APRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS

ALICIA LINS, 24 anos.

Apaixonada e dedicada a filha, Alicia casou-se com Theo seu namorado de infância e colégio, mas acabaram separados por causa de brigas e ciúmes, desse casamento tiveram um fruto, sua filha Cecília, uma menina linda de três anos, uma florzinha, assim que Theo a abandou Alicia mudou-se para França junto com seu amigo e primo Benicio, ela não aguentou viver no mesmo país que ele, sabendo que Theo a odiava. Mas agora estava de volta a Itália para tentar convencer Theo a ajuda-la a salvar sua filha.

THEODORO MORETTI, 25 anos.

Empresário importante, foi criado em uma família rica e abastado, mas conquistou sua empresa sozinho, ele é um importante homem de negócios e um pouco cruel. Ele trancou seu coração a quatro anos atrás quando descobriu a traição de sua mulher ele era louco por Alicia, ela era tudo que ele sempre sonhou, mas acabou acabando com tanto amor o traindo com seu amigo Benicio. E isso ele jamais perdoaria, ele cortou todos os laços com os dois, e hoje não sabe se estão vivos ou mortos e isso não o interessa. Ele está noivo, mais por causa da empresa, iria casar para unir sua empresa com as do GALES. Seu casamento era apenas comercial.

BENICIO MARKES, 25 anos

Homem de negócios e importante, apaixonado por Alicia desde sua adolescência, hoje é padrinho da filha dela e as ajuda no que pode, mas no passado fez uma coisa que pode separá-lo das pessoas que mais ama, torce e reza para que seu segredo nunca seja descoberto. Mas o destino o fez voltar para perto do seu passado, mas pela sua princesinha ele faria qualquer coisa, parte seu coração ver sua afilhada em uma cama de hospital.

JULIANA GALES

Ambiciosa e Apaixonada por Theo desde a adolescência, seu sonho sempre foi casar-se com rle, finalmente agora estava prestes a acontecer, mesmo sabendo que Theo não a amava ela não se importava, pois conquistaria seu coração a qualquer custo. No passado afastou Alicia de Theo, acabou com o casamento deles, para alcançar seus objetivos faria qualquer coisa.

CECÍLIA LINS, 3 anos.

Menina meiga e doce, seu maior sonho conhecer seu pai e ver sua mãe sorrir novamente. Ela ama os animais e os avós maternos, são seus heróis. Seu padrinho Benicio é um grande amigo e está sempre cuidando dela e de sua mãe.

Alicia estava travando a sua pior batalha, mas por sua filha faria qualquer coisa, jamais imaginou que voltaria aquela casa novamente, não depois de ser expulsa dali com palavras feias e agressões.

Mas estava ali para salvar seu bem maior sua preciosidade, por ela enfrentaria o mundo.

Aquilo era tão doloroso aquele lugar trazia lembranças que lhe feria a alma.

Enquanto estava sentada naquela sala de decoração fria, deixou seus pensamentos voarem até o passado.

4 ANOS ATRÁS

Theo a olhava com ódio, como se nunca a tivesse amado, parecia que todo amor deles havia sido uma mentira.

_ Saia da minha casa agora, não quero te ver nunca mais, sua vagabunda.

_ Por favor não faça isso Theo eu estou grávida. Falou Alicia chorando.

_ Vá se queixar para seu amante,  falou Theo jogando várias fotos na cara dela.

Alicia não conseguia acreditar no que via várias fotos dela com Benicio seu melhor amigo da escola, mas Theo é extremamente ciumento nunca acreditaria nela.

Ele a expulsou da casa a jogando na rua sem uma peça de roupa ou qualquer dignidade.

TEMPOS ATUAIS

Alicia foi tirada de seus pensamentos com a chegada de Juliana noiva de Theo e sua maior inimiga.

_ Sinto muito Alicia, mas Theo não poderá atendê-la. Falou Juliana.

_ Eu preciso muito falar com ele, é muito importante. Implorou Alicia.

Juliana estava com ódio ao ver Alicia a sua frente, ela odeia tanto aquela mulher, sua vontade era a expulsar dali com chutes. Mas agiu com tida frieza falou.

_ Você vai sair sozinha ou terei que chamar os seguranças? Perguntou Juliana.

Alicia sentiu seu coração doendo e sangrando, tinha poucas chances para salvarsua filha e a cada momento ficava mais difícil.

_ Não será preciso, já estou de saída,  falou Alicia indo em direção a porta.

Ela não iria deixar ser humilhada novamente, então foi embora com o que restava de sua dignidade.

Ela voltou para para o hospital onde sua filha estava com seu amigo e padrinho de sua filha Benicio.

Ao entrar no quarto viu uma cena que enchia seu coração de esperança.

Sua pequena estava sorrindo das palhaçadas que Benicio fazia.

_ Oi mamãe o dindo falou que vai me dar sorvete, falou Cecília.

_ É mesmo meu amor, o dindo faz muitas promessas. Falou Alicia com um sorriso fraco.

_ Cecília agora está na hora do desenho, o dindo vai levar a mamãe para tomar um café,  já voltamos. Falou Benicio.

_ Está bem dindo, falou Cecília com seu lindo sorriso.

Os dois caminharam em silêncio até o corredor, Benicio era um ótimo amigo,  os dois eram grudados desde pequenos ele sempre a apoio, e sempre esteve ao seu lado. Ele sempre foi seu porto seguro e Cecília o adorava.

_ Então como foi, ele vai doar o sangue? Perguntou Benicio.

_ Infelizmente não consegui conversar com ele, a bruxa da Juliana não permitiu, agora não sei o que fazer, minha princesinha está naquela cama e eu não posso fazer nada para ajuda-la,  falou Alicia chorando.

Benicio a abraçou forte, ele era tudo que ela possuía.

_ Calma nos vamos dar um jeito, falou Benicio a consolando.

_ Que jeito,  se não consegui falar com Theo rápido, perderei minha filha e não conseguirei viver sem ela. Falou ela chorando.

Benicio a abraçou, sabia do seu sofrimento.

Chorando nos braços de Benicio ela sentia impotente,  sua vida estava de cabeça para baixo,  havia perdido o emprego,  seu apartamento e seu carro,  se não fosse por Benicio não conseguiria pagar nem o hospital o qual sua filha estava internada,  ela estava correndo contra o tempo para salvar sua filha,  mas não conseguia mais ter esperanças.

_ O que farei Benicio? Perguntou ela chorando muito.

_ Calma minha flor,  iremos salvar nossa princesa eu te prometo,  falou ele a abraçando forte.

Depois de chorar muito, ela se recompôs,  foi ao banheiro, lavou o rosto e foi para o quarto de sua filha,  ela estava dormindo,  Benicio teve que ir embora pois tinha uma reunião muito importante.

Alicia estava sentada ao lado de sua filha fazendo carinho em seus cabelos quando o médico responsável por ela entrou no quarto.

_ Boa tarde Alice,  comprimentou doutor Gustavo.

_Boa tarde doutor Gustavo, respondeu ela.

_ Alice você conseguiu o doador,  nos precisamos fazer a transfusão o mais rápido possível,  falou ele.

Alicia suspirou,  ela se sentia uma fracassada, não conseguiu aí menos falar com Theo.

_ Infelizmente não doutor,  mas irei conseguir,  amanhã tentarei de novo,  falou ela com um sorriso fraco.

_ Ok. Qualquer coisa é só me chamar, falou Gustavo saindo do quarto.

Depois que Gustavo saiu Alicia ficou pensativa,  não sabia como sair da situação em que se encontrava, se não falasse logo com Theo iria perder a única chance de salvar sua filha.

Desde quando descobriu que estava grávida ela se dedicou ao máximo,  sempre cuidando de sua saúde e tomando todos os cuidados para sua filha nascer saudável, mas como no destino ninguém manda sua pequena nasceu com um pequeno problema no sangue,  que no começo o médico disse que combateria com antibióticos,  então ela ficou quase três anos lutando, sua pequena vivia mais no hospital do que em casa.

Até que que Benicio pagou um hospital particular para ela e doutor Gustavo passou s ser o médico e descobriu realmente o que sua filha tinha. Aquele pequeno problema no sangue havia se agravado e agora Cecília estava com anemia profunda e os médicos estavam lutando para que seu quadro não se agrave mais, mas o jeito mesmo era a transfusão de sangue e para piorar sua vida, a única pessoa capaz de salvar a vida de Cecília era seu pai Theo,  que infelizmente ela não via há quase quatro anos.

Alicia estava presa em seus pensamentos até que foi tirada deles por Cecília.

_ Mamãe eu estou com saudades do meu quarto,  falou ela chorando.

_ Calma meu amor,  nos não vamos demorar aqui, está bem, e eu trouxe o senhor Shark para ficar com você. Falou Alicia entregando a ela um tubarão de pelúcia que sua filha era apaixonada.

_ Obrigada mamãe,  agradeceu Cecília beijando é abraçando o tubarão.

Alicia estava exausta,  sua cabeça doía e sua alma sangrava, ela não sabia onde sua vida começou a dar errado.

_ Oi, falou Benicio entrando no quarto e beijando seu rosto.

_ Oi Be, como foi a reunião? Perguntou ela.

_ Foi ótima, e nossa princesa como está? Perguntou ele.

_ Agora está bem, mas Gustavo me falou que será necessário fazer a transfusão logo.  Respondeu Alicia chorando.

_ Calma não chora, vamos dar um jeito.  Alicia eu consegui marcar uma reunião com Theo amanhã,  então você vai e conversa com ele. Falou Benicio.

_ Mas como, ele não vai me receber,  falou ela preocupada.

_ Não se preocupe,  já dei um jeito em tudo,  você vai se apresentar como Mariane minha secretária,  vai dar tudo certo,  falou ele a tranquilizando.

Alicia o abraçou forte,  Benicio era o melhor amigo que alguém poderia ter.

_ Obrigada querido,  falou ela beijando seu rosto.

Benicio era seu porto seguro, apesar de ter vindo de uma família de boas condições financeiras, agora se encontrava em uma situação complicada. Seus pais não tinham tanto dinheiro a empresa andava mal então ajudam com o que podiam, sua salvação mesmo era Benicio.

Na manhã seguinte Alicia acordou com mais esperança,  ela deixou Cecília com Benicio e foi até a casa dele pegar uma roupa limpa, depois de se arrumar foi em direção a empresa dos MORETTI.

Ela sentiu um frio na barriga ao ver aquele prédio, apesar de ter cido casada com Theo ela nunca esteve ali, então não teria menor chance de alguém reconhecê-la.

Alicia caminhou até a recepcionista com seu coração disparado, suas mãos suavam, sua garganta estava seca.

_ Bom dia, preciso falar com Theodoro MORETTI. Falou ela com a loira alta e muito bonita.

_ Bom dia senhora,  tem hora marcada? PERGUNTOU mulher.

_ Sim, sou Mariane a secretária do senhor Markes. Respondeu ela com um sorriso.

_ Ok. É no último andar, falou a mulher entregando um crachá.

Alicia sorriu em agradecimento,  e foi em direção aos elevadores, quando entrou,  veio um homem correndo pedindo que ela segurasse o elevador,  mas para seu total desespero era Paolo irmão mais novo de Theo.

Ele entrou no elevador, agradeceu e ficou lhe encarando,  Alicia abaixou a cabeça e o ignorou,  mas não adiantou, Paolo a reconheceu.

_ Alicia, é você,  quanto tempo,  o que está fazendo aqui? Perguntou ele surpreso.

Alicia sorriu sem graça,  pois Paolo era um ótimo rapaz, sempre a apoiou, mas depois que ela e Theo se separaram, eles cortaram relações.

_ Vim conversar com seu irmão,  respondeu ela.

Paolo a olhou incrédulo e perguntou.

_ E ele irá te receber?.

_ Sim, ele não sabe que sou eu, por favor Paolo,  me ajude,  preciso salvar minha filha, falou ela já deixando suas lágrimas rolarem pelo rosto.

_ Como assim,  não estou entendendo,  falou Paolo confuso.

_ É uma longa história,  mas por favor não fala nada com Theo,  deixe eu conversar com ele primeiro.

_ Claro, eu não vou falar nada, mas quero saber de tudo depois,  falou Paolo saindo do elevador.

Alicia ainda estava tremendo pelo que aconteceu no elevador quando chegou no andar de Theo.

Era um andar somente dele, havia uma secretária, muito bonita como a recepcionista.

_ Bom dia, comprimentou ela.

_ Bom dia senhora Mariane,  pode entrar o chefe esta a aguardando,  falou a mulher com um sorriso.

_ Obrigada Vanessa,  agradeceu ela ao ler o nome da mulher no crachá.

Ela caminhou lentamente em direção a sala de Theo,  sentindo seu coração bater desesperado em seu peito. Agora além de bambas, suas pernas também tremiam.

Ela bateu na porta e escutou a voz dele a mandando entrar, ela entrou de cabeça baixa, fechou a porta atrás de si, demorou uns segundos para olhar para ele.

Theo estava de cabeça baixa, mas ela conseguia ver seus lindos cabelos pretos, Alicia mão conseguiu controlar as batidas do seu coração.

Mas ela sentiu o ar lhe faltar quando ele levantou a cabeça e a olhou com ódio e fúria.

_ Saia, gritou Theo se levantando.

Alicia começou a chorar de desespero,  ela tentava falar mas sua voz não saia,  rla nem notou o momento que ele chegou perto, só sentiu a ardência em seu braço, pois ele a apertava com muita força.

_ Sua vagabunda saida da minha frente,  falei que não queria te ver nunca mais, gritou Theo transtornado.

Alicia estava travada, quando Theo abriu a porta para jogá-la para fora, ela gritou.

_ Theo me escuta por favor,  prometo que depois nunca mais você irá me ver.

Theo a soltou e passou a mão no cabelo,  ele tinha ódio no olhar. Mas se controlou um pouco e falou.

_ Você tem dois minutos.

Theo voltou para sua mesa, sentou-se em sua cadeira,  precisava manter distância de Alicia, pois não queria fazer nenhuma besteira.

Alicia se controlou um pouco secou suas lágrimas e começou a falar.

_ Sei que você me odeia,  e não acredita que minha filha é sua, mas eu te imploro, me ajuda a salvar a vida dela,  pediu Alicia.

_ Não posso fazer isso,  porque não pedi ajuda ao pai dela, falou ele já se irritando novamente.

_ Eu estou fazendo isso,  eu te imploro, só você pode salvar minha filha,  ela precisa de uma doação sanguínea urgente e o sangue dela é raro, só você pode salvá-la,  você é minha única esperança,  falou ela ajoelhando no chão.

Theo passou a mão nos cabelos, ele estava balançado ao ver Alicia depois de tanto tempo,  ela era o grande amor da sua vida e pisou em seu coração, quando se deitou na cama de Benicio.

Ele a olhou com pesar, ele soube na época que a filha dela nasceu,  mas não teve coragem de ir Visitá-la,  depois ficou sabendo que ela estava morando em outra cidade com Benicio e isso seu aumentou seu ódio e repulsa.

_ Levante-se daí,  eu não tenho tempo, então por favor saia da minha sala. Falou ele com indiferença.

Alicia limpou as lágrimas,  levantou-se, não tinha mais o que fazer ali, aquele homem frio a sua frente,  não era mais o homem que ela amou e infelizmente ainda ama.

Então ela saiu da sala com o coração pesado e a garganta doendo do choro e da vontade de gritar.

E agora o que faria, sua filhinha estava sofrendo em uma cama de hospital e aquele homem, o único que tinha chance para salvá-la não queria.  Seu coração estava sangrando aos pedaços,  o que faria.