a empregada que trocou.
— Ufa... quer dizer... ah, desculpa.
— Tudo bem — ele deu um riso —, eu sou um homem e um estranho para você.
— Não me leve a mal, mas o senhor está certo.
Começamos a tomar o café. Eu estava com vergonha, mas também com fome. Ele puxou assunto.
— Elisa.
— Você sabe meu nome?
Ele deu um leve sorriso.
— Sim, você me disse ontem.
— Ah... — fico confusa. — Perdão, eu não me lembro de muitas coisas.
— A senhora lembra o que aconteceu ontem? Por que estava na rua sozinha, tarde da noite, e se sentindo mal?
— Lembro sim, na verdade... lembro até demais.
— Poderia me contar? Pois, se não me engano, você mencionou seu marido. Por que ele não estava com você?
— Ele...
— Te bateu?
— Sim... — abaixo a cabeça e me sinto nervosa. — Mas como sabe?
— Minhas empregadas viram alguns roxos em você e disseram que sua cabeça parecia sensível. Então imaginei, já que estava sozinha.
— Sim... ele me bateu e me puxou pelo cabelo. Minha cabeça ainda dói um pouco.
— Entendo. Vou pedir que preparem um banho relaxante para você e comprem alguns remédios.
Eu não entendia por que aquele homem queria me ajudar. Eu nem sabia seu nome. Então resolvi perguntar.
— Perdão...
Ele me olhou, atento ao que eu diria. Seu olhar me dava medo, mas ao mesmo tempo transmitia uma sensação boa, de segurança.
— Sim? — ele disse.
— É que... você sabe meu nome, mas eu não sei o seu. Poderia me dizer?
— Ah, sim, perdoe-me. Meu nome é Massimo.
— Que nome lindo! Sabia que o significado é "Guerreiro"?
— Não sabia, obrigado por avisar.
— De nada...
Terminamos o café em silêncio, e ele saiu para resolver algumas coisas. Disse que eu poderia ficar à vontade e que as empregadas estariam à minha disposição.
*Visão da Elisa*
— Senhora Elisa.
— Ah, sim?
— O banho que o chefe mandou preparar está pronto. Por favor, me acompanhe.
Acompanhei a moça até o banheiro (muito chique, por sinal). Havia uma hidromassagem pronta para mim. Assim que a mulher saiu, tirei o pijama e entrei na banheira.
A água estava quentinha, na medida certa. As bolhas me relaxavam cada vez mais. Estava quase dormindo, quando...
— Senhora, licença.
_Levo um susto._
— Ah! Oi!
— Levou um susto?
— Sim.
— Senhora, me desculpe, não foi por mal.
— Que nada, tá tudo bem.
— Perdão.
— Não se preocupe. Posso ajudar em algo?
— Vim perguntar se a senhora quer um vinho e se prefere alguma música.
— Aceito o vinho, mas a música não.
— Tá bom, senhora. Alguma preferência?
— Não conheço muitos vinhos.
— Entendo... a senhora aceita um vinho *La Romanée Grand Cru*?
— Parece gostoso. Aceito sim.
— Já trago para a senhora.
— Tá bom, obrigada.
Enquanto ela buscava o vinho, eu me perguntava: *"Como isso está acontecendo?" "Meu marido nunca foi assim."*
Assim que a moça voltou, trouxe o vinho e, MEU DEUS, que vinho! Tomei enquanto pensava na vida. Não estava me sentindo muito bem, então decidi sair da banheira e descansar um pouco antes de ir embora.
Coloquei uma roupa íntima que a empregada disse ser minha e um roupão por cima. Procurando um lugar para ficar, encontrei uma sala chique com um sofá enorme e resolvi deitar ali mesmo.
aconcheguei-me, mas percebi estar mais mal do que pensava. Não conseguia respirar direito, sentia-me quente e a minha cabeça doía muito. Mesmo assim, consegui pegar no sono.
Massimo
— Senhor, aonde vamos?
— Preciso resolver isso para ela, Charles.
— Senhor, mas não sabemos o endereço.
— Já cuidei disso.
— Mas, senhor, por que está se envolvendo?
— Porque aquela mulher é especial. Senti isso nela.
— O senhor se apaixonou?
— Talvez, Charles. Provavelmente. Agora vamos.
Peguei meu carro e fomos eu, Charles e dois seguranças. Depois de um tempo, chegamos ao apartamento de Elisa. Como o porteiro disse, o marido dela estava lá. Pedi para entrar, mas ele não acreditou. Então dei 100 mil reais em dinheiro, e ele aceitou.
_Bato na porta._
— Quem é?
— Um amigo.
O cara abriu a porta.
[...]
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