Alice Garcia é uma doce mulher de 24 anos, possui cabelos loiros, pele clara, olhos azuis e é dona de um sorriso encantador. Uma menina doce, meiga, mas muito determinada.

(Alice Garcia)

Alice vem de uma família simples do interior da Bahia. Aos 17 anos ela se formou no ensino médio e passou numa faculdade pública no Rio de Janeiro, assim ela resolveu correr atrás dos seus sonhos para dar uma vida melhor aos seus pais.

Ela se mudou para o RJ e logo conseguiu um emprego de faxineira na sede de uma empresa de minério.

No segundo semestre da faculdade de Contabilidade ela conseguiu um estágio na mesma empresa como recepcionista. Aos poucos ela foi subindo de cargo até que depois que se formou ela passou a ocupar a vaga de assistente do presidente da empresa, Senhor Eduardo Miller, ela está nessa função a quase 2 anos.

Eduardo Miller com pouco mais de 60 anos é um chefe muito querido por todos.

(Eduardo Miller)

Eduardo trata Alice e os demais funcionários muito bem, ela passa a maior parte do seu tempo com ele, assim acabaram criando uma amizade muito bonita.

Seu emprego está fluindo de maneira calma e muito satisfatória, tudo está perfeito.

Alice

Estou no trabalho, na sala do senhor Eduardo passando para ele alguns relatórios que me pediu.

Eduardo: Alice, eu havia lhe mencionado antes que meu filho está voltando para o Brasil, só esqueci de te falar uma coisa. Ele irá ficar em meu lugar por 3 meses.

Alice: O seu filho vai voltar de Nova York?

Eduardo: Eu conheço essa sua cara de preocupada, pode falar o que é.

Alice: Me desculpe te falar isso, mas as últimas vezes que eu vi seu filho ele não parecia nem um pouco a fim de tomar conta da empresa.

💭Ele mora em Nova York, mas eu o conheço, já peguei ele duas vezes no escritório de seu pai com mulheres, um filhinho de papai, arrogante.💭

Eduardo: Eu entendo a sua preocupação, mas realmente espero que ele tenha mudado, estou muito cansado Alice, preciso passar o meu legado. Conto com você para ajudar ele no que for preciso. Se ele não conseguir teremos que colocar outra pessoa que os acionistas aceitarem.

Alice: Eu entendo, mas...

Eduardo: Se ele não se comportar teremos que nomear outra pessoa junto com os outros acionistas e isso poderia ser pior.

💭Acho impossível um cara como aquele, que vive na farra, conseguir administrar um negócio como esse💭

Eduardo: Alice por favor me ajude, olha se você conseguir eu dobro o seu salário.

Proposta tentadora.

Alice: Ele está disposto a isso?

Eduardo: Bom... mais ou menos.

💭Agora eu fiquei preocupada com esse mais ou menos💭

Alice: E quando ele começa?

Eduardo: Na segunda-feira.

Alice: Ual, hoje é sexta-feira.

Eduardo: Vai dar tudo certo, não se preocupe, na segunda eu venho com ele, passar algumas informações e também já estamos conversando, já ensinei algumas coisas para ele. Pedro é inteligente, ele vai conseguir.

Alice: Claro que ele vai.

💭Eu duvido, mas vou me esforçar, nada como meu salário dobrado para me incentivar, assim eu poderia ajudar meus pais ainda mais.💭

Quando finalizo meu expediente eu vou para casa.

Autora

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Quando chego em meu apartamento Luiza também já chegou do trabalho.

Luiza começou a dividir aluguel comigo logo quando vim para o RJ. Ela formou em arquitetura recentemente e trabalha em um escritório em sua área.

Nós nos tornamos melhores amigas, quando eu mais precisei ela quem estava do meu lado. Mesmo hoje tendo uma condição melhor para morarmos sozinhas não é o que queremos. Nos damos muito bem e uma faz companhia a outra.

(Luiza)

Luiza: E aí amiga, como foi seu dia?

Eu me jogo no sofá.

Alice: Bom, é uma longa história. Recebi uma proposta do Senhor Eduardo, ele irá dobrar meu salário se eu conseguir.

Luiza: Não acredito. E o que pode ser tão especial para ele dar um aumento desses?

Alice: O filho dele está voltando de Nova York e ele quer que eu o ajude, para que ele se torne o novo presidente da empresa.

Luiza sorrir alto.

Luiza: Tá brincando né? Pedro Miller, aquele mulherengo que vive nas farras. O mesmo que já usou o escritório do pai para levar acompanhantes, por um mero capricho, aquele que você me disse que é um pela saco?

Alice: Esse mesmo, eu acho que isso vai ser uma sessão de tortura.

Luiza: Calma, você consegue passar por isso rs.

Alice: Para de dar risada de mim Luiza, isso é sério rs.

Só ela para me fazer sorrir depois disso.

Luiza: Ok, mas me diga ta de pé nossa baladinha amanhã?

Alice: Prefiro ficar em casa

Luiza: Nem pensar, vou avisar o Daniel que vamos na balada amanhã e você vai sim.

Daniel trabalha com Luiza e eu acabei me tornando amiga dele também. Além de frequentar nossa casa nós também costumamos sair juntos.

Alice: Tá bom.

Luiza: Para com essa cara de tédio, será divertido.

Vou até a cozinha e preparo nosso jantar e chamo minha amiga para comer.

Luiza: uuuuuum, que cheiro maravilhoso. É picadinho de carneeee.

Alice: Sim

Luiza: Está delicioso. Você arrasa amiga.

Está muito bom mesmo e eu estava morrendo de fome.

Após o jantar eu vou tomar banho e depois vou me deitar.

Não consigo tirar da minha cabeça como será os próximos dias no trabalho, será que Pedro mudou pelo menos um pouco? Ele pode arruinar meu emprego.

Fico pensando nisso até que eu adormeço.

No dia seguinte eu me levanto e vou tomar meu café da manhã.

Luiza fez pão com ovos e bacon e está uma delícia.

Luiza: Quer sair um pouco? Ir no shopping?

Alice: Nem pensar, não tenho o seu pique não, se eu for ao shopping agora, não vou na boate de noite.

Luiza: Não tem meu pique mesmo rs

Após um tempo Luiza vai ao shopping e eu fico em casa. Vou aproveitar para conversar com meus pais.

Ligo para minha mãe...

Catarina: Oi filha, como você está?

Alice: Bem mãe.Você e meu pai, estão bem?

Catarina: Sim, estamos bem. Quando você vem nos ver?

Alice: Preciso pegar umas folgas prolongadas, só não sei quando.

Catarina: Estamos com saudade.

Alice: Também estou. Vocês estão precisando de alguma coisa?

Catarina: Não se preocupe, você já nos ajuda muito.

Termino de conversar com minha mãe e vou assistir uma série.

Após horas Luiza chega para podermos nos arrumar para sair. Não sei como ela consegue.

Começamos a nos arrumar e eu passo uma maquiagem leve e faço um Rabo de cavalo no cabelo. Coloco um vestido na cor champanhe curto, de um ombro só com um decote, um toper, uma sandália dourada com a correia mais alta e alguns acessórios.

(Alice a do vestido champanhe e Luiza de vestido preto).

Luiza: Amiga o Dan já está lá embaixo nos esperando, vamos?

Alice: Sim, vamos.

Pegamos nossas bolsas e descemos para encontrar o Daniel.

(Daniel)

Luiza: E aí gatinho, tudo bem?

Alice: Oi Dan.

Daniel: Se eu estou bem? Não vai ter ninguém naquela festa melhor que eu, duas gatas dessas ao lado.

Luiza: Bobo.

Quando vamos entrar no carro.

Daniel: Vem na frente, Lu.

Alice: Vai lá.

Eu entro no banco de trás e Luiza vai na frente com Daniel.

Vamos jogando conversa fora até chegarmos na balada.

(A balada)

Está bem movimentado.

Luiza: Vamos para o camarote?

Daniel: Demorou.

Conversamos com o gerente que é nosso amigo da faculdade e ele nos libera para subir.

Já no camarote vamos até a mesa e pedimos algumas bebidas.

Luiza: Ei, levantem dessas cadeiras, vamos colocar esses quadris para movimentar rs.

Nós nos levantamos e começamos a dançar uma música eletrônica muito envolvente. Na verdade parece que eu estou dançando sozinha, é impressão minha ou Daniel e Luiza estão no maior clima?

Alice: Vou me sentar, podem ficar aí.

Eles questionam um pouco, mas não tem jeito a primeira coisa que eu procuro quando chego em uma festa é uma cadeira.

Estou sentada tomando uma bebida até que o garçon chega.

Garçon: Pediram para entregar para essa bela moça.

Ele deixa um drink na mesa mas não fala quem foi que mandou e eu também não vou beber, vai que colocaram alguma coisa dentro, continuo tomando minha bebida.

Uma mão grande e fria segura em minha cintura e fala em meu ouvido.

Homen: Não gostou da escolha do drink, pode pedir o que quiser por minha conta.

Um arrepio percorre por meu corpo.

Alice: Ei, me solta.

Eu falo retirando sua mão mas quando eu me viro para encará-lo eu pasmo. Não pode ser, ele não.

(Pedro Miller)

Pedro: Relaxa, eu não vou fazer nada que você não queira. Mas se quiser estou pronto para te tirar dessa solidão, linda.

Alice: Já fez o que eu não queria quando tocou em mim, licença.

Eu pego minha bolsa, preciso sair daqui logo, ele não pode me reconhecer.

Pedro: Espera

Ele segura em meu braço.

Pedro: Eu acho que te conheço de algum lugar.

Alice: Você nunca me viu e nem nunca vai me ver novamente, agora me solta.

Tô ferrada espero que ele não se lembre de mim. Eu puxo meu braço e vou até a Luiza.

Alice: Amiga, preciso sair daqui agora.

Luiza: O que aconteceu?

Alice: Vou pegar um táxi e vou para casa, mas pode ficar aí.

Luiza: Vamos voltar juntas e nem questinone.

Ela chama o Daniel e nós vamos em direção a saída, eu nem ouso olhar para trás.

Já do lado de fora da balada o Daniel vai buscar o carro e eu fico esperando com Luiza.

Estou de costas para a rua e percebo que um carro para atrás de nós.

Luiza: Amiga é o Pedro Miller e ele está olhando para nós.

Ele grita do carro.

Pedro: Querem uma carona?

Alice: Faz ele sair daqui, por favor.

Luiza: Não, obrigada. Já temos nossa carona.

O Daniel para o carro atrás do de Pedro.

Luiza: Vem, o Daniel está ali.

Eu saio e viro meu rosto para que ele não possa ver.