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O Tratado De Casamento

Capítulo 1

Me chamo Cecília, tenho 22 anos, acabei de me formar em contabilidade, mas já trabalho desde os 20 anos, na empresa Willians Contabilidade e Assessoria. Sou do interior, porém, por causa da faculdade, atualmente moro na cidade grande. Assim que eu me formei, continuei morando na cidade grande, agora por conta do meu trabalho. Tenho um bom relacionamento com os meus colegas de trabalho e no prédio onde eu moro. Busco sempre ser

simpática e educada com todos.

Em uma terça-feira, havia acordado cedo, fiz minha higiene, me arrumei, tomei meu café da manhã e segui para o meu trabalho, como rotina. No meio do caminho eu recebi uma ligação, e essa foi a ligação que mudou toda a

minha vida...

Minha mãe me ligou desesperada, sem saber o que fazer. Minha família nunca foi rica, mas também nunca passamos necessidades. Eu estudei a minha vida inteira em escola particular. Minha mãe é funcionária pública,

professora de uma rede estadual e o meu pai, contador. Talvez eu tenha seguido essa profissão influenciada por meu pai e também porque me identifiquei bastante com ela. Sempre gostei de números.

Quando eu sai de casa, quando estava a caminho do meu trabalho, meu celular tocou. Era a minha mãe:

Helena: Cecília, minha filha – ela estava com uma voz de choro

Cecília: Oi mãe, o que aconteceu? Sua voz está de choro – eu já estava preocupada

Helena: Seu pai – ela começou a chorar

Cecília: O que aconteceu com meu pai??? Faaaaaala mãe – eu já estava em desespero, pensando no pior

Helena: Sofreu um acidente, está internado em estado grave e precisando de uma cirurgia de emergência. O problema, é que a cirurgia que ele precisa nós não temos condições de pagar e o plano de saúde não cobre – ela

começa a chorar desesperadamente

Cecília: Como assim mãe? Onde foi? Ele tá internado onde? – comecei a ficar desesperada

Helena: Minha filha, preciso de você aqui – ela não para de chorar

Cecília: Ta ok, me espera ai . Beijo e fica bem – desliguei o celular e sai desesperada em direção ao trabalho

Chegando lá, encontrei meu chefe. Estava totalmente perdida, não estava enxergando direito, coração acelerado, boca seca e chorava incansavelmente.

João (chefe): Cecília, o que aconteceu? Por que você está assim? Se acalme, sente ai por favor – Ele tentava me acalmar

Cecília: Meu pai – comecei a chorar mais ainda – meu pai – sentei soluçando de tanto chorar – sofreu um acidente grave, está internado e precisando de mim. Senhor João, posso ir vê-lo?

João (chefe): Claro minha filha, nem precisa pedir duas vezes – ele sentou ao meu lado – Se acalme, arrume as suas coisas e vá ver o seu pai. Aqui no escritório, pode deixar que daremos conta, não se preocupe –

ele falou mansamente

Cecília: Obrigada senhor – eu tentava me acalmar

João (chefe): Se acalme primeiro, depois você volta para casa, arruma suas coisas e vai. Só volte quando tudo estiver resolvido – ele levantou e saiu

Eu tentei me acalmar, me deram água, ficaram ali comigo até o momento em que eu estive mais calma. Assim que pude, voltei para a casa e arrumei a minha mala. Segui a caminho de casa. A casa dos meus pais não era muito longe, umas três horas de carro.

Capítulo 2

Segui meu caminho, chegando na casa de meus pais, encontrei só a Luciana. Ela trabalhava com meus pais há alguns anos, uns 12 anos. Ela viu no meu rosto o puro desespero.

Luciana: Minha filha, se acalme. Como você pode vir dirigindo até aqui nesse estado? Se alguma coisa estivesse acontecido, você não iria conseguir resolver nada – ela falava enquanto pegava a minha mala

Cecília: Cadê a minha mãe? – eu estava chorando

Luciana: Está no hospital, com seu pai – ela colocou a minha mala no chão

Cecília: To indo lá agora – eu sai correndo

Fui direto no hospital, quando cheguei lá, dei o nome do meu pai e a enfermeira do setor me disse onde ele estava e me levou até lá. Cheguei lá e encontrei a minha mãe aos prantos de choro, meu pai estava cada vez pior, não acordava, não fazia absolutamente nada. Só definhava a cada minuto. Abracei a minha mãe bem forte, tentei confortá-la, mas senti o seu coração acelerado e seu semblante totalmente desesperado.

Helena: Eu não sei o que eu vou fazer sem o seu pai – ela chorava – eu não sei o que eu faço – ela me abraçava cada vez mais forte

Cecília: Mãe, calma – eu chorava junto com ela – Vamos salvar meu pai, nem que seja a ultima coisa que eu faça na minha vida – apertei ela no meu abraço

Helena: Mas como filha? A cirurgia é muito cara, nós não temos esse dinheiro todo. Seu pai precisa dessa cirurgia para ontem – ela soltou meu abraço e sentou na cadeira chorando mais ainda

Cecília: Eu vou pensar, rápido. Eu vou salvar a vida do meu pai. Nem que seja a ultima coisa que eu faça – sai dali desesperada

Quando eu estava saindo correndo pelos corredores do hospital, sem conseguir pensar direito, acabei me esbarrando em um homem, todo vestido no terno, sério, alto, muito bonito. Aparentava ter seus 35 anos, com o

ar sério.

Homem: Menina, cuidado. Não se anda correndo pelos corredores do hospital – ele fala ajeitando o terno

Cecília: Desculpa senhor – sai correndo, enxugando as lagrimas.

Homem: oh oh oh garota, espera ai – ele segurou o meu braço – o que ta acontecendo? Você não tem condições de sair daqui do hospital nesse estado

Cecília: Senhor, eu preciso correr! Preciso salvar a vida do meu pai, não posso ficar aqui esperando a solução cair do céu – eu falava aos prantos de choro – Preciso ir

E eu puxei o meu braço e sai. Ele veio atrás de mim, de fato eu não tinha condições nenhuma de sair daqui, mas eu precisava pensar como resolver e salvar a vida do meu pai.

Homem: Espera ai garota, o que aconteceu? – ele saiu correndo atrás de mim

Cecília: Senhor, eu não tenho tempo. Preciso correr contra ele – ele rapidamente me alcança

Homem: Garota, você não está vendo que eu estou querendo saber o que houve e que talvez eu possa ajuda-la ? – ele já estava impaciente com as minhas tentativas de sair correndo

Cecília: O meu pai está entre a vida e a morte, precisa de uma cirurgia de emergência, e a minha família não tem o dinheiro para fazer essa cirurgia e o plano não cobre – eu falava desesperadamente, sem parar – e eu não sei o que eu vou fazer! O senhor tem noção disso? EU VOU PERDER O MEU PAI SE POR UM ACASO EU NÃO CONSEGUIR ESSE DINHEIRO – cai de joelhos no chão chorando incansavelmente.

Capítulo 3

O homem estava sério, e ele viu em mim uma oportunidade de conseguir salvar o seu cargo. Esse homem se chamava Felipe, era o presidente de uma grande empresa. Seu pai havia dado esse cargo a ele, cargo esse que era seu. Felipe é um homem mulherengo, sempre gostou de muitas festas e bebidas, mas apesar disso, era totalmente responsável quando se tratava de empresa. Porém o seu pai não aguentava mais os escândalos envolvendo mulheres, bebidas, farras, e intimou o seu filho. Ele só continuaria na empresa, como presidente,

caso ele casasse com uma mulher e mudasse o rumo de farras, da sua vida.

Felipe, além de muito bonito, também sempre foi muito arrogante e se achava sempre muito superior. Ele se tornou assim depois de uma grande decepção amorosa. Ele já foi noivo, quando mais novo. Aos seus 25 anos, era noivo de Analice, uma mulher linda, a qual ele era completamente apaixonado, mas Analice o abandonou no altar, ela simplesmente no momento do sim, desistiu e saiu correndo. Foi morar em outra cidade. Com isso, Felipe se fechou e se tornou uma pessoa rude e arrogante.

Então, ao ouvir o meu desespero, Felipe rapidamente pensou em uma proposta.

Felipe: Calma garota, você está disposta a qualquer coisa para salvar a vida do seu pai ? – Ele perguntou sério

Cecília: Sim, faço qualquer coisa – eu já não estava raciocinando direito – Como o senhor pode ajudar? – Eu enxugava as minhas lágrimas

Felipe: Me acompanhe até o meu escritório e eu vou apresentar a você uma proposta – Ele saiu na frente e eu fui acompanhando

Segui ele até seu escritório. Ele entrou em um carro e eu fui seguindo. Paramos em um prédio muito bonito por final, rodeado por vidros, escuros. Não dava para enxergar absolutamente nada lá dentro. Quando entrei seguindo-o, vi que todos o cumprimentava com respeito, ele parecia muito importante e muito temido.

Ele parou em frente a uma porta, abriu e pediu que eu entrasse.

Felipe: Entre por favor – entrei toda sem jeito, nem sabia onde sentar – sente-se por favor aqui – ele apontava para umas cadeiras próximas a sua mesa

Cecília: Pronto, senhor – Sentei e aguardei ele falar

Felipe: Primeiro, meu nome é Felipe e eu sou o dono dessa empresa. Aliás, empresa do meu pai, na verdade, eu sou o presidente dessa empresa. Sou de uma família milionária, tenho um padrão e um custo de vida muito alto, mas trabalho muito para manter tudo isso – ele faz uma pequena pausa, bebe um pouco de água – Mas, para continuar com tudo isso aqui, o meu pai me fez uma exigência. Exigiu que eu me casasse e mudasse de vida – nesse momento, respirei fundo

Cecília: E qual é a proposta? – Engoli seco, com medo do que viria

Felipe: Você casa comigo e eu salvo a vida do seu pai, pagando toda a cirurgia e tudo o que ele precisar, todos os custos hospitalares e todo pós-operatório. Garanto o melhor para o seu pai, a melhor equipe médica, o melhor tratamento – ele ficou sério – então, o que você acha? – ele ficou aguardando a minha resposta

Gelei, fiquei sem ação, eu realmente não sabia o que eu ia fazer. Mas para salvar a vida do meu pai, eu não fiquei pensando muito.

Cecília: Aceito – foi apenas isso que eu consegui responder

Felipe: Só isso? – Ele ficou surpreso

Cecília: O que quer eu fale? – Fiquei olhando ele séria

Felipe: Ok! Qual seu nome? Nessa agonia, acabei não procurando. Me conte um pouco sobre você – ele colocou os braços em cima da mesa

Cecília: Meu nome é Cecília, posso responder tudo o que você quiser, mas pode ser depois? Meu pai está entre a vida e a morte e ele precisa urgentemente dessa cirurgia – eu comecei a chorar novamente lembrando de todo

desespero

Felipe: Certo, posso agilizar isso para você agora. Vou ligar imediatamente para o hospital exigindo a transferência do seu pai para o melhor hospital da cidade e que assim que for transferido, ele seja encaminhado

para a cirurgia. Só preciso que você aguarde um pouco. Estou redigindo um contrato para que não seja quebrado, após a cirurgia do seu pai. Não posso ser enganado – ele fala todo sério e pegando o seu celular

Apenas assenti com a cabeça e ele imediatamente começou a fazer algumas ligações. Em apenas 10 minutos ele havia resolvido tudo e no mesmo momento uma secretária entrou em sua sala e deixou um envelope.

Felipe: Pronto, aqui está. Apenas leia – e foi me entregando o envelope

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