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A Bela Adormecida E O Médico Encatado

Capítulo 1

E quando me dei conta estava tudo escuro, o silêncio era ensurdecedor e eu só queria saber como o ser humano que eu mais me importava nessa vida estava! Eu queria chorar, gritar mas não conseguia, ficava presa no dejavú do que tinha acontecido sem enterder o que poderia acontecer a seguir... Meu nome é Camila, tenho 19 anos recém feitos, moro na capital de São Paulo, nasci e cresci no interior e vim para capital para estudar. Namoro o Allan e estamos juntos desde o meu primeiro ano do ensino médio, ele é 1 ano mais velho que eu, temos um namoro conturbado por ele ser muito ciumento e está ficando cada vez mais desde que eu resolvi vim morar na capital para começar a faculdade, nós mais brigamos do que fazemos qualquer outra coisa! Allan esta cursando o terceiro ano de engenharia civil, namoramos um ano a distância nos viamos uma vez por mês pois ele teve que vir para capital e eu fiquei no interior terminando o ensino médio, o ciúmes dele piorou muito nesse tempo pois só nos falavamos remotamente e isso aumentou muito sua desconfiança apesar de nunca ter dado motivos para isso. Há um ano atrás me formei e passei na faculdade de medicina na capital, meu sonho é ser pediatra pois tenho um amor incondicional por crianças. Como passei aqui vim morar em uma republica divido o quarto com mais duas meninas, a Juliana que é minha melhor amiga desde a infância e a Talita. Trabalho no restaurante dos tios do Allan como caixa e uso o dinheiro para me manter e pagar a república. Allan é órfão de pais e foi criado pelos seus tios Gilberto e Ana Teresa, os pais dele faleceram quando ele tinha apenas 6 anos e deixaram muito dinheiro para ele pois, o pai dele era dono de muitas fazendas no interior. Os tios do Allan tem uma rede de restaurantes no estado e vieram para capital depois que ele entrou na faculdade, deram para ele um apartamento de presente de formatura e ele mora sozinho. Ele me chamou para morar com ele, mas minha mãe nunca foi a favor do nosso relacionamento, ela odiou a ideia quando disse que viria para a capital, não me deixou de maneira nenhuma morar com o Allan e me fez arrumar uma republica, não gostou nada da ideia também quando disse que ia trabalhar no restaurante dos tios dele mas foi o que consegui arrumar, preciso do dinheiro para me manter aqui. Ela ficou um bons meses sem nem falar comigo e isso me deixou muito triste, mas como ja faz um ano e ela viu que estou firme nos estudos ela voltou a falar comigo mas ainda não me trata da melhor forma pois ela não me perdoa por ter vindo para cá contra a vontade dela, ela fala até hoje que vim atrás do Allan e não dos estudos. Allan não gosta nada de eu morar em uma república pois la tem meninos e meninas e ele não suporta a ideia de que eu possa falar com outro homem que não seja ele, seu tio e os clientes do restaurante.
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Camila
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Allan

Capitulo 2

Capítulo 2
Levantei cedo para ir para o trabalho, naquela correria de sempre fiz minhas higienes pessoais, tomei um café da manhã, amarrei o cabelo em um coque, coloquei meu uniforme peguei meu material da faculdade e fui para o trabalho. Chegando no restaurante vi Allan sentado tomando café e conversando com uma moça bem atraente, fiquei olhando o quando ele era lindo e charmoso, loiro dos olhos claros, alto porém tem um gênio forte e dificil de lidar. Ao me ver ele me igonora e continua falando com o moça. Ele sempre foi assim, na época do colégio ele era o popular entre as meninas, sempre estava rodeado das mais bonitas e todas queriam ficar com ele. Sempre digo que quando nos vimos pela primeira vez foi amor a primeira vista, ele não parava de me olhar mesmo que de longe e eu fiquei admirada com tanta beleza que meu coração chegou a errar as batidas quando ele chegou perto, me disse que me achava linda e desde esse dia ele não saia do meu pé, falava que eu ia ser dele querendo ou não, até que um dia eu cedi de tanto a Juliana ficar falando na minha cabeça que ele estava caidinho por mim... Derrepente a moça se levanta e vem em direção ao caixa me fazendo voltar a realidade e lembrar que nem o caixa eu tinha aberto ainda. Ela sem aproxima e diz...
Moça: — Bom dia! É Camila né? ela fala olhando para o nome na plaquinha do meu uniforme e continua... — Sou amiga do dono, você pode cobrar por favor um suco de laranja, um lanche natural e um café expresso, ele não me deu a comanda pois nunca me deixa pagar. Ela fala com um sorrisinho no rosto.
Camila
Camila
— Bom dia, só um minuto por favor, eu comecei abrir o caixa agora!
Moça: — Ok querida eu espero!
Cobro o que ela me pediu e ela sai do restaurante. Allan se aproxima de mim como se nada tivesse acontecido...
Allan
Allan
— Bom dia meu amor, como você está? Dormiu bem?
Camila
Camila
— Bom dia estou bem e com você? ...
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa sobre aquela mulher ele ja emenda...
Allan
Allan
— Que bom que está bem! Vou indo se não vou chegar atrasado no trabalho, nos vemos mais tarde no aniversário do Michael?
Camila
Camila
— Há! Sobre isso, não vou poder ir no aniversário dele! Hoje tem trabalho na faculdade e eu não posso perder.
Allan
Allan
— Caralho Camila! Eu não acredito que você vai trocar o aniversário do meu melhor amigo por uma merda de trabalho na faculdade!
Posso ver a raiva dele em seus olhos.
Camila
Camila
— Allan me entende por favor! Eu estou com dificuldade nessa matéria e preciso fazer esse trabalho para não ficar em D.P.
Allan
Allan
— Faz o que você quiser, eu não vou insistir! Você vai ficar onde depois que sair do restaurante?
Camila
Camila
— Posso ficar no seu apartamento? Eu preciso estudar e na republica é muito barulho não consigo me concentrar. Me empresta as chaves?
Allan
Allan
— Fiz uma cópia para você, toma!
Ele joga a chave e sai sem nem me dar tchau. Eu fiquei sem entender, depois de um ano que estou morando aqui agora ele foi se preocupar em fazer uma cópia das chaves para mim? Porquê será?! Pego as chaves no balcão e quando me viro tem uma senhorinha com um olhar simpático me olhando e esperando para pagar sua conta.
Camila
Camila
— Hó! Me desculpe! A senhora viu tudo?
Senhora: — Bom dia minha querida, não precisa se preocupar, e sim vi o suficiente!
Cobro a comanda dela. devolvo o seu troco e quando ela está de saída me olha nos olhos e me diz...
Senhora: — Querida não fique assim! Você é jovem, bonita! Nunca deixe nenhum homem por mais apaixonada que você esteja te tratar dessa forma, você merece respeito, admiração e cuidado. Escute essa velha que já viveu muito para saber como uma mulher deve aceitar ser tratada.
Ela me olha com um sorriso no rosto e vai embora. O dia no restaurante foi muito corrido como sempre, mas não parava de pensar no que aquela senhora tinha me dito. Allan passou o dia sem responder minhas mensagens, saí do restaurante as 15 horas e fui até o apartamento dele estudar. Eu ia lá quase todos os dias, a república era muito bagunçada e barulhenta para conseguir me concentrar nos estudos, e sem falar que o apartamento do Allan era bem mais perto da faculdade e do restaurante. Como todos os dias saia do restaurante cheirando fritura da cabeça aos pés eu tomava um banho e ficava de calcinha e sutiã na cama do Allan estudando, assim ficava mais à vontade, afinal sempre ficava sozinha lá, depois ia para a faculdade e de la ia para a república. Fiquei horas estudando e fazendo alguns trabalhos ate que adormeci. Derrepente do nada eu sinto algo puxando minha calcinha e me penetrando, uma dor forte e incômoda toma conta de mim, olho para trás era o Allan.
Camila
Camila
— Haaaiii! Allan o que você está fazendo? Haaa! Para com isso Allan!
Allan
Allan
— Para com isso? Você ta doida? Eu chego na minha casa minha namorada está na minha cama de calcinha e sutiã com essa bunda pra cima e você me manda parar? Quem vê você não queria isso né sua vadia! Não foi no aniversário comigo para ir para faculdade, que faculdade linda essa né? Que surpresa maravilhosa gata!
Na hora que escuto sua voz eu percebo que ele está bebado, está falando arrastando e devagar. Enquanto ele fala vai socando seu membro em mim com violência, levanta meu quadril para eu ficar de quatro me segura forte e aumenta a pressão das estocadas me fazendo gritar de dor.
Camila
Camila
— Allan pelo amor de Deus para com isso, você está me machucado, porque está fazendo isso comigo? Eu perdi a hora era para eu estar na aula. para com isso, esta doendo eu não estou lubrificada!
Allan
Allan
— Eu estou fazendo isso por que você gosta sua vadia, ninguém fica semi nua no quarto de um homem se não for para dar para ele! E você não está lubrificada meu bem? Não seja por isso, toma!
Ele tira seu membro para fora, cuspe nele passa a mão e enfia novamente, cada vez mais forte e violento. Depois que ele cuspiu não doeu tanto então eu fico quieta para ver se ele termina logo e me deixa sair desse pesadelo. Em poucos minutos ele goza, me empurra para frente eu caio de cara na cama ele tomba para o lado e dorme em poucos segundos. Eu fico ali, meu corpo esfria e a dor me envolve totalmente, depois de um certo tempo eu recupero minha força vou até o banheiro e ao tirar minha calcinha percebo que ele me tirou sangue, nesse momento as lagrimas são mais fortes que eu, a dor física não me incomodava mais, doia a alma, liguei o chuveiro sentei no chão e chorei incontrolavelmente.

Capítulo 3

Fiquei sentada no chão de baixo do chuveiro chorando eu não sei quantas horas, não conseguia entender o motivo dele ter feito isso comigo, eu nunca tinha visto ele violento assim, ele já tinha ficado bêbado antes, na verdade isso era comum quando ele saia com os amigos, mas assim nunca. Tomei coragem me levantei me enrolei na toalha e fui até a sala, de lá olhei no quarto e ele estava imóvel na cama. Me encolhi na poltrona que ficava no canto da sala e dava vista para a cama assim se ele se atrevesse a vir pra cima de mim eu estaria atenta para fugir. Quando me dei conta eu estava chorando de novo, como doia ele praticamente me estrupou. Fiquei horas chorando e adormeci, acordei com o dia amanhecendo. Fiquei ali encolhida e algum tempo depois meu celular que estava no quarto despertou pois já tinha dado o horário que eu geralmente acordo todos os dias para trabalhar, o barulho fez Allan acordar, ele sentou na cama e viu que o lençol estava sujo de sangue, ficou de pé e notou que estava com a calça abaixada pra baixo do joelho e sua cueca toda torta, então ele começou a olhar em volta e me viu encolhida na poltrona da sala chorando.
Allan
Allan
— Camila o que você está fazendo aqui? O que aconteceu? Porque você está chorando?
Eu nesse momento pensei que ele estava a fingir não saber de nada e comecei a chorar mais ainda. Ele me olha sem entender nada e vem na minha direção como se fosse me consolar.
Camila
Camila
— Não chega perto de mim Allan!!
Falo gritando em meio aos meus soluços.
Allan
Allan
— Camila, o que aconteceu me conta, eu te machuquei?
Camila
Camila
— Você quer saber se me machucou? Você não lembra o que você fez? Para de mentir seu cretino miserável, você é um monstro!
Falo com ele gritando e ele olha-me com uma cara de desespero.
Allan
Allan
— Eu não lembro o que fiz, eu não sei nem porquê você está aqui! Eu fui no aniversário do Michael e bebi mais do que devia, peguei um taxi para a casa e não me lembro de mais nada daí em diante. O que eu te fiz, me fala Camila pelo amor de Deus!
Camila
Camila
— Não coloca Deus no meio disso, ontem quando eu pedi para você parar em nome dele você me ignorou. Você não lembra o que você fez Allan? Eu perdi a hora para a faculdade pois dormi na sua cama enquanto estudava, só que eu estava de calcinha e sutiã, e você chegou bêbado me encontrou e me estrupou, você tirou sangue de mim, eu implorei para você parar e você não parou até gozar. Depois morreu ai na cama e me deixou chorando de dor largada. Você é um monstro!
Quando terminei de falar minha voz foi envolvida pelo o choro que estava entalado na minha garganta. Allan estava pálido com cara de assustado, colocou as mãos na cabeça e ficou andando de um lado para o outro enquanto eu chorava. Derrepente ele cai de joelhos na minha frente.
Allan
Allan
— Camila eu sei que nada do que eu falar vai anular o que eu fiz, mas me perdoa, eu não me lembro de nada disso, acordei sem entender nada vi sangue no lençol e quando vi você na poltrona chorando eu entrei em desespero. Eu não acredito que fiz isso, eu não posso ter feito isso, não com você! Camila eu te amo me perdoa pelo amo de Deus! Eu estava fora de mim!
Continuo de cabeça baixa debruçada nos meus braços, e ele se levanta e me envolve com seus braços mas eu não correspondo, ele percebe e se abaixa e encosta sua testa na minha.
Allan
Allan
— Meu amor me perdoa, por favor, olha pra mim!
Eu levanto minha cabeça e olho para ele.
Camila
Camila
— Allan sai de perto de mim! Pega minhas roupas e meu celular.
Ele levanta e faz o que eu pedi, eu pego as minhas roupas e vou até o banheiro, sinto dor ao andar, troco-me e pego o celular para chamar um táxi, quando ligo a tela tem 15 chamadas pedidas da Juliana, e umas 8 da Talita, e várias mensagens perguntando se estava tudo bem? Onde eu estava e porque não atendia? Chamei uma taxi, saí do banheiro e o Allan estava na porta me esperando.
Allan
Allan
— Você está bem? Você me perdoa?
Olho em seu rosto e aparenta tristeza, passo direto por ele e não respondo nada. Vou até o quarto e pego meus livros, meu notebook e coloco na mochila, procuro dinheiro para pagar o taxi e lembro que gastei o que tinha ontem. Enquanto isso o Allan continua andando atrás de mim pedindo desculpas.
Camila
Camila
— Allan, eu vou precisar de tempo para te perdoar, isso se eu te perdoar algum dia! Agora já que você acabou comigo me da, um dinheiro para pagar o táxi que já deve estar me esperando lá em baixo, é o mínimo que pode fazer por mim!
Eu não sei nem da onde tirei forças para falar isso para ele.
Allan
Allan
— Vo-vo-cê vai embora? Para onde você vai? Camila me perdoa por favor!
Camila
Camila
— Vou, eu vou para minha casa, avisa para seu tio que hoje não vou trabalhar que não estou passando bem, inventa qualquer coisa. Agora me dá o dinheiro Allan, e se você quiser ter uma chance de eu te perdoar não me procura, se eu quiser eu vou te procurar.
Ele pega a carteira e me da 100 reais.
Camila
Camila
— Não precisa de tudo isso, é só um taxi!
Allan
Allan
— Não tenho trocado, fica com o resto para você... E Camila, leve o tempo que precisar, mas um dia me perdoe!
Olho para ele e vou embora. Chego em casa e pago o taxista com os 100 reais e falo para ele ficar com o troco. Não queria ficar com dinheiro do Allan, não queria ouvir o nome dele, só de pensar nele meus olhos enchiam de lágrimas. Chego em casa e subo até meu quarto, deito na cama e mando uma mensagem para a Juliana avisando que estou bem. Fico ali e durmo o dia todo. Acordo já e mais de 18 horas com a Juliana chegando no quarto, parecia um furacão.
Juliana
Juliana
— Camila sua vaca, onde você estava? Pelo amor de Deus, por que não atendia esse telefone? Sabe o jeito que me deixou? Eu quase morri de agônia eu quase chamei a polícia não tem ideia, se me disser que estava com o Allan e não atendia o telefone por frescura eu juro que lhe mato.
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Juliana
Ela foi entrando no quarto e falando histericamente comigo. Eu estava sentada na cama olhei para ela e desmontei totalmente, me bateu o desespero e eu chorei feito criança quando se machuca. A Juh só me abraçou e não me perguntou nada, fiquei ali mais de meia hora abraçada com ela chorando e ela fazendo carinho no meu cabelo. Quando me acalmei um pouco ela me afastou secou minhas lágrimas olhou pra mim e perguntou.
Juliana
Juliana
— Meu amor o que aconteceu? O que fizeram para você ficar desse jeito?
Eu e a Juliana somos amigas desde o maternal, e eu sempre confiei muito e sei que posso contar com ela para tudo. Contei para ela tudo o que aconteceu em meio as lágrimas e crise de desespero. Juliana ficou incrédula com tamanha crueldade ela não imaginava que o Allan seria capaz de fazer o que ele fez, e para ela o fato de estar bêbado não quer dizer nada pois acredita que a bebida mostra o que a pessoa realmente é, ela tira as máscaras das pessoas diante de todos. Ela queria que eu denunciasse ele pelo que fez, mas eu disse que não queria prejudicar ele e a vida dele, e que só ficando longe dele para mim estava bom.
Camila
Camila
— Amiga obrigada por me ouvir e estar do meu lado nesse momento difícil.
Juliana
Juliana
— Você sempre pode contar comigo, minha linda!
Camila
Camila
—Eu sei, e você comigo! Viu você precisa se trocar pra ir para aula. Está quase na hora.
Juliana
Juliana
— E você acha mesmo que vou para aula e deixar você aqui sozinha? Mas de jeito nenhum!
Camila
Camila
— Juh hoje tem prova, você tem que ir se não vai perder e vai se prejudicar.
Juliana
Juliana
— Não to nem aí, a minha melhor amiga não está nada bem, e se ela não vai eu não vou também. Até parece que vou deixar você sozinha chorando, se for para você ficar de D.P, eu também vou ficar e nós vamos repor essa matéria juntas. Agora levanta dessa cama vai tomar um banho por pijama que eu vou pedir uma pizza e vou fazer brigadeiro para gente se entupir de comer.
Camila
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— Você não existe amiga. Obrigada por tudo, eu te amo muito.

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