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True Love

CAPÍTULO 01

• DYLAN HARPER•

Peço dispensa do treino, pego um refrigerante na lanchonete e vou para a biblioteca. Pergunto a atendente pela tal garota chamada Lara, ela me olha com cara de poucos amigos e aponta para as mesas de estudo. —

Espere ali que vou chama-la. — Me sento em uma das poucas mesas que esta vazia e espero, poucos minutos depois posso sentir alguém se aproximar e ficar a centímetros de distância de mim e uma voz suave sussurrar em meu ouvido.

— É proibido comer e beber aqui dentro da biblioteca.

— Desculpa, é que está muito quente e eu...

— Também estou com calor e nem por isso estou quebrando uma das principais regras para poder frequentar a biblioteca. — Ela cortou a minha fala, com um tom de voz irônico e impaciente.

— Ok, eu já entendi, não precisa ficar nervosinha... — Me levanto da cadeira para descartar a lata de refrigerante, mas ela se adianta, cortando meu caminho.

— Falar baixo e não perturbar os demais também é essencial... Olha só Dylan Harper, aqui não é os bares e festas que você costuma frequentar, se quer ficar aqui terá que respeitar as regras e as pessoas que estão aqui.

— Você me conhece?! — Franzi o cenho.

— Todos no campus conhecem você... mas aqui dentro você não é melhor que ninguém entendeu?!

— Ei, calma estressadinha. — Levantei os braços em sinal de rendimento.

— Pelo visto, apenas o futebol não foi o suficiente não é mesmo Sr. Harper — Ela cruza os braços e m sorrisinho sinico se desenhou no rosto dela. Era impossível não notar os lábios carnudos cor de cereja, que constravam com a pele clara.

— Também sabe o que eu vim fazer aqui?

— O reitor me disse que você precisa estudar para uma prova de recuperação, mas, infelizmente os grupos de estudos já estão lotados. Sinto muito, não posso ajudar.

— Qual é, duvido que não tenha espaço para mais um... — Inclinei a cabeça e pisquei. — Me falaram que você é uma das melhores alunas, sempre ajuda todo mundo que precisa. — Essa parte era mentira, eu nunca ouvi falar dela até o reitor sugerir que pedisse sua ajuda com os estudos.

— Ajudo quem precisa de ajuda. Não é o seu caso, você é rico, pode contratar professores particulares. — Ela começa a andar por entre as mesas, recolhendo livros deixados por ali, e eu sigo caminhando atrás dela.

Depois de recolher os livros ela continuou andando, agora entre as prateleiras, devolvendo os livros para seus devidos lugares, e eu sigo atrás dela.

Se contratasse professores particulares meus pais saberiam. Já imagino meu pai dando sermão e me comparando a ele, me dizendo que era um dos melhores alunos da universidade e que eu deveria ser como ele.

Distraido com meus pensamentos, sou trazido de volta quando esbarro nela, que parou de andar depois que colocou o ultimo livro de volta na prateleira. — Desculpa, você parou de repente. — A seguro pelos braços, impedindo que caia.

Num movimento rapido, ela se desvencilha dos meus braços. — Me desculpe, mesmo que eu quisesse, os grupos de estudos estão realmente lotados. — Ela tenta colocar um ponto final na conversa, girando nos calcanhares e saindo.

— Não, espera! — A puxo de volta. — E a noite? Depois que terminar os estudos com os grupos. — Sugiro.

— A noite? — Suas sobrancelhas se erguem. — A biblioteca está fechada a noite. — Ela completa.

— A gente pode estudar no meu quarto, eu busco você depois dos treinos. — Sugeri, confiante.

— Isso tá completamente fora de cogitação!

— Lara e Dylan. — A voz grossa era familiar, o reitor estava a alguns passos de distância. — Que bom que já se conheceram. — Ele se aproximou antes de se dirigir a ela. — Lara, espero que não se importe, mas sugeri que Dylan estudasse com você pelas próximas semanas... Como você sabe, ele precisa mesmo ir bem nessa prova.

Pela primeira vez eu estava feliz em ter o velho Windsor na minha cola. Eu sabia que ela não diria um "não" para um pedido direto do reitor.

CAPÍTULO 02

• LARA BENNETH •

De repente me pego observando ele escrevendo um texto de conclusão de um trabalho. Nas últimas quatro semanas eu tenho acompanhado seus esforços em aprender todo o conteúdo listado para a prova. Assistimos juntos as aulas, estudamos juntos quase todas as noites e também no sábados a tarde.

Admito, ele tem se dedicado. E talvez eu o tenha julgado, talvez ele não seja apenas um garoto rico e babaca. Talvez...

O quarto dele era também o nosso espaço de estudo, já que eu dividia o meu quarto com outra garota.

Pra mim, aquela era uma noite como qualquer outra, até sermos interrompidos por batidas fortes e insistentes na porta. Quando ele abriu, ela edentrou o quarto como um furacão, e junto com ela, o perfume doce invadiu o cômodo.

— Oi meu lindo?! — Ela avançou em cima dele, enlaçando os braços em seu pescoço.

Minha presença foi ignorada, mas isso não me encomodou. Na verdade, ser ignorada por Morgana Muller era um alívio para mim.

— O que você quer?! — O desconforto dele era gritante, quase paupável,

— Vim te buscar para irmos ao Harry's.

— Morgana, eu já te disse que não vou. — Ele revirou os olhos, tirando os braços dela do entorno do seu pescoço e a levando para fora do quarto.

Foi impossível não ouvir a discussão dos dois no corredor, e depois de alguns minutos, o bater dos saltos se afastando e descendo as escadas enquanto a porta se abriu e ele voltou para dentro do quarto. Visivelmente irritado.

— Ela tá me testando, tentando acabar com a minha paciência. — Ele resmungou.

— Olha só, que tal pararmos por aqui hoje.. — Sugeri. —  Você está nervoso, não vai conseguir se concentrar agora...

— Você não vai se importar se pararmos por hoje?!

— Claro que não, acho que merecemos um descanso. — Forcei uma risada, tentando diminuir a tensão. —  Ouvi dizer que hoje tem música ao vivo no Harry's. — Já estou de pé, enfiando os livros na mochila enquanto conversamos.

— Você vai??

— Estou cansada, acho que vou pedir uma pizza e assistir um filme. — Esse era mais o meu tipo de programa.

— Gostei da ideia!! Você quer pizza de que?

Começei a rir da piada, mas fui logo interrompida.

— Por que tá rindo? — Ele me encarava sério, com os braços erguidos ao lado do corpo.

— A sua namorada acabou de sair daqui furiosa, eu não vou ficar aqui sozinha com você, não quero e não preciso problemas desse tipo!!

— A Morgana não é minha namorada, já tem semanas que terminamos, você sabe, todo mundo sabe... Agora, será que dá pra para de falar nisso... Você gosta de que tipo de filme??

— Bom eu.. — As palavras fugiram, eu podia ter dito que não, pegar minha mochila e sair dali. Era o que eu deveria ter feito, mas não fiz.

— Tá bom estressadinha, vamos pedir a pizza. — Ele já estava com o celular na mão. — Depois a gente escolhe o filme.

Eu queria detestar o Dylan,mas quanto mais tempo passavamos juntos, menosisso parecia possível.

CAPÍTULO 03

• DYLAN HARPER •

Assistimos um filme de comédia porque eu me recusava a assistir romance e ela se recusava a assistir terror.

Somos de fato, dois teimosos, mas quando estou com ela, me pergunto se a teimosia não era mais uma maneira de provocá-la.

A chuva começou a cair, forte e fria. O inverno começava a dar as caras, e pela primeira vez eu gostava daquilo.

Enrolado nos cobertores, olhei de canto de olho para a garota sentada na cadeira ao lado da cama.

Sugeri que sentasse ao meu lado na cama, mas sem nem tirar os olhos da tela ela negou o convite convictamente, não insisti, sabia que nada que eu falasse a convenceria do contrário. Foquei novamente minha atenção na tela da televisão, mas involuntáriamente me via distraido pensando em como aquela situação era no mínimo inusitada.

De repente estou no meu quarto, numa noite de sexta-feira, comendo pizza e olhando filme com a garota mais irritantemente certinha que eu já conheci, e estranhamente, estava confortável com aquilo. Eu  não estava deslocado ou querendo estar numa festa qualquer rodeado de dezenas de outras pessoas. E é engraçado, porque ela e eu somos completamente opostos, mas, quando estava com ela eu ficava bem, o tempo passava rápido, podia ser eu mesmo, era como se ela tivesse um talento natural para aflorar coisas boas em mim, e eu gostava daquilo. Gostava de quem eu era quando estava com ela.

Meus pensamentos bobos se desfizeram quando o movimento dela esfregando os braços chamou minha atenção, encolhida na cadeira, eu sabia que ela era teimosa demais para admitir que estava com frio e aceitar o meu convite de vir se deitar em baixo das cobertas comigo.

Joguei as cobertas para o lado e me levantei, dei a volta na cama e parei na frente dela.

— O que foi? — Ela indagou, confusa. E começou a gritar e esperniar quando me inclinei e passei os braços por debaixo de suas pernas, a levantando em meu colo. — O que está fazendo? Me solta agora! — Ela ordenou.

— Cala a boca Lara, deixa de ser teimosa! — Respondi. A colocando na cama e cobrindo com as cobertas antes de dar a volta em torno da cama novamente e me deitar ao lado dela.

Ela não disse mais nada e eu percebi que exagerei no tom. — Ei. — chamei sua atenção. — Eu não vou fazer nada, só não quero te ver passando frio. Esta bem? — Ela virou o rosto, me olhou séria e concordou com um gesto sutil antes de voltar os olhos para a tv novamente.

— Qual a gente vai assistir agora?! — Perguntei enquando os créditos subiam na tela.

— Já tá tarde, são quase onze.

— Mas tá chovendo muito, vamos assistir outro filme e te levo quando a chuva diminuir pode ser?! — Sugeri, com as sobrancelhas erguidas e um olhar pedinte.

— Qual vai ser o filme?! — Ela Questiono e um sorriso perverso surgiu em meus lábios.

— NÃO, eu não assisto esses filmes... — Ela se antecipou, já sabendo do que se tratava.

— Tá com medinho Lara?! — Provoquei.

— Eu só não gosto desse tipo de filme...

— Bom, como você escolheu o primeiro filme eu escolho agora, tem um suspense que lançou mês passado, estava doido pra assistir.

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