Me chamo Yasmin Gonzales. Tenho 22 anos, e aparentemente sou bem bonita. Tenho 1,60 de altura, um corpo curvilíneo, cabelos pretos cacheados até a altura dos ombros e morena. Minhas características físicas não se comparam a minha personalidade forte e decidida, onde sempre com muita luta e dedicação consegui o que sempre quis, me tornar rica, poderosa e desejada.
Meu pai, João Gonzales, é dono de uma empresa, onde é produzido e vendido mecanismos de inteligência artificial. Logo, trabalhamos para diversas empresas, de todo país oferecendo nossos serviços. Podemos dizer que o Sr. Gonzales já não se sente mais tão disposto a está sempre viajando e fechando negócios por todo mundo, e eu, como sua única filha, assumi seu lugar como dona e presidente da empresa há 1 ano e meio. Lógico, que tudo que é decidido ainda é passado por meu pai, não acho justo assumir seu lugar e esquecer todo o legado que ele deixou para sua empresa.
Minha mãe, Amélia Gonzales, infelizmente sofreu um acidente nesta última semana e encontra-se em coma, depois deste acontecido, meu pai está esquisito, calado, e sempre em ligações extensas ao telefone em seu escritório particular, em casa. Mas, decido não me preocupar tanto, apesar de sentir muita falta da minha mãe no meu dia a dia sempre com suas palavras de carinho, sei que ela está sendo acompanhada pelos melhores médicos no conforto da sua casa, casa esta que ela tanto é apegada, por isso não a deixamos no hospital.
Minha vida é basicamente resumida aos meus pais e meu trabalho, principalmente, após o acidente de minha mãe. Como os gastos triplicaram com todo o tratamento dela em casa, precisei mergulhar no trabalho para fechar negócios com empresas de outros países que estavam pendentes há meses. Digamos, que meu pai ao sair da empresa me deixou muito serviço acumulado, e neste 1 ano e meio trabalhando, dediquei-me a resolver suas pendências e expandir os negócios. Com isso, os serviços aumentaram e eu trabalhando sozinha sem nenhum secretário, tudo começou novamente a acumular.
Mas, desistir não é uma opção. Não abdiquei de todo o meu lazer e diversão para no final terminar fracassada. Esta semana mesmo, irei pedir ao departamento de administração da empresa divulgar uma vaga para secretário, com minhas exigências curriculares e também, não posso esquecer-me de frisar que a vaga é, preferencialmente, para homens. Meu histórico com secretárias/assistentes mulheres não é muito bom e prefiro evitar qualquer tipo de rivalidade feminina.
Deito para dormir, afinal, hoje é domingo e minha semana promete ser longa. Além de provavelmente ter muitas pessoas para entrevistar para vaga que irei disponibilizar na empresa, também terei que arrumar um tempo para encontrar uma casa para morar. Preciso de privacidade e liberdade, apesar de amar morar com meus pais, sinto que algo está errado e isso começa a me incomodar.
OBS: Gente, minha primeira história, espero que gostem. Como o aplicativo demora muito a postar histórias com fotos, resolvi postar o primeiro capítulo sem nenhuma. Se quiserem que eu poste um capítulo somente com apresentação dos personagens com foto, me avisem. Bjoos
Acordo com a luz do sol entrando pela janela do meu quarto. Meu primeiro pensamento são as novas mudanças na empresa com a contratação de um novo secretário para trabalhar comigo. Espero que dê tudo certo. Sou responsável pela boa reputação da empresa, e sozinha não da mais, estou sobrecarregada. Levanto da cama rapidamente e procuro meu celular, vejo a hora, e o relógio marca 6h a.m. Logo penso, “GRAÇAS A DEUS! Conseguirei me arrumar sossegada”.
Vou até o banheiro, faço minha higiene pessoal, tomando um banho bem demorado. Me enrolo na toalha e caminho até o closet. Minha escolha hoje vai ser apostar num look mais simples, uma saia preta acima do joelho com uma fenda ao lado, um terninho preta e por dentro, uma blusa branca de alça. Coloco um salto e finalizo com uma maquiagem leve, para disfarçar minha preocupação. Olho no relógio novamente e são 6:40h, me apresso para sair.
Desço as escadas e passo no quarto da minha mãe para dar um beijinho de despedida...
Yasmin_ Fique bem, mamãe. *beijo* volto com novidades mais tarde.
Saio do quarto desanimada, caminho até a cozinha e tomo um copo de iogurte. Não percebo a presença do meu pai e me assusto quando ele diz...
João Gonzales_ Bom dia, minha filha. Indo para empresa?
Yasmin_ Pai... Que susto. Sim. Preciso me apressar, irei abrir uma vaga de emprego para encontrar um secretário/assistente e ainda preciso encontrar uma casa para mudar-me.
João Gonzales_ Minha filha, você sabe que não precisa sair. Eu e sua ..... ele hesita .... e sua mãe gostamos de tê-la aqui.
Yasmin_ Entendo, papai. Conversamos depois, estou com pressa. Preciso realmente ir.
Dou um beijo rapidamente na bochecha de meu pai, e saio disparada para garagem pegar meu carro. Entro no carro, respiro fundo. Por que meu pai está tão hesitante ao assunto de eu me mudar. Não entendo. Lanço esses pensamentos para longe e dou partida em direção à empresa, que não é muito longe da casa dos meus pais. Uns 30 minutos de carro. Preciso resolver todas as questões marcadas esta manhã, não posso sair tão tarde pois será mais um dia adiando minha saída de casa.
Chego na empresa e estaciono meu carro em minha vaga. Caminho em direção ao elevador e um homem, muito bonito segura o elevador para mim. Quase me perco naqueles olhos azuis, com uma barba loira perfeitamente alinhada. Olho em seus olhos e agradeço. Ele, no entanto, responde com um sorriso amigável. Quem será este homem? Nunca o vi aqui na empresa. O que ele faz aqui? Descemos juntos no 12° andar. Ele segue em direção às salas de reunião e eu caminho para o lado oposto, até a sala de administração.
Bato a porta e entro sem esperar respostas. Encontro algumas pessoas trabalhando e me dirijo a única mulher que eu sei o nome por trabalhar há muito tempo para meu pai...
Yasmin_ Olívia, bom dia... Preciso que a senhora divulgue uma vaga de emprego, estou enviando os requisitos para seu e-mail. Preciso que a seleção seja feita tendo como base todas as exigências. O quanto antes marcar as entrevistas, melhor. Preciso disso com urgência. E me desculpe por ocupar o seu tempo tirando-a do foco da administração. Mas, como pode perceber, não tenho um secretário.
Olivia_ Sem problemas, senhorita. Não há incômodo algum. Será feito e começarei marcando as entrevistas para amanhã mesmo.
Faço uma afirmação com a cabeça, e quando vou dando as costas para sair, Olivia novamente chama minha atenção e diz algo que me deixa intrigada...
Olivia_ Senhorita Yasmin, quase ia me esquecendo. Seu pai está aqui. Deixou avisado em todos os setores que se encontra na sala de reunião 4, esperando por você.
Agradeço e saio da sala de administração. Meu pai está aqui? Por que ele não tratou do que queria esta manhã? Apesar de que saí com pressa e não deu tempo de conversarmos mais. Ele deve ter saído logo após eu sair. Tentei de todo modo fugir da conversa sobre continuar a morar em casa, mas o que me parece é que ele realmente não está satisfeito, para vir até aqui. Vou o caminho todo pensando em que falar ao meu pai. Em como explicar meu incomodo com a sensação de incerteza dentro daquela casa. Quando abro a porta para encarar a conversa que queria tanto evitar, me deparo com uma cena confusa...
Meu pai e aquele homem do elevador... O que estão fazendo aqui? Afinal, quem é esse homem? Percebo que nenhum deles nota minha presença. Limpo a garganta como forma de chamar atenção. É quando os dois viram pra mim, notando minha chegada à sala de reunião...
Yasmin_ Bom dia, pai. O que traz o senhor à empresa tão cedo?
João Gonzales_ Minha filha. Não nota a presença de meu convidado. Não seja deselegante. Apresento o Sr. Gustavo Medeiros.
Gustavo_ Prazer senhorita Gonzales.
Yasmin_ Perdoa-me minha deselegância, Sr. Medeiros. Muito prazer. - volto a dirigir ao meu pai – Posso saber a que devo a honra da visita?
Mesmo fazendo um esforço enorme para parecer tranquila, vejo que Gustavo percebeu meu desconforto e surpresa com sua presença aqui na empresa. Continuo olhando fixamente para meu pai aguardando uma resposta que faça sentido...
~aos olhos de João~
Me chamo João Gonzales, sou pai de Yasmin e tenho muito orgulho de minha menina. Desde que completou seus 16 anos, começou a se interessar pelos assuntos da empresa e ganhou o seu espaço no setor de aprendizado e trabalho aqui. E mesmo tão jovem, sempre consegui ver seu interesse para com o ramo de minha empresa e com o passar do tempo, só a vi se dedicando cada vez mais, obtendo conhecimento e aprimorando todos os ensinamentos que recebia. Após 6 anos acompanhando de perto toda evolução de minha filha, percebo que ela está pronta para assumir meu lugar, e eu, estou pronto para aproveitar minha velhice. Yasmin já participava de todas as reuniões e fechava negócios com grandes e importantes empresas. Eu não tinha mais com o que me preocupar... Como sempre imaginei que seria, minha filha ocupou lindamente meu lugar, me deixando sempre ciente de tudo que acontecia, e dando prosseguimento a todas as pendências que deixei vencido pelo cansaço. Estava tudo indo bem, até que o passado, e as obrigações fora do conhecimento da empresa vêm a tona da pior maneira possível.
LEMBRANÇAS....
Era uma sexta-feira à noite, e eu e minha esposa Amélia nos preparávamos para um jantar com a nossa filha num restaurante italiano. Yasmin já nos aguardava no restaurante. Apresso Amélia e logo ela está pronta. Pego o carro, e dou partida, e 15 minutos após sair de casa, vejo um clarão e logo após um estrondo.... Percebo que estou perdendo os sentidos, olho para o lado e vejo Amélia desacordada. Encontro forças para tentar alcançar meu celular e ligar para Yasmin. Ligo para minha filha e peço ajuda. Não sei quanto tempo levou, mas a última coisa que lembro é ouvir as sirenes da ambulância e a voz da minha filha nos chamando. Fomos levados ao hospital. Logo me recuperei, mas Amélia, infelizmente, entrou em coma.
DE VOLTA AO PRESENTE....
Nunca imaginaria que esse passado voltaria a me assombrar, e que prejudicaria dessa forma a minha família. Não consigo olhar direito nos olhos de minha filha. Minha forma de tentar me redimir é manter minha filha por perto, mas ela insiste em sair de casa... Não a quero longe de mim. E se encontram também minha filha e acontece o pior? Não posso imaginar, é quando tomo a decisão de entrar em contato com um velho amigo da Itália. Pois lembro que o mesmo tinha um neto um pouco mais velho que minha filha. Eu estava decidido, casaria minha filha com um dos Medeiros, dessa forma, minha filha poderia sair de casa, e eu me sentiria tranquilo com a dívida que seria paga aos mafiosos russos que me cercavam. Uma vez que Gustavo, por ser filho do maior da máfia italiana, acertaria as contas me deixando livre de problemas.
Falo rapidamente com o pai de Gustavo ao telefone, e ele concorda rapidamente com a proposta feita. Com a popularidade que minha empresa mantinha, ajudaria muito ao seu filho com sua linha de restaurante que ele já expandia para todo país, além de juntar duas máfias da Itália, diminuindo os confrontos diretos, e ganhando mais força no meio de todos. Desligo o telefone um pouco aflito, pois tenho certeza de que minha filha irá se opor a essa ideia. Não me orgulho deste meu lado, herdei de meu pai e não tive escolha a não ser continuar. Um dia, Yasmin deverá seguir com isso, mas ela ainda não precisa saber.
Na segunda-feira pela manhã, saaio disparado até a empresa, quase no mesmo instante que minha filha também sai de casa. Como ela dirige devagar, acredito que chegarei alguns minutos antes dela. Me encontro com Gustavo na sala de reunião 4 e aguardamos minha filha. Depois de uma apresentação tensa, vejo que Yasmin olha pra mim procurando respostas, e é quando preciso quebrar o silêncio...
João Gonzales_ Querida, Gustavo é filho de um amigo muito próximo de seu pai. E hoje estamos aqui para fechar negócios. Talvez um dos maiores que fecharemos. Não irei hesitar muito. Filha, pedi que Gustavo viesse, pois, você irá se casar, com ele. Ele é influente na Itália, e como nossa próxima expansão será nesta direção, um vínculo forte com o lugar fará bem a reputação da empresa. É onde seu avô, fundador primeiro dessa empresa morava e sempre quis levar nosso império pra lá. Será uma ajuda para ambos.
Vejo o desespero no olhar de minha filha, ela não consegue entender o que está acontecendo. Penso que ela está prestes a ter um surto. É quando Yasmin respira fundo, e reponde calmamente...
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