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Queime Amor!

Luther e Skyler!

Meu nome é Luther, Luther Scott Henderson, tenho 27 anos, pele bronzeada, olhos verdes e cabelo preto, eu não sou de me gabar, mas meus 1,93 de altura e meu corpo atlético me dão ótimas chances com as mulheres… O problema mesmo é que eu me preocupo demais com o trabalho, então nunca tenho tempo para procurar uma namorada.

Se caso esteja se perguntando, eu não sou virgem, mas posso dizer que já faz 2 anos que não sei o que é sexo, é justamente o tempo que estou trabalhando na minha área. Caso esteja curioso, o meu trabalho é no departamento de contenção Super. Isso mesmo, quando eu digo Super, estou falando de super humanos com poderes de verdade.

Sabe, a muito tempo atrás, os super eram em número bem menor do que costumam ser atualmente, fora que para cada super que resolvia usar seu poder para o mal um super resolvia que queria ser um super herói… O problema é que nos tempos de hoje a quantidade de super aumentou drasticamente, para cada 10 pessoas 4 são super sendo que a alguns anos atrás eram 10 para 2.

Com o aumento dos super, o departamento de contenção de super foi fundado, ou como é chamado, DCS. Eu entrei para o departamento ano passado, mas depois de 5 anos de treino e dedicação… Mesmo assim sou chamado de novato pelos meus colegas.

Bom, apesar disso eu tenho um parceiro chamado Skyler Watson Miller, um cara muito gente boa com quem racho o aluguel de um apartamento bastante espaçoso e confortável. Skyler tem 22 anos, olhos castanhos escuros, pele morena e cabelo castanho escuro, o mesmo tem 1,63 de altura e é magro, mas muito inteligente, seu QI é muito mais elevado do que o normal e isso o torna perfeito para um parceiro de apoio. Depois dos expedientes ele gosta de ir à biblioteca para estudar e aprender cada vez mais sobre os tipos de super que podemos acabar enfrentando futuramente… Não que a gente já não tenha enfrentado alguns, mas no geral é sempre um fracote que se envolveu em uma briga de bar etc.

Skyler entrou precocemente na DCS por conta de sua genialidade, afinal de contas o departamento só aceita pessoas com 25 anos de idade, mas uma exceção foi aberta para Skyler após ele derrotar um super com poderes de fogo em público usando apenas equipamentos que o mesmo produziu com sucata da garagem de seus pais.

Quando eu entrei na minha divisão, Skyler entrou junto comigo, é claro que achei muito estranho um cara com apenas 21 anos entrar já como o meu parceiro sendo que eu também era um novato… Mas após ler a ficha dele eu acabei pagando com a língua… Ele passou em todos os testes com 100% de aprovação, com exceção do teste físico que foram apenas 67%. Já eu passei com 70% no geral e nos testes físicos eu fiquei com 100%.

Resumindo, eu e Skyler já trabalhamos juntos a 1 ano e nos tornamos grandes amigos. Nossas patrulhas nunca são entediantes, o cara é muito engraçado para uma pessoa tão inteligente… Ele consegue até fazer piadas de duplo sentido de vez enquanto.

(Então vamos ao que interessa, certo?)

O dia estava sendo um pouco tedioso, Skyler e eu estávamos em patrulha super ansiosos por um chamado, mas nada aparecia. Ao cair da noite, o nosso turno estava quase no fim, quando de repente uma chamada no rádio.

“Atenção todas as unidades, problema com super desorientado na rua B15, bairro Uivo, o super é do tipo sombra e é bastante hostil.”

Eu olho para Skyler que olha para mim de volta com um sorriso.

- É o que estávamos esperando, Skyler?

- Vamos dar uma surra nele, Luther.

Skyler liga a sirene e afunda o pedal do acelerador. Não demora muito e nós chegamos no local, não havia nenhuma outra patrulha e é ai que vemos algo muito incomum, a rua estava vazia.

- Onde está o tal super?

- Luther, qual foi a última vez que vimos essa rua vazia desse jeito? – Pergunta Skyler olhando de um olhando para o outro.

Eu olho em volta e vejo que de fato não havia ninguém por perto, então eu pego o rádio para confirmar a ocorrência.

- Aqui é a viatura DCS 066, preciso de uma confirmação da ocorrência no bairro Uivo, rua B15. – Infelizmente não houve nenhuma resposta do rádio.

Eu olho para Skyler e um estranho chiado vindo do rádio provoca uma dor horrível em nossos ouvidos.

- Luther desliga essa porra!!! – Grita Skyler sentindo muita dor.

Eu desligo o rádio rapidamente e em seguida saio do carro.

- Mas que porra foi essa? – Pergunto desorientado.

- Droga Luther, meus ouvidos estão zumbindo! – Diz Skyler saindo do carro também desorientado.

Eu olho em volta e vejo uma menina com um capuz vermelho nos observando de longe.

- Ei, Skyler, você está vendo a garotinha de capuz vermelho?

- Garotinha, que garotinha? – Pergunta olhando em volta.

- Para com isso, você não está vendo ela?

- Não Luther, eu não estou vendo garotinha nenhuma.

De repente a garotinha faz um sinal para que eu a seguisse e corre para um beco escuro.

- Ela entrou naquele beco! – Digo apontando.

- Luther será que o rádio acabou com o seu cérebro, não tem ninguém lá.

Poderia ser coisa da minha cabeça? Eu não sei se realmente poderia ser, mas se aquela garotinha estiver sozinha, ela pode estar em perigo já que há um super hostil solto por aí.

- Skyler, eu vou dar uma olhada naquele beco. – Digo caminhando em direção ao beco.

- Ei, espera aí Luther, você só pode estar de brincadeira comigo.

Algo estava me chamando para aquele lugar, eu não sabia o que era, mas precisava ver com meus próprios olhos se eu estava louco ou não.

- Luther, você está me ouvindo? – Skyler pergunta enquanto me segue.

Assim que eu volto a mim mesmo, eu olho para Skyler por um breve momento e depois continuo seguindo em direção ao beco.

- Que bom que resolveu vir comigo, Skyler.

- Parece que você não me deu muita escolha, né?

- Obrigado meu amigo.

- Nada de obrigado meu amigo, eu quero um sorvete de baunilha depois, na sua conta.

- Pode deixar comigo. – Digo depois de uma risada.

A garota do inferno!

Eu entro no beco escuro à procura da garota de capuz vermelho, Skyler apesar de ter vindo comigo, não parava de resmungar baixinho.

 

- Que isso cara, por quê eu tive de vir junto?

 

- Você é meu parceiro, não é isso que parceiros fazem? – Eu termino com uma risada.

 

- Droga Luther, não era para você ter escutado isso.

 

- Então qual é o sentido de uma pergunta que não queremos que seja respondida?

 

- Aff, Luther, cala a boca.

 

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa a garota do capuz vermelho aparece bem diante de nós.

 

- Ei Skyler, você está vendo ela?

 

- Cara, eu não estou vendo ninguém.

 

A garota sorri e estala os dedos, Skyler se assusta na mesma hora.

 

- Mas o quê, o que está... Luther eu estou vendo ela agora! – Diz espantado.

 

- Beleza, agora eu sei que não estou ficando louco!

 

- Eu pensei que você seria mais inteligente, Meiphith. – Diz a garota.

 

- O quê, do que você me chamou? – Pergunto confuso.

 

- Ou, é verdade, ela te deu um nome humano.

 

- Do que você está falando?

 

Skyler toma a frente olhando para a garota dos pés a cabeça, em seguida ele faz uma pergunta.

 

- Você por acaso é um super com poder de invisibilidade?

 

- Não mesmo, não me compare com esses seres inferiores que vocês chamam de super. – A garota parece ter se irritado com a pergunta de Skyler.

 

- Então você não é uma super, o que você é? – Determinado a descobrir o que era a garota Skyler não hesita em perguntar.

 

Apesar de tímido com as pessoas, quando se trata de adquirir conhecimento, Skyler muda totalmente de personalidade. Mas ao que parece, a garota não estava muito satisfeita com as perguntas de Skyler.

 

- Desculpa, humano, mas eu não tenho nada a tratar com você. – A garota expõe em seu rosto um sorriso nada amigável.

 

- Então diga o que você quer, nós só queremos ajudar, certo Luther?

 

- Bom, é isso!

 

A garota então se aproxima de nós dois e olha de um para o outro.

 

- Vocês são grandes amigos, não é mesmo?

 

- Somos mais do que isso, somos parceiros, certo Skyler?

 

- Isso mesmo Luther, então... Vamos garotinha, diga de uma vez o que você quer, estamos muito confusos aqui.

 

- Me parece que você é o cérebro, senhor Skyler, Meiphith não parece se importar que você tome a frente nessa conversa que eu queria que fosse particular.

 

- Meiphith... Escuta, por quê você está se referindo a mim com essa palavra? – Pergunto curioso.

 

- Porque esse é o seu nome como conhecemos lá no inferno.

 

- Inferno, isso só pode ser brincadeira. – Diz Skyler atormentado com a ideia.

 

- Do que você está falando, não gostei muito dessa brincadeira garota.

 

- Olha garotinha, meu parceiro tem habilidades incomuns, mas nada que diga que ele veio do inferno. – Skyler debocha.

 

A garota olha para Skyler e demonstra estar contendo a sua raiva.

 

- Olha, eu estou tentando ter uma conversa decente aqui, mas se você continuar me irritando como uma putinha carente, eu vou te transformar em uma! – Afirma a garota.

 

Apesar de ser uma coisa fisicamente impossível para um super, a garota parecia estar falando sério a respeito de transformar Skyler em alguma outra coisa, então para prevenir uma ação negativa vinda por parte da garota eu resolvo intervir.

 

- Tudo bem, me diz logo o que você quer e vamos acabar com isso.

 

- Luther essa garotinha---

 

- Agora não Skyler, eu sei que você é de longe muito melhor do que eu com diálogo e negociações, mas essa garota parece ser diferente do que estamos acostumados a lidar... Então vamos dar a ela o benefício da dúvida.

 

Skyler cruza os braços e desvia o olhar demonstrando estar um pouco chateado, mas eu acredito ter feito a coisa certa.

 

- Então seu nome aqui na terra é Luther? – Pergunta a garota alisando o queixo com a ponta dos dedos.

 

- Vamos direto ao assunto, o que você veio fazer aqui, já que supostamente você veio do inferno.

 

- O demônio rei do fogo do inferno foi assassinado.

 

- Ok... Digamos que sim, o que eu tenho haver com isso?

 

- Herley era o seu pai, você é o príncipe do inferno e o único herdeiro legítimo do trono, você precisa assumir a responsabilidade.

 

- Herley, rei do fogo do inferno... Desculpa garota, não deu para engolir essa não.

 

- Meiphith eu estou falando a verdade.

 

- Não me chame assim, meu nome é Luther!

 

- Ok, Luther, mas eu estou dizendo a verdade!

 

Eu suspiro e olho para a garota dos pés à cabeça.

 

- Escuta garota, vai para casa, está muito tarde e as ruas são bem perigosas nesse período.

 

A garota serra os punhos e range os dentes.

 

- Idiota, com quem você pensa que está falando?

 

- Olha, já deu ok, você tem uma imaginação muito fértil e tenho certeza que poderia até mesmo escrever um livro com isso, mas isso aqui é vida real, vivemos todos os dias perigos reais... Eu não tenho tempo para um conto de fadas do inferno onde príncipes encantados demoníacos se tornam reis.

 

A garota fecha totalmente a cara... Ela agora estava de fato furiosa.

 

Skyler suspira e se aproxima da garota.

 

- Ei, desculpa por aquilo agora pouco... Bom, no entanto Luther tem razão, então podemos te dar uma carona até sua casa se quiser.

 

A garota olha para Skyler com um ódio mortal.

 

- Uma putinha carente. – Diz com um sorriso malicioso.

 

- O que foi que você disse? – Na verdade Skyler não fica bravo, mas ele sente um arrepio na espinha.

 

- Eu acabei de confirmar que você é mesmo uma putinha carente, e que pertence ao Luther.

 

Skyler olha para mim sem jeito.

 

- Luther, acho que essa garota tem problemas sérios. – Ele sorri sem graça.

 

- Vem mocinha, você deve ter tido um dia cheio, vamos te levar para casa. Eu estendo a mão para a garota.

 

Infelizmente a garota me ignora e não tira os olhos de Skyler.

 

- Acho que sei o que tenho que fazer para vocês me darem ouvidos. – A garota tira do bolso do seu casaco com um capuz vermelho um tipo de anel com uma caveira.

 

Em seguida ela aponta para Skyler e os olhos da caveira começam a brilhar, Skyler se assusta e tenta se levantar, mas cai sentado no chão, então eu saco minha arma e aponto para a garota.

 

- Abaixa isso agora! – Digo com a arma apontada para a garota.

 

- O que foi feito jamais será desfeito, o que um demônio deseja, ele jamais poderá retroceder.

 

De repente a luz nos olhos da caveira se apaga e nada acontece. Eu abaixo a minha arma e respiro aliviado.

 

- Skyler, você está bem?

 

- S-sim, foi só um susto. – Diz ofegante.

 

A garota sorri... Mas logo seu sorriso se tornou uma risada sinistra.

 

- Puta merda, garota, você tem problema.

 

- Eu não, quem tem um problema são vocês. – Diz a garota apontando para Skyler.

 

- Luther, o que está acontecendo comigo? – Diz olhando para suas mãos que começaram assumir uma cor avermelhada.

 

- Mas que porra é essa?

 

Skyler cai no chão se contraindo com dores como uma minhoca no sol, eu fico espantado, mas quando penso em tentar ajudar, toda a sua pele assume uma cor vermelha. Seu cabelo começa a crescer e seu corpo a mudar, Skyler grita e geme, mas ao mesmo tempo eu consigo perceber uma mudança em sua voz.

 

- Porra o que você fez com ele??? – Eu me viro para a garota, mas ela já não estava mais ali.

 

Skyler finalmente para de se debater, mas fica encolhido no chão, sem nenhuma reação... Eu me aproximo e confirmo... Skyler estava inconsciente.

 

- Porra Skyler, o que foi que ela fez com você?

 

Ele agora estava diferente... Skyler agora tinha sua pele vermelha, pequenos chifres na parte frontal da cabeça, cabelos longos de cor preta... Seios fartos... Uma silhueta bem feminina... E seu rosto havia se tornado bem... Se fosse em circunstâncias normais eu diria que Skyler agora é uma linda diabinha, mas as circunstâncias não ajudam em nada.

 

Depois do acontecido eu chamo uma ambulância, e os socorristas e depois os paramédicos se surpreenderam com o caso. Ninguém sabia dizer o que foi que aconteceu com Skyler.

 

 

 

Metamorfose!

Skyler passou dois dias desacordado no hospital, enquanto isso eu fui interrogado sobre o caso e passei para os investigadores do DCS todos os detalhes possíveis.

- Então essa garota alegou que você é o filho bastardo de um tal de Herley, que seria uma espécie de rei demônio? – Pergunta o investigador.

- Sim, isso mesmo.

Enquanto um dos investigadores conversava comigo, o outro anotava tudo em uma caderneta.

- Então... Eu já disse para vocês tudo o que aconteceu, será que posso ir ver o meu parceiro no hospital?

Um investigador olhou para o outro, então o que estava anotando tudo sai da sala.

- Olha Luther, eu sei que isso tudo pode parecer muito confuso e é, mas não sabemos como vai estar o estado mental do seu parceiro quando ele acordar, afinal de contas... Não foi só a aparência dele que mudou.

- O que você quer dizer com isso?

- Nós dois sabemos o que quero dizer, Luther... O seu parceiro se tornou literalmente uma garota, inclusive o seu sexo agora é feminino, mesmo seu DNA e suas digitais ainda sendo os mesmos.

Eu baixo minha cabeça pensativo, mas logo sussurro.

- A garota disse que o transformaria em uma puta carente... Então é disso que ela estava falando.

De repente o outro investigador entrou na sala e cochichou alguma coisa no ouvido do interrogador.

- Bom, a notícia boa é que seu parceiro está acordado, por tanto você está liberado, senhor Luther. – Diz o investigador que me interrogava.

- Então, eu já posso ir vê-lo?

- Sim, inclusive ele perguntou por você assim que acordou.

- Muito obrigado. – Digo me levantando da cadeira.

- Assim que conseguirmos alguma coisa na nossa investigação, eu te avisarei imediatamente. – Diz apertando a minha mão.

- Obrigado investigador. – Retribuo o aperto.

- Pode me chamar de Mike.

- Certo, Mike então.

Depois de sair da sala de interrogatório, eu fui direto para o hospital onde estava internado Skyler. Chegando lá eu vou até a recepção.

- Eu gostaria de visitar o paciente Skyler Watson Miller, por favor.

- A, sim, é aquele paciente do estranho caso de metamorfose.

- É... Isso. – Eu devo admitir que aquela forma de falar da enfermeira me incomodou um pouco, mas tive que relevar.

- Quarto 345, senhor, terceiro andar. – Diz após consultar no computador.

Eu subo de elevador até o terceiro andar, em seguida começo a procurar o quarto 345. Enquanto procurava eu acabo me encontrando com Ana, uma das agentes do DCS, assim como eu e Skyler.

- Ei, Luther, o que está fazendo aqui?

Ana é uma mulher muito bonita, 29 anos de idade, loira, olhos verdes e um corpo atlético impressionante.

- Oi Ana, eu... Eu vim ver como está o Skyler. – Digo meio sem jeito.

- Skyler, no que foi que vocês se meteram dessa vez?

- Bom... Na verdade nós... Tivemos um probleminha com uma garota com poderes desconhecidos.

- Uou, isso é tão emocionante, e Skyler se machucou?

- Na verdade... Não- quero dizer, sim... Eu... Eu não sei dizer exatamente.

- Bom, já que você não sabe me dizer, vamos lá ver ele juntos.

- Ah, Ana, eu não sei se é uma boa ideia.

- Deixa de bobeira Luther, é claro que ele vai adorar me ver, nós sabemos que ele tem uma quedinha por mim. – Diz com um sorriso empolgado.

- Talvez seja esse o motivo para ele não---

Ana agarra a minha mão e sai me puxando.

- Vamos, me fala em que quarto ele está, eu quero zoar com ele um pouquinho. – Diz enquanto caminhava na frente me arrastando.

- Quarto 345. – Digo involuntariamente.

Não demorou muito e lá estávamos. Ana acaba sendo pra frente e entra no quarto primeiro, enquanto eu fico ali parado do lado de fora... E bem como eu havia imaginado, eu acabei ouvindo um grito de espanto.

Eu entro correndo no quarto e vejo Ana contra a parede com seus olhos arregalados, e na cama do hospital, um par de pequenos chifres de cor vermelha apontando para fora de um lençol, como se o dono estivesse tentando esconder a sua aparência.

- Luther, acho que estamos no quarto errado! – Diz Ana espantada.

Eu me aproximo da cama e retiro o lençol do rosto de Skyler que de fato tentava esconder sua aparência.

- Não, Ana, esse é o quarto certo.

- Luther? – Pergunta Skyler com lágrimas em seus olhos.

- Sou eu, amigão. – Digo sem jeito.

Skyler envolve seus braços em torno do meu pescoço formando um abraço caloroso.

- Luther olha só o que aquela garota fez comigo! – Lamenta enquanto suas lágrimas molham o meu ombro.

Eu fico um pouco nervoso com a situação, e sentir os seios de Skyler sendo pressionados contra o meu tórax não estava ajudando em nada... Mas eu acabo me controlando e retribuo o abraço.

- Ei cara, vai ficar tudo bem, nós vamos dar um jeito.

Ana se aproxima completamente pasma com a situação.

- Skyler, é você mesmo?

Skyler olha para Ana desfaz o nosso abraço cobrindo o próprio rosto.

- Por favor, Ana, eu não quero que você me veja assim.

- Skyler... Ei... Não faz assim, você não precisa esconder a sua nova aparência de mim. – Ana se aproxima e segura as mãos de Skyler retirando-as de seu rosto.

- Mas eu... Eu...

- Me desculpa por agora pouco, eu me assustei um pouco, mas não foi por causa da sua aparência, foi porque eu pensei ter entrado no quarto errado.

- Mas eu me transformei em uma... Uma... Uma espécie de diabinha?

- Uma diabinha muito linda e fofa. – Diz Ana com um sorriso.

- Ana isso não ajuda muito... – Diz Skyler totalmente envergonhado.

- Me desculpa.

- Não... Está tudo bem, ao menos você me acha fofa. – Sorri sem graça.

Eu me afasto um pouco e resolvo perguntar.

- A cor dos seus olhos mudou... Você reparou isso?

- Agora são amarelos. – Diz com um sorriso sem graça.

- Desculpa falar disso é que... Eles me chamaram a atenção. – Na verdade, seus olhos amarelos estavam tão brilhantes que eu não conseguia desviar o olhar.

- Não se preocupe, está tudo bem. – Diz cabisbaixo.

Por mais que não fosse a minha intenção, acho que eu estava deixando Skyler chateado com a conversa.

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