Uma relva macia, um brilho no olhar da noite, o ar estava iluminado pela magia da lua e acompanhada pelo tremilicar dos suspiros meus, batendo nos galhos e ecoando minha alma. Tudo havia mudado, exceto aquela sensação que me rodeia desde que era criança.
Caminhei devagar... um uivo ao longe fez tudo
em mim se desnavecer, parei. Os troncos das
árvores pareciam dançar durante a noite, os galhos quebravam ao chão e meu coração despa- rava. Eis que ao longe avisto os pelos negros e embrenhado junto ao escuro da noite, um único olho azul se destaca.
Meus olhos fecham, minhas pernas se alto flagelam ao se estabacarem no chão e meus ouvidos entregam os movimentos bruscos e rapidos do ser a minha frente, o ceu se fecha com as nuvens, trovões almentam o brilho medonho da noite, um grito ensurdecedor se sobressai da minha boca quando sinto seus dentes morderem meu pescoço e quando abro meus olhos, estou deitada em minha cama coberta de suor. Dois toques na porta do meu quarto:
-Mia! Filha, já te chamei duas vezes. O café já
esta pronto a meia hora, levanta!!
É certo que este sonho me atormenta todas as noites, mas preciso me recompor. Uns minutos depois já estando na sala, o relógio na parede me avisa que estou atrasada, e no meu primeiro dia na escola nova.
-Nem precisa me dizer. Teve aquele sonho ou-
tra vez?
Disse minha mãe ao ver meu estado, quando sentei para tomar café as quinze para às sete:
-Sonhei com aquele lobo outra vez. Desde que nos mudamos para MoonWolf, tem piorado e... sei lá.
Mamãe Yuki:
-Sente que ele é mais real? Sabe filha, ontem quando terminei de arrumar nossas coisas encontrei o livro da sua vó
Ela pegou um livro de cima da bancada da cozinha e me entregou, tomando sua xícara de café matinal. Então ela se sentou a minha frente na mesa de madeira de quatro lugares e disse:
-Sua avó tinha segredos que nem eu ousei descobrir. Então quando achei este diario, achei que deveria ser você filha, a ler e saber o que é este sonho que você têm desde que começou a falar.
Mordi o pão e disse de boca cheia:
-Obrigado mãe...
Olhei para o livro, a capa era endurecida e emcapada com um vermelho de tom carmesim. Sem desenhos ou títulos, parecia um livro em branco, mas ao tocá-lo... algo dentro de mim fez meu coração palpitar e a imagem do lobo de um olho azul apareceu frente aos meus olhos mas aí, o relógio velho na parede, cujo papel de parede era um verde desbotado, bateu.
Peguei minha bolsa, minha mãe se levantou as pressas e disse enquanto eu corria pala sala
-
Filha!! Vai ficar bem? Está palida...
Parei na porta já aberta, olhei par trás e disse:
-Mamãe,
Eu ri com sua atitude, sempre sendo preocupada comigo
-Não se preocupe, são minhas visões rsrs. Até mais tarde!!
Sai de casa indo até o colégio de bicicleta. É com marchas e da cor azul clara, foi o último
presente do papai antes de sofrer um acidente na linha de trem e falecer. Por esta razão nos mudamos, mamãe conseguiu um emprego na creche local e então alugamos uma casa, que aliás, é de dois andares, mais simples: Pequena, logo na entrada tem a sala e depois a pequena cozinha, ao lado uma escada com carpete, dois quartos e um banheiro no fim do corredor.
Isso aconteceu têm uns dois anos. Mamãe ainda chora muito, pela situação, pelo papai e por nossa vida ter mudado tanto assim derrepente. Meu colégio? Público...
Chegando em frente ao Colégio, que era um lugar colossal com colunas e um jardim bem cuidado, mas infelizmente eu estava atrasada e todos ja haviam entrado. O ar a minha volta estava frio, mas, quando estava amarrando minha bicicleta avistei uma garota saindo da entrada e vindo em minha direção, mas antes que eu pudece observar sua feições uma sensação estranha me atingiu.
Vinda do chão e atravessando cada pedacinho da minha alma, olhei para trás e não vi nada além da floresta Alpina que rodeia toda a cidade. O ar ficava cada vez mais gelado, me virei de volta e lá estava a moça, um cabelo afro de dar inveja e uma pele morena.
Ela disse algo mas não escutei, olhei para trás outra vez e escutei, ao longe vindo como um sussurro, "Miaaa..."
Moça:
-Senhorita Mia? Miaa
Quando fui responder quando escutei outra vez, uma voz rouca que aquecia
cada pedacinho da minha alma
"-Minha... Você... é... Minha."
✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨✨
Mia Matsumoto, idade: 17 anos. Cabelos castanhos, pele clara, labios delicados e olhos claros verdes. Gosta de Sushi, usa bastante vestido e começou os estudos de História na Universidade Wolf. Perdeu o pai recentemente.
Yuki Matsumoto, mãe de Mia. 46 anos. Gosta de Salmão. Possui 1, 73 de altura. Trabalha na creche da pequena cidade de MoonWolf em periodo integral. Perdeu o marido recentemente e ainda chora todas as noites. Usou o dote do casamento para pagar a Universidade de sua filha, Mia. Muito protetora e amável
Erica, Moça que recebeu a Mia. 20 anos. Gosta de Pizza, ama dançar balé e fazer exercícios. Se tornará grande amiga e ajudante de Mia. Loba, pertence a Matilha de Eytril da cidade de MoonWolf. Gosta de andar sempre vestida na moda, ótima em se relavionar com as pessoas e possui grande gosto por carnes vermelhas.
Balancei a minha cabeça e olhei para frente tomando um grande fôlego após o susto. A linda moça se apresentou novamente:
-Bom dia Mia...
Ela olhou num maço de folhas apoiados e pregados em uma pasta e continuou:
-Matsumoto. Que belo nome o seu! Bem, sou Erica Campanella e serei sua acompanhente neste semana. Precisa de ajuda com isso?
Disse ela me assistindo enquanto eu tentava prender minha bicicleta no estacionamento de entrada. Olhei de volta com um grande sorriso, ela tinha uma aura muito boa que emana a confiança, sem falar no top e jaqueta que ela usava elegantemente:
-Claro, por favor!
Observei-a amarrando as correntes e continuei, enquanto ela se levantava e me encaminhava para a entrada da Universidade Wolf:
-Adorei seu cabelo Erica, sem falar na sua roupa!
Erica:
-Muito obrigada Mia! E eu amei seu vestido, ele é importado?
-Claro que não! Rsrs É só um presente que ganhei... faz tempo
Paramos na grande porta de madeira que dava entrada para o palacete que é a universidade e ela disse-me abraçando, confesso que neste ato ela me surpreendeu e de algum modo senti que eramos irmãs, então retribui o abraço:
Erica:
-Bem, quando se sentir confortável, é só dizer, estarei sempre por aqui.
Disse ela amigavelmente. Nos separamos, mas assim que as mãos dela encostaram na porta, Erica paraceu congelar no tempo. Pouco levantou a cabeça e começou a farejar o ar, eu a chamei, chamei e chamei... mais nada. Ela se virou em direção a floresta e continuou farejando até finalmente parecer se lembrar que eu ainda estava lá:
Erica:
-Desculpe rsrs, ah... vamos, você já está atrasada.
Nós entramos e enquanto ela falava eu perguntava algo que não tinha nada a ver com as apresentações que fazia a mim:
Erica:
-E logo após o corredor de entrada fica a área de alimentação..
-Erica eu percebi! O que foi-
Mas ela fingiu não escutar e continuou:
Erica:
- e subindo estas escadas ficam todas as salas.
Ela se virou para mim depois de subirmos e me entregou meu quadro de horários:
-Obrigada... mas Erica, o que foi aquilo na entreda? Eu vi quando vo-
Erica:
-Só deixe isso para lá ok? Eu tenho que voltar pra sala, é melhor você ir para a sua também.
Ela se virou na direção contrária para se afastar e eu sem nem pensar disse em vós alta:
-Eu sonho com um lobo de um olho azul! Erica...
Mas ela se foi. Fiquei parada até vê-la entrar numa sala bem no final do corredor, então caminhei até a minha sala com um grande numero 17 pintado em branco na porta, "que coincidência.." pensei. Quando entrei o professor de Culturas Clássicas me apresentou e logo começou sua aula sobre a Grécia após eu me sentar, sozinha.
As 14h voltei para casa, não encontrei mais a Erica. Voltei pedalando devagar, quando guardei minha bicicleta atrás da minha casa senti um arrepio me tomar por inteira, e mais uma vez escutei aquela mesma vós rouca falar na minha mente: "Miaaa..". Olhei em direção a orla da floresta que toma quase a metade do meu quintal, aliás é por está razão que pegamos uma casa tão pequena, mas felizmente meus olhos não capitaram nada.
Vale dizer que minha mãe é uma cozinheira de mão cheia e muito organizada, ela tem mania de limpeza. Assim que adentrei a porta dos fundos logo vi sobre a mesa da cozinha seis sushis e um bolinho de arroz quase perfeitamente arrumados. A princípio eu estranhei e como eu disse antes, minha mãe é extremamente orgazada e tem mania disso, então, encontrar um dos sushis fora do lugar, não é normal.
Mas relevei, perante a fome que me consumia. Quando estava subindo as escadas, bem ao meio dela, senti um cheiro diferente que adentrou minhas narinas e eletrificou todo o meu corpo. Senti-me entorpecida pelos sentidos do meu corpo que estavam confusos e misturados, tudo que consegui fazer foi andar o mais rápido possível até meu quarto e fechar a porta com tranca.
Mas logo feito isso, meu corpo foi absurdamente prensado na porta. Um corpo mais alto e largo que o meu jogava todo o peso dos músculos contraídos em mim, uma de suas mãos agarrou com força meu cabelo forçando minha testa na porta. Ele separou minhas pernas imobilizando-me e um medo... mais profundo que o próprio tártaro de Ades me consumiu, libertou minhas lágrimas e uma vos trêmula ameassou sair de mim, mais fui enterrompida com a mesma vós que sempre escuto em minha mente, dizendo em bom-tom:
-Minha...
Ele puxou para o lado a minha cabeça, ainda segurando meu cabelo os meus cabelos por entre os seus dedos... e me mordeu. Os dentes pesados como os de um grande lobo faziam a região da curvatura do meu pescoço sangrar. As paredes tremeram, o chão balançava e tudo a minha volta ficou turvo. Com a minha vós quase sumida eu perguntei, ainda prensada na porta com o cheiro dele invadindo cada parte do meu corpo:
-Quem é você?!...
Ele me virou com rapidez, as coisas a minha volta foram se apagando e sua vós abafou, após ele dizer seu nome:
-Eytril....
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Eytril Makavy, 27 anos. Alfa da Matilha de MoonWolf. Gosta de vinho tinto, musicas medievais e carne crua. Bruto, super protetor e dominante.
Abri meus olhos degavar e pouco a pouco minha visão foi voltando ao normal. Eu estava deitada de lado... virada para a parede? Uma dor em meu pescoço trouxe de volta as memórias: uma mordida, um único brilho azul... um nome; Eytril. Levei minha mão até o local da mordida e, estranhamente, ela estava com um curativo. Me levantei devagar e pela vi que eu apaguei por algumas horas; Já estava de noite e não havia mais ninguém em meu quarto.
Meu quarto é estreito, minha cama de solteiro fica escostada na parede, tenho um tapete costurado a mão pela minha mãe, um armario pequeno na outra parede e bem ao lado uma mesa de estudos. A sorte é que a janela do meu quarto é bem larga, pegando quase toda a parede e o papel de parede verde é novo. fiquei observando a tapeçaria antiga da familia, eu fiz questão de colocá-la em meu quarto atrás da mesa de estudos, um lobo deitado em baixo de uma cerejeira.
Enquanto tomava banho pensando no que aconteceu e no lobo do meu sonho, escutei minha mãe chegar e me chamar pra comer. Senti daqui um cheiro delicioso de batatas fritas e logo fui correndo pro meu quarto colocar o pijama mas aí, mais uma vez meu corpo foi prensado, só que desta vez na cama e eu estava de barriga para baixo usando apenas o shorts azul do meu pijama. Comecei...ah.. farejar? Desde quando virei cachorro?!
Vendo minha reação, e pelo cheiro que senti, era o mesmo homem que me atacou mais cedo. Ele se permitiu ecoar uma risada rouca pelo ar, segurou meus braços nas costas, colocou sua perna esquerda na minha e a outra ele apoiava no chão. Comecei a me debater, uma estranha sensação de um rosnado pareceu sair de mim quando vociferei para ele:
-Saia.
Ele aproximou seus lábios dos meus ouvidos, rindo mais uma vez. Com a vós rouca ele disse:
-Se latir para mim outra vez...
Ele desceu farejando minhas castas e subiu novamente com a língua mordendo o lóbulo da minha orelha, um gemido involuntário e caloroso saiu dos meus lábios, com esse ato ele me virou bruscamente para encará-lo, segurando minhas mãos acima da minha cabeça e sem mais desmaios pude ter certesa ao ver em seus olhos, que sem saber como, ele era o mesmo lobo dos meus sonhos.
Ele me encarou com a luxúria se banhando em seus olhos, a raiva dentro de mim crescia e sem me segurar ou ter o poder para tal eu disse em vós alta:
-Eytril! Saia agora!!
Não conseguia tirar meus olhos dos dele. Com meu impulso na vós ele ficou tomado pela raiva e pelo desejo. Pensei que ele fosse avançar para meus lábios então virei minha cabeça, mas ele capiturou com os dele meus seios. Outro gemido de bom tom me escapou, fechei meus olhos, eu estava com raiva e ao mesmo tempo queria me libertar e me entregar ao deus da Luxúria, que parecia ter invadido meu quarto.
Eytril beijava minha pele, eu o sentia sugando meus seios mas a confusão era tanta em minha mente... uma sensação de desejo e outra de forgor, uma vontade de gritar e outra de gemer tão alto que até os vizinhos mais distantes escutariam e uma fome fora do comum me tomou. Ele parou de repente, desceu e fareijou minha parte íntima, subiu novamente já com parte da Luxúria mais calma, me olhou com o dominio emanando de todo seu corpo e eu disse:
-Saia... cacho-
Ele me encarou com raiva e ainda segurando minhas mãos, só que com mais força, ele capturou meus lábios e os mordeu com tamanho desejo que acabei arfando minhas costas
Eytril:
-Como eu disse: Você, é, minha.
Disse ele ao soltar meus lábios.
-SAIA!!!!
Ele me soltou, se levantou e saiu pela janela.
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