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Eu Compro Essa Mulher!

Capítulo 01

SÓ PARA DEIXAR CLARO

⚠️ AVISO ⚠️

MEUS ROMANCES E NOVELAS CONTÉM COMO NOTA DA AUTORA ALGUMA COISA DE POESIA.

CONTÉM CENAS ERÓTICAS E DE VIOLÊNCIA.

O CONTEÚDO É PARA MAIORES DE 18 ANOS.

SE NÃO GOSTAM JÁ NEM COMECEM A LER.

SE FOR PARA DEIXAR COMENTÁRIOS DESAGRADÁVEIS POUPEM-SE.

TODAS AS MINHAS NOVELAS E ROMANCES, TEM FOTOS DOS PERSONAGENS, PERDOEM-ME SE NÃO CARREGAR PARA ALGUÉM.

A escritora apresenta uma linda história de amor!

Lya Darella Conti.

Violet não acreditava que estava a passar seu primeiro aniversário sozinha, depois de dessessete anos maravilhosos em companhia dos seus amados pais, num lugar simpático da Escócia chamada Grassmarket, uma área de Edimburgo localizada na parte antiga da cidade.

Aqui começa a história de uma jovem, que se vê obrigada a lutar pela sobrevivência, após ter perdido os seus pais precocemente.

Violet Campbell,17 anos filha de Wallace Campbell 45 anos e Lindsay Smith 39 anos (in memorian).

Uma jovem sonhadora, que tinha a pretensão de ser uma médica de renome, mais precisamente uma cirurgiã pediátrica.

Violet \= Sinto os meus sonhos perdidos, sem hipótese alguma de um dia retomá-los.

Preciso trabalhar, como sou ainda muito jovem, tenho que aceitar, digamos, sujeitar-me ao que estiver ao meu alcance.

Ainda não consigo acreditar como o meu pai foi fraco e não se preocupou se eu estava a sofrer também, e precisando do seu amparo.

Como ele pode me deixar sozinha nesse mundo, porque não foi forte pra aguentar a morte de minha mãe, e nos apoiarmos um no outro?

Violet perdeu a mãe vítima de um câncer galopante aos 39 anos, o pai que não se conformou com a morte da esposa, caiu em depressão e começou a beber, e jogar compulsivamente.

Assim foi jogando fora, o pouco do patrimônio que restava, pois, com a doença da sua esposa ele já gastara muito para tentar salvá-la.

Quando Violet viu que lhes restavam pouco dinheiro, saiu a procura de um emprego.

Com seu carisma e educação, logo foi contratada em um café famoso da cidade, onde era frequentado por muitas pessoas importantes.

A dona do café, uma senhora muito elegante e simpática logo encantou-se com Violet.

Senhora Mirna

Pediu que começasse já no dia seguinte.

Pois, estava com o quadro de empregados de mesa desfasado.

Violet ficou muito feliz, o salário não era muito, mais daria pra ajudar nas pequenas despesas.

Violet estava satisfeita no momento, e assim os dias foram a passar, e a dor pela morte da mãe estava mais suportável, já que chegava muito cansada, tomava um banho e dormia exausta.

O seu pai estava sempre bêbado, nas poucas vezes que se encontravam, e nada do que ela tentasse falar, fazia efeito.

Muitas vezes ele chegava a cambalear quando ela já saía para o trabalho.

Em uma certa tarde, quando Violet chegava do trabalho, viu um movimento estranho em frente sua casa e sentiu um aperto no peito quando a sua vizinha Emily, veio ao seu encontro.

Quase que não precisou que Emily lhe dissesse o que acontecera.

A sua intuição já estava lhe passando a real.

Emily que era uma amiga da sua mãe Lindsay, a abraçou e disse.

Voce precisa ser forte querida.

Precisa ir ao IML reconhecer o corpo.

Seu pai saindo bêbado de um bar, perdeu o equilíbrio e foi atropelado.

Violet se fechou como uma ostra, e sem derramar uma lágrima, foi tomar as providências para o sepultamento.

Violet \= de hoje em diante serei eu, e eu, preciso sobreviver.

💭

E as flores adocicadas que enfeitam minha palidez,

são os traçados das cruzadas onde a minha vida se desfez.

Memória...traços...

Agora não mais presentes no aconchego de um abraço,

na saudade de quem esta ausente.

Uiva estranho o vento, roupas e folhas se sacodem

trazendo no dorso os sentimentos que no meu peito explodem.

E em minhas noites tão vazias assim a história se fez.

VIOLET CAMPBELL

WALLACE CAMPBELL

LINDSAY SMITH CAMPBELL

GRASSMARKET

Capítulo 02

O sepultamento do pai aconteceu o mais cedo possível.

Violet queria apenas poder voltar para casa, sentar num canto e pensar, pensar muito, para talvez conseguir chorar, já que não tinha conseguido derramar uma lágrima sequer ainda.

Pensar muito, tentar acreditar que aquilo não era um pesadelo.

Precisava processar aquele filme de terror que estava a passar pela sua vida, chegando em casa ligou para o café onde trabalha, explicou a dona Mirna o que acontecera, aquela simpática senhora falou que ela podia ficar o dia em casa.

O dia foi a passar e Violet andava de um lado para o outro sem saber bem o que fazer, se perguntando a todo instante o porquê em tão pouco tempo a sua mãe e o seu pai foram embora para sempre.

Meu Deus tudo tão trágico, será que terei forças para seguir ir em frente sozinha?

Minha mãe se estivesse aqui me diria《 Filha, nunca esqueça as lições aprendidas com a dor 》

Então ali cansada, com a sua cabeça fazendo redemoinhos com tantas perguntas sem respostas, ela adormeceu no sofá da sala.

As horas passaram como loucas e quando acordou levou alguns instantes para lembrar de tudo o que acontecera.

Um pouco tonta foi até o banheiro tomou um banho, e já tentando achar forças para ir trabalhar foi até a cozinha tomar um café forte.

Agora mais do que nunca precisava muito desse trabalho.

Ainda tenho um teto, e com o pouco que ganho vou me virando.

Sim isso.

Tenho um teto, (pensamentos).

Os meus pais deixaram-me essa casa que é simples mais é o meu "lar doce lar".

Aqui ainda tem o cheirinho da minha mãe.

Um cheiro de cravo com tomilho e canela, a minha mãe fazia essa mistura para dar um cheiro aconchegante e único pra a nossa casa. "era o cheirinho da minha mãe".

Violet \= preciso vestir uma roupa que seja quente, porque olhando pelo vidro, vejo pessoas caminhando já cedo pelas ruas, indo de encontro aos seus trabalhos e estão superagasalhadas, aqui é janeiro e o frio é intenso.

Estou a tentar agir como se o meu coração não estivesse também virado em uma pedra de gelo.

Parece que ouço a minha mãe falando.

Querida filha, és jovem, doce, por onde passa encanta a todos, dona de uma força divina, mesmo em meio a tantos problemas nunca desista de acreditar que tudo o que acontece na nossa vida têm um propósito.

Sim, era isso que ela me falaria.

Saio de casa com destino ao meu trabalho, vou caminhando, pois ainda tenho um tempo.

Passo comprimentando algumas pessoas, mesmo sem conhecer é gostoso interagir e faz-me sentir um pouco menos sozinha.

Chego no café e sinto-me bem, aquele cheiro, vejo alguns rostos já conhecidos, parece que era disso que eu estava precisando pra esquecer os dois dias anteriores em que me vi tão perdida e só.

Dona Mirna quando me vê chegando, apresa-se em vir ao meu encontro ,me abraça carinhosamente, aquele abraço é bom.

DONA MIRNA

Dona Mirna \= sinto muito minha querida, mais seja forte, as perdas ensinam-nos muita coisa.

Os seus pais foram chamados para voltar para casa.

Cumpriram o que vieram fazer e precisaram voltar.

Agora seja uma boa menina, e não fique se questionando, apenas espere o tempo passar e siga.

Esperar não significa parar de lutar, mas usar esse tempo para alargar-se, para entender qual seria a escolha certa e, só assim, seremos ungidos por algum resquício de devoção quanto as demoras.

Agora vá colocar o seu uniforme, e mãos à obra, nada melhor do que se ocupar para esquecermos as amarguras da vida.

Muitas pessoas nesse café, estão a sentir falta do seu carinho e carisma na hora de servi-los.

Violet \= sim essa era minha intenção.

Visto o meu uniforme e já venho para as mesas anotar os pedidos.

Vou a uma mesa no canto onde uma moça ruiva muito linda e elegante está sentada, à mais ou menos uma semana que a vejo aqui diariamente, todas as manhãs de certeza e na mesma mesa sentada sozinha, o olhar sempre distante e vago.

O pedido é sempre o mesmo.

Sempre pede o típico café escocês.

Ele é constituído por ovos, bacon tomates grelhados, salsicha, feijões, torradas e black pudding.

Moça \= olá, bom dia flor do dia, senti a sua falta, estava de folga?

Violet \= bom dia senhorita.

Nunca imaginei que a senhorita havia-me notado.

Sim, eu estive de folga para resolver problemas familiares.

Moça \= pode-me chamar de Donatella.

Sinto os seus olhos tristes, e o seu sorriso sempre tão cativante, hoje está forçado.

Algum problema?

Como se chama querida?

DONATELLA

Violet \= chamo-me Violet senhorita.

Aquela bela moça passava-me a impressão de estar a precisar de alguém para conversar e puxava assunto comigo.

Como pode, tão linda, com certeza para frequentar um café desse nível era também de um nível financeiro alto.

Isso faz-me entender que se olharmos para o lado sempre encontraremos alguém com problemas até piores que os nossos.

Porque essa moça com esse olhar vago não estava nada bem.

Isso era nítido.

Violet \= sim, estou com alguns problemas que só o tempo poderá amenizar.

Perdi a minha amada mãe à (três) meses, vítima de um câncer, e à dois dias perdi o meu pai. na verdade, perdi o meu pai na hora que sepultamos a minha mãe, foram só questão de dias para que ele se fosse.

O meu pai não aguentou e caiu na bebida, morreu atropelado na saída de um bar.

Antes de ontem sepultei-o.

Eles foram-se e deixaram-me.

Éramos só nós três.

Donatella\= hOo bambina sinto muito.

Violet \= senhorita se me da licença preciso servir outros cafés.

Obrigado pelo carinho.

Violet seguio servindo várias mesas, o café estava cheio, o frio que estava fazendo, incentivava os clientes à entrarem no local que era tão aconchegante.

O dia passou rápido, eram quase 17 horas,Violet foi para o seu armário trocar de roupas.

Era seu horário de saída.

Engraçado essa sensação que sinto de que algo ainda está para acontecer, esse sentimento acompanhou-me por todo o dia.

Deve ser porque ainda me encontro em estado de choque, nada mais me pode ser tirado, não tenho mais ninguém.

Vou caminhar um pouco até chegar em casa para espairecer.

💭 Aquela senhorita Donatella impressionou-me muito, uma moça fina cheia de requinte, perdendo o tempo querendo conversar com uma simples empregado de mesa. Parecia mais infeliz do que eu…

"Coitada"

💭

Eu ainda lembro do tempo em que era fácil viver.

O mundo caía aos pedaços e sem eu pedir nada, havia um par de braços no meu redor a proteger-me que me dizia que eu não ia cair.

Eu ainda lembro do tempo em que era fácil querer levantar-me.

Exigia apenas uma lágrima.

Uma respiração profunda.

E erguer-me de um salto para seguir o meu caminho.

Hoje apagaram-me os caminhos.

E não está fácil.

Sinto dois braços distantes de mim, ainda crentes na minha força. E sinto a lua apagada no céu.

E o mar com ondas de mentiras.

A CAMINHO DE CASA .

Capítulo 03

Violet caminhou pelas ruas, olhou ‘vitrines’, comprou pães e algumas coisas que estavam a faltar em casa.

Mais, não sentia vontade de ir para casa.

A sensação de não encontrar ninguém a esperar-lhe dava-lhe calafrios.

Mas olhou para o céu e o tempo estava a fechar, estava muito frio, já estava bem-dizer anoitecendo e achou até que fosse cair alguma chuva, então foi a tomar o rumo de volta.

Quando foi chegando perto de casa, viu que na frente do portão tinha dois homens lhe esperando.

O que será agora, nunca os vi, não conheço essas pessoas.

Violet perguntou, quem são vocês o que querem?

Eu sou a dona da casa.

Em que posso ajudar?

Um dos homens o mais velho com cara de doido, se aproximou e disse:

Essa casa não é mais sua garota, agora é minha, eu sou George e esse é o meu segurança, e estou-lhe dando três dias para você sair de dentro dela.

Violet \= Um soco na boca do estômago, foi o que senti naquele momento.

Como assim essa casa não é mais minha, é a única coisa que eu tenho, foi o que meus pais me deixaram antes de partir.

Homem \= O seu pai era um bêbado viciado em jogos e perdeu essa casa no jogo, agora ela não é mais sua, é minha, portanto trate de arrumar as suas tralhas e sair no prazo que lhe dei.

Que eu não precise usar a força.

Nesse momento Violet viu quando o tal segurança colocou a mão na cintura, querendo com certeza lhe intimidar com uma arma que carregava presa ao cinto.

Falando isso eles foram embora num carro preto de luxo.

Violet entrou a sentir dificuldades ao caminhar, as suas pernas tremiam.

Largou as compras em cima da mesa e sentou no sofá sem conseguir pronunciar uma palavra.

Com certeza passou algum tempo ali parada se recusando a aceitar o que estava a acontecer.

Sentindo que a sua alma saiu do corpo, voltando num susto quando viu que estava a chover muito lá fora, na verdade, caindo uma tempestade, a mesma tempestade que cobria a sua vida, a chuva batia no chão com tanta força que chegava a sair fumaça.

O vento era muito forte e gelado, a ponto de congelar os ossos em segundos.

Era pleno mês de janeiro e o frio era intenso demais.

Violet batia queixos, mais não era desse frio e sim de nervosa.

Preciso de um banho quente, deixar que a água carregue as minhas dores.

Queria muito conseguir chorar, parece que se eu conseguisse chorar, conseguiria aliviar a minha alma e pensar melhor.

O que mais poderá-me acontecer meu Deus?

Sofri muito com a partida abrupta dos meus pais, mais agora não ter mais um teto, isso é um pouco demais para eu poder processar.

Violet tomou um banho quente e demorado, ao menos o aquecedor era bom e a casa estava quentinha.

Secou-se e vestiu um pijama confortável com pantufas nos pés, jogou por cima de si um manto de croche que era da sua mãe, foi até a cozinha e preparou um chocolate quente com sanduíches.

Tenho três dias para dar-me ainda o luxo de ter uma casa para voltar, um banheiro aconchegante, um sofá para ver algum filme tomando um chocolate quente, e uma cama quentinha.

Já sinto saudades disso tudo.

Ainda não sei para aonde ir, não tenho aonde pedir ajuda.

Emily a minha vizinha, era amiga da minha mãe, uma pessoa caridosa mais vive de forma atabalhoada com o marido que é um tanto ignorante, e ainda por cima dividi dois quartos com quatro filhos.

Não seria justo eu pedir-lhe ajuda.

Ainda não sei o que fazer.

Ganho tão pouco, não conseguiria nunca pagar um aluguel.

Dona Mirna nem pensa, não posso misturar as coisas, não posso arriscar perder esse emprego, melhor que ela nem venha a saber disso tudo.

Foi tão generosa me dando a oportunidade de trabalhar sendo eu ainda de menor.

Bom vou deixar para pensar no que fazer amanhã, já está tarde, preciso dormir, levanto cedo, conforta-me saber que vou subir as escadas e encontrar a minha cama.

Por hoje, ainda, por hoje vou fazer de contas que a minha cama estará todas as noites esperando por mim.

Violet antes de se deitar resolve adiantar algumas coisas, pois sabe que jamais se atreveria a ter um atrito com o homem que agora se dizia dono da casa.

A cara dele era de poucos amigos.

Por ser ainda uma menina, não colocaria a sua vida em jogo até por não ter ninguém para defendê-la.

Pegou duas malas que eram da sua mãe, e em uma foi a colocar as suas roupas, ela tinha poucas roupas e sapatos, e uma mala foi o suficiente.

Na outra ela colocou umas lembranças que gostaria de levar, tipo fotos de seus pais alguns bibelos que eram de sua eterna mãezinha e seu ursinho de pelúcia que se chamava Romeu, que ela considerava o seu melhor amigo.

Também cadernos de receitas da sua mãe.

E uns casaquinhos de croche que eram seus xodos.

O resto ficaria na casa, pois não teria para onde levar.

Lembrou de pegar uma manta e um travesseiro.

Violet logo adormeceu.

Acordou com uma fresta na cortina anunciando que amanheceu.

Era hora de levantar.

Foi para o banheiro fez sua higiene e já foi logo se arrumando com muita roupa quente para enfrentar o frio que fazia la fora .

Dois dias, ainda tenho dois dias.

Violet abre a porta para ir trabalhar e antes de sair, olha para dentro da casa como se estivesse se despedindo, não entendendo o porque daquela sensação de que seria ali sua despedida, que após fechar a porta não voltaria nunca mais.

Ainda tenho dois dias, porque estou-me a sentir assim como se a partir de agora vou embora de vez?

É a tristeza me tomando conta antecipadamente.

Te respondo tristeza: 💬

Aconcheguei-me nos teus braços.

Nos braços da solidão.

Mesmo sem palavras, havia tons de despedida entre nós.

Ir embora faz parte das minhas asas abertas.

Das asas que me pediste que abrisse quando aqui chegasses. Ainda assim, às vezes, para viver, preciso desta sensação de que tu vais estar sempre aqui. Mesmo depois de ter partido!

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